A Geração Z está deixando a ordem bege e nórdica para trás. Contamos quais estilos estão chegando para tomar o lugar deles Como um pêndulo que passou tempo demais em um só lado, as tendências de decoração agora balançam na direção oposta. O minimalismo nórdico — com seus tons neutros, móveis funcionais e aquela estética bege que domina as mídias sociais e os catálogos há mais de uma década — começa a perder força.
A Geração Z, criada com telas, tutoriais para tudo e vidas cuidadosamente editadas, passou a rejeitar essa perfeição imposta. Agora ela busca o oposto: espaços que mostrem o que é real, o que é vivido e o que é seu. Eles querem casas que falem com eles, não que se dissolvam na neutralidade.
Do minimalismo ao “mais é mais”: como tudo está mudando
O minimalismo teve seu momento: oferecia calma, ordem e uma certa sensação de controle. Mas também impôs um modo de ser, de mostrar (ou esconder) o que se tem e o que não se tem. É aí que o jogo muda. O que era sinônimo de equilíbrio para uma geração se tornou um símbolo de vazio para outra. É por isso que cada vez mais jovens estão dizendo adeus ao bege.
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A mudança na decoração da Geração Z não é apenas visual, é também emocional. A estética minimalista — limpa, organizada, previsível — está dando lugar a interiores que abraçam o imperfeito, o acumulado e o pessoal. Mostramos como esse novo modo de viver está transformando:
Do sofá cinza à poltrona com história
Estofado em uma cor marcante e com uma estampa marcante. Não é neutro, é memorável
Reprodução AD Espanha
Já se foram os dias dos sofás simples cinza ou cru. Em seu lugar, há peças vintage, estofados de veludo, estampas ousadas e móveis herdados que não combinam, mas ainda dizem muito. A ideia não é que tudo se encaixe, mas que tenha caráter.
Da mesa de carvalho claro à mistura de épocas
Nada combina, e é por isso que funciona: é assim que fica uma mesa em uma sala de estar onde décadas e estilos coexistem quase involuntariamente
Robert Rieger
Antes, tudo era claro, natural (e principalmente) escandinavo. Móveis de décadas diferentes agora coexistem: uma mesa dos anos 1970 com cadeiras de plástico pop, ou uma cômoda antiga ao lado de uma luminária industrial. Ecletismo não é mais desordem, é personalidade.
De formas neutras a móveis inesperados
Móveis não precisam mais ser “bonitos” no sentido clássico. Há peças com pernas tortas, prateleiras onduladas, sofás que parecem esculturas, cadeiras que poderiam ter saído de um videogame. O estranho se torna desejável e o feio, interessante.
Geometrias oníricas, iluminação cinematográfica e cores desbotadas. A estranheza não é mais escondida, ela é celebrada
Robert Rieger
De uma prateleira limpa para uma prateleira cheia de vida
Adeus ao vaso branco solitário e ao livro bem pautado. As novas prateleiras estão abarrotadas de: livros abertos, lembranças de viagem, cerâmicas coloridas, fotos sem moldura, plantas de verdade (ou de plástico, tanto faz). Tudo à vista, sem culpa e com vontade de contar uma história.
Cerâmicas espontâneas, lembranças de viagem, tesouros vintage, flores secas ou fotos sem moldura. Caos sim, como o que a Geração Z gosta
Constantin Mirbach
Initial plugin text
Do branco absoluto à cor destemida
Não tenha mais medo de saturação! As paredes não são mais todas brancas: elas são pintadas em tons intensos (amarelo-limão, verde-musgo, laranja brilhante, azul elétrico), com papel de parede, listrado ou xadrez. Não existe uma fórmula, apenas a intenção de querer se expressar.
Se o banheiro é o ambiente mais íntimo da casa, por que não enchê-lo de cor e personalidade? O branco não é mais obrigatório: zero medo de excesso
Lance Gerber
Da perfeição do Pinterest ao “este sou eu”
A lógica não é mais imitar uma casa ideal (há muitas delas na internet), mas mostrar quem mora ali. Há ídolos emoldurados, arte local, móveis de marcas desconhecidas e achados vintage, todos reunidos com orgulho. A estética é mais caótica, mas também mais honesta.
Paredes brancas, sim. Mas por todo lado: pop art, um tapete exclusivo, uma luminária em formato de polvo e um banco que quase parece uma arquibancada esportiva. Não se trata de eliminar o neutro, mas sim de não ficar apenas nele
Patrick Biller
É verdade que grande parte da Geração Z ainda não possui casa própria — a precariedade do emprego e o preço do mercado imobiliário são obstáculos óbvios —, mas isso não os impede de expressar uma sensibilidade estética muito apurada.
Eles fazem isso em seus quartos, em apartamentos compartilhados ou por meio de painéis do Pinterest, histórias do TikTok ou feed do Instagram, onde selecionam imagens como se estivessem decorando mentalmente um lugar que desejam alcançar.
Para muitos, decorar seu espaço é como editar seu perfil: não precisa ser perfeito, mas deve representar um espaço pessoal, aberto e seguro. E esse espaço, cada vez mais, está longe de ser bege.
*Matéria publicada originalmente na revista AD Espanha
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A Geração Z, criada com telas, tutoriais para tudo e vidas cuidadosamente editadas, passou a rejeitar essa perfeição imposta. Agora ela busca o oposto: espaços que mostrem o que é real, o que é vivido e o que é seu. Eles querem casas que falem com eles, não que se dissolvam na neutralidade.
Do minimalismo ao “mais é mais”: como tudo está mudando
O minimalismo teve seu momento: oferecia calma, ordem e uma certa sensação de controle. Mas também impôs um modo de ser, de mostrar (ou esconder) o que se tem e o que não se tem. É aí que o jogo muda. O que era sinônimo de equilíbrio para uma geração se tornou um símbolo de vazio para outra. É por isso que cada vez mais jovens estão dizendo adeus ao bege.
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Do sofá cinza à poltrona com história
Estofado em uma cor marcante e com uma estampa marcante. Não é neutro, é memorável
Reprodução AD Espanha
Já se foram os dias dos sofás simples cinza ou cru. Em seu lugar, há peças vintage, estofados de veludo, estampas ousadas e móveis herdados que não combinam, mas ainda dizem muito. A ideia não é que tudo se encaixe, mas que tenha caráter.
Da mesa de carvalho claro à mistura de épocas
Nada combina, e é por isso que funciona: é assim que fica uma mesa em uma sala de estar onde décadas e estilos coexistem quase involuntariamente
Robert Rieger
Antes, tudo era claro, natural (e principalmente) escandinavo. Móveis de décadas diferentes agora coexistem: uma mesa dos anos 1970 com cadeiras de plástico pop, ou uma cômoda antiga ao lado de uma luminária industrial. Ecletismo não é mais desordem, é personalidade.
De formas neutras a móveis inesperados
Móveis não precisam mais ser “bonitos” no sentido clássico. Há peças com pernas tortas, prateleiras onduladas, sofás que parecem esculturas, cadeiras que poderiam ter saído de um videogame. O estranho se torna desejável e o feio, interessante.
Geometrias oníricas, iluminação cinematográfica e cores desbotadas. A estranheza não é mais escondida, ela é celebrada
Robert Rieger
De uma prateleira limpa para uma prateleira cheia de vida
Adeus ao vaso branco solitário e ao livro bem pautado. As novas prateleiras estão abarrotadas de: livros abertos, lembranças de viagem, cerâmicas coloridas, fotos sem moldura, plantas de verdade (ou de plástico, tanto faz). Tudo à vista, sem culpa e com vontade de contar uma história.
Cerâmicas espontâneas, lembranças de viagem, tesouros vintage, flores secas ou fotos sem moldura. Caos sim, como o que a Geração Z gosta
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Do branco absoluto à cor destemida
Não tenha mais medo de saturação! As paredes não são mais todas brancas: elas são pintadas em tons intensos (amarelo-limão, verde-musgo, laranja brilhante, azul elétrico), com papel de parede, listrado ou xadrez. Não existe uma fórmula, apenas a intenção de querer se expressar.
Se o banheiro é o ambiente mais íntimo da casa, por que não enchê-lo de cor e personalidade? O branco não é mais obrigatório: zero medo de excesso
Lance Gerber
Da perfeição do Pinterest ao “este sou eu”
A lógica não é mais imitar uma casa ideal (há muitas delas na internet), mas mostrar quem mora ali. Há ídolos emoldurados, arte local, móveis de marcas desconhecidas e achados vintage, todos reunidos com orgulho. A estética é mais caótica, mas também mais honesta.
Paredes brancas, sim. Mas por todo lado: pop art, um tapete exclusivo, uma luminária em formato de polvo e um banco que quase parece uma arquibancada esportiva. Não se trata de eliminar o neutro, mas sim de não ficar apenas nele
Patrick Biller
É verdade que grande parte da Geração Z ainda não possui casa própria — a precariedade do emprego e o preço do mercado imobiliário são obstáculos óbvios —, mas isso não os impede de expressar uma sensibilidade estética muito apurada.
Eles fazem isso em seus quartos, em apartamentos compartilhados ou por meio de painéis do Pinterest, histórias do TikTok ou feed do Instagram, onde selecionam imagens como se estivessem decorando mentalmente um lugar que desejam alcançar.
Para muitos, decorar seu espaço é como editar seu perfil: não precisa ser perfeito, mas deve representar um espaço pessoal, aberto e seguro. E esse espaço, cada vez mais, está longe de ser bege.
*Matéria publicada originalmente na revista AD Espanha
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