A escolha das cores impacta de forma significativa na percepção de um ambiente. Além de transmitir emoções, elas refletem a luz, disfarçam imperfeições e conferem personalidades aos cômodos. Ao usá-las de forma estratégica na decoração, os espaços pequenos são transformados em áreas amplas e convidativas.
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“A cor atua diretamente na percepção espacial porque altera como a luz se comporta no recinto. Cores claras refletem a luz, criando leveza e a sensação de espaço aberto. Já as ascuras absorvem a luz, o que pode deixar o ambiente intimista, mas também mais ‘fechado’ ou ‘compacto’”, destaca a arquiteta Mariana Meneghisso.
Os tons claros também auxiliam a distribuir a iluminação de forma uniforme, eliminando as sombras e oferecendo a impressão de que o perímetro é maior. Essa ilusão é muito útil para quem mora em apartamentos ou casas compactas.
A seguir, confira as principais cores e outros para ampliar os espaços:
Paleta neutra
O revestimento de microcimento da Monofloor, na cor Flamingo, foi aplicado na bancada da pia e no banco de concreto. Projeto da arquiteta Fernanda Altemari
Miti Sameshima/Divulgação
O uso de bege, areia, baunilha e off-white contribui para a sensação de amplitude. O branco, por exemplo, reflete quase toda a luz que incide sobre ele, criando continuidade entre as superfícies.
Cinza
O cinza das paredes, boiserie e cabeceira proporcionam sobriedade e maior profundidade. Projeto da arquiteta Jakelline Munero
Ver.so Duo/Divulgação
A tonalidade cinza é uma alternativa sutil e sofisticada para variar na decoração, trazendo maior profundidade sem pesar os cômodos.
Azul
O revestimento da coleção Make da Portinari foi aplicado na cor azul. Projeto do Estúdio Minke, das arquitetas Camila Stump e Nabila Sukrieh
Maura Mello/Divulgação | Produção: Deborah Apsan/Divulgação
Associado à tranquilidade e paz, o azul oferece profundidade, especialmente em tons mais suaves.
Amarelo
O uso do amarelo contribui para uma estética viva e repleta de personalidade. Projeto do escritório ARKITITO Arquitetura
Andréa Soares/Divulgação
Por trazer vida e energia para os ambientes, o amarelo é indicado. No entanto, é importante redobrar a atenção para não provocar desconforto visual com o uso em excesso.
Verde
Os detalhes em preto das esquadrias harmonizam com o piso e quebram a hegemonia do verde. Projeto assinado pelo escritório CoDA Arquitetura
Júlia Tótoli/Divulgação
A cor verde é frequentemente ligada ao equilíbrio, bem-estar e conexão com a natureza, ganhando destaque devido a sua versatilidade e diversidade de tons disponíveis.
Rosa
As cores são capazes de alterar a percepção do tamanho de um cômodo, tornando- o mais amplo. Projeto da arquiteta Mari Milani
Erika Urbino/Divulgação
Que tal sair da mesmice e apostar em outras nuances, com tons delicados como o rosa? Ele é eficaz em uma paleta clara, como rosa pastel ou bebê.
O uso de espelhos
Os espelhos, além de refletirem a luz, duplicam visualmente o espaço. Projeto do escritório Studio FP02
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Os espelhos são capazes de refletir a luz, oferecendo profundidade ao espaço, que aparenta ser maior do que ele realmente é, sendo uma boa alternativa para além das cores.
Iluminação
O planejamento da iluminação de forma inadequada pode achatar os cômodos. Portanto, é importante garantir que a luz natural ou artificial reforce a sofisticação das cores e elimine as zonas de sombra.
A ilusão de ótica ocorre porque o olho humano associa tons claros a luminosidade e profundidade. Projeto do Sabugosa Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação | Produção: Alayzinha/Divulgação
“A iluminação interfere na leitura das cores e, por consequência, na sensação de espaço. Ambientes bem iluminados, especialmente com luz difusa e homogênea, tendem a parecer maiores. Já uma iluminação pontual ou mal distribuída pode gerar sombras e realçar contrastes, tornando o espaço visualmente fragmentado e menor”, pontua o arquiteto Alexandre Pasquotto.
Móveis e outros elementos
O uso de objetos em tons próximos evita rupturas visuais e reforça a sensação visual de amplitude. Para criar esse efeito, aposte em itens decorativos da mesma família cromática e adornos com contrastes pontuais, de modo a não sobrecarregar o olhar.
Neste projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro, os móveis e acessórios seguem a mesma paleta de tons suaves
Keniche Santos/Divulgação
“Espelhos estrategicamente posicionados, mobiliário com base elevada (pés aparentes), superfícies envidraçadas, portas de correr, tapetes grandes em tons contínuos e iluminação distribuída (direta e indireta) ampliam a leitura espacial”, comenta a designer de interiores Daiane Antinolfi.
Mais truques para ampliar os ambientes
Caso o objetivo seja criar a sensação de que o recinto é mais largo, a indicação é pintar o fundo e o teto com tons escuros e manter as laterais claras. Outras opções para deixar o espaço maior são: pintar o teto e uma parede da mesma nuance, ou pintar as paredes de uma tonalidade mais escura que o teto.
Além disso, pintar de escuro apenas uma parede pode criar profundidade, desde que as outras superfícies sejam claras.
O destaque é o teto pintado num tom mostarda, que reflete a luz vinda das amplas janelas com vista da paisagem externa. Projeto do escritório Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo/Divulgação
“Para alongar, o ideal é manter o teto e as paredes laterais em tons claros e neutros, e aplicar uma cor ligeiramente mais escura ou vibrante na parede de fundo, considerando como referência o ângulo de acesso ao ambiente. Outra técnica é usar o piso em sentido longitudinal, com tábuas, porcelanatos ou tapetes estendidos no sentido do maior comprimento do cômodo”, fala Mariana.
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Utilizar a mesma coloração em diferentes tonalidades cria a sensação de continuidade, conectando os espaços e criando um lar harmonioso e integrado.
O papel de parede conta com listras verticais que ajudam a elevar visualmente o espaço. Projeto do designer de interiores e lighting designer Waldir Junior em colaboração com o arquiteto Guilherme Garcia
Fábio Jr. Severo/Divulgação
O tom sobre tom também é uma opção interessante, pois, quando há a variação de cores similares, não ocorre o cansaço visual. Ademais, invista nas nuances complementares – as que estão em extremidades opostas no círculo cromático – para o efeito de contraste.
“Papéis de parede com padrões sutis e cores claras funcionam bem. Uma parede vibrante pode ser usada como destaque, desde que o restante do ambiente seja neutro e iluminado”, finaliza a designer de interiores.
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“A cor atua diretamente na percepção espacial porque altera como a luz se comporta no recinto. Cores claras refletem a luz, criando leveza e a sensação de espaço aberto. Já as ascuras absorvem a luz, o que pode deixar o ambiente intimista, mas também mais ‘fechado’ ou ‘compacto’”, destaca a arquiteta Mariana Meneghisso.
Os tons claros também auxiliam a distribuir a iluminação de forma uniforme, eliminando as sombras e oferecendo a impressão de que o perímetro é maior. Essa ilusão é muito útil para quem mora em apartamentos ou casas compactas.
A seguir, confira as principais cores e outros para ampliar os espaços:
Paleta neutra
O revestimento de microcimento da Monofloor, na cor Flamingo, foi aplicado na bancada da pia e no banco de concreto. Projeto da arquiteta Fernanda Altemari
Miti Sameshima/Divulgação
O uso de bege, areia, baunilha e off-white contribui para a sensação de amplitude. O branco, por exemplo, reflete quase toda a luz que incide sobre ele, criando continuidade entre as superfícies.
Cinza
O cinza das paredes, boiserie e cabeceira proporcionam sobriedade e maior profundidade. Projeto da arquiteta Jakelline Munero
Ver.so Duo/Divulgação
A tonalidade cinza é uma alternativa sutil e sofisticada para variar na decoração, trazendo maior profundidade sem pesar os cômodos.
Azul
O revestimento da coleção Make da Portinari foi aplicado na cor azul. Projeto do Estúdio Minke, das arquitetas Camila Stump e Nabila Sukrieh
Maura Mello/Divulgação | Produção: Deborah Apsan/Divulgação
Associado à tranquilidade e paz, o azul oferece profundidade, especialmente em tons mais suaves.
Amarelo
O uso do amarelo contribui para uma estética viva e repleta de personalidade. Projeto do escritório ARKITITO Arquitetura
Andréa Soares/Divulgação
Por trazer vida e energia para os ambientes, o amarelo é indicado. No entanto, é importante redobrar a atenção para não provocar desconforto visual com o uso em excesso.
Verde
Os detalhes em preto das esquadrias harmonizam com o piso e quebram a hegemonia do verde. Projeto assinado pelo escritório CoDA Arquitetura
Júlia Tótoli/Divulgação
A cor verde é frequentemente ligada ao equilíbrio, bem-estar e conexão com a natureza, ganhando destaque devido a sua versatilidade e diversidade de tons disponíveis.
Rosa
As cores são capazes de alterar a percepção do tamanho de um cômodo, tornando- o mais amplo. Projeto da arquiteta Mari Milani
Erika Urbino/Divulgação
Que tal sair da mesmice e apostar em outras nuances, com tons delicados como o rosa? Ele é eficaz em uma paleta clara, como rosa pastel ou bebê.
O uso de espelhos
Os espelhos, além de refletirem a luz, duplicam visualmente o espaço. Projeto do escritório Studio FP02
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Os espelhos são capazes de refletir a luz, oferecendo profundidade ao espaço, que aparenta ser maior do que ele realmente é, sendo uma boa alternativa para além das cores.
Iluminação
O planejamento da iluminação de forma inadequada pode achatar os cômodos. Portanto, é importante garantir que a luz natural ou artificial reforce a sofisticação das cores e elimine as zonas de sombra.
A ilusão de ótica ocorre porque o olho humano associa tons claros a luminosidade e profundidade. Projeto do Sabugosa Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação | Produção: Alayzinha/Divulgação
“A iluminação interfere na leitura das cores e, por consequência, na sensação de espaço. Ambientes bem iluminados, especialmente com luz difusa e homogênea, tendem a parecer maiores. Já uma iluminação pontual ou mal distribuída pode gerar sombras e realçar contrastes, tornando o espaço visualmente fragmentado e menor”, pontua o arquiteto Alexandre Pasquotto.
Móveis e outros elementos
O uso de objetos em tons próximos evita rupturas visuais e reforça a sensação visual de amplitude. Para criar esse efeito, aposte em itens decorativos da mesma família cromática e adornos com contrastes pontuais, de modo a não sobrecarregar o olhar.
Neste projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro, os móveis e acessórios seguem a mesma paleta de tons suaves
Keniche Santos/Divulgação
“Espelhos estrategicamente posicionados, mobiliário com base elevada (pés aparentes), superfícies envidraçadas, portas de correr, tapetes grandes em tons contínuos e iluminação distribuída (direta e indireta) ampliam a leitura espacial”, comenta a designer de interiores Daiane Antinolfi.
Mais truques para ampliar os ambientes
Caso o objetivo seja criar a sensação de que o recinto é mais largo, a indicação é pintar o fundo e o teto com tons escuros e manter as laterais claras. Outras opções para deixar o espaço maior são: pintar o teto e uma parede da mesma nuance, ou pintar as paredes de uma tonalidade mais escura que o teto.
Além disso, pintar de escuro apenas uma parede pode criar profundidade, desde que as outras superfícies sejam claras.
O destaque é o teto pintado num tom mostarda, que reflete a luz vinda das amplas janelas com vista da paisagem externa. Projeto do escritório Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo/Divulgação
“Para alongar, o ideal é manter o teto e as paredes laterais em tons claros e neutros, e aplicar uma cor ligeiramente mais escura ou vibrante na parede de fundo, considerando como referência o ângulo de acesso ao ambiente. Outra técnica é usar o piso em sentido longitudinal, com tábuas, porcelanatos ou tapetes estendidos no sentido do maior comprimento do cômodo”, fala Mariana.
Leia mais
Utilizar a mesma coloração em diferentes tonalidades cria a sensação de continuidade, conectando os espaços e criando um lar harmonioso e integrado.
O papel de parede conta com listras verticais que ajudam a elevar visualmente o espaço. Projeto do designer de interiores e lighting designer Waldir Junior em colaboração com o arquiteto Guilherme Garcia
Fábio Jr. Severo/Divulgação
O tom sobre tom também é uma opção interessante, pois, quando há a variação de cores similares, não ocorre o cansaço visual. Ademais, invista nas nuances complementares – as que estão em extremidades opostas no círculo cromático – para o efeito de contraste.
“Papéis de parede com padrões sutis e cores claras funcionam bem. Uma parede vibrante pode ser usada como destaque, desde que o restante do ambiente seja neutro e iluminado”, finaliza a designer de interiores.
