Escritório maranhense se destaca em interiores residenciais por filosofia minimalista e afetiva

No cenário da arquitetura e do design de interiores do Maranhão, o escritório Andrade Olivier Arquitetura (@andradeolivier.arq) conquistou espaço com uma assinatura própria: projetos residenciais que unem sofisticação, funcionalidade e emoção. Criado em 2016 pelo arquiteto Anderson Andrade e pela designer de interiores Raquel Olivier, o escritório nasceu da sintonia entre dois olhares complementares e hoje é referência quando o assunto é transformar casas e apartamentos em espaços de pertencimento e acolhimento.
A dupla formada pelo arquiteto Andrade Olivier e pela designer de interiores Raquel Olivier, à frente do escritório Andrade Olivier Arquitetura, preza pelo minimalismo refinado e pela decoração afetiva
Laila Razzo/Divulgação
A história do escritório, no entanto, começou bem antes. Anderson e Raquel se conheceram na universidade em 2008, cada um em sua graduação – ele em arquitetura; ela em design de interiores -, e já no primeiro trabalho conjunto descobriram uma sintonia criativa rara. Ele trazia a experiência técnica das representações virtuais em 3D, com passagens por grandes construtoras, enquanto ela, que cresceu cercada pelo incentivo criativo do pai e pela paixão pelo desenho, imprimia ousadia e sensibilidade em projetos de interiores. O encontro entre essas duas visões deu origem a uma marca que se consolidou passo a passo, conquistando clientes exigentes, participações em anuários e prêmios nacionais.
Uma dessas premiações aconteceu recentemente, quando o escritório foi reconhecido como o mais atuante no maior prêmio de arquitetura e decoração do estado, promovido pelo Grupo Maranhense de Decoração, Grupo Madecor. O prêmio, que reuniu 150 escritórios na campanha entre 2024 e 2025, destacou os profissionais mais atuantes junto às empresas associadas, que somam mais de 28. “Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo. Mais do que estética, buscamos entregar projetos que traduzam a vida de cada cliente em forma de espaço”, afirma Anderson.
Este projeto insere princípios da arquitetura biofílica, um conceito que, para os profissionais, veio para ficar com a busca de maior conexão com o natural, a exemplo da permeabilidade através das esquadrias de alumínio e vidro, que permitem o contato com o paisagismo de Eduardo Sobral, da Verdejar, destacando espécies como maranta-charuto, jiboias, filodendros, guaimbês e samambaias. No living, painel de MDF Louro Freijó, da Arauco, abriga o sofá Eterium, da Ponto Vírgula, combinado com mesa de centro Estrada de Santos, do estúdio Mula Preta; par de mesas laterais Nina; e poltrona Re-Vive, da Natuzzi. Tapete da Via Star. Conectada ao estar, mesa de jantar Thae, de Luan Del Savio, com cadeiras Ravena, da Zendi
Laura Sá/Divulgação
O portfólio reúne projetos que ilustram bem o DNA do escritório, como a Casa Alphaville 420, marco na carreira da dupla, o Apartamento Monte Olimpo, desenvolvido para um jovem casal e a Casa Zurique, que foca na amplitude e integração, além de um projeto que incorpora princípios da arquitetura biofílica, tirando partido dos materiais naturais e das plantas. “Nossos clientes reconhecem nos projetos uma assinatura própria, mas sempre singular. Cada casa ou apartamento precisa carregar a identidade de quem vai viver ali, com soluções que unem estética, aconchego e praticidade”, explica Raquel.
O projeto Casa Alphaville 420, marco na carreira da dupla, traduz o trabalho do escritório, com linhas puras, neutralidade e detalhes preciosos, como o grafite realizado por Giuliano Martinuzzo. Sofá Sintra e poltronas Bloom, de Emerson Borges, mesas de centro Mandala e pufe Bubble. Sobre o aparador de MDF preto, quadros Nitghtingale, de Ana Paula Hoppe, e Olhos Atentos, de Fran Camargo, ambos na Urban Arts
Laura Sá/Divulgação
A filosofia que norteia o trabalho do escritório é definida pelos sócios como minimalismo refinado e decoração afetiva. O primeiro traduz linhas puras, neutralidade elegante e atenção aos detalhes, sem cair em excessos. O segundo valoriza memórias, histórias e peças afetivas, que transformam ambientes em espaços únicos e atemporais. “Não trabalhamos com a ideia de luxo ostentativo. Nossa proposta é uma sofisticação silenciosa, que nasce do equilíbrio entre beleza, proporção e personalidade”, diz Anderson.
Na sala de jantar da Casa Zurique, madeira e couro estão em conexão com a área externa, com paisagismo de Eduardo Sobral, da Verdejar. Painel da TV realizado com MDF Preto Bruma Relevo, da Arauco. Mesa de jantar Pilares Plus, com cadeiras Enola. Piso de porcelanato Home AC 60 x 120 cm, da Decortiles, inspirado no clássico travertino romano
Laura Sá/Divulgação
Mais do que a estética, a dupla entende a arquitetura como um ato de cuidado. Esse olhar se reflete não apenas na rotina do escritório, mas também na vida pessoal de cada um. Anderson, casado e pai da pequena Alícia, dedica boa parte do seu tempo às terapias e cuidados da filha autista. Já Raquel, casada e madrasta de Giovanna, vive a experiência de acompanhar de perto a rotina de saúde da filha Luíza, que convive com a diabetes tipo 1. “Essas vivências nos tornaram ainda mais atentos ao valor do tempo, da eficiência e, sobretudo, ao significado de criar espaços que acolham”, comenta Raquel.
A Casa Zurique tem piscina com borda de quartzito Perla Santana, revestida internamente de Orla Hijau MA, 20 x 20 cm, da Decortiles. Na parte externa, piso de porcelanato Iseo Marfim EXT, 90 x 90 cm, da Eliane, e muro de pedra moledo. No projeto de paisagismo de Eduardo Sobral, da Verdejar, íris, guaimbês e moreias compõem o jardim vertical, enquanto maranta-charuto e guaimbês embelezam o canteiro. A mesa com base de imbuia, da Evidência Design, ganhou tampo de quartzito Perla Santana. Cadeiras Java, da Tidelli, no Espaço Fátima Lima
Laura Sá/Divulgação
O lifestyle dos sócios também alimenta o repertório criativo. Anderson, apaixonado por música, já gravou um álbum junto ao irmão e gosta de relacionar ritmo e harmonia com os elementos da arquitetura. Raquel, por sua vez, encontra inspiração em viagens, no cinema e nas artes, trazendo novas referências para compor narrativas visuais e escolhas estéticas que marcam o estilo do escritório.
De olho no futuro, o escritório quer expandir horizontes sem perder a essência. “Nosso maior plano é abraçar desafios maiores, mas sempre mantendo o propósito de transformar sonhos em espaços reais”, resume Anderson. Com projetos que unem técnica, sensibilidade e autenticidade, o escritório segue mostrando que arquitetura de alto padrão pode — e deve — ser também profundamente humana.

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