As cores que compõem um ambiente interferem diretamente na sensação transmitida, e podem até mudar o sentido e o uso conferido a determinado espaço. Antes de tudo, a cozinha é um cômodo funcional, voltado para o preparo de refeições, mas também prevê alta circulação de pessoas, além de momentos com a família e os amigos. Por isso, a escolha da paleta de cores certa é fundamental.
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Uma tinta muito saturada pode reduzir a sensação de amplitude, enquanto um tom excessivamente frio pode afastar o aconchego necessário. A paleta escolhida deve prezar pelo bem-estar, pela funcionalidade e pela coerência com o estilo dos moradores.
Os azulejos pretos são equilibrados com a marcenaria acolhedora e os toques de branco. Projeto do escritório Janeiro Arquitetura
André Nazareth/Divulgação
Cores escuras em excesso podem comprometer a amplitude
Para ambientes compactos, a recomendação é o uso de tons neutros e claros, que oferecem a sensação de amplitude. Areia, creme cinza e bege são alguns dos exemplos.
“Em cozinhas pequenas ou com pouca luz natural, as cores escuras podem fazer com que o ambiente pareça ainda menor, mais apertado e menos convidativo. Para evitar que a cozinha fique muito sombria, combine as cores escuras com tons mais claros, como branco ou bege, que refletem a luz e criam um equilíbrio visual”, sugere a arquiteta Paula Passos, à frente do escritório Dantas & Passos Arquitetura.
O arquiteto Paulo Tripoloni, à frente do escritório homônimo, destaca que o uso do branco evidencia sujeiras, riscos e manchas, enquanto o preto fosco ressalta a poeira e a gordura. Para o profissional, a cartela intermediária, com o uso de fendi ou off-white, é mais recomendável. Por outro lado, uma paleta escura bem sucedida pode envolver terracota, azul e verde.
Cores quentes e saturadas podem sobrecarregar a cozinha
Estudos científicos mostram que tons quentes estimulam o apetite e a sensação de urgência no momento da refeição. Tal aspecto é, inclusive, utilizado em grandes redes de fast food para garantir rotatividade e rapidez no momento da refeição. Contudo, no ambiente doméstico, onde se almeja uma alimentação mais saudável e tempo de qualidade, este uso é contraindicado.
Além disso, tons vibrantes de amarelo, vermelho e roxo podem trazer uma saturação excessiva para o ambiente. “Se quiser incluir o amarelo, prefira usá-lo em uma parede de destaque, em um revestimento colorido ou em alguns itens decorativos”, completa Pat Gilham, especialista em pintura e decoração do MyJobQuote.co.uk.
O mesmo vale para o vermelho. “Uma tendência crescente é o uso de cores retrô, como o vermelho ou azul, nos armários na cozinha. É uma alternativa para usar a cor sem prejudicar o ambiente e que ainda pode trazer a memória afetiva dos lares de nossos pais e avós”, indica a arquiteta Cristiane Schiavoni.
O vermelho traz um toque retrô e sutil para a cozinha mais neutra. Projeto do escritório Vapor Arquitetura
Arthur Duarte/Divulgação
Observe como a luz transforma o ambiente
Os tons claros e terrossos são equilibrados favorecendo o bem-estar na cozinha, que é bem iluminada. Projeto do escritório StudioDuas Arquitetura
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
A iluminação é um aspecto fundamental na escolha da paleta da cozinha. Naturalmente, algumas cores absorvem mais luz, outras refletem. Quanto mais escuro o tom, maior a absorção. “Como a cozinha é um local de trabalho e preparo de refeições, a iluminação precisa estar bem resolvida para evitar sombras”, afirma Cristiane.
Ambientes com luz natural abundante favorecem o uso de tons mais fechados, enquanto ambientes com pouca entrada de sol pedem tonalidades que ampliem e reforcem a claridade.
“Uma luz distribuída de forma uniforme no ambiente ajuda a revelar as nuances de cada cor de maneira mais precisa. A iluminação artificial bem planejada garante que as cores sejam destacadas corretamente e valoriza os elementos do espaço. As luzes podem alterar a percepção de tonalidade e intensidade das cores”, informa Danielle Dantas, à frente da Dantas & Passos Arquitetura.
A cozinha branca pode ser uma opção para quem gosta do minimalismo e da luz natural. Projeto do escritório PKB Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação | Produção: Andrea Brito/Divulgação
Fuja das escolhas apenas por tendência
Seguir modas passageiras pode ser tentador, mas a cor da vez pode cansar em pouco tempo. Priorize tons que dialoguem com os móveis, o piso e a iluminação, permitindo ajustes com pequenos objetos decorativos ao longo do tempo.
Considere a durabilidade e a manutenção
Cozinhas estão sujeitas a respingos, manchas e calor. Por isso, além da cor, é importante pensar no material da pintura ou do revestimento. “A área está constantemente sujeita à umidade e pede superfícies com manutenção e limpeza descomplicadas”, destaca a arquiteta Rosangela Pena.
Na bancada de trabalho e na região da pia, tons excessivamente claros, como branco, bege e off-white, aplicados com tintas pouco resistentes podem danificar facilmente com o uso.
Aposte nos detalhes
Tons suaves de rosa e verde deixam o ambiente da cozinha acolhedor e criativo. Projeto do escritório UP3 Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Quem deseja experimentar tonalidades marcantes pode aplicá-las em pontos estratégicos: eletrodomésticos, acessórios ou uma parede de destaque. “Mesmo sem trocar o eletrodoméstico é possível adesivar e trazer esse detalhe”, sugere Cristiane. Assim, a cozinha ganha personalidade sem perder equilíbrio.
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O segredo é a boa combinação
Alguns tons podem estimular em excesso e causar ansiedade, outros podem gerar monotonia. “O que faz diferença é como essas cores são usadas em conjunto. Se a combinação não for harmônica pode gerar desconforto”, finaliza Cristiane.
O ideal é buscar o equilíbrio entre cores que transmitem vitalidade e calma, entendendo como cada escolha afeta a rotina. Mais do que definir uma cor isolada, o segredo está no todo: acabamentos, materiais, iluminação e estilo. Essa soma garante que a cozinha seja um espaço funcional e acolhedor, favorecendo o uso e a permanência de quem vive ali.
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Uma tinta muito saturada pode reduzir a sensação de amplitude, enquanto um tom excessivamente frio pode afastar o aconchego necessário. A paleta escolhida deve prezar pelo bem-estar, pela funcionalidade e pela coerência com o estilo dos moradores.
Os azulejos pretos são equilibrados com a marcenaria acolhedora e os toques de branco. Projeto do escritório Janeiro Arquitetura
André Nazareth/Divulgação
Cores escuras em excesso podem comprometer a amplitude
Para ambientes compactos, a recomendação é o uso de tons neutros e claros, que oferecem a sensação de amplitude. Areia, creme cinza e bege são alguns dos exemplos.
“Em cozinhas pequenas ou com pouca luz natural, as cores escuras podem fazer com que o ambiente pareça ainda menor, mais apertado e menos convidativo. Para evitar que a cozinha fique muito sombria, combine as cores escuras com tons mais claros, como branco ou bege, que refletem a luz e criam um equilíbrio visual”, sugere a arquiteta Paula Passos, à frente do escritório Dantas & Passos Arquitetura.
O arquiteto Paulo Tripoloni, à frente do escritório homônimo, destaca que o uso do branco evidencia sujeiras, riscos e manchas, enquanto o preto fosco ressalta a poeira e a gordura. Para o profissional, a cartela intermediária, com o uso de fendi ou off-white, é mais recomendável. Por outro lado, uma paleta escura bem sucedida pode envolver terracota, azul e verde.
Cores quentes e saturadas podem sobrecarregar a cozinha
Estudos científicos mostram que tons quentes estimulam o apetite e a sensação de urgência no momento da refeição. Tal aspecto é, inclusive, utilizado em grandes redes de fast food para garantir rotatividade e rapidez no momento da refeição. Contudo, no ambiente doméstico, onde se almeja uma alimentação mais saudável e tempo de qualidade, este uso é contraindicado.
Além disso, tons vibrantes de amarelo, vermelho e roxo podem trazer uma saturação excessiva para o ambiente. “Se quiser incluir o amarelo, prefira usá-lo em uma parede de destaque, em um revestimento colorido ou em alguns itens decorativos”, completa Pat Gilham, especialista em pintura e decoração do MyJobQuote.co.uk.
O mesmo vale para o vermelho. “Uma tendência crescente é o uso de cores retrô, como o vermelho ou azul, nos armários na cozinha. É uma alternativa para usar a cor sem prejudicar o ambiente e que ainda pode trazer a memória afetiva dos lares de nossos pais e avós”, indica a arquiteta Cristiane Schiavoni.
O vermelho traz um toque retrô e sutil para a cozinha mais neutra. Projeto do escritório Vapor Arquitetura
Arthur Duarte/Divulgação
Observe como a luz transforma o ambiente
Os tons claros e terrossos são equilibrados favorecendo o bem-estar na cozinha, que é bem iluminada. Projeto do escritório StudioDuas Arquitetura
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
A iluminação é um aspecto fundamental na escolha da paleta da cozinha. Naturalmente, algumas cores absorvem mais luz, outras refletem. Quanto mais escuro o tom, maior a absorção. “Como a cozinha é um local de trabalho e preparo de refeições, a iluminação precisa estar bem resolvida para evitar sombras”, afirma Cristiane.
Ambientes com luz natural abundante favorecem o uso de tons mais fechados, enquanto ambientes com pouca entrada de sol pedem tonalidades que ampliem e reforcem a claridade.
“Uma luz distribuída de forma uniforme no ambiente ajuda a revelar as nuances de cada cor de maneira mais precisa. A iluminação artificial bem planejada garante que as cores sejam destacadas corretamente e valoriza os elementos do espaço. As luzes podem alterar a percepção de tonalidade e intensidade das cores”, informa Danielle Dantas, à frente da Dantas & Passos Arquitetura.
A cozinha branca pode ser uma opção para quem gosta do minimalismo e da luz natural. Projeto do escritório PKB Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação | Produção: Andrea Brito/Divulgação
Fuja das escolhas apenas por tendência
Seguir modas passageiras pode ser tentador, mas a cor da vez pode cansar em pouco tempo. Priorize tons que dialoguem com os móveis, o piso e a iluminação, permitindo ajustes com pequenos objetos decorativos ao longo do tempo.
Considere a durabilidade e a manutenção
Cozinhas estão sujeitas a respingos, manchas e calor. Por isso, além da cor, é importante pensar no material da pintura ou do revestimento. “A área está constantemente sujeita à umidade e pede superfícies com manutenção e limpeza descomplicadas”, destaca a arquiteta Rosangela Pena.
Na bancada de trabalho e na região da pia, tons excessivamente claros, como branco, bege e off-white, aplicados com tintas pouco resistentes podem danificar facilmente com o uso.
Aposte nos detalhes
Tons suaves de rosa e verde deixam o ambiente da cozinha acolhedor e criativo. Projeto do escritório UP3 Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Quem deseja experimentar tonalidades marcantes pode aplicá-las em pontos estratégicos: eletrodomésticos, acessórios ou uma parede de destaque. “Mesmo sem trocar o eletrodoméstico é possível adesivar e trazer esse detalhe”, sugere Cristiane. Assim, a cozinha ganha personalidade sem perder equilíbrio.
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O segredo é a boa combinação
Alguns tons podem estimular em excesso e causar ansiedade, outros podem gerar monotonia. “O que faz diferença é como essas cores são usadas em conjunto. Se a combinação não for harmônica pode gerar desconforto”, finaliza Cristiane.
O ideal é buscar o equilíbrio entre cores que transmitem vitalidade e calma, entendendo como cada escolha afeta a rotina. Mais do que definir uma cor isolada, o segredo está no todo: acabamentos, materiais, iluminação e estilo. Essa soma garante que a cozinha seja um espaço funcional e acolhedor, favorecendo o uso e a permanência de quem vive ali.