O capim-dos-pampas (Cortaderia selloana) é uma espécie ornamental nativa do bioma pampas, no sul do Brasil, no Paraguai e na Argentina, que se destaca pelas plumas delicadas. Sua forma volumosa e o movimento suave das inflorescências o tornam um recurso versátil, tanto para projetos de paisagismo, quanto para arranjos dentro de casa.
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Esse tipo de capim foi amplamente utilizado na decoração durante os anos 1980 e 1990 e, atualmente, seu uso é mais comum em casas de campo ou ambientes com estilo campestre. “É uma planta de presença marcante, capaz de transformar qualquer espaço, interno ou externo, conferindo um toque rústico e sofisticado”, salienta Marcela Albuquerque, arquiteta e fundadora do escritório Malbu Arquitetura.
As suas plumas são delicadas, em tons de branco, bege, off-white e até rosadas. “O capim-dos-pampas é bem resistente às secas, mas precisa de áreas amplas para se desenvolver e deve ser colocado longe do alcance das crianças e dos pets devido às folhas serreadas”, explica a paisagista Catê Poli.
Volume, textura e movimento para áreas externas
No paisagismo, o capim-dos-pampas funciona como ponto focal. Suas touceiras formam blocos generosos que ganham ainda mais destaque quando o vento movimenta as plumas. “Pode ser usado em jardins de diversos estilos – ecológico, nativo, campestre, tropical ou contemporâneo”, indica o arquiteto paisagista Douglas Brandão.
No projeto da paisagista Renata Guastelli, a entrada de pedras é adornada por capim-dos-pampas e ciprestes italianos
Divulgação
A espécie pode ser inserida de forma planejada, em canteiros ou floreiras, e é uma boa escolha para criar bordaduras, compor com arbustos menores ou servir como fundo de canteiros floridos. “Mesclá-los a outras espécies permite variar alturas e volumes, resultando em composições orgânicas e interessantes”, indica Marcela.
Em jardins maiores, também pode funcionar como barreira leve, sem bloquear totalmente a visão. Outra opção é utilizá-lo apenas na finalização. “Nesse caso, é possível dispor hastes desidratadas de capim em vasos, potes ou cachepôs”, sugere a arquiteta.
O deque de cumaru é abraçado por capim-do-texas verde, pitósporo-japonês, capim-dos-pampas e minipitanga. Projeto de paisagismo de Rodrigo Oliveira
Fran Parente / Divulgação
As plumas viram protagonistas em ambientes internos
Além do uso vivo, o capim-dos-pampas consagrou-se como elemento decorativo. As plumas, quando colhidas e tratadas, mantêm sua forma por meses, e trazem leveza e textura às composições.
“As hastes das plumas podem ser cortadas e utilizadas na decoração de ambientes internos em maciços ou compondo arranjos secos”, destaca Douglas. Elas podem ser usadas sozinhas em vasos altos e estreitos, ou combinadas a flores de corte frescas.
É possível usar o capim como parte da decoração em lustres e luminárias, como nessa sala idealizada pelo escritório MF+ Arquitetos
Fernando Guerra/Divulgação
Dentro de casa, funcionam bem em salas de estar, halls e até como ponto de destaque em festas e eventos. A neutralidade dos tons bege e off-white harmoniza com paletas claras, mas também suaviza decorações mais coloridas.
Em ambientes no estilo boho, as plumas aparecem com frequência. “Combinadas com cerâmica, fibras naturais ou vidro essa estética boho é ainda mais destacada”, afirma a arquiteta Cassiana Miranda. Elas também podem ser usadas em propostas minimalistas, com apenas uma ou duas hastes.
Como fazer uma decoração econômica com o capim-dos-pampas
O capim-dos-pampas permite criar composições de grande impacto com poucos elementos. “Uma opção econômica e sofisticada é usar vasos de barro com estética mais ática, variando alturas entre 30 e 80 centímetros”, indica Marcela. Essa variação pode estar, por exemplo, no hall de entrada.
Para prolongar a durabilidade das plumas secas, é possível aplicar spray fixador. O produto evita que as hastes soltem pequenas palhinhas, mantendo o efeito bonito por mais tempo.
Outra opção é aplicar uma pintura sobre as plumas. “As plumas podem receber tons metálicos, como dourado, cobre e prateado, para decorar os ambientes para receber festas e ocasiões especiais”, sugere Cassiana.
Como cultivar o capim-dos-pampas
O capim-dos-pampas prefere sol pleno e solo bem drenado. Em áreas de jardim, precisa de espaço para crescer, já que as touceiras podem chegar a 3 metros de altura. “Apesar do seu crescimento inicial ser lento, após dar as primeiras plumas, a durabilidade é alta e as plumas conferem um aspecto bem ornamental”, salienta Catê.
A espécie prefere o sol pleno e pode ser disposta em jardineiras na varanda para compor a decoração. Paisagismo criado por Isadora Airoldi
Carolina Lacaz/Divulgação
A manutenção é simples. O indicado é uma remoção periódica das plumas quando as hastes caem, e das folhas secas a partir da base. Anualmente, também é preciso fazer uma poda drástica de renovação, ao término do verão ou início da primavera. “É indicado o uso de EPI’s, como luvas, mascaras, óculos, bonés e roupas compridas, a fim de evitar cortes”, orienta Douglas.
Quando cultivado em vasos ou jardineiras, o ideal é optar por recipientes profundos e largos, reforçar a adubação ao longo do ano e, sempre que necessário, substituir parte do substrato para garantir o vigor da planta. O solo deve ser leve e rico em matéria orgânica. “Uma adubação orgânica anual e duas vezes ao ano com fertilizantes do tipo NPK são suficientes”, comenta Adriano Alves, da Caetê Plantas Ornamentais.
Quanto à rega, a exigência hídrica é baixa. “O capim-dos-pampas cultivado diretamente no solo tolera encharcamentos e curtos períodos de estiagem”, complementa Adriano.
A espécie pode ser combinada com outras plantas de baixo e médio porte, como costela-de-adão e capim-do-texas. Projeto da paisagista Bia Abreu
Daniel Mansur/Divulgação
No entanto, devido a sua expansão intensa, o capim vivo não é recomendado para espaços muito pequenos, nem para ambientes com pouca ou nenhuma luz, já que a luz solar é fundamental para a espécie se desenvolver.
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Pontos de atenção com o capim-dos-pampas
Em algumas regiões, o capim-dos-pampas pode ser considerado uma espécie invasora. É importante checar as regulamentações locais antes do plantio e, no caso de jardins, consultar um profissional especializado para auxiliar na escolha das demais espécies que serão cultivadas junto ao capim.
Como é uma gramínea de crescimento vigoroso, precisa de manutenção para não se espalhar além do desejado. Em vasos, o crescimento é naturalmente limitado, mas ainda assim exige podas e adubação regulares.
Outro aspecto importante é a segurança. “A espécie é altamente inflamável, sendo importante que se aplique a ignifugação, um tratamento anti-chamas importante para reduzir esse potencial de acidentes”, indica Catê. Manter a planta longe de fontes de calor também é fundamental.
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Esse tipo de capim foi amplamente utilizado na decoração durante os anos 1980 e 1990 e, atualmente, seu uso é mais comum em casas de campo ou ambientes com estilo campestre. “É uma planta de presença marcante, capaz de transformar qualquer espaço, interno ou externo, conferindo um toque rústico e sofisticado”, salienta Marcela Albuquerque, arquiteta e fundadora do escritório Malbu Arquitetura.
As suas plumas são delicadas, em tons de branco, bege, off-white e até rosadas. “O capim-dos-pampas é bem resistente às secas, mas precisa de áreas amplas para se desenvolver e deve ser colocado longe do alcance das crianças e dos pets devido às folhas serreadas”, explica a paisagista Catê Poli.
Volume, textura e movimento para áreas externas
No paisagismo, o capim-dos-pampas funciona como ponto focal. Suas touceiras formam blocos generosos que ganham ainda mais destaque quando o vento movimenta as plumas. “Pode ser usado em jardins de diversos estilos – ecológico, nativo, campestre, tropical ou contemporâneo”, indica o arquiteto paisagista Douglas Brandão.
No projeto da paisagista Renata Guastelli, a entrada de pedras é adornada por capim-dos-pampas e ciprestes italianos
Divulgação
A espécie pode ser inserida de forma planejada, em canteiros ou floreiras, e é uma boa escolha para criar bordaduras, compor com arbustos menores ou servir como fundo de canteiros floridos. “Mesclá-los a outras espécies permite variar alturas e volumes, resultando em composições orgânicas e interessantes”, indica Marcela.
Em jardins maiores, também pode funcionar como barreira leve, sem bloquear totalmente a visão. Outra opção é utilizá-lo apenas na finalização. “Nesse caso, é possível dispor hastes desidratadas de capim em vasos, potes ou cachepôs”, sugere a arquiteta.
O deque de cumaru é abraçado por capim-do-texas verde, pitósporo-japonês, capim-dos-pampas e minipitanga. Projeto de paisagismo de Rodrigo Oliveira
Fran Parente / Divulgação
As plumas viram protagonistas em ambientes internos
Além do uso vivo, o capim-dos-pampas consagrou-se como elemento decorativo. As plumas, quando colhidas e tratadas, mantêm sua forma por meses, e trazem leveza e textura às composições.
“As hastes das plumas podem ser cortadas e utilizadas na decoração de ambientes internos em maciços ou compondo arranjos secos”, destaca Douglas. Elas podem ser usadas sozinhas em vasos altos e estreitos, ou combinadas a flores de corte frescas.
É possível usar o capim como parte da decoração em lustres e luminárias, como nessa sala idealizada pelo escritório MF+ Arquitetos
Fernando Guerra/Divulgação
Dentro de casa, funcionam bem em salas de estar, halls e até como ponto de destaque em festas e eventos. A neutralidade dos tons bege e off-white harmoniza com paletas claras, mas também suaviza decorações mais coloridas.
Em ambientes no estilo boho, as plumas aparecem com frequência. “Combinadas com cerâmica, fibras naturais ou vidro essa estética boho é ainda mais destacada”, afirma a arquiteta Cassiana Miranda. Elas também podem ser usadas em propostas minimalistas, com apenas uma ou duas hastes.
Como fazer uma decoração econômica com o capim-dos-pampas
O capim-dos-pampas permite criar composições de grande impacto com poucos elementos. “Uma opção econômica e sofisticada é usar vasos de barro com estética mais ática, variando alturas entre 30 e 80 centímetros”, indica Marcela. Essa variação pode estar, por exemplo, no hall de entrada.
Para prolongar a durabilidade das plumas secas, é possível aplicar spray fixador. O produto evita que as hastes soltem pequenas palhinhas, mantendo o efeito bonito por mais tempo.
Outra opção é aplicar uma pintura sobre as plumas. “As plumas podem receber tons metálicos, como dourado, cobre e prateado, para decorar os ambientes para receber festas e ocasiões especiais”, sugere Cassiana.
Como cultivar o capim-dos-pampas
O capim-dos-pampas prefere sol pleno e solo bem drenado. Em áreas de jardim, precisa de espaço para crescer, já que as touceiras podem chegar a 3 metros de altura. “Apesar do seu crescimento inicial ser lento, após dar as primeiras plumas, a durabilidade é alta e as plumas conferem um aspecto bem ornamental”, salienta Catê.
A espécie prefere o sol pleno e pode ser disposta em jardineiras na varanda para compor a decoração. Paisagismo criado por Isadora Airoldi
Carolina Lacaz/Divulgação
A manutenção é simples. O indicado é uma remoção periódica das plumas quando as hastes caem, e das folhas secas a partir da base. Anualmente, também é preciso fazer uma poda drástica de renovação, ao término do verão ou início da primavera. “É indicado o uso de EPI’s, como luvas, mascaras, óculos, bonés e roupas compridas, a fim de evitar cortes”, orienta Douglas.
Quando cultivado em vasos ou jardineiras, o ideal é optar por recipientes profundos e largos, reforçar a adubação ao longo do ano e, sempre que necessário, substituir parte do substrato para garantir o vigor da planta. O solo deve ser leve e rico em matéria orgânica. “Uma adubação orgânica anual e duas vezes ao ano com fertilizantes do tipo NPK são suficientes”, comenta Adriano Alves, da Caetê Plantas Ornamentais.
Quanto à rega, a exigência hídrica é baixa. “O capim-dos-pampas cultivado diretamente no solo tolera encharcamentos e curtos períodos de estiagem”, complementa Adriano.
A espécie pode ser combinada com outras plantas de baixo e médio porte, como costela-de-adão e capim-do-texas. Projeto da paisagista Bia Abreu
Daniel Mansur/Divulgação
No entanto, devido a sua expansão intensa, o capim vivo não é recomendado para espaços muito pequenos, nem para ambientes com pouca ou nenhuma luz, já que a luz solar é fundamental para a espécie se desenvolver.
Leia mais
Pontos de atenção com o capim-dos-pampas
Em algumas regiões, o capim-dos-pampas pode ser considerado uma espécie invasora. É importante checar as regulamentações locais antes do plantio e, no caso de jardins, consultar um profissional especializado para auxiliar na escolha das demais espécies que serão cultivadas junto ao capim.
Como é uma gramínea de crescimento vigoroso, precisa de manutenção para não se espalhar além do desejado. Em vasos, o crescimento é naturalmente limitado, mas ainda assim exige podas e adubação regulares.
Outro aspecto importante é a segurança. “A espécie é altamente inflamável, sendo importante que se aplique a ignifugação, um tratamento anti-chamas importante para reduzir esse potencial de acidentes”, indica Catê. Manter a planta longe de fontes de calor também é fundamental.
