A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou no dia 20 de novembro um novo projeto cultural: a Biblioteca dos Saberes. O complexo de aproximadamente 40 mil m² será construído na Cidade Nova, junto ao Terreirão do Samba e ao Monumento a Zumbi dos Palmares. A proposta é assinada pelo arquiteto Diébédo Francis Kéré — vencedor do Prêmio Pritzker em 2022 —, em colaboração com Mariona Maeso Deitg e Juan Carlos Zapata, do escritório Kéré Architecture.
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“Pretendemos que este projeto promova um espaço de diálogo e reflexão. Desejamos que as pessoas se reúnam para ouvir e compreender a história do Brasil, os acontecimentos que nos trouxeram até aqui e como nos construímos como nação. Este é o cerne do projeto. Um local onde todos se sintam acolhidos, como em um terraço”, disse Francis Kéré na ocasião.
A Biblioteca dos Saberes será construída na Cidade Nova, junto ao Terreirão do Samba e ao Monumento a Zumbi dos Palmares, no Rio de Janeiro
Kéré Architecture/Divulgação
A construção faz parte do projeto Praça Onze Maravilha, conjunto de ações urbanas que pretende redesenhar a região do Sambódromo e do entorno da Pequena África, com previsão de investimento de R$ 1,75 bilhão.
A nova biblioteca reúne funções culturais, educativas e comunitárias: teatro, anfiteatro coberto, cozinhas, salas de estudo, áreas expositivas, oficinas, café e espaços ao ar livre. O local também integrará acervos já existentes, como o do Museu de Imagens do Povo, e adotará referências de mediação cultural de instituições internacionais, entre elas o V&A East Museum, em Londres, Inglaterra.
O arquiteto afirma que a Biblioteca dos Saberes não é apenas um prédio, mas sim uma extensão das favelas e do Rio de Janeiro
Kéré Architecture/Divulgação
O arquiteto ainda acrescentou que a estrutura não é apenas um prédio, mas sim uma extensão das favelas e do Rio de Janeiro, algo que transcende Copacabana, pois oferece uma visão ampla da cidade. “Criamos um espaço aberto a todos, conectando diferentes realidades, como os terraços e as favelas, integrando-os. Buscamos a construção de um espaço que valorize a história, a reflexão e o encontro, tornando-se um local de aprendizado e crescimento para todos”, comentou ele.
O coração do edifício é a estrutura chamada de “árvore do conhecimento”, um volume cilíndrico de quatro andares iluminado naturalmente
Kéré Architecture/Divulgação
O coração do edifício é a estrutura chamada de “árvore do conhecimento”, um volume cilíndrico de quatro andares iluminado naturalmente. Ela articula os diferentes níveis da biblioteca e foi inspirada nas árvores nativas da Floresta da Tijuca e no papel social das árvores em Gando, cidade natal de Kéré, em Burkina Faso.
A partir desse núcleo vertical, os programas se organizam de forma a permitir tanto atividades silenciosas, como leitura, quanto usos mais dinâmicos, como performances, encontros e oficinas.
A Biblioteca dos Saberes terá ainda terraços ajardinados, áreas a céu aberto, pátios sombreados, um anfiteatro coberto e um café
Kéré Architecture/Divulgação
A proposta destaca elementos característicos da arquitetura tropical, como cobogós, pilotis, fachadas perfuradas, jardins suspensos, terraços ajardinados e pátios protegidos do sol. Uma passarela para pedestres fará a ligação direta com o Monumento a Zumbi dos Palmares.
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O projeto também reconhece a relevância cultural da antiga Praça Onze, berço da primeira escola de samba, e enfatiza as contribuições indígenas e afro-brasileiras na formação da identidade carioca.
A partir de um núcleo vertical, os programas da Biblioteca dos Saberes se organizam de forma a permitir tanto atividades silenciosas, como leitura, quanto usos mais dinâmicos, como performances, encontros e oficinas
Kéré Architecture/Divulgação
A Biblioteca dos Saberes é apresentada como o principal legado do título de Rio Capital Mundial do Livro, reforçando políticas de democratização do acesso ao livro e de integração entre bibliotecas públicas e comunitárias.
Kéré nasceu em Burkina Faso, estudou na Universidade Técnica de Berlim e vive na capital alemã desde 1985. Criou a Fundação Kéré e mais tarde o seu ateliê de arquitetura. É reconhecido internacionalmente por projetos que combinam inovação, sustentabilidade e impacto social, e recebeu distinções como o Prêmio Aga Khan de Arquitetura (2004), a medalha do Global Award for Sustainable Architecture e o Prêmio Pritzker (2022).
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“Pretendemos que este projeto promova um espaço de diálogo e reflexão. Desejamos que as pessoas se reúnam para ouvir e compreender a história do Brasil, os acontecimentos que nos trouxeram até aqui e como nos construímos como nação. Este é o cerne do projeto. Um local onde todos se sintam acolhidos, como em um terraço”, disse Francis Kéré na ocasião.
A Biblioteca dos Saberes será construída na Cidade Nova, junto ao Terreirão do Samba e ao Monumento a Zumbi dos Palmares, no Rio de Janeiro
Kéré Architecture/Divulgação
A construção faz parte do projeto Praça Onze Maravilha, conjunto de ações urbanas que pretende redesenhar a região do Sambódromo e do entorno da Pequena África, com previsão de investimento de R$ 1,75 bilhão.
A nova biblioteca reúne funções culturais, educativas e comunitárias: teatro, anfiteatro coberto, cozinhas, salas de estudo, áreas expositivas, oficinas, café e espaços ao ar livre. O local também integrará acervos já existentes, como o do Museu de Imagens do Povo, e adotará referências de mediação cultural de instituições internacionais, entre elas o V&A East Museum, em Londres, Inglaterra.
O arquiteto afirma que a Biblioteca dos Saberes não é apenas um prédio, mas sim uma extensão das favelas e do Rio de Janeiro
Kéré Architecture/Divulgação
O arquiteto ainda acrescentou que a estrutura não é apenas um prédio, mas sim uma extensão das favelas e do Rio de Janeiro, algo que transcende Copacabana, pois oferece uma visão ampla da cidade. “Criamos um espaço aberto a todos, conectando diferentes realidades, como os terraços e as favelas, integrando-os. Buscamos a construção de um espaço que valorize a história, a reflexão e o encontro, tornando-se um local de aprendizado e crescimento para todos”, comentou ele.
O coração do edifício é a estrutura chamada de “árvore do conhecimento”, um volume cilíndrico de quatro andares iluminado naturalmente
Kéré Architecture/Divulgação
O coração do edifício é a estrutura chamada de “árvore do conhecimento”, um volume cilíndrico de quatro andares iluminado naturalmente. Ela articula os diferentes níveis da biblioteca e foi inspirada nas árvores nativas da Floresta da Tijuca e no papel social das árvores em Gando, cidade natal de Kéré, em Burkina Faso.
A partir desse núcleo vertical, os programas se organizam de forma a permitir tanto atividades silenciosas, como leitura, quanto usos mais dinâmicos, como performances, encontros e oficinas.
A Biblioteca dos Saberes terá ainda terraços ajardinados, áreas a céu aberto, pátios sombreados, um anfiteatro coberto e um café
Kéré Architecture/Divulgação
A proposta destaca elementos característicos da arquitetura tropical, como cobogós, pilotis, fachadas perfuradas, jardins suspensos, terraços ajardinados e pátios protegidos do sol. Uma passarela para pedestres fará a ligação direta com o Monumento a Zumbi dos Palmares.
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O projeto também reconhece a relevância cultural da antiga Praça Onze, berço da primeira escola de samba, e enfatiza as contribuições indígenas e afro-brasileiras na formação da identidade carioca.
A partir de um núcleo vertical, os programas da Biblioteca dos Saberes se organizam de forma a permitir tanto atividades silenciosas, como leitura, quanto usos mais dinâmicos, como performances, encontros e oficinas
Kéré Architecture/Divulgação
A Biblioteca dos Saberes é apresentada como o principal legado do título de Rio Capital Mundial do Livro, reforçando políticas de democratização do acesso ao livro e de integração entre bibliotecas públicas e comunitárias.
Kéré nasceu em Burkina Faso, estudou na Universidade Técnica de Berlim e vive na capital alemã desde 1985. Criou a Fundação Kéré e mais tarde o seu ateliê de arquitetura. É reconhecido internacionalmente por projetos que combinam inovação, sustentabilidade e impacto social, e recebeu distinções como o Prêmio Aga Khan de Arquitetura (2004), a medalha do Global Award for Sustainable Architecture e o Prêmio Pritzker (2022).



