Com o estilo escandinavo, o mundo descobriu a sensação de aconchego no design de interiores. Também conhecido como estilo nórdico, seu nome já nos dá algumas pistas sobre essa tendência que se mantém como favorita ano após ano. Nascido em regiões inóspitas do planeta, mas com um toque fascinante, esse estilo mistura com graça e acerto a elegância com a simplicidade, além de ter uma profunda ligação com o natural.
Quando as temperaturas caem, os lares anseiam por uma decoração que proporcione aconchego e proteção; o estilo escandinavo não é apenas um refúgio contra o frio invernal, mas também um oásis de bom gosto e paixão pelo design. Qualquer espaço adornado com essa tendência nórdica se transforma em um refúgio luminoso onde reinam a ordem e a amplitude. A seguir, compartilhamos tudo o que é preciso saber sobre o estilo escandinavo para decorar sua casa com sucesso.
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Qual é a origem do estilo escandinavo?
As origens do estilo escandinavo remontam ao norte da Europa
PNW Production/Pexels
A fórmula perfeita do sucesso se baseia em fundamentos sólidos. Por isso, não é surpresa que o estilo escandinavo tenha penetrado tanto no coração dos amantes do design. O século XIX foi uma época de mudanças nos paradigmas e nas formas de vida, sobretudo na Europa, tal como demonstrou a filósofa e escritora Ellen Key, que defendeu a ideia de que a beleza devia fazer parte do dia a dia. Com esse conceito aparentemente simples, surgiu o esboço do design democrático em países escandinavos, como Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia, onde a ênfase era no acesso fácil para todos.
Com essa premissa, no século XX, o estilo escandinavo revolucionou o mundo com seus preceitos estilísticos, pois demonstrou que as condições climáticas não eram um impedimento; pelo contrário, formavam o núcleo conceitual do design de interiores. Além disso, inspirou-se de maneira acertada e consciente nos movimentos globais emergentes na época, como o modernismo e o movimento moderno: do primeiro, adotou a importância do artesanato, no mais puro estilo do famoso Arts & Crafts; do segundo, encontrou valor na funcionalidade arquitetônica e na simplicidade estética. Dessa forma, a típica ambientação escura (própria das zonas nórdicas onde o sol é um recurso limitado) e os espaços visualmente pesados se converteram em lares luminosos, acolhedores e organizados. No mais, entre os anos de 1954 e 1957, graças a uma exposição de design de interiores nos Estados Unidos chamada Design in Scandinavia, o nome do design escandinavo ecoou fortemente além das fronteiras nórdicas e encantou a todos.
Características do estilo escandinavo no design de interiores
Para alcançar o estilo escandinavo, uma série de características devem estar presentes
Max Vakhtbovyc/Pexels
As características do estilo são muito singulares, pois é uma tendência que nasceu em áreas com pouca exposição solar ao longo do ano. É justamente a falta de iluminação constante que definiu que os espaços fossem abertos, ou seja, sem paredes desnecessárias que obstruíssem a luz natural escassa, e com amplas janelas na medida do possível. Aqui, é importante ressaltar que tal façanha não teria sido possível sem as inovações que o movimento moderno trouxe no âmbito dos materiais e da construção. Além disso, as temperaturas frias do exterior seriam outra imposição que se transformou em originalidade, já que a essência do estilo nórdico reside em criar um ambiente acolhedor e aconchegante dentro das casas, independentemente da neve que cobre a paisagem lá fora.
Outro aspecto fundamental é a organização como parte do design. Para o estilo nórdico, os móveis usados para guardar objetos do dia a dia são tão importantes, tanto funcional quanto esteticamente, quanto qualquer outro detalhe. Portanto, cada um desses recipientes apresenta um design próprio que se destaca no conjunto da decoração; de modo que a personalização tornou-se uma ferramenta frequentemente utilizada. Por último, há quatro aspectos vitais que definem o estilo: as cores, os materiais, os móveis e os objetos decorativos.
Paleta de cores no estilo escandinavo
Devido ao fato de que a iluminação é um desafio nas regiões nórdicas, um recurso que ajudou a combater os ambientes escuros foi a paleta de cores. Com o tempo, essa condição contextual se converteu na marca registrada do estilo escandinavo e em uma fonte de inspiração para os lares em todo o mundo.
A cor que prevalece sempre é o branco, seja em tons quentes ou frios. Claro que a decisão não é aleatória, pois apenas essa cor é capaz de refletir a escassa luz que entra no interior e promover uma atmosfera aconchegante e acolhedora. Para adicionar calor e contraste aos espaços, também se utilizam cores como bege, marrom, cinza ou verde.
Materiais e texturas utilizados no estilo escandinavo
Com o objetivo de aumentar a percepção acolhedora do lar, os materiais e suas texturas tornam-se um recurso infalível e muito eficaz no estilo escandinavo. De uma perspectiva histórica, pode-se dizer que essa característica nada mais é do que uma evolução da vida cotidiana do norte da Europa, visto que as madeiras e as pedras sempre foram recursos introduzidos nos lares.
No entanto, a chave está em como são usados atualmente. Por exemplo, o piso de parquet é uma constante nos lares decorados pelo estilo escandinavo; também é comum observar a madeira ao natural no mobiliário ou em paredes inteiras. As pedras agora são utilizadas como elementos decorativos e, somando-se a isso, a cerâmica foi incorporada aos materiais de design.
Estilo de móveis no design do estilo escandinavo
Os móveis são característicos no estilo escandinavo
Darina Belonogova/Pexels
No mundo do design, seja qual for o estilo predominante, os contrastes sempre são valiosos. Quando se trata do estilo escandinavo ou nórdico, as regras universais não são exceção. Nesse caso, os contrastes são comuns e esperados no mobiliário, sobretudo nas cadeiras e poltronas. Embora o estilo em geral se incline por linhas retas e padrões geométricos, é certo que detalhes curvos aparecem nos móveis.
Cadeiras de design, ou aquelas que apresentam formas um tanto ousadas, muito alinhadas com a visão alemã no design de móveis, são perfeitas para dar um toque chic às salas ou dormitórios com esse estilo. No entanto, formatos futuristas nunca são escolhidos, pois as curvas são discretas e modestas nessa tendência.
Têxteis e objetos decorativos no estilo escandinavo
Por fim, entre as características do estilo escandinavo, destacam-se os têxteis e objetos decorativos. Este nível é crucial por ser a camada final que completa o visual de um espaço, sendo também extremamente importante, pois faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso. Os têxteis, em qualquer apresentação, aumentam a sensação acolhedora que o estilo nórdico deseja evocar. De algodão ou linho, em almofadas, tapetes ou mantas, lisos ou estampados, são essenciais.
Como uma das diretrizes do estilo se baseia em criar espaços amplos, os espelhos ajudam a aumentar essa percepção e, portanto, são objetos imprescindíveis na corrente nórdica. Objetos como luminárias ou vasos de porcelana também são frequentes e boas opções para alcançar a estética desejada.
Diferenças entre o estilo nórdico e o minimalismo
A simplicidade os caracteriza, mas o minimalismo e o estilo escandinavo são diferentes entre si
Diane Wuttke/Unsplash
De estéticas semelhantes e com grande devoção pela ordem, é comum confundir a estética minimalista com o estilo nórdico. É inegável que ambas as correntes nascem com a simplicidade em mente, mas há uma forma muito fácil de diferenciá-las: os objetivos.
O minimalismo e o estilo escandinavo não são a mesma coisa porque cada um apela a aspectos sensoriais diferentes. Para o primeiro, o primordial é a fluidez do espaço, razão pela qual reduz ao mínimo qualquer tipo de mobiliário ou decoração desnecessária. A funcionalidade é sua máxima; a redução ao essencial, sua prática: o minimalismo não obedece a outra lei. Já o estilo nórdico, embora também retome o conceito de funcionalidade e simplicidade, tem outro objetivo em mente: criar espaços acolhedores e aconchegantes. Assim, rompe com a rigidez que, em alguns casos, o minimalismo pode transmitir e se arrisca a tomar liberdades decorativas que aumentem as percepções sensoriais dos interiores.
Design de interiores ao estilo escandinavo
É possível misturar o estilo escandinavo com outras tendências
Don Kaveen/Unsplash
Os estilos, quando colocados em prática, tendem a criar combinações inesperadas, porém fascinantes. Apesar de a idade de ouro do escandinavo ter sido vivida após a Segunda Guerra Mundial, depois do seu reconhecimento global, o design nórdico evoluiu e se fundiu com outras correntes esteticamente relacionadas. Assim, espaços minimalistas escandinavos ou nórdicos boho se destacaram como marcos no mundo do design. Alguns exemplos são:
Design de um apartamento ao estilo minimalista escandinavo
A combinação do estilo escandinavo com o minimalismo foi um sucesso nesta casa
Silje Kverneland/Cortesia do Studio Gudbjørg Simonsen
A fusão dos estilos minimalista e escandinavo é possível. Para consegui-la, é necessária uma sensibilidade sensorial magistral e uma capacidade única para o detalhe. Por serem correntes estéticas tão parecidas, abstrair a essência de cada uma e fundi-las não é tarefa fácil, por isso surpreende que este apartamento na Noruega tenha sido bem-sucedido.
Aqui, deu-se importância à funcionalidade, pois o espaço é tão aberto e flexível como apenas o minimalismo é capaz de alcançar: nenhuma parede está ali por acaso e as divisórias foram reduzidas ao máximo. No entanto, buscou-se dar um ar de acolhimento em cada espaço para que contrastasse com as cores frias: assim, iluminações indiretas, os pisos de madeira, os tecidos macios e toques de branco transformaram o espaço e evocaram o estilo escandinavo. O próprio jogo de luzes e sombras, assim como os materiais utilizados, também foram aspectos que se destacaram nessa mistura de estilos.
Estilo escandinavo boho aplicado na cozinha
O estilo escandinavo também combina perfeitamente com o estilo boho
Cortesia da Designbotschaft
A facilidade com que o estilo nórdico se harmoniza com outras tendências o coloca, sem dúvida, em posição de destaque. Ao optar por cores neutras e ambientes tranquilos, o design escandinavo se torna uma tela em branco para que outras correntes se ajustem e se integrem a ele. Em uma cozinha projetada com dois estilos, por exemplo, conseguiu-se um equilíbrio perfeito: o design dos móveis e a tonalidade branca já deixavam ver o acolhimento do espaço, mas ele foi potencializado pelos detalhes do boho, como tecidos com estampas étnicas e tons ocres contrastantes.
A cozinha é, sem dúvida, o lugar mais acolhedor do lar, pois seu fogo funciona como um ponto central. Por isso, optar pelo estilo escandinavo, cujo objetivo é o calor interior, sempre é um acerto. E, se ainda por cima, puderem ser adicionados detalhes de outra corrente que sempre se destaca por sua personalidade e tradição, o resultado só pode ser perfeito.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest México.
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Quando as temperaturas caem, os lares anseiam por uma decoração que proporcione aconchego e proteção; o estilo escandinavo não é apenas um refúgio contra o frio invernal, mas também um oásis de bom gosto e paixão pelo design. Qualquer espaço adornado com essa tendência nórdica se transforma em um refúgio luminoso onde reinam a ordem e a amplitude. A seguir, compartilhamos tudo o que é preciso saber sobre o estilo escandinavo para decorar sua casa com sucesso.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Qual é a origem do estilo escandinavo?
As origens do estilo escandinavo remontam ao norte da Europa
PNW Production/Pexels
A fórmula perfeita do sucesso se baseia em fundamentos sólidos. Por isso, não é surpresa que o estilo escandinavo tenha penetrado tanto no coração dos amantes do design. O século XIX foi uma época de mudanças nos paradigmas e nas formas de vida, sobretudo na Europa, tal como demonstrou a filósofa e escritora Ellen Key, que defendeu a ideia de que a beleza devia fazer parte do dia a dia. Com esse conceito aparentemente simples, surgiu o esboço do design democrático em países escandinavos, como Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia, onde a ênfase era no acesso fácil para todos.
Com essa premissa, no século XX, o estilo escandinavo revolucionou o mundo com seus preceitos estilísticos, pois demonstrou que as condições climáticas não eram um impedimento; pelo contrário, formavam o núcleo conceitual do design de interiores. Além disso, inspirou-se de maneira acertada e consciente nos movimentos globais emergentes na época, como o modernismo e o movimento moderno: do primeiro, adotou a importância do artesanato, no mais puro estilo do famoso Arts & Crafts; do segundo, encontrou valor na funcionalidade arquitetônica e na simplicidade estética. Dessa forma, a típica ambientação escura (própria das zonas nórdicas onde o sol é um recurso limitado) e os espaços visualmente pesados se converteram em lares luminosos, acolhedores e organizados. No mais, entre os anos de 1954 e 1957, graças a uma exposição de design de interiores nos Estados Unidos chamada Design in Scandinavia, o nome do design escandinavo ecoou fortemente além das fronteiras nórdicas e encantou a todos.
Características do estilo escandinavo no design de interiores
Para alcançar o estilo escandinavo, uma série de características devem estar presentes
Max Vakhtbovyc/Pexels
As características do estilo são muito singulares, pois é uma tendência que nasceu em áreas com pouca exposição solar ao longo do ano. É justamente a falta de iluminação constante que definiu que os espaços fossem abertos, ou seja, sem paredes desnecessárias que obstruíssem a luz natural escassa, e com amplas janelas na medida do possível. Aqui, é importante ressaltar que tal façanha não teria sido possível sem as inovações que o movimento moderno trouxe no âmbito dos materiais e da construção. Além disso, as temperaturas frias do exterior seriam outra imposição que se transformou em originalidade, já que a essência do estilo nórdico reside em criar um ambiente acolhedor e aconchegante dentro das casas, independentemente da neve que cobre a paisagem lá fora.
Outro aspecto fundamental é a organização como parte do design. Para o estilo nórdico, os móveis usados para guardar objetos do dia a dia são tão importantes, tanto funcional quanto esteticamente, quanto qualquer outro detalhe. Portanto, cada um desses recipientes apresenta um design próprio que se destaca no conjunto da decoração; de modo que a personalização tornou-se uma ferramenta frequentemente utilizada. Por último, há quatro aspectos vitais que definem o estilo: as cores, os materiais, os móveis e os objetos decorativos.
Paleta de cores no estilo escandinavo
Devido ao fato de que a iluminação é um desafio nas regiões nórdicas, um recurso que ajudou a combater os ambientes escuros foi a paleta de cores. Com o tempo, essa condição contextual se converteu na marca registrada do estilo escandinavo e em uma fonte de inspiração para os lares em todo o mundo.
A cor que prevalece sempre é o branco, seja em tons quentes ou frios. Claro que a decisão não é aleatória, pois apenas essa cor é capaz de refletir a escassa luz que entra no interior e promover uma atmosfera aconchegante e acolhedora. Para adicionar calor e contraste aos espaços, também se utilizam cores como bege, marrom, cinza ou verde.
Materiais e texturas utilizados no estilo escandinavo
Com o objetivo de aumentar a percepção acolhedora do lar, os materiais e suas texturas tornam-se um recurso infalível e muito eficaz no estilo escandinavo. De uma perspectiva histórica, pode-se dizer que essa característica nada mais é do que uma evolução da vida cotidiana do norte da Europa, visto que as madeiras e as pedras sempre foram recursos introduzidos nos lares.
No entanto, a chave está em como são usados atualmente. Por exemplo, o piso de parquet é uma constante nos lares decorados pelo estilo escandinavo; também é comum observar a madeira ao natural no mobiliário ou em paredes inteiras. As pedras agora são utilizadas como elementos decorativos e, somando-se a isso, a cerâmica foi incorporada aos materiais de design.
Estilo de móveis no design do estilo escandinavo
Os móveis são característicos no estilo escandinavo
Darina Belonogova/Pexels
No mundo do design, seja qual for o estilo predominante, os contrastes sempre são valiosos. Quando se trata do estilo escandinavo ou nórdico, as regras universais não são exceção. Nesse caso, os contrastes são comuns e esperados no mobiliário, sobretudo nas cadeiras e poltronas. Embora o estilo em geral se incline por linhas retas e padrões geométricos, é certo que detalhes curvos aparecem nos móveis.
Cadeiras de design, ou aquelas que apresentam formas um tanto ousadas, muito alinhadas com a visão alemã no design de móveis, são perfeitas para dar um toque chic às salas ou dormitórios com esse estilo. No entanto, formatos futuristas nunca são escolhidos, pois as curvas são discretas e modestas nessa tendência.
Têxteis e objetos decorativos no estilo escandinavo
Por fim, entre as características do estilo escandinavo, destacam-se os têxteis e objetos decorativos. Este nível é crucial por ser a camada final que completa o visual de um espaço, sendo também extremamente importante, pois faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso. Os têxteis, em qualquer apresentação, aumentam a sensação acolhedora que o estilo nórdico deseja evocar. De algodão ou linho, em almofadas, tapetes ou mantas, lisos ou estampados, são essenciais.
Como uma das diretrizes do estilo se baseia em criar espaços amplos, os espelhos ajudam a aumentar essa percepção e, portanto, são objetos imprescindíveis na corrente nórdica. Objetos como luminárias ou vasos de porcelana também são frequentes e boas opções para alcançar a estética desejada.
Diferenças entre o estilo nórdico e o minimalismo
A simplicidade os caracteriza, mas o minimalismo e o estilo escandinavo são diferentes entre si
Diane Wuttke/Unsplash
De estéticas semelhantes e com grande devoção pela ordem, é comum confundir a estética minimalista com o estilo nórdico. É inegável que ambas as correntes nascem com a simplicidade em mente, mas há uma forma muito fácil de diferenciá-las: os objetivos.
O minimalismo e o estilo escandinavo não são a mesma coisa porque cada um apela a aspectos sensoriais diferentes. Para o primeiro, o primordial é a fluidez do espaço, razão pela qual reduz ao mínimo qualquer tipo de mobiliário ou decoração desnecessária. A funcionalidade é sua máxima; a redução ao essencial, sua prática: o minimalismo não obedece a outra lei. Já o estilo nórdico, embora também retome o conceito de funcionalidade e simplicidade, tem outro objetivo em mente: criar espaços acolhedores e aconchegantes. Assim, rompe com a rigidez que, em alguns casos, o minimalismo pode transmitir e se arrisca a tomar liberdades decorativas que aumentem as percepções sensoriais dos interiores.
Design de interiores ao estilo escandinavo
É possível misturar o estilo escandinavo com outras tendências
Don Kaveen/Unsplash
Os estilos, quando colocados em prática, tendem a criar combinações inesperadas, porém fascinantes. Apesar de a idade de ouro do escandinavo ter sido vivida após a Segunda Guerra Mundial, depois do seu reconhecimento global, o design nórdico evoluiu e se fundiu com outras correntes esteticamente relacionadas. Assim, espaços minimalistas escandinavos ou nórdicos boho se destacaram como marcos no mundo do design. Alguns exemplos são:
Design de um apartamento ao estilo minimalista escandinavo
A combinação do estilo escandinavo com o minimalismo foi um sucesso nesta casa
Silje Kverneland/Cortesia do Studio Gudbjørg Simonsen
A fusão dos estilos minimalista e escandinavo é possível. Para consegui-la, é necessária uma sensibilidade sensorial magistral e uma capacidade única para o detalhe. Por serem correntes estéticas tão parecidas, abstrair a essência de cada uma e fundi-las não é tarefa fácil, por isso surpreende que este apartamento na Noruega tenha sido bem-sucedido.
Aqui, deu-se importância à funcionalidade, pois o espaço é tão aberto e flexível como apenas o minimalismo é capaz de alcançar: nenhuma parede está ali por acaso e as divisórias foram reduzidas ao máximo. No entanto, buscou-se dar um ar de acolhimento em cada espaço para que contrastasse com as cores frias: assim, iluminações indiretas, os pisos de madeira, os tecidos macios e toques de branco transformaram o espaço e evocaram o estilo escandinavo. O próprio jogo de luzes e sombras, assim como os materiais utilizados, também foram aspectos que se destacaram nessa mistura de estilos.
Estilo escandinavo boho aplicado na cozinha
O estilo escandinavo também combina perfeitamente com o estilo boho
Cortesia da Designbotschaft
A facilidade com que o estilo nórdico se harmoniza com outras tendências o coloca, sem dúvida, em posição de destaque. Ao optar por cores neutras e ambientes tranquilos, o design escandinavo se torna uma tela em branco para que outras correntes se ajustem e se integrem a ele. Em uma cozinha projetada com dois estilos, por exemplo, conseguiu-se um equilíbrio perfeito: o design dos móveis e a tonalidade branca já deixavam ver o acolhimento do espaço, mas ele foi potencializado pelos detalhes do boho, como tecidos com estampas étnicas e tons ocres contrastantes.
A cozinha é, sem dúvida, o lugar mais acolhedor do lar, pois seu fogo funciona como um ponto central. Por isso, optar pelo estilo escandinavo, cujo objetivo é o calor interior, sempre é um acerto. E, se ainda por cima, puderem ser adicionados detalhes de outra corrente que sempre se destaca por sua personalidade e tradição, o resultado só pode ser perfeito.
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