Casa paulistana em terreno compacto tem rooftop com hidro e decoração neutra

Construída do zero, a residência de 200 m² em São Paulo valoriza integração dos ambientes, materiais naturais e jardim envolvente A casa de 300 m², no Jardim Paulistano, em São Paulo (SP), foi erguida do zero em um terreno de apenas 200 m², com o propósito, desde o início, de desafiar os limites da metragem e transformá-la em um refúgio onde os moradores — um casal de empresários — pudessem receber amigos e familiares de maneira generosa e fluida.
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Com projeto assinado pelo escritório WF Arquitetos (@wfarquitetos), comandado pelas sócias Stephanie Nigri Wolff e Beatriz Fujinaka, a residência é distribuída em três pavimentos.
No térreo, a cozinha, a sala de estar e a sala de jantar se unem em um só recinto, conectadas visualmente ao jardim que abraça a construção.
LIVING INTEGRADO COM O JARDIM | A área social, que se conecta ao jardim com paisagismo de Rodrigo Oliveira, reúne estar, jantar e cozinha. A curadoria de design inclui peças como poltrona Moleca, de Sergio Rodrigues, à esquerda, e poltrona dos anos 1960, em jacarandá maciço, do Liceu de Artes e Oficios, na Lora Ronco Galeria. Entre elas, banco Cardume, na Dpot Objeto. Mesa de centro Blast, de Ronald Sasson, na Micasa. Luminária Li, de piso, assinada por Adriana Yazbek, na Dpot. Tapete Marly bege, da Clatt. Ao fundo, entre as plantas, poltronas Loop Chair, de Willy Guhl
Fran Parente/Divulgação
No piso superior, duas suítes garantem privacidade e conforto, enquanto a cobertura abriga uma sala multiúso e um deque ensolarado, onde a vista para as copas das árvores faz esquecer que se está no meio da agitada capital paulista.
SALA DE JANTAR | A marcenaria executada com lâmina natural de freijó pela Bela Madera Movelaria, com bancada de Dekton, da Neogram, é o pano de fundo para a mesa existente, com cadeiras The Chair, de Hans Wegner, com assentos em palha. Porcelanato Elysian Mediterranea, na loja Superfície
Fran Parente/Divulgação
“Queríamos que a casa fosse um respiro, onde o verde permeasse todos os ambientes e se tornasse protagonista, mesmo em um lote tão compacto”, afirma Stephanie.
COZINHA | Enquanto a geladeira fica embutida na marcenaria executada com lâmina natural de freijó pela Bela Madera Movelaria, os fornos aparentes criam uma torre quente
Fran Parente/Divulgação
O conceito arquitetônico partiu da ideia de um volume monolítico, com o pavimento superior mais fechado, como um cubo de madeira suspenso, e o térreo livre e permeável, evocando o modernismo brasileiro.
ESCADA | Os degraus e o volume com prateleiras foram executados com peroba-mica pela MadeJapa. A estante abriga vasos e cerâmicas decorativas. Ao fundo, a porta leva ao lavabo
Fran Parente/Divulgação
A estética minimalista, aquecida por materiais naturais, traduz o desejo dos proprietários por um lar contemporâneo e atemporal.
“Foi preciso um estudo minucioso e complexo para fazer parecer fácil o que, na prática, é complexo”, comenta Beatriz sobre o desafio estrutural de manter a planta livre no pavimento inferior.
FACHADA | Na arquitetura da casa, o conceito partiu da ideia de um volume monolítico, com o pavimento superior lembrando um cubo de madeira suspenso, revestido de Arkos Arkowood, com sistema de portas do tipo camarão, com execução da Monta-Tec. O piso externo é de quartzito, da empresa Pedras Interlagos, com grama, sobre espelho e rejuntado. Execução de Beto Pedras Rústicas
Fran Parente/Divulgação
A escolha de materiais foi pensada para aliar beleza e funcionalidade. O porcelanato ocupa as áreas sociais, enquanto a madeira freijó aparece em painéis, móveis e no forro, com o intuito de “aquecer” os cômodos.
FACHADA | Na parte térrea, onde fica a área social, a aposta foi por um vão livre e permeável, por meio de esquadrias de vidro da Lumisystem, evocando o modernismo brasileiro. No corredor, paisagismo assinado por Rodrigo Oliveira
Fran Parente/Divulgação
Bancadas em Dekton e brises de madeira ecológica garantem durabilidade e baixa manutenção, enquanto a pedra quartzito natural recobre muros e áreas externas, reforçando a conexão com a natureza.
ESCRITÓRIO | O home office, que também funciona como quarto de hóspedes, tem sofá-cama e escrivaninha executados pela Bela Madera Movelaria. Cadeira The Chair, com assento em palha, de Hans Wegner, na Artesian. Tapete da Clatt
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“Priorizamos tons neutros e texturas naturais, para que a vegetação ao redor se destacasse e os espaços transmitissem uma tranquilidade quase atemporal”, descreve Beatriz.
SUÍTE MÁSTER | Lâmina natural de freijó está na mesa lateral e na cabeceira estofada com tecido de algodão da JRJ Tecidos, com execução da Bela Madera Movelaria, responsável também pela porta de correr em laca branca fosca. Piso de peroba-mica, da MadeJapa
Fran Parente/Divulgação
Na decoração, a casa ganhou mobiliário autoral e peças garimpadas em antiquários. Exemplos: a poltrona Moleca, de Sergio Rodrigues, ao lado da poltrona de jacarandá maciço do Liceu de Artes e Ofícios, na sala de estar, estão em harmonia com as cadeiras The Chair, de Hans Wegner, no jantar, e as poltronas Loop Chair, de Willy Guhl, no jardim.
BANHEIRO | Sob a bancada de mármore crema marfil Levigado, está o gabinete feito de lâmina natural de freijó pela Bela Madera Movelaria. Metais da Punto. Paredes e piso de porcelanato Elysian Mediterranea, na loja Superfície
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Parte dos móveis e objetos foram incorporados do acervo pessoal dos moradores, reforçando a ideia de habitação vivida e cheia de histórias. “Pedimos uma casa. Ganhamos a alegria de morar, o prazer estético e a vontade de voltar para cá”, comenta um dos proprietários.
COBERTURA | O rooftop tem uma sala multiuso — fechada com esquadrias de vidro da Luminsystem —, na qual ficam bancada de trabalho e poltrona, piano e sala de ginástica. Na área externa, o chuveirão da Deca foi instalado na parede revestida com textura Stucatto, da Terracor. Paisagismo de Rodrigo Oliveira
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O imóvel tem, ainda, uma sala multiúso no rooftop que pode se transformar conforme a ocasião, e a suíte de hóspedes funciona como escritório ou quarto para os netos do casal.
LOUNGE DA COBERTURA | O deque de madeira teka, da MadeJapa, reveste piso, beiral, banco e degraus. Poltrona, pufes e almofadas fornecidos por Nani Chinellato
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A cozinha integrada, com visão total do jardim, se tornou o ponto de encontro preferido da família. Na área externa, a antiga pitangueira preservada faz sombra sobre a garagem e marca o diálogo delicado entre arquitetura e paisagem.
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HIDRO | No rooftop foi possível ter uma hidro, revestida de pedra hijau da Palimanan, que ganha privacidade com o paisagismo assinado por Rodrigo Oliveira
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Um projeto que valoriza o essencial: luz natural, fluidez entre os espaços, design que não envelhece e possibilidade de celebrar a vida ao redor de uma boa mesa ou debaixo das árvores. Para as arquitetas, um exemplo de como arquitetura, decoração e paisagismo se entrelaçam.

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