Casa com concreto cor-de-rosa parece flutuar no meio da Mata Atlântica

A residência de 960 m² tem dois volumes de concreto cor-de-rosa com conexão orgânica e soltos no terreno em Paraty, RJ, proporcionando um verdadeiro mergulho na natureza A braçada pela Mata Atlântica, a casa de praia de 960 m² é conectada de todas as maneiras com a natureza no Condomínio Laranjeiras, em Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro. Uma delas é a aparência do concreto maciço com pigmento especial feito para o projeto desenvolvido pelo escritório mf+arquitetos (@mfmaisarquitetos).
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“Como a moradora pediu que a casa fosse cor-de-rosa, procuramos criar um tom que não fosse vibrante para não ‘gritar’ no contexto local”, diz o arquiteto Filipi Oliveira, sócio da arquiteta Mariana Garcia Oliveira. “Chegamos a uma mistura que silencia na mata e combina com outros elementos da casa: pedras, madeira maciça e pintura verde.”
PASSARELA | Tem fechamento de biribas de eucalipto, da Bambuí, piso de fulget, da Flowin, e cobertura metálica com forro
Fernando Guerra/Divulgação
O formato irregular do terreno de 3.500 m² levou à construção de dois volumes de concreto — um retangular e outro quadrado — ligados por passarela sinuosa. “A ideia foi aproveitar a área ao máximo” diz o arquiteto Luis Felipe de Oliveira Silva, gerente de estudo de projetos.
JARDIM LATERAL | As seis suítes têm brises de biribas de eucalipto, com abertura tipo camarão, da Bambuí, que fazem a conexão com o jardim lateral
Fernando Guerra/Divulgação
“Para barrar a umidade do solo, as caixas de concreto são suspensas por vigas invertidas e têm balanços na base”, explica Filipi. “Os blocos soltos do chão e alongados com proporção baixa têm leveza e parecem flutuar”, afirma a arquiteta Talita Menezes Facirolli, gerente de projeto técnico.
CORREDOR | O corredor da área íntima é aberto para o jardim e tem painéis de freijó maciço ripado que camuflam as portas das suítes e cobrem o teto
Fernando Guerra/Divulgação
Na frente do terreno, um paredão protege o volume retangular que abriga a área íntima, com seis suítes. Em uma extremidade fica a garagem e, na outra, a porta de entrada.
ARQUITETURA | Vista aérea do volume da área íntima, que tem na laje de cobertura telhas de barro, obrigatórias nas casas de Paraty. O paisagismo de Vania Duarte acompanha a mata nativa
Fernando Guerra/Divulgação
No hall de entrada, à direita fica o corredor com as portas das suítes e, à esquerda, a passarela que leva ao bloco quadrado da área social. Esse volume tem vão-livre de 22 metros, paredes cegas nas laterais e varandas nas outras fachadas.
PISCINA | Ela tem espelho d’água que passa embaixo do volume da área social. As bordas são de granito Siena, e o fundo é revestido de lajão feito com a mesma pedra
Fernando Guerra/Divulgação
O espaço gourmet fica na varanda dos fundos, que tem cinco metros de largura e é integrada à área de lazer. “Fizemos a piscina com formato orgânico e a passarela em curva para quebrar as linhas retas dos volumes de concreto”, diz Filipi.
VENTILAÇÃO | Os brises pivotantes de muxarabi de madeira tonalizada de verde, feitos pela Móveis Hilário, podem fechar o living na fachada voltada para o jardim frontal. O piso da área social é revestido de lajão de granito Siena feito in loco pela AM Lesec Marmoraria. Placas da mesma pedra fazem os caminhos do gramado
Fernando Guerra/Divulgação
A piscina tem espelho d’água que passa por baixo do bloco social e chega até a passarela, que é fechada nas laterais por painéis de biribas de eucalipto autoportantes. “Eles não têm estrutura metálica robusta para deixar a passarela vazada e ter experiência de circulação diferente”, explica Talita.
ÁREA SOCIAL | O living é separado da varanda por painéis de vidro que recolhem em trilhos dentro da parede. Sofá e poltronas Astúrias, de Carlos Motta. Poltronas Acapulco. Mesa de centro de granito Siena esculpida pela AM Lesec Marmoraria
Fernando Guerra/Divulgação
Para integrar totalmente os ambientes ao exterior, os painéis deslizantes de vidro entram nas paredes. Na fachada frontal, o living tem proteção de brises pivotantes de muxarabi de madeira maciça com pintura verde, que se abrem para a varanda de dois metros de largura.
LAVABO | Tem bancada da mesma pedra e recebe iluminação zenital. Metais da Docol
Fernando Guerra/Divulgação
A mesma cor está na marcenaria do volume interno onde fica a cozinha e o setor de serviço. “Usamos a madeira verde e todos os materiais naturais para compor com a natureza”, diz Luis Felipe.
LIVING | As paredes e o teto da área social exibem a textura do concreto maciço com pigmento especial feito pela Vertices. A estante fica em volume com painéis de madeira em tom verde, feitos pela Móveis Hilário. Atrás ficam a cozinha e o lavabo. Na sala de estar, mesas de centro e lateral da Tora. Poltrona Jangada, de Jean Gillon. Na sala de jantar, mesa Maxi Lótus, do Atelier Fernando Jaeger, e cadeiras de antiquário
Fernando Guerra/Divulgação
Com vãos bem abertos, os ambientes recebem bastante luz natural e ventilação cruzada. “A casa é silenciosa, elegante na volumetria e respeitosa com o exterior. Abre-se para o paisagismo e a mata nativa, que a abraça, e tem privacidade quando precisa”, conclui Filipi.
HALL | O degrau de pedra rústica dá acesso ao hall de entrada, com porta recolhida dentro da parede, que fica em uma das extremidades do volume da área íntima e é revestido de painéis de freijó ripado maciço da GM dos Santos
Fernando Guerra/Divulgação
A piscina é como um lago com uma casa em cima. Parece que ela simplesmente acontece lá. Tudo tem aparência natural e nada se sobrepõe.”
SUÍTE DO CASAL | Tem aparador e parede revestida de painéis de freijó maciço. A cabeceira é da mesma madeira ripada. Assoalho de tauari da Sintelac
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Croqui do projeto criado em 2022 pelo mf+arquitetos. Obra concluída em 2023 pela construtora Torino Engenharia
Divulgação

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