O rejunte é o material utilizado para preencher as juntas e os espaços entre as peças de um revestimento. No banheiro, além de compor o acabamento, tem função primordial na vedação das superfícies e evitar danos relacionados à umidade.
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Qual é a função do rejunte?
A função principal é vedar as frestas entre as peças do revestimento, protegendo as suas laterais. Dessa maneira, evita a infiltração de água e umidade, além de proporcionar acabamento estético mais uniforme e agradável.
A parede com revestimento Roca Flow em duas cores recebeu rejunte branco, reforçando o desenho das listras. Projeto do arquiteto Mauricio Nóbrega
André Nazareth/Divulgação
Outro aspecto é a acomodação natural do revestimento. Com a presença do rejunte, a aderência do produto à superfície é feita de forma a evitar trincas ou descolamentos a longo prazo.
Tipos de rejunte para o banheiro
Antes de comparar os tipos, é importante entender que a escolha depende do revestimento e do ambiente. “O revestimento define fatores como rugosidade, porosidade e dilatação da superfície, já que interfere na aderência e no acabamento do rejunte”, afirma Jeferson Branco, arquiteto do escritório homônimo.
Os principais tipos são: cimentício, acrílico e epóxi. A partir dessas três bases, os fabricantes desenvolvem diversas variações. “Os aditivos químicos somados oferecem características específicas, como maior flexibilidade, resistência a manchas, ação fungicida ou secagem rápida”, comenta o arquiteto.
As características do revestimento devem ser consideradas ao escolher o rejunte. Projeto do escritório Janeiro Arquitetura usou piso de cerâmica branca 20 x 20 cm, composto com o octogonal 4,8 x 4,8 cm, na cor Ocean, da marca Emme Due
André Nazareth/Divulgação
O cimentício é o mais tradicional e acessível. A sua aplicação é simplificada e dispensa mão de obra especializada. “O custo benefício é a principal vantagem, mas é importante considerar que a resistência à umidade é menor e, com o tempo, pode apresentar manchas”, afirma a arquiteta Janaina Casagrande.
A rejunte acrílico tem acabamento mais liso, já vem pronto para uso e oferece boa resistência à umidade. Enquanto o cimentício pode ser usado no banheiro caso haja limpeza e manutenção mais frequentes, essa segunda opção é prática e indicada para áreas molhadas — porém, tem custo elevado.
Regiões como o boxe devem prezar pela facilidade de limpeza e manutenção na escolha do rejunte. Projeto do Estúdio Minke
Pedro Napolitano Prata/Divulgação
O terceiro tipo é o epóxi. Mais resistente e impermeável, é ideal para áreas molhadas com umidade constante. O material tem valor mais alto, e não absorve água nem sujeira, o que prolonga sua durabilidade.
“A aplicação é a grande questão, pois, como seca rápido e pode manchar o revestimento quando usado inadequadamente, exige mão de obra especializada”, pontua Jeferson.
Como escolher o rejunte do banheiro
É importante considerar a frequência do uso e as condições específicas do cômodo para escolher o rejunte ideal. “O produto precisa harmonizar com o revestimento, mas sem ser um grande destaque”, orienta Janaina.
Quanto a condição da superfície, nas áreas molhadas, como o boxe e a bancada, o mais indicado é o epóxi, pela impermeabilidade e alta resistência, em cores mais escuras. Nas áreas secas, como nas paredes distantes dos registros, o cimentício costuma ser suficiente, desde que bem aplicado.
Os pisos demandam um rejunte mais resistente devido ao atrito. No padrão xadrez, o piso intercala pastilhas cerâmicas 20 x 20, da Atlas, nas cores Malva e Cosmos, no projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro
Keniche Santos/Divulgação
Outro aspecto a ser considerado é a estética. “Nas paredes, a escolha da cor e da textura fazem a diferença no resultado”, ressalta Jeferson. Tons semelhantes ao revestimento criam um efeito visual contínuo e clean, além de disfarçar manchas.
Por outro lado, cores contrastantes destacam paginações e formatos, criando um efeito gráfico. “O rejunte colorido dá uma estética completamente diferente para o banheiro, principalmente se o revestimento tiver um formato pequeno”, comenta Erica Gonçalves, designer de interiores do escritório Volar Interiores.
A proximidade das pastilhas e a largura do rejunte impactam a estética do ambiente. A pastilha circular branca, da Keramika, foi associada a um rejunte preto no projeto do escritório hgma arquitetos
Christian Maldonado/Divulgação
Pensando na estética e funcionalidade, é essencial respeitar a largura adequada da junta: as finas dificultam a manutenção e a vedação, enquanto as mais largas chamam mais atenção. Independente do efeito pretendido, é fundamental seguir a orientação do revestimento, que indicará a largura mínima.
Qual é o preço médio do rejunte para o banheiro?
O rejunte cimentício varia entre R$ 5 e R$ 15, o quilo. O acrílico tem um custo entre R$ 20 e R$ 35, por embalagem. Já o epóxi tem um valor entre R$ 60 e R$ 150, dependendo da cor e da tecnologia.
É essencial para a aplicação do rejunte que a superfície esteja totalmente limpa. Projeto do arquiteto Jeferson Branco
Everson Martins/Divulgação
Para economizar com inteligência, a dica é escolher o tipo certo para cada ambiente, evitando excesso e retrabalho. “Comprar com planejamento, comparar o rendimento por metro quadrado e investir em boa mão de obra também evita prejuízos futuros”, pontua Jeferson.
Como aplicar o rejunte do banheiro
A aplicação bem feita garante durabilidade. A primeira etapa é a limpeza completa da superfície, que deve estar livre de poeira, umidade excessiva ou resíduos de argamassa.
Feita com desempenadeira de borracha, a aplicação deve preencher bem os vãos. “É importante retirar o excesso com pano úmido antes da secagem total”, orienta o arquiteto.
No caso do rejunte epóxi, a atenção deve ser redobrada. Como a secagem é rápida, se não for limpo corretamente, pode deixar manchas permanentes. “É fundamental usar as ferramentas adequadas e seguir as orientações do fabricante”, recomenda Janaina.
Como limpar o rejunte do banheiro
A limpeza cotidiana pode ser com sabão neutro e esponjas macias. “Em higienizações mais profundas, uma solução de vinagre branco com bicarbonato de sódio pode ajudar nos rejuntes cimentícios”, indica Jeferson. No epóxi, detergentes neutros são os mais indicados.
É importante ter cuidado e atenção na limpeza das superfícies com rejuntes, pois as juntas são um local de alta chance de proliferação de mofo e umidade
Pexels/Karolina Kaboompics/Creative Commons
Para manchas persistentes, o recomendado é o uso de produtos próprios para rejuntes. É importante evitar cloro ou produtos ácidos, devido aos riscos de danos.
A manutenção periódica é indispensável
A manutenção começa com inspeções visuais periódicas, buscando sinais de desgaste, como rachaduras, mofo ou perda de material. “O ideal é fazer uma inspeção visual a cada seis meses. Se houver trincas, manchas profundas ou mofo recorrente, pode ser a hora de refazer o rejunte”, diz a arquiteta.
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Se houver necessidade da reaplicação, alguns cuidados são essenciais. “É importante garantir que a cavidade esteja desobstruída para que o produto novo tenha aderência”, salienta Erica. Uma dica é usar um bloco de espuma para garantir uniformidade e limpeza na aplicação.
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Qual é a função do rejunte?
A função principal é vedar as frestas entre as peças do revestimento, protegendo as suas laterais. Dessa maneira, evita a infiltração de água e umidade, além de proporcionar acabamento estético mais uniforme e agradável.
A parede com revestimento Roca Flow em duas cores recebeu rejunte branco, reforçando o desenho das listras. Projeto do arquiteto Mauricio Nóbrega
André Nazareth/Divulgação
Outro aspecto é a acomodação natural do revestimento. Com a presença do rejunte, a aderência do produto à superfície é feita de forma a evitar trincas ou descolamentos a longo prazo.
Tipos de rejunte para o banheiro
Antes de comparar os tipos, é importante entender que a escolha depende do revestimento e do ambiente. “O revestimento define fatores como rugosidade, porosidade e dilatação da superfície, já que interfere na aderência e no acabamento do rejunte”, afirma Jeferson Branco, arquiteto do escritório homônimo.
Os principais tipos são: cimentício, acrílico e epóxi. A partir dessas três bases, os fabricantes desenvolvem diversas variações. “Os aditivos químicos somados oferecem características específicas, como maior flexibilidade, resistência a manchas, ação fungicida ou secagem rápida”, comenta o arquiteto.
As características do revestimento devem ser consideradas ao escolher o rejunte. Projeto do escritório Janeiro Arquitetura usou piso de cerâmica branca 20 x 20 cm, composto com o octogonal 4,8 x 4,8 cm, na cor Ocean, da marca Emme Due
André Nazareth/Divulgação
O cimentício é o mais tradicional e acessível. A sua aplicação é simplificada e dispensa mão de obra especializada. “O custo benefício é a principal vantagem, mas é importante considerar que a resistência à umidade é menor e, com o tempo, pode apresentar manchas”, afirma a arquiteta Janaina Casagrande.
A rejunte acrílico tem acabamento mais liso, já vem pronto para uso e oferece boa resistência à umidade. Enquanto o cimentício pode ser usado no banheiro caso haja limpeza e manutenção mais frequentes, essa segunda opção é prática e indicada para áreas molhadas — porém, tem custo elevado.
Regiões como o boxe devem prezar pela facilidade de limpeza e manutenção na escolha do rejunte. Projeto do Estúdio Minke
Pedro Napolitano Prata/Divulgação
O terceiro tipo é o epóxi. Mais resistente e impermeável, é ideal para áreas molhadas com umidade constante. O material tem valor mais alto, e não absorve água nem sujeira, o que prolonga sua durabilidade.
“A aplicação é a grande questão, pois, como seca rápido e pode manchar o revestimento quando usado inadequadamente, exige mão de obra especializada”, pontua Jeferson.
Como escolher o rejunte do banheiro
É importante considerar a frequência do uso e as condições específicas do cômodo para escolher o rejunte ideal. “O produto precisa harmonizar com o revestimento, mas sem ser um grande destaque”, orienta Janaina.
Quanto a condição da superfície, nas áreas molhadas, como o boxe e a bancada, o mais indicado é o epóxi, pela impermeabilidade e alta resistência, em cores mais escuras. Nas áreas secas, como nas paredes distantes dos registros, o cimentício costuma ser suficiente, desde que bem aplicado.
Os pisos demandam um rejunte mais resistente devido ao atrito. No padrão xadrez, o piso intercala pastilhas cerâmicas 20 x 20, da Atlas, nas cores Malva e Cosmos, no projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro
Keniche Santos/Divulgação
Outro aspecto a ser considerado é a estética. “Nas paredes, a escolha da cor e da textura fazem a diferença no resultado”, ressalta Jeferson. Tons semelhantes ao revestimento criam um efeito visual contínuo e clean, além de disfarçar manchas.
Por outro lado, cores contrastantes destacam paginações e formatos, criando um efeito gráfico. “O rejunte colorido dá uma estética completamente diferente para o banheiro, principalmente se o revestimento tiver um formato pequeno”, comenta Erica Gonçalves, designer de interiores do escritório Volar Interiores.
A proximidade das pastilhas e a largura do rejunte impactam a estética do ambiente. A pastilha circular branca, da Keramika, foi associada a um rejunte preto no projeto do escritório hgma arquitetos
Christian Maldonado/Divulgação
Pensando na estética e funcionalidade, é essencial respeitar a largura adequada da junta: as finas dificultam a manutenção e a vedação, enquanto as mais largas chamam mais atenção. Independente do efeito pretendido, é fundamental seguir a orientação do revestimento, que indicará a largura mínima.
Qual é o preço médio do rejunte para o banheiro?
O rejunte cimentício varia entre R$ 5 e R$ 15, o quilo. O acrílico tem um custo entre R$ 20 e R$ 35, por embalagem. Já o epóxi tem um valor entre R$ 60 e R$ 150, dependendo da cor e da tecnologia.
É essencial para a aplicação do rejunte que a superfície esteja totalmente limpa. Projeto do arquiteto Jeferson Branco
Everson Martins/Divulgação
Para economizar com inteligência, a dica é escolher o tipo certo para cada ambiente, evitando excesso e retrabalho. “Comprar com planejamento, comparar o rendimento por metro quadrado e investir em boa mão de obra também evita prejuízos futuros”, pontua Jeferson.
Como aplicar o rejunte do banheiro
A aplicação bem feita garante durabilidade. A primeira etapa é a limpeza completa da superfície, que deve estar livre de poeira, umidade excessiva ou resíduos de argamassa.
Feita com desempenadeira de borracha, a aplicação deve preencher bem os vãos. “É importante retirar o excesso com pano úmido antes da secagem total”, orienta o arquiteto.
No caso do rejunte epóxi, a atenção deve ser redobrada. Como a secagem é rápida, se não for limpo corretamente, pode deixar manchas permanentes. “É fundamental usar as ferramentas adequadas e seguir as orientações do fabricante”, recomenda Janaina.
Como limpar o rejunte do banheiro
A limpeza cotidiana pode ser com sabão neutro e esponjas macias. “Em higienizações mais profundas, uma solução de vinagre branco com bicarbonato de sódio pode ajudar nos rejuntes cimentícios”, indica Jeferson. No epóxi, detergentes neutros são os mais indicados.
É importante ter cuidado e atenção na limpeza das superfícies com rejuntes, pois as juntas são um local de alta chance de proliferação de mofo e umidade
Pexels/Karolina Kaboompics/Creative Commons
Para manchas persistentes, o recomendado é o uso de produtos próprios para rejuntes. É importante evitar cloro ou produtos ácidos, devido aos riscos de danos.
A manutenção periódica é indispensável
A manutenção começa com inspeções visuais periódicas, buscando sinais de desgaste, como rachaduras, mofo ou perda de material. “O ideal é fazer uma inspeção visual a cada seis meses. Se houver trincas, manchas profundas ou mofo recorrente, pode ser a hora de refazer o rejunte”, diz a arquiteta.
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Se houver necessidade da reaplicação, alguns cuidados são essenciais. “É importante garantir que a cavidade esteja desobstruída para que o produto novo tenha aderência”, salienta Erica. Uma dica é usar um bloco de espuma para garantir uniformidade e limpeza na aplicação.