‘Chef de Alto Nível’ estreia na Globo com tensão, três cozinhas e cenário de 1.500 m²

Jefferson Rueda, Renata Vanzetto e Alex Atala são os chefs mentores dos 24 participantes do novo programa da Globo, apresentado por Ana Maria Braga O novo reality culinário da Globo, Chef de Alto Nível, estreia em 15 de julho e promete uma dinâmica completamente inédita com desafios inesperados. Apresentado por Ana Maria Braga, o programa terá 24 participantes disputando o prêmio de R$ 500 mil com os renomados chefs Alex Atala, Jefferson Rueda e Renata Vanzetto, mentores e, ao mesmo tempo, jurados .
“Não é só uma competição, é um mergulho no universo da cozinha profissional. Aqui, a gente foca em formar grandes chefs, não só no prato bonito, mas na atitude, liderança, consistência e criatividade. Também não é só sobre julgar, é sobre acompanhar, orientar, ‘puxar a orelha’ quando precisa e, ainda, torcer muito”, revela Renata Vanzetto com exclusividade à Casa e Jardim.
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Decoração e arquitetura do reality
Um dos principais diferenciais do novo programa é a divisão das três cozinhas em três andares diferentes, que intensificam ainda mais a tensão entre os competidores. O set de gravação surpreende pelos detalhes pensados para provocar, inspirar e até desconcertar os participantes.
A construção do set levou cerca de quatro meses no total, com 185 dias de obra intensa só na parte cenográfica. A estrutura, com mais de 1.500 m², inclui três cozinhas de aproximadamente 120 m² cada. Além do visual, a cenógrafa do reality Camila Costa acrescenta que houve uma série de desafios técnicos durante as obras.
“Foi um projeto super desafiador, sobretudo pelo cronograma e pela complexidade. Foram muitos projetos complementares além do de arquitetura e cenografia, como exaustão, sugerança contra incêndio, ar condicionado, iluminação e instalações – tudo tendo que ser desenvolvido e compatibilizado simultaneamente”, explica ela.
A cozinha mais moderna fica no último andar do set de filmagem do reality “Chef de Alto Nível”
Beto Roma/Globo
Localizada no andar inferior, a cozinha do porão é a que apresenta mais dificuldades. É um espaço funcional, mas com equipamentos antigos e envelhecidos, facas cegas, sem eletrodomésticos com tecnologia e visual desgastado.
No porão, a cozinha no último andar do set, tem menos recursos para os competidores
Beto Roma/Globo
O andar intermediário, por outro lado, traz afeto e memória. É a típica cozinha que relembra os almoços em família, com eletrodomésticos modernos, mas sem ostentação.
O andar intermediário traz afeto e memória. É a cozinha que relembra os almoços em família
Beto Roma/Globo
No topo do prédio, a cozinha high-tech ostenta os melhores recursos: fornos de última geração, bancadas iluminadas e um ar de sofisticação.
A cozinha high-tech tem fornos de última geração e bancadas iluminadas
Beto Roma/Globo
A produtora de arte do programa, Regina Reys, também conta um detalhe relevante em todos os ambientes: “A iluminação é um dos elementos mais poderosos na construção deste conceito junto à cenografia. Cada andar tem uma temperatura de cor de luz, que fica mais fria à medida que subimos de andar”, afirma ela.
Camila explica que toda a arquitetura e decoração do espaço foi pensada para causar desconforto aos participantes.
“A escassez de recursos no porão, o desgaste dos móveis e acabamentos trazem uma tensão a mais. Já a cozinha do topo, high-tech, mesmo com seus equipamentos de altíssima qualidade, pode assustar os participantes amadores, por exemplo. A iluminação também colabora nesse aspecto: quando a luz muda de cor na plataforma ou pisca na cozinha, traz ainda mais emoção às dinâmicas”, complementa Camila.
A cozinha do porão tem equipamentos envelhecidos, facas cegas, sem eletrodomésticos com tecnologia e visual desgastado
Beto Roma/Globo
Provas e dinâmicas das gravações
O programa tem três tipos de competidores: os profissionais, cozinheiros da internet e amadores. O fato mais curioso é que, durante as provas, houveram surpresas no desempenho de cada um. “Algumas vezes profissionais deixaram a desejar, e os amadores surpreenderam. Uma característica muito especial do programa é essa diversidade e imprevisibilidade em todo o reality”, comenta o mentor Alex Atala.
O programa tem uma dinâmica muito única, não só por serem três cozinhas usadas ao mesmo tempo. Tem o fato de a plataforma de alimentos parar por apenas 30 segundos em cada andar. Os times são escolhidos durante as eliminatórias e, depois, eles deixam de competir em grupos e passam a disputar individualmente.
As provas foram pensadas para simular realidade em uma cozinha profissional. “Não é só criar um prato lindo em 30 minutos: é pensar no cardápio e lidar com pressão de verdade. Algumas provas eram praticamente um serviço completo de restaurante. É adrenalina pura! A gente via quem realmente aguenta o tranco”, comenta a chef Renata.
O segundo andar tem eletrodomésticos modernos mas sem muita ostentação. A decoração tem a cor vermelha e paredes estampadas
Beto Roma/Globo
Ela ainda acrescenta que a dinâmica das gravações foi super intensa: “Eram dias longos, com muitas câmeras, muita movimentação. Mas, ao mesmo tempo, foi uma delícia. A gente se envolveu mesmo com os participantes. Virou quase uma grande cozinha com todo mundo suando junto”.
O chef Jefferson também revelou que houve diversos momentos divertidos no set, como em uma prova onde o tema era fazer um prato com uma proteína e uma guarnição. Quando desceu a plataforma no andar da sua cozinha, o participante não pegou justamente a proteína. “Com o passar dos dias e gravações, a intimidade entre equipe e participantes cresceu. Ficamos parecendo uma ‘5⁠ª série C'”, comentou ele.
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Já Alex Atala revela que o próprio colega, o chef Jefferson, trouxe ainda mais humor para as gravações: “O Jeffinho é sempre um personagem. Ele tem um timing e uma maneira de fazer que é bem divertida. Ele fez a gente dar muita gargalhada e acabou me apelidando de ‘velho da lancha’ – e pegou”.
Para além da diversão, Jefferson considera que o principal papel dos jurados foi “aflorar” o cozinheiro que existe em cada participante, buscando o que estava escondido em cada um e enxergando a evolução no dia a dia.
Alex Atala, Ana Maria Braga, Renata Vanzetto e Jefferson Rueda na frente do set de filmagens
Beto Roma/Globo
“A gente esteve ali para ensinar, provocar e fazer pensar. Não era só avaliar o prato final, mas entender o processo, acompanhar o crescimento de cada um. Teve bronca, claro, mas também muito incentivo, troca e conversa sincera. Foi uma troca intensa e muito verdadeira”, concorda Renata sobre a atuação dos três mentores na competição.
Entre momentos de emoção, explosão, raiva e lágrimas, Alex fala da diferença entre ser somente um chef de cozinha e de liderar o seu time: “Na mentoria, o chef deve tomar cuidado para não ajudar demais um participante e deixar de dar atenção aos demais. Tudo é um constante aprendizado.”
“Muita emoção, pratos incríveis, tensão, caos e também momentos lindos de crescimento. É bonito ver gente talentosa se transformando ali, na marra, na vivência. Dará vontade de cozinhar, de chorar, de torcer. Está imperdível mesmo!”, finaliza Renata.

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