Recentemente, uma espécie de samambaia chamada Blechnum orientale – nativa de regiões tropicais da Ásia e Pacífico – foi identificada como a primeira planta viva a formar cristais de minerais de terras raras (ETR) em seus tecidos de forma natural. Amostras foram recolhidas em áreas com grandes depósitos de terras raras em Guangzhou, no sul da China, e representam um progresso importante para a fitomineração.
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A pesquisa, liderada por Zhu Jianxi do Instituto de Geoquímica de Guangzhou, foi publicada na revista Environmental Science & Technology. A descoberta revelou que a espécie acumula monazita em nanoescala, resultando na formação de um mineral livre de radiação, a bio-monazita. Esse mineral pode ser usado para a extração sustentável de metais como cério, lantânio e neodímio.
Imagens revelam a posição dos elementos de terras raras (REE) em nível celular, com partículas que podem ser vistas na parede celular, bem como nos tecidos de parênquima e vasos. Além disso, é possível visualizar em 3D o acúmulo de nanopartículas de monazita
Environmental Science & Technology/Divulgação
“Esses minerais de REE [elementos de terras raras] cristalizam-se dentro dos tecidos extracelulares em condições ambientais, formando nanocristais dendríticos por meio de mineralização biologicamente induzida, juntamente com um processo de auto-organização fora do equilíbrio”, escrevem os autores do estudo em seu artigo.
A Blechnum orientale atua como uma “hiperacumuladora” desses elementos, que são transformados em estruturas minerais para desintoxicação, e pode ser utilizada para “limpar” solos contaminados. O mineral formado pela planta é puro e não radioativo, ao contrário da monazita natural de fontes geológicas que frequentemente contém tório e urânio radioativos.
A espécie apresenta potencial para a fitorremediação, método que aproveita sua capacidade para eliminar poluentes e descontaminar solos
keisotyo/Wikimedia Commons
Segundo o portal IFL Science, os cientistas analisaram a quantidade de elementos de terras raras em diferentes partes da samambaia. Os resultados mostraram que a planta não distribui esses elementos de maneira uniforme, pois algumas partes, como as folhas, apresentando concentrações significativamente maiores do que em outras.
Como alternativa à mineração tradicional, que causa grandes impactos ambientais, essa descoberta surge como uma alternativa à mineração tradicional e seus grandes impactos ambientais. Essa abordagem se alinha à demanda crescente por métodos sustentáveis para obter esses metais, que sustentam a tecnologia moderna em aplicações como veículos elétricos, satélites e lasers.
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A pesquisa, liderada por Zhu Jianxi do Instituto de Geoquímica de Guangzhou, foi publicada na revista Environmental Science & Technology. A descoberta revelou que a espécie acumula monazita em nanoescala, resultando na formação de um mineral livre de radiação, a bio-monazita. Esse mineral pode ser usado para a extração sustentável de metais como cério, lantânio e neodímio.
Imagens revelam a posição dos elementos de terras raras (REE) em nível celular, com partículas que podem ser vistas na parede celular, bem como nos tecidos de parênquima e vasos. Além disso, é possível visualizar em 3D o acúmulo de nanopartículas de monazita
Environmental Science & Technology/Divulgação
“Esses minerais de REE [elementos de terras raras] cristalizam-se dentro dos tecidos extracelulares em condições ambientais, formando nanocristais dendríticos por meio de mineralização biologicamente induzida, juntamente com um processo de auto-organização fora do equilíbrio”, escrevem os autores do estudo em seu artigo.
A Blechnum orientale atua como uma “hiperacumuladora” desses elementos, que são transformados em estruturas minerais para desintoxicação, e pode ser utilizada para “limpar” solos contaminados. O mineral formado pela planta é puro e não radioativo, ao contrário da monazita natural de fontes geológicas que frequentemente contém tório e urânio radioativos.
A espécie apresenta potencial para a fitorremediação, método que aproveita sua capacidade para eliminar poluentes e descontaminar solos
keisotyo/Wikimedia Commons
Segundo o portal IFL Science, os cientistas analisaram a quantidade de elementos de terras raras em diferentes partes da samambaia. Os resultados mostraram que a planta não distribui esses elementos de maneira uniforme, pois algumas partes, como as folhas, apresentando concentrações significativamente maiores do que em outras.
Como alternativa à mineração tradicional, que causa grandes impactos ambientais, essa descoberta surge como uma alternativa à mineração tradicional e seus grandes impactos ambientais. Essa abordagem se alinha à demanda crescente por métodos sustentáveis para obter esses metais, que sustentam a tecnologia moderna em aplicações como veículos elétricos, satélites e lasers.



