Usada como complemento de adubação, a borra de café eleva a acidez do solo e beneficia algumas espécies de flores Para deixar apartamentos ou casas pequenas mais conectados à natureza, é comum usarmos plantas em vasos. Mesmo se adaptando bem nesses ambientes, essas espécies acabam ficando longe do solo, de onde normalmente extraem os nutrientes necessários para se desenvolverem de forma saudável. Por isso, é essencial cuidar da adubação — afinal, quando estão isoladas, elas precisam receber essas substâncias de fontes externas. Nesse processo, vale apostar em adubos químicos, orgânicos ou caseiros.
A borra de café é um tipo de adubo orgânico. Ela pode ser aproveitada em qualquer forma de preparo — desde o pó que sobra no filtro da cafeteira até os resíduos de cápsulas de café expresso. “O ideal é deixarmos o pó secar antes de colocá-lo na terra. Ele pode, sim, enriquecer o solo, pois contém nutrientes como nitrogênio e potássio, que são componentes importantes, inclusive, de fertilizantes do tipo NPK”, explica a paisagista Catê Poli. É importante destacar, no entanto, que a borra, sozinha, não representa uma adubação completa.
A borra de café deve sempre ser utilizada em quantidades pequenas nos vasos. Em canteiros, é possível usar uma quantidade maior do pó
Getty Images
“Não é algo milagroso, nem deve ser utilizado em excesso. Quantidades grandes podem causar fungos, mofo ou até prejudicar a saúde das plantas. A dica é usar de forma pontual, como uma complementação, e não como adubo principal. Muitas vezes, o uso vem mais de um impulso sustentável, de evitar o descarte, do que de um efeito realmente potente no solo — o que é válido, desde que seja feito com equilíbrio”, completa Catê. Uma pitada de borra de café já é suficiente para um vaso pequeno, por exemplo. É importante, inclusive, não cobrir todo o substrato com esse pó.
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As hortênsias são algumas das espécies de flores que podem receber a borra de café em poucas quantidades
Getty Images
As violetas também gostam do solo levemente mais ácido
Getty Images
Outro ponto interessante é que, como a borra aumenta um pouco a acidez do solo, algumas espécies de flores podem se beneficiar. É o caso das rosas, violetas, hortênsias e do lírio-da-paz. Algumas hortaliças também gostam desse substrato levemente mais ácido — como alface, espinafre e couve.
Nas hortas caseiras, algumas folhas como o alface vão bem com um aditivo de borra de café
Getty Images
As rosas ficam ainda mais bonitas quando recebem poucas quantidades de borra de café nos vasos
Getty Images
Porém, nem todas as plantas se adaptam bem. Apesar de preferirem solos ácidos, os tomateiros, por exemplo, podem ter problemas na germinação com a cafeína na terra. Gerânios e algumas espécies de suculentas, por exemplo, tendem a preferir solos um pouco mais alcalinos – portanto, evite a substância nesses casos.
Para o paisagista Edu Bianco, a borra de café também pode ajudar a espantar invertebrados. “Ela tem ação repelente natural contra algumas pragas, como formigas, caracóis e lesmas. E é um ótimo adubo e fornecedor de matéria orgânica para as plantas”, explica. Além disso, ela também pode ser aproveitada na composteira, em sistemas secos ou com minhocas – mais uma boa alternativa para reutilizar estes resíduos orgânicos.
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A borra de café deve sempre ser utilizada em quantidades pequenas nos vasos. Em canteiros, é possível usar uma quantidade maior do pó
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“Não é algo milagroso, nem deve ser utilizado em excesso. Quantidades grandes podem causar fungos, mofo ou até prejudicar a saúde das plantas. A dica é usar de forma pontual, como uma complementação, e não como adubo principal. Muitas vezes, o uso vem mais de um impulso sustentável, de evitar o descarte, do que de um efeito realmente potente no solo — o que é válido, desde que seja feito com equilíbrio”, completa Catê. Uma pitada de borra de café já é suficiente para um vaso pequeno, por exemplo. É importante, inclusive, não cobrir todo o substrato com esse pó.
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Porém, nem todas as plantas se adaptam bem. Apesar de preferirem solos ácidos, os tomateiros, por exemplo, podem ter problemas na germinação com a cafeína na terra. Gerânios e algumas espécies de suculentas, por exemplo, tendem a preferir solos um pouco mais alcalinos – portanto, evite a substância nesses casos.
Para o paisagista Edu Bianco, a borra de café também pode ajudar a espantar invertebrados. “Ela tem ação repelente natural contra algumas pragas, como formigas, caracóis e lesmas. E é um ótimo adubo e fornecedor de matéria orgânica para as plantas”, explica. Além disso, ela também pode ser aproveitada na composteira, em sistemas secos ou com minhocas – mais uma boa alternativa para reutilizar estes resíduos orgânicos.
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