Um casal de Nova Orleans, nos Estados Unidos, descobriu um artefato incomum no quintal da própria casa: uma antiga lápide romana com inscrições em latim. O achado, feito por acaso durante a manutenção do jardim, revelou uma história que atravessa séculos e continentes.
Leia mais
A antropóloga Daniella Santoro, da Universidade Tulane, e o marido, Aaron Lorenz, encontraram a pedra no quintal de sua residência no bairro histórico de Carrollton. Intrigada com as inscrições, ela entrou em contato com o Preservation Resource Center of New Orleans e com o arqueólogo D. Ryan Gray, da Universidade de Nova Orleans, para investigar a origem da peça.
Com ajuda de especialistas da Universidade de Innsbruck, da Áustria, o grupo decifrou o texto: tratava-se da lápide de quase dois mil anos pertencente a Sextus Congenius Verus, soldado que serviu 22 anos na marinha romana a bordo de um trirreme (embarcação grega da antiguidade).
A lápide de Sextus Congenius Verus foi encontrada parcialmente enterrada sob folhas e raízes no quintal de uma casa no bairro de Carrollton, em Nova Orleans (EUA)
D. Ryan Gray/Divulgação
A investigação rastreou a peça até o Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, na Itália — localizado a noroeste de Roma —, que foi destruído por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945). De acordo com os curadores do museu, o artefato estava desaparecido desde então.
Leia mais
Os pesquisadores supunham que um soldado estadunidense tivesse levado a lápide como lembrança após a guerra. E estavam certos: o avô da antiga moradora da casa, Charles E. Paddock, era sargento do Exército dos EUA e serviu na Itália durante o conflito. Casado com uma artista italiana, ele teria levado o objeto para Nova Orleans nos anos 1940.
A casa do século 19 em Nova Orleans abrigava a antiga lápide romana, usada por décadas como peça decorativa no jardim antes de ser identificada por pesquisadores internacionais
D. Ryan Gray/Divulgação
Décadas depois, a neta, Erin Scott O’Brien, herdou a peça e a utilizou como elemento decorativo em seu jardim, sem imaginar seu real valor. “Eu achava que era só uma obra de arte”, disse ela à revista Preservation in Print. Quando vendeu a propriedade, em 2018, acabou esquecendo o artefato no quintal.
Após a redescoberta pelo casal, a lápide foi entregue ao Art Crime Team do FBI (serviço de segurança nacional dos EUA), que cuidará do processo de repatriação para a Itália.
Leia mais
A antropóloga Daniella Santoro, da Universidade Tulane, e o marido, Aaron Lorenz, encontraram a pedra no quintal de sua residência no bairro histórico de Carrollton. Intrigada com as inscrições, ela entrou em contato com o Preservation Resource Center of New Orleans e com o arqueólogo D. Ryan Gray, da Universidade de Nova Orleans, para investigar a origem da peça.
Com ajuda de especialistas da Universidade de Innsbruck, da Áustria, o grupo decifrou o texto: tratava-se da lápide de quase dois mil anos pertencente a Sextus Congenius Verus, soldado que serviu 22 anos na marinha romana a bordo de um trirreme (embarcação grega da antiguidade).
A lápide de Sextus Congenius Verus foi encontrada parcialmente enterrada sob folhas e raízes no quintal de uma casa no bairro de Carrollton, em Nova Orleans (EUA)
D. Ryan Gray/Divulgação
A investigação rastreou a peça até o Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, na Itália — localizado a noroeste de Roma —, que foi destruído por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945). De acordo com os curadores do museu, o artefato estava desaparecido desde então.
Leia mais
Os pesquisadores supunham que um soldado estadunidense tivesse levado a lápide como lembrança após a guerra. E estavam certos: o avô da antiga moradora da casa, Charles E. Paddock, era sargento do Exército dos EUA e serviu na Itália durante o conflito. Casado com uma artista italiana, ele teria levado o objeto para Nova Orleans nos anos 1940.
A casa do século 19 em Nova Orleans abrigava a antiga lápide romana, usada por décadas como peça decorativa no jardim antes de ser identificada por pesquisadores internacionais
D. Ryan Gray/Divulgação
Décadas depois, a neta, Erin Scott O’Brien, herdou a peça e a utilizou como elemento decorativo em seu jardim, sem imaginar seu real valor. “Eu achava que era só uma obra de arte”, disse ela à revista Preservation in Print. Quando vendeu a propriedade, em 2018, acabou esquecendo o artefato no quintal.
Após a redescoberta pelo casal, a lápide foi entregue ao Art Crime Team do FBI (serviço de segurança nacional dos EUA), que cuidará do processo de repatriação para a Itália.



