Cães e gatos sentem tanto frio quanto os humanos e merecem atenção redobrada neste período do ano para não ficarem doentes Com a chegada do inverno, os animais de estimação precisam de cuidados e atenção redobrado, pois também sentem as baixas temperaturas e podem desenvolver problemas de saúde em decorrência da exposição à friagem.
“Cães e gatos sentem frio de maneira semelhante aos humanos e podem sofrer com o desconforto térmico, além de ficarem mais suscetíveis a doenças nesta época”, conta Bruno Divino, diretor do Hospital Veterinário do UniArnaldo Centro Universitário, em Belo Horizonte.
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Segundo o especialista, os pets podem desenvolver diversas enfermidades devido à exposição excessiva ao frio. Além disso, o clima mais seco desta época do ano também favorece alergias e problemas dermatológicos.
As camas dos pets devem contar com mantas grossas para que eles fiquem bem aquecidos
Freepik/Creative Commons
“Entre as doenças mais comuns, estão as respiratórias, como a cinomose, tosse dos canis e a rinotraqueíte felina, que provocam sintomas como tosse, espirros, secreção nasal, febre e apatia”, afirma Bruno.
Cães de pelagem curta, raças pequenas, filhotes, idosos e animais debilitados por alguma doença são os mais sensíveis ao frio. Em casos mais graves, alerta o veterinário, eles podem sofrer hipotermia, uma condição potencialmente fatal em que a temperatura corporal cai a níveis preocupantes e exige atendimento veterinário imediato.
“Manter-se atento aos sinais de frio e adotar medidas de proteção são passos fundamentais para garantir o bem-estar dos animais durante o inverno”, diz.
Sinais de frio
Os principais sinais de que o pet está com o frio incluem tremores ou arrepios, pelos arrepiados e extremidades frias, como patas, orelhas e focinho. Eles buscam locais quentes e protegidos, como tapetes, caminhas, panos ou áreas com sol, e quando se deitam, ficam “enrolados” ou encolhidos.
Quando o pet está com frio, ele busca refúgio em locais mais quentes da casa
Freepik/Creative Commons
Os animais também ficam mais quietos e há um aumento da proximidade com o tutor. “Há letargia, respiração mais lenta e afastamento das atividades habituais. Esses comportamentos indicam que o animal pode estar desconfortável ou sofrendo com o frio”, explica a veterinária Andressa Nunes, docente do curso de Medicina Veterinária da Una Sete Lagoas.
Casa aquecida
Segundo Andressa, criar um ambiente aquecido dentro de casa é essencial para o bem-estar dos animais de estimação. Camas com cobertores, evitar correntes de ar e manter uma alimentação adequada ajudam a manter o pet quente e saudável.
O local onde o animal dorme deve ficar longe de portas e janelas por onde possa entrar vento frio ou umidade. “Evite áreas com piso frio, como cerâmica ou cimento, especialmente para animais idosos ou com problemas articulares. Além disso, o espaço precisa ser tranquilo, mas próximo à família, para que ele se sentir seguro”, indica Bruno.
Ele ainda sugere o uso de camas térmicas ou colchões próprios para pets, além de disponibilizar mantas grossas para garantir o aquecimento. “Para gatos, caixas de papelão com cobertores são ótimas opções de abrigo, pois proporcionam um espaço aconchegante e seguro que ajuda a reter o calor corporal”, orienta o diretor universitário.
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O ideal é usar roupas nos animais de estimação durante os passeios no frio
Freepik/Creative Commons
“Também é recomendado aumentar o acesso à luz solar durante o dia para que eles possam se aquecer naturalmente. Além disso, deve-se evitar banhos nesta época do ano, mas, quando necessário, usar água morna e secar bem o animal”, continua Bruno.
Roupas para cães
Para os animais mais sensíveis, que têm menor capacidade de se adaptar às temperaturas mais baixas, o indicado é o uso de roupas. Andressa sugere aquelas com tecidos naturais leves e respiráveis, como malha ou flanela, que não causem alergias e irritações na pele. Bruno destaca, ainda, que não é indicado usar roupas em gatos, por risco de acidentes.
“Roupas são recomendadas para dias frios ou durante o inverno. Nunca se deve colocá-las em dias quentes, pois isso pode causar superaquecimento. É fundamental observar sempre o conforto do animal: se ele estiver agitado, tentando tirar a peça ou demonstrando incômodo, é importante avaliar se realmente é necessário usá-la”, orienta Bruno.
Para escolher vestimentas adequadas para o seu pet, é importante tirar as medidas do animal, como o comprimento do dorso e a circunferência do peito e do pescoço, ensina o veterinário. A peça precisa ser confortável, não apertar e permitir a mobilidade – o ideal é manter cerca de dois dedos de espaço em relação ao corpo do animal.
Os gatos não devem usar roupas no frio por conta do risco de acidentes
Freepik/Creative Commons
“É recomendável evitar zíperes, botões ou costuras que possam machucar, além de preferir modelos que não pressionem o abdômen ou os membros, para não atrapalhar as necessidades fisiológicas”, ensina Bruno.
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Cuidados com aquecedores de piso
Para manter o ambiente longe do frio, alguns tutores optam pelo uso de aquecedores de piso. Mas Andressa alerta ser preciso ter cuidado com esse tipo de equipamento. “Mantenha-os fora do alcance do animal, verifique os cabos e fios para evitar riscos elétricos e assegure uma boa ventilação no ambiente, prevenindo problemas respiratórios causados pelo ar seco”, comenta.
Para Bruno, é fundamental se certificar de que o aparelho não oferece risco de queimaduras ou superaquecimento, garantindo que tenha proteção adequada para evitar acidentes por contato direto.
É preciso cuidado com aquecedores de piso que podem causar acidentes com os pets
Freepik/Creative Commons
“Além disso, nunca se deve deixar o pet preso em ambientes fechados com aquecedores ligados por longos períodos. Esses cuidados são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos animais”, ressalta.
Passeios na rua durante o frio: manter ou não?
Os passeios com o pet podem ser mantidos durante o frio, ainda mais se o animal for acostumado a fazer as suas necessidades fisiológicas na rua. Mas o ideal é que sejam feitos nos horários mais quentes do dia, evitando o início da manhã e o final da noite, quando as temperaturas costumam ser bem mais baixas.
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“Caso o animal demonstre desconforto, é importante reduzir o tempo do passeio. Para cães mais sensíveis ao frio, o uso de roupas é indicado, sempre observando atentamente os sinais de frio durante a atividade para garantir o bem-estar do animal”, afirma Bruno.
Para Andressa, investir em cuidados preventivos é o que garante a saúde e o conforto dos pets durante o inverno. “Qualquer sinal de frio, adote medidas adequadas e proteja seu animal de estimação”, diz.
“Cães e gatos sentem frio de maneira semelhante aos humanos e podem sofrer com o desconforto térmico, além de ficarem mais suscetíveis a doenças nesta época”, conta Bruno Divino, diretor do Hospital Veterinário do UniArnaldo Centro Universitário, em Belo Horizonte.
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Segundo o especialista, os pets podem desenvolver diversas enfermidades devido à exposição excessiva ao frio. Além disso, o clima mais seco desta época do ano também favorece alergias e problemas dermatológicos.
As camas dos pets devem contar com mantas grossas para que eles fiquem bem aquecidos
Freepik/Creative Commons
“Entre as doenças mais comuns, estão as respiratórias, como a cinomose, tosse dos canis e a rinotraqueíte felina, que provocam sintomas como tosse, espirros, secreção nasal, febre e apatia”, afirma Bruno.
Cães de pelagem curta, raças pequenas, filhotes, idosos e animais debilitados por alguma doença são os mais sensíveis ao frio. Em casos mais graves, alerta o veterinário, eles podem sofrer hipotermia, uma condição potencialmente fatal em que a temperatura corporal cai a níveis preocupantes e exige atendimento veterinário imediato.
“Manter-se atento aos sinais de frio e adotar medidas de proteção são passos fundamentais para garantir o bem-estar dos animais durante o inverno”, diz.
Sinais de frio
Os principais sinais de que o pet está com o frio incluem tremores ou arrepios, pelos arrepiados e extremidades frias, como patas, orelhas e focinho. Eles buscam locais quentes e protegidos, como tapetes, caminhas, panos ou áreas com sol, e quando se deitam, ficam “enrolados” ou encolhidos.
Quando o pet está com frio, ele busca refúgio em locais mais quentes da casa
Freepik/Creative Commons
Os animais também ficam mais quietos e há um aumento da proximidade com o tutor. “Há letargia, respiração mais lenta e afastamento das atividades habituais. Esses comportamentos indicam que o animal pode estar desconfortável ou sofrendo com o frio”, explica a veterinária Andressa Nunes, docente do curso de Medicina Veterinária da Una Sete Lagoas.
Casa aquecida
Segundo Andressa, criar um ambiente aquecido dentro de casa é essencial para o bem-estar dos animais de estimação. Camas com cobertores, evitar correntes de ar e manter uma alimentação adequada ajudam a manter o pet quente e saudável.
O local onde o animal dorme deve ficar longe de portas e janelas por onde possa entrar vento frio ou umidade. “Evite áreas com piso frio, como cerâmica ou cimento, especialmente para animais idosos ou com problemas articulares. Além disso, o espaço precisa ser tranquilo, mas próximo à família, para que ele se sentir seguro”, indica Bruno.
Ele ainda sugere o uso de camas térmicas ou colchões próprios para pets, além de disponibilizar mantas grossas para garantir o aquecimento. “Para gatos, caixas de papelão com cobertores são ótimas opções de abrigo, pois proporcionam um espaço aconchegante e seguro que ajuda a reter o calor corporal”, orienta o diretor universitário.
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O ideal é usar roupas nos animais de estimação durante os passeios no frio
Freepik/Creative Commons
“Também é recomendado aumentar o acesso à luz solar durante o dia para que eles possam se aquecer naturalmente. Além disso, deve-se evitar banhos nesta época do ano, mas, quando necessário, usar água morna e secar bem o animal”, continua Bruno.
Roupas para cães
Para os animais mais sensíveis, que têm menor capacidade de se adaptar às temperaturas mais baixas, o indicado é o uso de roupas. Andressa sugere aquelas com tecidos naturais leves e respiráveis, como malha ou flanela, que não causem alergias e irritações na pele. Bruno destaca, ainda, que não é indicado usar roupas em gatos, por risco de acidentes.
“Roupas são recomendadas para dias frios ou durante o inverno. Nunca se deve colocá-las em dias quentes, pois isso pode causar superaquecimento. É fundamental observar sempre o conforto do animal: se ele estiver agitado, tentando tirar a peça ou demonstrando incômodo, é importante avaliar se realmente é necessário usá-la”, orienta Bruno.
Para escolher vestimentas adequadas para o seu pet, é importante tirar as medidas do animal, como o comprimento do dorso e a circunferência do peito e do pescoço, ensina o veterinário. A peça precisa ser confortável, não apertar e permitir a mobilidade – o ideal é manter cerca de dois dedos de espaço em relação ao corpo do animal.
Os gatos não devem usar roupas no frio por conta do risco de acidentes
Freepik/Creative Commons
“É recomendável evitar zíperes, botões ou costuras que possam machucar, além de preferir modelos que não pressionem o abdômen ou os membros, para não atrapalhar as necessidades fisiológicas”, ensina Bruno.
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Cuidados com aquecedores de piso
Para manter o ambiente longe do frio, alguns tutores optam pelo uso de aquecedores de piso. Mas Andressa alerta ser preciso ter cuidado com esse tipo de equipamento. “Mantenha-os fora do alcance do animal, verifique os cabos e fios para evitar riscos elétricos e assegure uma boa ventilação no ambiente, prevenindo problemas respiratórios causados pelo ar seco”, comenta.
Para Bruno, é fundamental se certificar de que o aparelho não oferece risco de queimaduras ou superaquecimento, garantindo que tenha proteção adequada para evitar acidentes por contato direto.
É preciso cuidado com aquecedores de piso que podem causar acidentes com os pets
Freepik/Creative Commons
“Além disso, nunca se deve deixar o pet preso em ambientes fechados com aquecedores ligados por longos períodos. Esses cuidados são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos animais”, ressalta.
Passeios na rua durante o frio: manter ou não?
Os passeios com o pet podem ser mantidos durante o frio, ainda mais se o animal for acostumado a fazer as suas necessidades fisiológicas na rua. Mas o ideal é que sejam feitos nos horários mais quentes do dia, evitando o início da manhã e o final da noite, quando as temperaturas costumam ser bem mais baixas.
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“Caso o animal demonstre desconforto, é importante reduzir o tempo do passeio. Para cães mais sensíveis ao frio, o uso de roupas é indicado, sempre observando atentamente os sinais de frio durante a atividade para garantir o bem-estar do animal”, afirma Bruno.
Para Andressa, investir em cuidados preventivos é o que garante a saúde e o conforto dos pets durante o inverno. “Qualquer sinal de frio, adote medidas adequadas e proteja seu animal de estimação”, diz.
