Apartamento de 60 m² é inspirado em arquitetura japonesa e minimalismo escandinavo

O projeto transformou o apartamento no Leblon (RJ) em um lar contemporâneo, com atmosfera sóbria, integração fluida e um spa particular O arquiteto Hiago Santos (@HiagoSantosArquitetura) transformou um apartamento de 60 m², no Leblon, Rio de Janeiro, em um refúgio contemporâneo e cheio de significado para um empresário de 70 anos. Habituado a viver em imóveis amplos, o proprietário buscava algo diferente: um lar funcional, prático de manter, com atmosfera sóbria e integração entre os ambientes.
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“Visitamos o apartamento antes mesmo da compra e iniciamos as demolições já na segunda semana, tão logo ele aprovou o layout”, conta Hiago.
COZINHA | Os armários amadeirados, executados pela Evviva, foram compostos com quartzito aplicado na bancada e na mesa desenhada pelo escritório, com execução da Artec Design. Cadeiras “Claudia”, de Aristeu Pires, na Arquivo Contemporâneo. Luminárias pendentes da Lumini. Persiana horizontal fornecida por Beth Saloum Decorações. Piso de porcelanato LM Concrete, da Roca. A parede ao fundo recebeu textura pronta de cimento queimado, cor Dia de Chuva, da Suvinil
Anita Soares/Divulgação
A planta original, compartimentada e estreita, deu lugar a um novo desenho, mais fluido e luminoso. A cozinha, antes em L, tornou-se linear para abrigar uma mesa de jantar. A parede que separava a suíte da sala foi substituída por dois painéis deslizantes de muxarabi com vidro jateado, que permitem a entrada de luz e mantêm a privacidade.
“Essa solução possibilita que a luz do quarto atravesse até a sala, sem comprometer o recolhimento necessário ao dormitório”, explica o arquiteto.
BANHEIRO | Os painéis de correr de muxarabi de madeira com vidro jateado, executados pelo marceneiro Carlos Rebecca, dividem a área social da íntima, tendo ao fundo o banheiro. Persiana horizontal fornecida por Beth Saloum Decorações
Anita Soares/Divulgação
O projeto aposta na integração visual e sensorial dos ambientes. Inspirado pela arquitetura tradicional japonesa e pelo minimalismo escandinavo, Hiago buscou criar uma atmosfera calma, natural e atemporal. “Minhas principais referências foram a simplicidade formal, o uso da madeira, a luz filtrada e a pureza dos materiais”, declara.
A paleta de cores segue o mesmo raciocínio: neutra, serena e tátil, foi pensada para favorecer a contemplação e valorizar a passagem do tempo.
O piso de porcelanato cinza-claro dialoga com as paredes de cimento queimado. A marcenaria, desenhada pelo escritório, traz um MDF amadeirado, conferindo aconchego e unidade aos ambientes.
BANHEIRO | O quartzito marca bancada e frontão, com execução da Artec Design, que também forneceu a banheira de imersão da Sabbia e os metais. Armários ripados da Evviva, responsável também pela espelheira. Deque de madeira feito pelo marceneiro Carlos Rebecca
Anita Soares/Divulgação
Na cozinha com jantar integrado, a mesa projetada sob medida é outro destaque. Com tampo de quartzito preso à parede de um lado e apoiado em pé metálico do outro, a peça libera circulação e amplia a leveza do espaço. “Cada detalhe foi pensado para unir funcionalidade e estética, com soluções discretas que fazem diferença no dia a dia”, diz Hiago.
A varanda ganhou um pequeno jardim, como o morador desejava, e a suíte foi integrada a um banheiro com banheira de imersão e deque de madeira – um verdadeiro spa particular. “O desejo era criar um lugar onde ele pudesse relaxar e cuidar de si, com calma e conforto”, completa.
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SUÍTE | A marcenaria desenhada pelo escritório, que inclui painéis e muxarabi, foi executada com MDF Wood Itapuã, da Duratex, pela Evviva. Cama da Franccino, com roupa de cama, almofadas e manta da Codex Home. Cortina executada por Beth Saloum. Fotografia apoiada no painel do acervo do morador
Anita Soares/Divulgação
Todas as peças da decoração, com exceção das obras de arte do acervo pessoal, foram escolhidas especialmente para o novo apartamento.
A curadoria, feita a quatro mãos, entre arquiteto e morador, resultou em um conjunto coeso, em que móveis assinados – como as cadeiras Claudia, de Aristeu Pires – convivem com texturas naturais e volumes bem resolvidos.

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