Buracos nas folhas da planta? Saiba o que pode ser e como tratar!

Os buracos nas plantas podem ter várias causas, incluindo pragas mastigadoras que se alimentam do tecido foliar; fatores ambientais; e doenças fúngicas que causam manchas amarelas e amarronzadas nas folhas.
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Um truque para identificar o problema é observar o formato e o padrão dos danos. Normalmente, buracos irregulares com a presença de fezes indicam insetos; enquanto rasgos lineares ou marcas ressecadas apresentam relação com o vento, o granizo ou a insolação, geralmente associada a queimaduras.
Para Elis Cristina, arquiteta paisagista e gestora ambiental na Soul Verde Paisagismo, a presença de manchas amareladas ou bordas necrosadas ao redor dos buracos pode sinalizar uma doença.
Plantas enfraquecidas por falta de luz ou excesso de sombra ficam mais suscetíveis às pragas
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“Dá pra diferenciar observando bem: se tiver mordidas nas bordas, furos sem padrão, insetos ou fezes nas folhas, é praga. Já se os buracos vierem acompanhados de manchas amareladas ou escuras, pode ser doença”, destaca a paisagista Ariane Carolina Pinto.
Quais são as plantas mais afetadas?
“Plantas tropicais de folhas mais tenras, como as helicônias, os gengibres ornamentais e certas palmeiras jovens são mais vulneráveis. Hortaliças, como alface e couve, também estão entre as mais atacadas. Plantas com folhas mais rígidas ou cerosas, como as zamioculcas, sofrem menos”, informa Aline Almeida, engenheira agrônoma, paisagista e proprietária do escritório Essência de Mato.
Plantas jovens e tropicais são as mais suscetíveis a terem folhas com buracos
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A seguir, confira os principais tipos de buracos que afetam as plantas:
Lesmas e caracóis
Ter um ambiente equilibrado reduz a incidência de pragas nas plantas
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Muito conhecidos por afetarem a saúde das plantas, estes gastrópodes costumam causar danos no alface, no tomate, no manjericão, no hibisco, no repolho, no pepino e no spimentão. Os buracos vão em direção ao centro da folha.
Lagartas
A chave é observar o formato e o padrão dos danos para identificar a causa dos buracos nas plantas
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As lagartas também se alimentam de partes das plantas, criando buracos de tamanhos variados, que surgem na borda e no centro das folhas.
Besouro japonês
Irrigação adequada, circulação de ar e diversidade de espécies são alguns dos fatores que evitam a formação de buracos nas folhas
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O besouro japonês come buracos pequenos e diversos entre as nervuras das folhas, resultando em uma aparência esquelética e similar à renda, que pode afetar uma porção ou a folha inteira.
Besouro-pulga
Os principais métodos para controlar os insetos são a construção de barreiras físicas, como telas e coberturas e o uso de repelentes naturais em jardins residenciais
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Já o besouro-pulga perfura as folhas com pequenos buracos que lembram tiros, afetando espécies como rosas, hortênsias, couve e berinjela.
Larvas de mosca-serra
Plantas saudáveis ​​e com a frequência ideal de rega e adubação são mais resistentes a insetos e doenças
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Alguns dos buracos causados pelas larvas começam na borda das folhas e se aprofundam. Porém, elas também podem causar o efeito esquelético de uma planta inteira.
Abelha cortadeira
A abelha cortadeira, também conhecida como abelha corta-folha, faz buracos em formato de meia-lua
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Os discos cortados pelo inseto apresentam formato regular de meia-lua, e aparecem ao longo das folhas.
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A tonalidade amarela e marrom também pode indicar falta de iluminação, rega inadequada ou adubação insuficiente
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Esta praga mastiga as folhas de rosas, morangos, viburnos, lírios, camélias, outras plantas perenes e árvores. As bordas sofrem danificações irregulares com margens em tons de marrom.
Como evitar os buracos?
O primeiro passo para a prevenção é realizar um monitoramento constante da planta. Em seguida, retire as folhas mais comprometidas para estimular o surgimento de novas brotações e aplique soluções naturais, como óleo de neem ou sabão inseticida.
“Se a planta já estiver bem detonada, não precisa se desesperar: basta cortar as folhas mais danificadas, reforçar a adubação e cuidar da rega. Planta que recebe a quantidade certa de luz e não fica encharcada tem muito mais resistência contra pragas e doenças”, pontua Ariane.
Descobrir os potenciais agressores plantas evita danos futuros à vegetação
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Além disso, é fundamental garantir a qualidade do solo, que deve ser fértil, bem drenado e rico em matéria orgânica. Um ambiente equilibrado, com irrigação e iluminação adequadas, também reduz a incidência de pragas.
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A gestora ambiental comenta que, tanto o excesso quanto a falta de água enfraquecem a planta, tornando-a mais vulnerável aos ataques. Outra indicação é isolar a espécie contaminada de outras plantas.
Sobre o uso de pesticidas, Aline alerta: “Somente quando a infestação está fora de controle e os métodos mais naturais não foram suficientes. O uso de pesticidas deve ser criterioso, respeitando o tipo de planta, o ambiente e a segurança de pessoas e animais que convivem ali.”

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