Arquitetura em Nova York: um roteiro pelas obras de vencedores do Pritzker

O Pritzker em Nova York é uma viagem que organizamos para os amantes do mundo da arquitetura. Sabemos o quanto você gosta do tema, o significado que o Prêmio Pritzker tem para você e o valor que Nova York ostenta como centro turístico. Por isso, nos dedicamos a criar um tour virtual especializado naqueles edifícios que compõem o skyline nova-iorquino e que pertencem a arquitetos ou escritórios vencedores do Pritzker.
Assim como a Fundação Hyatt premia projetos que combinam talento, visão e compromisso, nós também fomos criteriosos na hora de fazer nossa seleção. Então já avisamos: aqui você encontrará apenas o melhor do melhor. Estamos muito animados por ter você conosco nesta primeira rota arquitetônica pelos Pritzker em Nova York. Aperte os cintos, prepare seu passaporte e vamos começar!
New York Times Building (Renzo Piano, Pritzker 1998)
Renzo Piano ganhou o Prêmio Pritzker em 1998, e alguns anos depois começou a projetar o New York Times Building
David Smooke/Unsplash
Nossa primeira parada nesta viagem pelos Pritzker em Nova York será em Times Square. No início dos anos 2000, a cidade buscava se modernizar junto com a virada do século. Com o Prêmio Pritzker em seu currículo, o arquiteto italiano Renzo Piano foi o responsável por renovar o tradicionalismo arquitetônico com o New York Times Building. E quando falamos em renovação, é no sentido literal: Piano não quis seguir o hermetismo tão característico da cidade e decidiu que a sede do jornal fosse tão transparente quanto deve ser o jornalismo. Um conceito único, sem dúvida.
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Graças à criatividade de Renzo Piano, o New York Times Building hoje é icônico por sua filigrana prateada que reveste a fachada principal. Essa dupla fachada não apenas revolucionou a imagem urbana do centro de Nova York, como também funciona como regulador solar e térmico para o interior da construção. E, falando em interiores, a essência de todo o projeto esteve em criar escritórios flexíveis e abertos, deixando de lado o tradicional (e um tanto monótono) esquema dividido por painéis. Não é à toa que Renzo Piano ganhou o Prêmio Pritzker em 1998!
3 World Trade Center (Richard Rogers, Pritzker 2007)
Richard Rogers levou os princípios da arquitetura moderna aos arranha-céus
Juan Ordonez/Unsplash
Da Times Square voamos até Lower Manhattan, onde o 3 World Trade Center nos espera. Richard Rogers foi um arquiteto britânico que ultrapassou fronteiras graças ao seu talento e, em 2010, recebeu a missão de dar vida a um lugar marcado pelo terrorismo do início do século XXI. Com um compromisso social e urbano tão grande, Rogers não decepcionou ao colocar sua imaginação em um edifício de mais de 300 metros de altura. Fiel à arquitetura moderna, que ajudou a moldar sua identidade, Richard Rogers foi além e questionou a flexibilidade dos espaços em um arranha-céu.
Assim, o 3 World Trade Center eliminou as típicas colunas emolduradas e levou ao máximo o princípio da fachada livre do mestre Le Corbusier — agora aplicado a uma construção de 80 andares. Como conseguiu isso? Com o contraventamento externo, que nada mais é do que uma superestrutura de aço em forma de esqueleto. O trabalho de Richard Rogers é puro talento.
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56 Leonard Street (Herzog & de Meuron, Pritzker 2001
Os arquitetos suíços Herzog & de Meuron projetaram uma torre de residências em formato escalonado e muito divertida
Rachael Ren/Unsplash
Em Tribeca, ergue-se um edifício que, por seu design divertido, ficou conhecido como jenga building. Estamos falando, é claro, do icônico 56 Leonard Street, da dupla de arquitetos Herzog & de Meuron. Os suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron são mundialmente reconhecidos por sua arquitetura disruptiva e intencional, que os levou a construir o edifício mais alto do distrito. Nas próprias palavras dos arquitetos, o 56 Leonard Street “são casas empilhadas até o céu” — e a verdade é que o conceito não deixa dúvidas: sua forma cresce, recua e se escalona de maneira inusitada.
Cristais, aço e um toque de concreto foram os ingredientes para este edifício, que se integra perfeitamente ao horizonte nova-iorquino; sua plasticidade, em contrapartida, rompe com a típica ortogonalidade e rigidez dos arranha-céus americanos. Mas afinal, do que se trata a arquitetura senão de experimentar e ousar? Entre cubismos, jogos de LEGO e diversão arquitetônica, Herzog & de Meuron se despedem de nós para dar continuidade ao percurso.
Hearst Tower (Norman Foster, Pritzker 1999)
Norman Foster transferiu o Art Déco do edifício antigo para a torre que construiu por cima
Miki Czetti/Pexels
No quarto ponto desta viagem pelos Pritzker em Nova York, aterrissamos em Midtown Manhattan, e a arquitetura de Norman Foster será a protagonista desta parada. O arquiteto britânico projetou a Hearst Tower entre 2000 e 2006, e trata-se de um edifício que combina arquitetura contemporânea com Art Déco. Sim, você leu certo: o movimento Art Déco, tão característico dos anos 1920 e 1930, foi transformado e reinterpretado por Foster; as formas em zigue-zague das fachadas desse estilo agora se convertem em prismas triangulares que, à sua maneira, imitam o típico escalonamento do Art Déco.
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Se você se pergunta por que um estilo do passado foi usado para construir uma torre do futuro, a resposta é simples: a Hearst Tower foi erguida sobre um edifício histórico em estilo Art Déco. Nem preciso dizer que foi um grande desafio levantar uma torre de mais de 40 andares sobre uma construção antiga, principalmente nas estruturas e fundações. No entanto, Sir Norman Foster conseguiu — e nós o aplaudimos de pé.
IAC Building (Frank Gehry, Pritzker 1989)
A arquitetura desconstrutivista de Gehry pode ser observada na sinuosa forma do IAC Building
Dom Sch-veg-man/Pexels
O arquiteto canadense Frank Gehry nos dá as boas-vindas à última parada da nossa viagem pelos Pritzker em Nova York. Embora o estilo desconstrutivista de Gehry seja mais conhecido pelo Museu Guggenheim, na Espanha, o arquiteto também projetou um edifício icônico em Nova York. Estamos falando do IAC Building, cujas fachadas sinuosas carregam o desconstrutivismo gravado a fogo. Frank Gehry sempre afirmou que vê a arquitetura como uma tela artística e um pretexto para experimentar; por isso, suas obras sempre arriscam nas plasticidades.
O IAC Building torce suas linhas verticais nas partes superiores, gerando um efeito de blur como nunca visto antes. Alguns afirmam que o conceito se inspira nas colmeias das abelhas; outros acreditam que se refere a blocos de gelo. A realidade é que Gehry nunca confirmou nem negou qualquer teoria conceitual a respeito, mas temos certeza de que, seja qual for a ideia base, ela nos impressionará profundamente. Apesar de ter planos curvos ou inclinados, o espaço interno não é comprometido — um acerto que apenas Frank Gehry consegue alcançar.
Assim se encerra esta pequena, mas inspiradora, viagem pelos Pritzker em Nova York. Esperamos que você tenha apreciado os edifícios que esses arquitetos talentosos nos presentearam. Nos vemos no próximo tour.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest México
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