Decoração afetiva: como usar objetos de família de forma elegante no décor

Peças de família costumam despertar memórias e sentimentos profundos, fazendo com que muitas pessoas tenham o desejo de mantê-las por perto. Entretanto, elas podem representar um desafio na hora de serem inseridas na decoração, trazendo uma sensação de insegurança sobre se aquele objeto combina com o espaço.
O segredo para inserir esses elementos de forma elegante na decoração é se libertar da ideia de que tudo precisa combinar. Ao menos, esse é o conselho da arquiteta Daniella Martini, sócia de Adriana Weichsler e Viviane Saraiva, na Pro.a Arquitetos. “O contraste pode ser interessante. O importante é o afeto que a peça traz, ele é mais valioso do que seguir uma cartela estética rígida”, diz Daniella.
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O papel da decoração afetiva
eça que era da avó da cliente e foi preservada no ambiente, trazendo memórias afetivas e um toque de acolhimento à casa. Projeto da Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo
A decoração afetiva pode ser definida como aquela que, de alguma forma, impacta os sentimentos mais profundos dos moradores. Geralmente, ela é associada com a emolduração de fotos e objetos antigos, mas esta não é a única forma de enaltecer a família no décor.
“Essa é uma das maneiras, mas pode ser também por meio de um móvel que a avó ou avô tinha. Mesmo que não seja exatamente um móvel, pode ser algo que faça o morador lembrar da sensação que tinha quando ia a algum lugar que era agradável. Pode ser por meio de uma textura, do toque, da luminosidade ou até do cheiro e, entendo, que o objetivo seja nos levar e lembrar de outros momentos”, comenta a arquiteta Vivi Cirello.
A farmácia antiga foi ressignificada como armário da cozinha, carregando história e originalidade. Projeto da Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo
De modo geral, os objetos de família trazem personalidade à decoração. “Ela humaniza o espaço e o torna único, pois carrega histórias e significados que só pertencem àquela pessoa ou família”, observa Daniella. Porém, é preciso bom senso e tomar cuidado com os excessos para que a casa não fique parecendo uma exposição de itens antigos.
Como inserir objetos de família na decoração
O quadro de família (ao fundo) ganhou um espaço específico com um espelho atrás para que fosse visto de várias maneiras. O lustre, também de família, ganhou destaque na decoração. Projeto de Vivi Cirello
Renato Navarro
Uma maneira elegante de inserir objetos de família na decoração se dá por meio da adaptação. “É interessante lembrar que o uso original do objeto não precisa ser mantido. Se a pessoa tem uma escrivaninha que pertencia ao avô, por exemplo, ela pode virar um apoio, receber plantas ou ter outro uso completamente diferente”, explica Daniella.
Modificar o acabamento é outra solução interessante. Uma peça de madeira pode ser restaurada, ou mesmo pintada. “Às vezes, pequenos ajustes de acabamento já ajudam a integrar a peça ao restante da decoração”, diz a sócia da Pro.a Arquitetos.
O móvel verde veio da casa do irmão da cliente, que se mudou para o exterior, e foi incorporado ao hall de entrada com destaque, agregando afeto e significado à entrada da casa. Projeto da Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo
“Tenho um cliente que tinha um móvel do avô que ele gostava muito. Era um móvel alto usado para os livros do avô. Fizemos um complemento ao armário criando uma estante com ares atuais em volta”, lembra Vivi.
Para as profissionais, o mais importante é olhar para o objeto com liberdade, estando aberto para adaptar, ressignificar, mudar o contexto original, sempre respeitando a memória que a peça carrega.
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