Em Londres, mansão de casal de criativos é artística e descolada

Um mix and match de padronagens nada óbvio permeia os ambientes da residência construída em 1912 Os primeiros meses de pandemia levaram Julien Dufour e Edouard Schuler-Voith a tomar decisões importantes. O casal vivia entre Paris e Nova York, frequentemente passando semanas separados por compromissos profissionais. “Quando o isolamento chegou, percebemos que não queríamos mais viver daquele jeito; era hora de começar uma família”, conta Edouard, então diretor de dados da Sotheby’s. “Sabíamos que queríamos morar na Europa, e rapidamente concordamos com Londres.”
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Sofá de Ico Parisi, pendente de Angelo Lelli e autorretrato de Alex Israel
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A sala de jantar em tons de azul
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Edouard Schuler-Voith e Julien Dufour em sua nova casa em Londres, uma construção eduardiana de seis andares do início do séc. 20
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A busca por um novo lar começou online e, após examinar inúmeras fotos e plantas, eles montaram uma lista de imóveis para visitar assim que pudessem voar para a Inglaterra. No topo da lista estava uma casa geminada eduardiana em Marylebone. Embora maior do que precisavam, suas janelas francesas do chão ao teto e os detalhes centenários preservados a tornavam um achado raro. Quando finalmente puderam visitá-la pessoalmente, no fim daquele ano, a residência superou todas as expectativas. Construída em 1912, recebia abundante luz natural e exibia uma riqueza de detalhes discretos e elegantes, como molduras de teto delicadamente ornamentadas e varandas de ferro fundido.
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No living, mesa de centro de vidro de Pietro Chiesa, dois bancos de madeira de Gio Ponti e uma luminária tubular de Gino Sarfatti
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Um lustre de Gio Ponti dá o tom mid-century modern do ambiente
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Na biblioteca, estante de Joe Colombo da década de 1960
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Outro ângulo da biblioteca exibe cadeira de Peder Moos e mesa de Joe Colombo. O abajur Uovo Orizzontale é de Cesare Casati
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Pouco depois, já estavam com as chaves em mãos da residência de 740 metros quadrados. “Era tão singular que sentimos que valia a pena embarcar nessa grande aventura”, diz Julien, vice-presidente do grupo global The Independents, proprietário de agências criativas influentes como Karla Otto e Bureau Betak. “Estávamos muito alinhados desde o início e começamos a imaginar juntos o que poderia ser cada cômodo, trocando ideias e nos incentivando mutuamente.” Um dos principais objetivos era usar quase exclusivamente peças vintage e antigas – muitas delas heranças de família – e “não criar nada novo”, ao mesmo tempo em que preservavam “a identidade desta casa tão antiga”, explica Edouard.
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“A mesa de jantar era da minha avó. Nós a restauramos e combinamos com cadeiras mais contemporâneas”, diz Julien sobre a mesa oval e as cadeiras curvas de Patricia Urquiola para a Cassina. Acima do aparador, tela de Jana Euler
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Na sala de café da manhã, sofá que pertencia à avó de Dufour estofado com tecido floral da Pierre Frey, papel de parede da Gournay e tela de Alex Israel
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Na cozinha, pendente de Poul Henningsen e azulejos originais da casa
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No lavabo azul e rosa, espelhos de Carlo Scarpa e papel de parede da Pierre Frey
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“Os painéis se encaixam perfeitamente nesta sala”, diz Schuler-Voith, referindo-se às 12 pinturas de Sun Cheng’en
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Levaram esse propósito a sério. Durante a reforma completa conduzida pela London Projects, pediram para restaurar e reaproveitar quase todas as tábuas do piso e azulejos de parede que precisaram ser removidos. No design de interiores, usaram um punhado de peças queridas como ponto de partida. Na sala de café da manhã – um ambiente iluminado, com janelas voltadas para o jardim dos fundos –, tudo começou com um sofá que pertenceu à avó de Julien, reestofado com um tecido floral Pierre Frey em tons de vermelho, coral e verde. Para acompanhar a paleta e o estilo, o casal escolheu um papel de parede da Gournay, com garças e borboletas. O toque contemporâneo veio com uma pintura geométrica, assinada pelo artista Alex Israel.
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O casal com seu filho, Theodore, no jardim
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Em um quarto de hóspedes, cabeceira de Sergio Conti
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No banheiro revestido em mármore, tela de Santiago Evans Canales, na Galerie Derouillon
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No closet, sofá-cama de Luigi Caccia Dominioni e pendente de vidro de Poul Henningsen
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No quarto, mesas de cabeceira de Gio Ponti
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Um corredor repleto de arte leva à sala de café da manhã
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Recentemente, o casal deu as boas-vindas ao primeiro filho, Theodore – um marco que levou Edouard a deixar o mundo corporativo e se dedicar à paternidade em tempo integral. “Assumimos riscos e nos redescobrimos nesse processo”, resume ele, sobre a nova casa – e a nova vida.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest
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