Se você quase perde o braço, mas não faz duas viagens, talvez tenha mais em comum com as formigas cortadeiras do que imagina. Embora elas sejam capazes de carregar até oito vezes seu peso corporal, cientistas do Instituto Smithsoniano de Pesquisa Tropical (STRI), no Panamá, descobriram que exagerar na carga pode criar pontos cegos durante o transporte.
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As principais espécies de formigas cortadeiras pertencem aos gêneros Atta, como a saúva, e Acromyrmex, como a quenquém. Elas são conhecidas por cortar folhas, flores e brotos para levar ao formigueiro, onde utilizam esse material vegetal para cultivar um fungo que serve de alimento para a colônia.
As cientistas do Panamá decidiram estudar o fenômeno conhecido como “efeito caminhoneiro” das formigas cortadeiras
Circe Denyer/Creative Commons
Em seu caminho até o formigueiro, não raro, ocorre a formação de uma fila, com a redução de até 50% na velocidade das formigas, um fenômeno conhecido como “efeito caminhoneiro”. A cientista Sabrina Amador, junto à estagiária Katherine Porras, propôs um experimento para compreendê-lo: oferecer folhas artificiais às formigas, embebidas em suco de laranja para atrai-las. Então, durante o trajeto, elas cortaram a folha pela metade, e verificaram o uso das antenas após a redução da carga.
Embora possam carregar até oito vezes o próprio peso, as formigas cortadeiras desenvolveriam pontos cegos em sua trajetória conforme a carga
Vanessa Salustriany/Creative Commons
Observando atentamente os vídeos, descobriram que as formigas aumentavam suas batidas de antena quando a carga era reduzida. Como as formigas dependem dos feromônios (substâncias químicas liberadas por suas parceiras e percebidas pelas antenas) para seguir um rastro, carregar uma carga muito grande limitaria essa capacidade, assim como a identificação de obstáculos e irregularidades na trilha. Curiosamente, esse efeito é mais intenso em formigas maiores, como se fossem caminhões grandes com pontos cegos.
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Embora frequentemente sejam consideradas pragas em jardins, as formigas cortadeiras possuem um papel ecológico importante ao aerar o solo, reciclar matérias orgânica e distribuir sementes. Notavelmente, elas podem colher cerca de 1 a 2 toneladas de material vegetal por ano. Estudar seu comportamento permite compreender como elas podem influenciar na ciclagem de nutrientes e na dinâmica das florestas.
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As principais espécies de formigas cortadeiras pertencem aos gêneros Atta, como a saúva, e Acromyrmex, como a quenquém. Elas são conhecidas por cortar folhas, flores e brotos para levar ao formigueiro, onde utilizam esse material vegetal para cultivar um fungo que serve de alimento para a colônia.
As cientistas do Panamá decidiram estudar o fenômeno conhecido como “efeito caminhoneiro” das formigas cortadeiras
Circe Denyer/Creative Commons
Em seu caminho até o formigueiro, não raro, ocorre a formação de uma fila, com a redução de até 50% na velocidade das formigas, um fenômeno conhecido como “efeito caminhoneiro”. A cientista Sabrina Amador, junto à estagiária Katherine Porras, propôs um experimento para compreendê-lo: oferecer folhas artificiais às formigas, embebidas em suco de laranja para atrai-las. Então, durante o trajeto, elas cortaram a folha pela metade, e verificaram o uso das antenas após a redução da carga.
Embora possam carregar até oito vezes o próprio peso, as formigas cortadeiras desenvolveriam pontos cegos em sua trajetória conforme a carga
Vanessa Salustriany/Creative Commons
Observando atentamente os vídeos, descobriram que as formigas aumentavam suas batidas de antena quando a carga era reduzida. Como as formigas dependem dos feromônios (substâncias químicas liberadas por suas parceiras e percebidas pelas antenas) para seguir um rastro, carregar uma carga muito grande limitaria essa capacidade, assim como a identificação de obstáculos e irregularidades na trilha. Curiosamente, esse efeito é mais intenso em formigas maiores, como se fossem caminhões grandes com pontos cegos.
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