A passagem do tempo traz consigo novos desejos, prioridades e necessidades – e o jeito de morar não escapa dessa lógica. Foi exatamente o que ocorreu nesta casa de 3,9 mil m², em Campinas, que passou por uma ampla reconfiguração para refletir o novo momento de vida de seu morador. Assinado pela designer de interiores Cristiana Nassralla, o projeto transformou a residência, originalmente concebida por Bernardes Arquitetura, em um refúgio contemporâneo pautado pela arte (há pratos atribuídos a Pablo Picasso na sala de jantar), pelo conforto e pelo prazer de receber – características que definiam o estilo de vida do proprietário, um anfitrião nato.
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Na sala de TV, a estante vermelha com estrutura de aço abriga diversas coleções da família, junto à mesa de Etel Carmona, à poltrona da Dpot, à luminária da Herança Cultural e ao sofá do tapeceiro Christian Marchesini
Favaro Jr.
Assim como as alterações no layout, uma das principais mudanças foi a paleta de cores: tons neutros cederam lugar principalmente para matizes vermelhos, azuis e verdes, que iluminam os cenários cobertos por painéis de lâmina natural de madeira.
+ Construção rural vira casa de campo com referências multiculturais
Na sala de jantar, mesa e cadeiras da Micasa, tapete da By Kamy e pratos atribuídos a Pablo Picasso na parede, trazidos de Londres
Favaro Jr.
No espaço de convivência, tela Nappe (2019), de Bruno Dunley (azul, à dir.)
Favaro Jr.
Outro aspecto que rouba a cena é a curadoria de arte e móveis, trabalho do marchand Felipe Assis. Etel Carmona e Lina Bo Bardi estão entre os designers que assinam o mobiliário, enquanto Bruno Dunley surge na lista de artistas com peças escultóricas que dialogam com o paisagismo da Licurí Paisagismo.
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Em um dos quartos, mancebo Mancebo LBB, design Lina Bo Bardi
Favaro Jr.
Com Pablo Picasso, casa reinventada celebra arte, cor e hospitalidade
Em outro espaço, tela de Alexander Calder
Na área externa, esculturas coabitam os espaços com móveis assinados
Favaro Jr.
O paisagismo é assinado por Licurí Paisagismo
Favaro Jr.
Mais do que uma reforma, o projeto prova que a arquitetura pode – e deve – evoluir junto a quem a habita, sempre com sensibilidade às transformações que a vida reserva.
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