A abordagem da designer Gabriela Gargano para o pied-à-terre permite que a mistura de peças vintage e itens da coleção da família brilhem lado a lado Ao projetar uma segunda casa, é natural que surjam dúvidas: que atmosfera esse lugar deve ter? Ele precisa refletir meu estilo pessoal de sempre? O que é realmente essencial em termos de mobiliário e o que pode ser deixado de lado? Essas foram algumas das questões que Gabriela Gargano, fundadora e diretora do Grisoro Studio, propôs aos seus clientes — uma jovem família londrina que visita Nova York algumas vezes por ano. “Um pied-à-terre é uma oportunidade de revelar um lado diferente da sua estética, talvez mais descontraído ou surpreendente”, comenta Gabriela. “O ideal é que ainda reflita quem você é, mas sob uma ótica menos habitual.”
LEIA MAIS
Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para o seu projeto
Na cozinha, grandes painéis de mármore Calacatta violeta dialogam com os armários verde-floresta. “Esse mármore dá vida e intensidade ao ambiente, que seria neutro sem ele”, conta Gabriela
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Na sala de jantar, cadeiras Diagolo, de Afra e Tobia Scarpa, cercam a mesa Lawson Fenning desenhada por Brian Paquette. Acima, um pendente de cobre da linha PH, fornecido pelos próprios moradores. “É uma peça clássica, mas o cobre envelhecido lhe confere um charme raro”, explica a designer
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No living, poltrona Trienna Safari, design Carl-Axel Acking
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Situado em Greenwich Village, no edifício histórico The Albert, construído originalmente por volta de 1850, o imóvel passou por diversas transformações: já foi conjunto de casas geminadas, hotel, conjunto de apartamentos e novamente hotel, até que, nos anos 1920, foi unificado. Entre seus hóspedes mais célebres estiveram Mark Twain, Thomas Wolfe, Jackson Pollock, Andy Warhol e o grupo musical Mamas & The Papas. Desde sua última conversão, nos anos 1970, o edifício é um conjunto de apartamentos residenciais e foi incluído no Registro Nacional de Lugares Históricos em 2012.
+ Mansão de R$ 158 milhões têm vista e história familiar de tirar o fôlego em Nova York; veja fotos
O gosto da família por peças vintage é visível em toda a casa, que mescla móveis art déco europeus, peças de meados do século e designs contemporâneos feitos sob medida. Entre os destaques, estão uma escrivaninha Hans Wegner AT305 para Andreas Tuck, acompanhada de uma luminária Bauhaus no estilo de Marcel Breuer (criação de Amy Meier), e uma poltrona dinamarquesa de Dagmar
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Os elementos suaves ganham contraste com soluções mais ousadas na cozinha e nos banheiros. “No lavabo, usamos um tom profundo de berinjela que emoldura a janela de maneira quase teatral, como uma obra de arte”, diz Gargano. “A penteadeira com puxadores arredondados tem aparência de móvel solto, e o piso xadrez, com aparência desgastada, traz um toque lúdico e atemporal”
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No terraço, o conceito minimalista continua. “A ideia era criar um jardim tranquilo e encantador, com pisos que lembram calcário antigo, vegetação leve e móveis discretos — tudo para deixar a paisagem e o verde em evidência”, comenta
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
A instalação de um chuveiro ao ar livre trouxe um toque inesperado. “Não há nada como tomar banho ao ar livre no coração de Manhattan”, brinca Gabriela
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Apesar da relevância arquitetônica, o apartamento em si precisava de renovação. “Era um espaço datado, com cara de solteiro”, brinca Gargano. Para revitalizá-lo, o projeto contou com o BuiltIN Studio (arquitetura), KJ Remodeling (obra), Brook Landscape (paisagismo) e a FIKS Consultants (HVAC e sistemas de automação). O ponto central era destacar a vista privilegiada para o centro de Manhattan e criar uma atmosfera com identidade nova-iorquina. “A família mora em uma casa histórica em Londres, então queriam algo com um contraste claro”, explica Gargano. “Nosso caminho foi criar uma arquitetura de linhas puras, onde a vista e os materiais tivessem protagonismo.”
+ Casinha com fachada tombada em Nova York é raridade entre arranha-céus por R$ 39 milhões
Como o edifício é um dos mais altos da região, as vistas são realmente impressionantes, com pontos emblemáticos da cidade à vista
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Por ser um pied-à-terre, a necessidade de armazenamento foi menor, o que permitiu priorizar o visual limpo e elegante
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No quarto de hóspedes, um guarda-roupa francês de Guillerme et Chambron remonta aos anos 1960
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Detalhe do quarto de hóspedes
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No quarto das crianças, a cabeceira curvada brinca com os formas
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No banheiro, a típica estética nova-iorquina predomina
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Mesmo sem cortinas e com decoração contida, o espaço transmite personalidade por meio da combinação entre móveis de aparência envelhecida e obras de arte contemporâneas. “Existe uma tensão sutil entre o antigo e o novo — é acolhedor, moderno, vibrante”, diz Gargano. “As peças são bastante diferentes entre si, mas a paleta e a proporção bem equilibradas fazem com que convivam em perfeita harmonia.” E, convenhamos, isso não é exatamente o que se espera de um pied-à-terre?
*Matéria publicada originalmente na Vogue Living
🏡 Casa Vogue agora está no WhatsApp! Clique aqui e siga nosso canal
LEIA MAIS
Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para o seu projeto
Na cozinha, grandes painéis de mármore Calacatta violeta dialogam com os armários verde-floresta. “Esse mármore dá vida e intensidade ao ambiente, que seria neutro sem ele”, conta Gabriela
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Na sala de jantar, cadeiras Diagolo, de Afra e Tobia Scarpa, cercam a mesa Lawson Fenning desenhada por Brian Paquette. Acima, um pendente de cobre da linha PH, fornecido pelos próprios moradores. “É uma peça clássica, mas o cobre envelhecido lhe confere um charme raro”, explica a designer
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No living, poltrona Trienna Safari, design Carl-Axel Acking
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Situado em Greenwich Village, no edifício histórico The Albert, construído originalmente por volta de 1850, o imóvel passou por diversas transformações: já foi conjunto de casas geminadas, hotel, conjunto de apartamentos e novamente hotel, até que, nos anos 1920, foi unificado. Entre seus hóspedes mais célebres estiveram Mark Twain, Thomas Wolfe, Jackson Pollock, Andy Warhol e o grupo musical Mamas & The Papas. Desde sua última conversão, nos anos 1970, o edifício é um conjunto de apartamentos residenciais e foi incluído no Registro Nacional de Lugares Históricos em 2012.
+ Mansão de R$ 158 milhões têm vista e história familiar de tirar o fôlego em Nova York; veja fotos
O gosto da família por peças vintage é visível em toda a casa, que mescla móveis art déco europeus, peças de meados do século e designs contemporâneos feitos sob medida. Entre os destaques, estão uma escrivaninha Hans Wegner AT305 para Andreas Tuck, acompanhada de uma luminária Bauhaus no estilo de Marcel Breuer (criação de Amy Meier), e uma poltrona dinamarquesa de Dagmar
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Os elementos suaves ganham contraste com soluções mais ousadas na cozinha e nos banheiros. “No lavabo, usamos um tom profundo de berinjela que emoldura a janela de maneira quase teatral, como uma obra de arte”, diz Gargano. “A penteadeira com puxadores arredondados tem aparência de móvel solto, e o piso xadrez, com aparência desgastada, traz um toque lúdico e atemporal”
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No terraço, o conceito minimalista continua. “A ideia era criar um jardim tranquilo e encantador, com pisos que lembram calcário antigo, vegetação leve e móveis discretos — tudo para deixar a paisagem e o verde em evidência”, comenta
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
A instalação de um chuveiro ao ar livre trouxe um toque inesperado. “Não há nada como tomar banho ao ar livre no coração de Manhattan”, brinca Gabriela
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Apesar da relevância arquitetônica, o apartamento em si precisava de renovação. “Era um espaço datado, com cara de solteiro”, brinca Gargano. Para revitalizá-lo, o projeto contou com o BuiltIN Studio (arquitetura), KJ Remodeling (obra), Brook Landscape (paisagismo) e a FIKS Consultants (HVAC e sistemas de automação). O ponto central era destacar a vista privilegiada para o centro de Manhattan e criar uma atmosfera com identidade nova-iorquina. “A família mora em uma casa histórica em Londres, então queriam algo com um contraste claro”, explica Gargano. “Nosso caminho foi criar uma arquitetura de linhas puras, onde a vista e os materiais tivessem protagonismo.”
+ Casinha com fachada tombada em Nova York é raridade entre arranha-céus por R$ 39 milhões
Como o edifício é um dos mais altos da região, as vistas são realmente impressionantes, com pontos emblemáticos da cidade à vista
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Por ser um pied-à-terre, a necessidade de armazenamento foi menor, o que permitiu priorizar o visual limpo e elegante
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No quarto de hóspedes, um guarda-roupa francês de Guillerme et Chambron remonta aos anos 1960
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Detalhe do quarto de hóspedes
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No quarto das crianças, a cabeceira curvada brinca com os formas
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
No banheiro, a típica estética nova-iorquina predomina
David Mitchell | Estilo: Brittany Albert
Mesmo sem cortinas e com decoração contida, o espaço transmite personalidade por meio da combinação entre móveis de aparência envelhecida e obras de arte contemporâneas. “Existe uma tensão sutil entre o antigo e o novo — é acolhedor, moderno, vibrante”, diz Gargano. “As peças são bastante diferentes entre si, mas a paleta e a proporção bem equilibradas fazem com que convivam em perfeita harmonia.” E, convenhamos, isso não é exatamente o que se espera de um pied-à-terre?
*Matéria publicada originalmente na Vogue Living
🏡 Casa Vogue agora está no WhatsApp! Clique aqui e siga nosso canal