O arquiteto japonês Shigeru Ban é o vencedor da Medalha de Ouro AIA 2026. O prêmio é a maior honraria anual do American Institute of Architects (AIA), que reconhece, desde 1907, profissionais cujo trabalho exerceu uma influência duradoura na teoria e na prática da Arquitetura.
Leia mais
Ele foi reconhecido por seu trabalho com materiais renováveis, como papel e madeira, para criar projetos resilientes e sustentáveis, incluindo abrigos de emergência e a Cardboard Cathedral, na Nova Zelândia. Além disso, atua como educador há mais de 30 anos, e capacita estudantes por meio de práticas experimentais, demonstrando como a arquitetura pode unir inovação, responsabilidade ambiental e impacto social.
O arquiteto nasceu em Tóquio, em 1957. Filho de um executivo da Toyota e de uma designer de alta-costura, cresceu entre a música clássica e as semanas de moda europeias, que incentivaram a criatividade e curiosidade sobre o mundo. Na escola, destacou-se em artes e trabalhos manuais. Um maquete de casa feita no 9º ano foi premiada, levando-o a decidir pela arquitetura para seu futuro.
Os banheiros do arquiteto Shigeru Ban ficam opacos quando alguém tranca a porta, sinalizando que estão ocupados
Satoshi Nagare/Divulgação
Em 1985, Shigeru Ban abriu seu próprio escritório em Tóquio. Entre 1985 e 1986, atuou como curador da Axis Gallery, onde organizou e projetou exposições de artistas como Emilio Ambasz, Alvar Aalto e Judith Turner.
Foi nesse período que desenvolveu suas primeiras estruturas de tubos de papel, utilizadas em várias de suas casas-experimento, como PC Pile House, Curtain Wall House, Wall-Less House e Naked House.
Seizan Golf Club House (2024), projeto de Shigeru Ban, em Karuizawa, Japão, une sustentabilidade e acolhimento em clube temporário com tubos de papel reciclado
Shigeru Ban Architects/Divulgação
Em 1994, ao saber das condições precárias dos refugiados da Guerra Civil de Ruanda, propôs suas moradias de tubos de papel ao Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados e tornou-se consultor da instituição.
Embassy of Brazil Football Pavilion (2014), projeto de Shigeru Ban, em Tóquio, Japão, celebrou a Copa do Mundo no Brasil com inovação em papel e arquitetura efêmera
Shigeru Ban Architects/Divulgação
Após o terremoto de Kobe, em 1995, construiu a Paper Log House e a Paper Church, mobilizando estudantes, que marcou o início da ONG Voluntary Architects’ Network (VAN), responsável por ações humanitárias em desastres na Turquia (1999), Índia (2001), Sri Lanka (2004), China (2008), Haiti (2010) e Japão (2011), além da Cardboard Cathedral na Nova Zelândia (2011).
A casa Paper Log House (1995), projeto de Shigeru Ban, integrou a mostra Japanese principles: design and resources na Japan House, em São Paulo, de março a junho de 2025
Shigeru Ban Architects/Divulgação
Ainda em 1995, ele recebeu do governo japonês a certificação permanente para construções com tubos de papel e, em 2000, criou com Frei Otto um grande grid shell de papel para o Pavilhão do Japão na Expo de Hanover, obra que ganhou destaque internacional.
O arquiteto japonês Shigeru Ban assina o projeto da casa sustentável de papelão que foi exibida na Japan House São Paulo
Hiroyuki Hirai/Divulgação
A partir de 2004, passou a trabalhar também na Europa, em parceria com Jean de Gastines e Philip Gumuchdjian. Juntos, venceram o concurso para o Centre Pompidou-Metz, montando inclusive um escritório temporário de tubos de papel no topo do Centre Pompidou em Paris.
Leia mais
O japonês lecionou na Universidade de Keio a partir de 2001, depois foi professor visitante em Harvard e Cornell, e, desde 2011, é professor na Kyoto University of Art and Design.
Atualmente, Shigeru Ban segue atuando em arquitetura, ensino e ações humanitárias, explorando novos materiais e sistemas construtivos. Além de tubos de papel, trabalha com bambu laminado, contêineres marítimos, estruturas de madeira sem conectores metálicos e peças em fibra de carbono, aplicadas tanto em móveis quanto em edifícios icônicos.
Leia mais
Ele foi reconhecido por seu trabalho com materiais renováveis, como papel e madeira, para criar projetos resilientes e sustentáveis, incluindo abrigos de emergência e a Cardboard Cathedral, na Nova Zelândia. Além disso, atua como educador há mais de 30 anos, e capacita estudantes por meio de práticas experimentais, demonstrando como a arquitetura pode unir inovação, responsabilidade ambiental e impacto social.
O arquiteto nasceu em Tóquio, em 1957. Filho de um executivo da Toyota e de uma designer de alta-costura, cresceu entre a música clássica e as semanas de moda europeias, que incentivaram a criatividade e curiosidade sobre o mundo. Na escola, destacou-se em artes e trabalhos manuais. Um maquete de casa feita no 9º ano foi premiada, levando-o a decidir pela arquitetura para seu futuro.
Os banheiros do arquiteto Shigeru Ban ficam opacos quando alguém tranca a porta, sinalizando que estão ocupados
Satoshi Nagare/Divulgação
Em 1985, Shigeru Ban abriu seu próprio escritório em Tóquio. Entre 1985 e 1986, atuou como curador da Axis Gallery, onde organizou e projetou exposições de artistas como Emilio Ambasz, Alvar Aalto e Judith Turner.
Foi nesse período que desenvolveu suas primeiras estruturas de tubos de papel, utilizadas em várias de suas casas-experimento, como PC Pile House, Curtain Wall House, Wall-Less House e Naked House.
Seizan Golf Club House (2024), projeto de Shigeru Ban, em Karuizawa, Japão, une sustentabilidade e acolhimento em clube temporário com tubos de papel reciclado
Shigeru Ban Architects/Divulgação
Em 1994, ao saber das condições precárias dos refugiados da Guerra Civil de Ruanda, propôs suas moradias de tubos de papel ao Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados e tornou-se consultor da instituição.
Embassy of Brazil Football Pavilion (2014), projeto de Shigeru Ban, em Tóquio, Japão, celebrou a Copa do Mundo no Brasil com inovação em papel e arquitetura efêmera
Shigeru Ban Architects/Divulgação
Após o terremoto de Kobe, em 1995, construiu a Paper Log House e a Paper Church, mobilizando estudantes, que marcou o início da ONG Voluntary Architects’ Network (VAN), responsável por ações humanitárias em desastres na Turquia (1999), Índia (2001), Sri Lanka (2004), China (2008), Haiti (2010) e Japão (2011), além da Cardboard Cathedral na Nova Zelândia (2011).
A casa Paper Log House (1995), projeto de Shigeru Ban, integrou a mostra Japanese principles: design and resources na Japan House, em São Paulo, de março a junho de 2025
Shigeru Ban Architects/Divulgação
Ainda em 1995, ele recebeu do governo japonês a certificação permanente para construções com tubos de papel e, em 2000, criou com Frei Otto um grande grid shell de papel para o Pavilhão do Japão na Expo de Hanover, obra que ganhou destaque internacional.
O arquiteto japonês Shigeru Ban assina o projeto da casa sustentável de papelão que foi exibida na Japan House São Paulo
Hiroyuki Hirai/Divulgação
A partir de 2004, passou a trabalhar também na Europa, em parceria com Jean de Gastines e Philip Gumuchdjian. Juntos, venceram o concurso para o Centre Pompidou-Metz, montando inclusive um escritório temporário de tubos de papel no topo do Centre Pompidou em Paris.
Leia mais
O japonês lecionou na Universidade de Keio a partir de 2001, depois foi professor visitante em Harvard e Cornell, e, desde 2011, é professor na Kyoto University of Art and Design.
Atualmente, Shigeru Ban segue atuando em arquitetura, ensino e ações humanitárias, explorando novos materiais e sistemas construtivos. Além de tubos de papel, trabalha com bambu laminado, contêineres marítimos, estruturas de madeira sem conectores metálicos e peças em fibra de carbono, aplicadas tanto em móveis quanto em edifícios icônicos.



