Murilo Lomas, Sig Bergamin, Fabio Morozini, Fernanda Marques, Melina Romano e outros nomes de destaque compartilham sua percepção sobre o tema Há uma frase célebre de Candido Portinari (1903-1962) – proferida a um repórter do antigo Jornal do Brasil, em maio de 1925 – em que ele diz: “O alvo da minha pintura é o sentimento”. Ainda naquela entrevista, o pintor insiste que a missão de um artista é “exprimir os sentimentos que existem latentes na alma de todo ser humano”. Talvez seja por conta desse caráter emocional que muitos arquitetos e designers parecem pensar duas vezes, até titubear, ao tentar justificar algumas das escolhas de quadros, telas, fotografias e esculturas em projetos de interiores. Pudera: é, de fato, uma tarefa árdua racionalizar algo de natureza tão subjetiva. “Arte é algo muito pessoal: o que é bonito para um, não é para o outro; o que toca uma pessoa, não toca outra”, reflete o arquiteto Murilo Lomas, que trabalha ao lado do marido e sócio, Sig Bergamin.
Composição com tela de Carla Chaim, na Galeria Raquel Arnaud, e cadeira de Humberto da Mata, em apartamento assinado por Luciano Dalla Marta
Filippo Bamberghi
Experiente e grande conhecedor dos artistas contemporâneos brasileiros, Murilo conta que, no início de um projeto, já tenta descobrir gostos, preferências e inclinações dos seus clientes. Parte da metodologia inclui acompanhá-los em visitas a galerias e exposições. “Nós os deixamos bem à vontade para conseguir captar o que gostam: o que chama a atenção é a geometria? São as paisagens? Ou as cores? Fazemos essa espécie de laboratório”, diz. “Algumas pessoas têm até certa resistência, mas ninguém precisa entender de arte para ter arte em casa”, defende Murilo. Conhecidos pela habilidade em misturar referências, Murilo e Sig costumam combinar obras de nomes consagrados com outras de autores um pouco menos conhecidos. “Gosto muito do trabalho do Luiz Zerbini [um dos representantes da Geração 80 da arte brasileira] e estou sempre de olho na Márcia Falcão [jovem artista carioca, representada pela Fortes D’Aloia Gabriel]”, conta.
Já Fabio Morozini traz uma abordagem diferente. Caso os moradores não sejam colecionadores com acervo próprio, ele sugere obras específicas. “Concebo o projeto em 3D e já coloco os quadros e esculturas que acho que vão funcionar. Também gosto de levar meus clientes às galerias, mas para ver as obras que indiquei nessa primeira apresentação”, explica, e completa: “Aprecio arte desde sempre e sou apaixonado por Vik Muniz, Artur Lescher, Jorge Mayet, Ascânio, Leda Catunda, Abraham Palatnik e Richard Serra. Cada um me toca de uma maneira diferente, e são eles que sempre indico”, relata.
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Não dá para esquecer que há aspectos práticos a serem considerados em projetos de interiores, como argumenta Fernanda Marques. “Precisamos prever onde vamos colocar os quadros ou telas, qual será a iluminação naquele ponto, como proteger a peça do sol…”, enumera. Para ela, apostar em arte é essencial, mas ela não precisa combinar com a estética da casa. “A arte fala mais alto do que a decoração”, defende. Apontada pelos galeristas como uma grande colecionadora, Fernanda conta que costuma sugerir aos clientes que fiquem de olho nos criativos que ela mesma tem em casa – Iole de Freitas, Leda Catunda, Vik Muniz, Ernesto Neto e Abraham Palatnik.
A dupla Sig Bergamin e Murilo Lomas elegeu a pintura de Julio Le Parc para injetar energia no décor neutro e clássico deste living
André Klotz
O fato de alguns nomes se repetirem entre os profissionais não é mero acaso. Para Alexandre Roesler, sócio e diretor da galeria Nara Roesler (a mais citada pelos entrevistados nesta reportagem), é fácil entender o porquê: alguns artistas possuem linguagens capazes de potencializar os projetos. “Essas obras que dialogam diretamente com a arquitetura despertam grande interesse desses profissionais. É o caso das esculturas do Artur Lescher, que se integram ao espaço com elegância formal; das intervenções da Lucia Koch, que exploram luz e transparência; das pinturas do Daniel Senise, que evocam memória e materialidade; e das esculturas da Laura Vinci, cuja presença sensorial transforma a percepção do ambiente.”
A arte é decisiva para criar a impressão digital de quem vai habitar uma casa
As galerias vêm, inclusive, desempenhando papel essencial nessa relação com o segmento – como conta Georgete Maalouli Nakka, curadora da Almeida Dale. “Temos especialistas que fazem um trabalho sério e oferecem consultoria aos clientes e arquitetos – tanto sobre a obra e trajetória de um artista quanto sobre o investimento de arte.” Para ela, porém, o aspecto mercadológico nunca deve ser o foco de uma curadoria. “Acho que a arte é decisiva para criar a impressão digital de quem vai habitar uma casa. Ela trata da maneira como a pessoa se relaciona consigo mesma e com o mundo. E quando alguém escolhe uma obra, é porque toca o seu coração. É ela que torna o projeto único.”
Renata Castro e Silva, diretora da Carbono Galeria – que trabalha com edições de grandes artistas, ou seja, reproduzidas em séries limitadas (e, portanto, com valores menores) –, reforça o coro. “Quando um arquiteto nos aborda para trazer um cliente, pedimos para participar. Gostamos de ver os projetos, saber mais sobre esses moradores. Adoramos quando podemos contribuir e ensinar sobre os artistas. Estimulamos essa compra consciente”, conta. O arquiteto Marcelo Salum, por sua vez, prefere sair um pouco desse circuito e ir direto à fonte: sempre que pode, leva seus clientes aos ateliês dos criativos. Inspirado pelas mais diversas manifestações artísticas, Salum considera que essa etapa é uma das mais prazerosas do trabalho e, quando bem realizada, pode transformar um projeto. “O belo é relativo, mas eu costumo comparar com a moda. Um vestido bonito precisa vir acompanhado de um belo acessório, uma boa maquiagem e um cabelo bem-feito. O mesmo acontece na arquitetura. Uma arquitetura excelente pode ser destruída com uma produção malfeita. Mas uma arquitetura ruim pode melhorar bastante com uma boa produção”, diz. Sempre atento aos novos talentos do mercado, ele revela seus favoritos do momento: a dinamarquesa radicada no Brasil Mai-Britt Wolthers, a paulista Mariana Palma e o gaúcho Fernando Lindote.
Apartamento concebido por Fernanda Marques, com tela de Vik Muniz e esculturas de Túlio Pinto (sobre mesa de centro Roots, de Jader Almeida).
Fran Parente
Outro profissional que marca presença em eventos do segmento ao redor do mundo é o arquiteto Luciano Dalla Marta. “Costumo programar minhas viagens para ver exposições fora do país. Arte é muito importante. Acho que começamos a entender a personalidade de alguém pelo que ela tem nas paredes de casa”, afirma. Ele conta que Iole de Freitas, Célia Euvaldo, Ding Musa, Julio Villani, Edgar Racy e Renato Rios estão no seu radar, mas não apenas. “Recentemente, descobri por meio da Galeria Mapa o trabalho de Firmino Saldanha, da década de 1960, e fiquei impressionado. Existem artistas mais antigos que precisamos conhecer.”
Léo Shehtman também tem apreço especial por artistas de outras décadas – que considera à prova de erro. “São nomes que se mantiveram para a eternidade.” E sempre procura incluir em seus interiores alguma obra de Di Cavalcanti (1897-1976) – ainda que seja apenas uma gravura. Também confessa amar Tomie Ohtake (1913-2015) e, em sua casa, coleciona algumas pinturas de Roberto Burle Marx (1909-1994). “Eu o considero um artista completo: arquiteto, paisagista e pintor. Tudo que ele fez transmite felicidade e criatividade. Não tem como não gostar.”
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Olhar adiante
Dois quadros do jovem artista Anthony Mazza ganharam destaque na sala idealizada por Melina Romano
Carolina Mossin
Às vezes, a relação de projetar espaços e pensar nas obras de arte que os habitarão é tão intrínseca que vira uma empreitada à parte. É o caso de Melina Romano, cuja trajetória de vida está vinculada ao universo das artes. Filha de artista plástica, a arquiteta acaba de lançar o Lab MR, plataforma dedicada a descobrir talentos emergentes na arte e no design. “Pensamos em impulsionar o trabalho de quem ainda não tem tanta visibilidade. Fiz isso porque entendo que, nesse mercado, nós, arquitetos, somos ferramentas, pontes, e podemos proporcionar essas conexões com os clientes”, afirma.
Nosso papel como arquitetos e designers de interiores é ampliar o repertório cultural dos clientes
Após longa pesquisa – pautada pela maneira como ela já trabalhava em seu escritório –, Melina e sua equipe mapearam alguns nomes, em sua maioria jovens sem vínculo com galerias ou marcas de design. Anthony Mazza, cujas obras integraram um ambiente assinado pela profissional em uma mostra de decoração em São Paulo, foi o primeiro a vivenciar o processo do início ao fim. “Ele costuma dizer que tangibiliza as nossas memórias. E é verdade. Suas pinturas têm uma tonalidade âmbar e abordam cenas do cotidiano: paisagens interioranas, brincadeiras de crianças… O que nos proporciona uma sensação de familiaridade”, explica. No último mês de maio, o artista concluiu a residência artística no Lab MR com uma exposição individual e, agora, sai representado por uma galeria de arte. “Acho importante trazer esse frescor e expor essas pessoas ao mercado”, pontua. Segundo ela, esse desejo de encurtar distâncias representa mais do que uma motivação, configura parte essencial do seu compromisso como arquiteta. “Para mim, nosso papel é ampliar o repertório cultural dos clientes. Noto que muitos deles acabam gostando e entendendo muito mais de design e arte depois de passar pela experiência de viver um projeto conosco”, conclui.
*Matéria originalmente publicada no Yearbook 2025 da Casa Vogue (CV473), disponível em versão impressa, na nossa loja virtual e para assinantes no app Globo Mais
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Composição com tela de Carla Chaim, na Galeria Raquel Arnaud, e cadeira de Humberto da Mata, em apartamento assinado por Luciano Dalla Marta
Filippo Bamberghi
Experiente e grande conhecedor dos artistas contemporâneos brasileiros, Murilo conta que, no início de um projeto, já tenta descobrir gostos, preferências e inclinações dos seus clientes. Parte da metodologia inclui acompanhá-los em visitas a galerias e exposições. “Nós os deixamos bem à vontade para conseguir captar o que gostam: o que chama a atenção é a geometria? São as paisagens? Ou as cores? Fazemos essa espécie de laboratório”, diz. “Algumas pessoas têm até certa resistência, mas ninguém precisa entender de arte para ter arte em casa”, defende Murilo. Conhecidos pela habilidade em misturar referências, Murilo e Sig costumam combinar obras de nomes consagrados com outras de autores um pouco menos conhecidos. “Gosto muito do trabalho do Luiz Zerbini [um dos representantes da Geração 80 da arte brasileira] e estou sempre de olho na Márcia Falcão [jovem artista carioca, representada pela Fortes D’Aloia Gabriel]”, conta.
Já Fabio Morozini traz uma abordagem diferente. Caso os moradores não sejam colecionadores com acervo próprio, ele sugere obras específicas. “Concebo o projeto em 3D e já coloco os quadros e esculturas que acho que vão funcionar. Também gosto de levar meus clientes às galerias, mas para ver as obras que indiquei nessa primeira apresentação”, explica, e completa: “Aprecio arte desde sempre e sou apaixonado por Vik Muniz, Artur Lescher, Jorge Mayet, Ascânio, Leda Catunda, Abraham Palatnik e Richard Serra. Cada um me toca de uma maneira diferente, e são eles que sempre indico”, relata.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Não dá para esquecer que há aspectos práticos a serem considerados em projetos de interiores, como argumenta Fernanda Marques. “Precisamos prever onde vamos colocar os quadros ou telas, qual será a iluminação naquele ponto, como proteger a peça do sol…”, enumera. Para ela, apostar em arte é essencial, mas ela não precisa combinar com a estética da casa. “A arte fala mais alto do que a decoração”, defende. Apontada pelos galeristas como uma grande colecionadora, Fernanda conta que costuma sugerir aos clientes que fiquem de olho nos criativos que ela mesma tem em casa – Iole de Freitas, Leda Catunda, Vik Muniz, Ernesto Neto e Abraham Palatnik.
A dupla Sig Bergamin e Murilo Lomas elegeu a pintura de Julio Le Parc para injetar energia no décor neutro e clássico deste living
André Klotz
O fato de alguns nomes se repetirem entre os profissionais não é mero acaso. Para Alexandre Roesler, sócio e diretor da galeria Nara Roesler (a mais citada pelos entrevistados nesta reportagem), é fácil entender o porquê: alguns artistas possuem linguagens capazes de potencializar os projetos. “Essas obras que dialogam diretamente com a arquitetura despertam grande interesse desses profissionais. É o caso das esculturas do Artur Lescher, que se integram ao espaço com elegância formal; das intervenções da Lucia Koch, que exploram luz e transparência; das pinturas do Daniel Senise, que evocam memória e materialidade; e das esculturas da Laura Vinci, cuja presença sensorial transforma a percepção do ambiente.”
A arte é decisiva para criar a impressão digital de quem vai habitar uma casa
As galerias vêm, inclusive, desempenhando papel essencial nessa relação com o segmento – como conta Georgete Maalouli Nakka, curadora da Almeida Dale. “Temos especialistas que fazem um trabalho sério e oferecem consultoria aos clientes e arquitetos – tanto sobre a obra e trajetória de um artista quanto sobre o investimento de arte.” Para ela, porém, o aspecto mercadológico nunca deve ser o foco de uma curadoria. “Acho que a arte é decisiva para criar a impressão digital de quem vai habitar uma casa. Ela trata da maneira como a pessoa se relaciona consigo mesma e com o mundo. E quando alguém escolhe uma obra, é porque toca o seu coração. É ela que torna o projeto único.”
Renata Castro e Silva, diretora da Carbono Galeria – que trabalha com edições de grandes artistas, ou seja, reproduzidas em séries limitadas (e, portanto, com valores menores) –, reforça o coro. “Quando um arquiteto nos aborda para trazer um cliente, pedimos para participar. Gostamos de ver os projetos, saber mais sobre esses moradores. Adoramos quando podemos contribuir e ensinar sobre os artistas. Estimulamos essa compra consciente”, conta. O arquiteto Marcelo Salum, por sua vez, prefere sair um pouco desse circuito e ir direto à fonte: sempre que pode, leva seus clientes aos ateliês dos criativos. Inspirado pelas mais diversas manifestações artísticas, Salum considera que essa etapa é uma das mais prazerosas do trabalho e, quando bem realizada, pode transformar um projeto. “O belo é relativo, mas eu costumo comparar com a moda. Um vestido bonito precisa vir acompanhado de um belo acessório, uma boa maquiagem e um cabelo bem-feito. O mesmo acontece na arquitetura. Uma arquitetura excelente pode ser destruída com uma produção malfeita. Mas uma arquitetura ruim pode melhorar bastante com uma boa produção”, diz. Sempre atento aos novos talentos do mercado, ele revela seus favoritos do momento: a dinamarquesa radicada no Brasil Mai-Britt Wolthers, a paulista Mariana Palma e o gaúcho Fernando Lindote.
Apartamento concebido por Fernanda Marques, com tela de Vik Muniz e esculturas de Túlio Pinto (sobre mesa de centro Roots, de Jader Almeida).
Fran Parente
Outro profissional que marca presença em eventos do segmento ao redor do mundo é o arquiteto Luciano Dalla Marta. “Costumo programar minhas viagens para ver exposições fora do país. Arte é muito importante. Acho que começamos a entender a personalidade de alguém pelo que ela tem nas paredes de casa”, afirma. Ele conta que Iole de Freitas, Célia Euvaldo, Ding Musa, Julio Villani, Edgar Racy e Renato Rios estão no seu radar, mas não apenas. “Recentemente, descobri por meio da Galeria Mapa o trabalho de Firmino Saldanha, da década de 1960, e fiquei impressionado. Existem artistas mais antigos que precisamos conhecer.”
Léo Shehtman também tem apreço especial por artistas de outras décadas – que considera à prova de erro. “São nomes que se mantiveram para a eternidade.” E sempre procura incluir em seus interiores alguma obra de Di Cavalcanti (1897-1976) – ainda que seja apenas uma gravura. Também confessa amar Tomie Ohtake (1913-2015) e, em sua casa, coleciona algumas pinturas de Roberto Burle Marx (1909-1994). “Eu o considero um artista completo: arquiteto, paisagista e pintor. Tudo que ele fez transmite felicidade e criatividade. Não tem como não gostar.”
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Olhar adiante
Dois quadros do jovem artista Anthony Mazza ganharam destaque na sala idealizada por Melina Romano
Carolina Mossin
Às vezes, a relação de projetar espaços e pensar nas obras de arte que os habitarão é tão intrínseca que vira uma empreitada à parte. É o caso de Melina Romano, cuja trajetória de vida está vinculada ao universo das artes. Filha de artista plástica, a arquiteta acaba de lançar o Lab MR, plataforma dedicada a descobrir talentos emergentes na arte e no design. “Pensamos em impulsionar o trabalho de quem ainda não tem tanta visibilidade. Fiz isso porque entendo que, nesse mercado, nós, arquitetos, somos ferramentas, pontes, e podemos proporcionar essas conexões com os clientes”, afirma.
Nosso papel como arquitetos e designers de interiores é ampliar o repertório cultural dos clientes
Após longa pesquisa – pautada pela maneira como ela já trabalhava em seu escritório –, Melina e sua equipe mapearam alguns nomes, em sua maioria jovens sem vínculo com galerias ou marcas de design. Anthony Mazza, cujas obras integraram um ambiente assinado pela profissional em uma mostra de decoração em São Paulo, foi o primeiro a vivenciar o processo do início ao fim. “Ele costuma dizer que tangibiliza as nossas memórias. E é verdade. Suas pinturas têm uma tonalidade âmbar e abordam cenas do cotidiano: paisagens interioranas, brincadeiras de crianças… O que nos proporciona uma sensação de familiaridade”, explica. No último mês de maio, o artista concluiu a residência artística no Lab MR com uma exposição individual e, agora, sai representado por uma galeria de arte. “Acho importante trazer esse frescor e expor essas pessoas ao mercado”, pontua. Segundo ela, esse desejo de encurtar distâncias representa mais do que uma motivação, configura parte essencial do seu compromisso como arquiteta. “Para mim, nosso papel é ampliar o repertório cultural dos clientes. Noto que muitos deles acabam gostando e entendendo muito mais de design e arte depois de passar pela experiência de viver um projeto conosco”, conclui.
*Matéria originalmente publicada no Yearbook 2025 da Casa Vogue (CV473), disponível em versão impressa, na nossa loja virtual e para assinantes no app Globo Mais
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