Proposta busca responder aos desafios do turismo de massa, da sustentabilidade e da experiência museológica do século 21 No coração de Paris, o Museu do Louvre se prepara para embarcar em uma das transformações mais ambiciosas de sua história. Este ano, o governo francês, em conjunto com a administração do museu, lançou oficialmente um concurso internacional de arquitetura visando a ampla reforma do museu, anunciada no início deste ano pelo presidente Emmanuel Macron.
O objetivo é expandir sua capacidade, melhorar a experiência do visitante e repensar sua entrada icônica. Este anúncio marca o início de uma nova era para o monumento parisiense, que recebeu mais de 9 milhões de visitantes em 2024, muitos dos quais enfrentaram longas filas, superlotação e percursos irregulares. Sua reforma faz parte de uma estratégia de longo prazo para tornar o Louvre um museu mais acessível, sustentável e contemporâneo, sem sacrificar sua identidade histórica.
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Em que consiste a competição internacional?
Em 2024, o Louvre recebeu mais de 9 milhões de visitantes
matt_86/Pixabay
Este edital foi lançado pelo Ministério da Cultura francês em conjunto com o próprio Museu do Louvre. Trata-se de um concurso internacional aberto a arquitetos, escritórios e grupos multidisciplinares que desejem participar da reforma de diversos espaços-chave do museu.
O ponto mais simbólico do projeto é a intervenção na entrada principal sob a pirâmide de vidro projetada por I.M. Pei, inaugurada em 1989. Embora sua estrutura seja emblemática, ela não atende mais às necessidades do volume atual de visitantes e este novo plano busca descentralizar o acesso, criando uma nova entrada monumental na fachada leste do Palácio do Louvre, ao lado da Colunata de Perrault.
Além disso, está prevista uma reconfiguração das áreas de circulação interna, novos espaços de descanso, mediação cultural, lojas, serviços e a criação de uma sala exclusiva para a Mona Lisa, o que permitirá descongestionar a atual Salle des États e proporcionar uma experiência mais íntima e segura com a pintura mais famosa do mundo.
Esse tipo de reorganização não é exclusivo do Louvre, já que outras instituições, como a Galleria dell’Accademia, em Florença, redesenharam seus espaços de exposição para dar destaque a obras icônicas como o David de Michelangelo, buscando restaurar sua aura original em vez de transformá-las em meros destinos fotográficos.
Etapas importantes do concurso e do processo de seleção
O anúncio do vencedor do concurso está previsto para o final de 2025 ou início de 2026
Ian kelsall/Pixabay
O concurso será dividido em várias fases para aprimorar o processo de seleção e garantir a imparcialidade. O edital oficial para inscrições será aberto em junho deste ano, e estes são os procedimentos que os participantes devem seguir.
Candidaturas: os candidatos interessados podem enviar seus portfólios, histórico e uma proposta conceitual;
Seleção preliminar: uma comissão de avaliação composta por arquitetos, curadores, urbanistas e representantes do Louvre escolherá entre 4 e 6 finalistas;
Envio das propostas finais: os selecionados terão alguns meses para desenvolver uma proposta detalhada que inclua critérios de viabilidade técnica, sustentabilidade e coerência com o patrimônio histórico.
O anúncio do vencedor do concurso está previsto para o final de 2025 ou início de 2026, e a transformação deverá ser concluída até 2031, coincidindo com o bicentenário da abertura do museu como instituição pública.
Por que o Louvre precisa de uma reforma?
A Mona Lisa em breve terá sua própria sala
Foundry Co/Pixabay
Desde sua transformação em museu em 1793, o Louvre passou por diversas reformas. No entanto, o crescimento exponencial do turismo internacional nas últimas décadas tornou evidente a necessidade de repensar sua estrutura operacional. A entrada pela pirâmide foi originalmente projetada para receber cerca de 4,5 milhões de visitantes anualmente; hoje, porém, recebe o dobro desse número, gerando longas filas e uma experiência muitas vezes caótica.
Esta renovação não é, portanto, apenas uma questão de estética ou museografia, mas também de logística, tecnologia e sociedade. O Louvre busca fortalecer seus laços com o público local e escolar, ao mesmo tempo, em que reduz sua pegada ambiental.
Participar deste concurso representa uma oportunidade única para qualquer arquiteto intervir em um dos patrimônios culturais mais importantes do planeta. Assim como a pirâmide de Pei em sua época, esta nova intervenção pode marcar uma virada na forma como concebemos a relação entre o antigo e o contemporâneo.
O Louvre está pronto para se reinventar. E fará isso convocando talentos internacionais para projetar um museu do século 21: um museu que não apenas preserve sua história, mas também dialogue com o presente e se projete para o futuro.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest México
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O objetivo é expandir sua capacidade, melhorar a experiência do visitante e repensar sua entrada icônica. Este anúncio marca o início de uma nova era para o monumento parisiense, que recebeu mais de 9 milhões de visitantes em 2024, muitos dos quais enfrentaram longas filas, superlotação e percursos irregulares. Sua reforma faz parte de uma estratégia de longo prazo para tornar o Louvre um museu mais acessível, sustentável e contemporâneo, sem sacrificar sua identidade histórica.
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matt_86/Pixabay
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O ponto mais simbólico do projeto é a intervenção na entrada principal sob a pirâmide de vidro projetada por I.M. Pei, inaugurada em 1989. Embora sua estrutura seja emblemática, ela não atende mais às necessidades do volume atual de visitantes e este novo plano busca descentralizar o acesso, criando uma nova entrada monumental na fachada leste do Palácio do Louvre, ao lado da Colunata de Perrault.
Além disso, está prevista uma reconfiguração das áreas de circulação interna, novos espaços de descanso, mediação cultural, lojas, serviços e a criação de uma sala exclusiva para a Mona Lisa, o que permitirá descongestionar a atual Salle des États e proporcionar uma experiência mais íntima e segura com a pintura mais famosa do mundo.
Esse tipo de reorganização não é exclusivo do Louvre, já que outras instituições, como a Galleria dell’Accademia, em Florença, redesenharam seus espaços de exposição para dar destaque a obras icônicas como o David de Michelangelo, buscando restaurar sua aura original em vez de transformá-las em meros destinos fotográficos.
Etapas importantes do concurso e do processo de seleção
O anúncio do vencedor do concurso está previsto para o final de 2025 ou início de 2026
Ian kelsall/Pixabay
O concurso será dividido em várias fases para aprimorar o processo de seleção e garantir a imparcialidade. O edital oficial para inscrições será aberto em junho deste ano, e estes são os procedimentos que os participantes devem seguir.
Candidaturas: os candidatos interessados podem enviar seus portfólios, histórico e uma proposta conceitual;
Seleção preliminar: uma comissão de avaliação composta por arquitetos, curadores, urbanistas e representantes do Louvre escolherá entre 4 e 6 finalistas;
Envio das propostas finais: os selecionados terão alguns meses para desenvolver uma proposta detalhada que inclua critérios de viabilidade técnica, sustentabilidade e coerência com o patrimônio histórico.
O anúncio do vencedor do concurso está previsto para o final de 2025 ou início de 2026, e a transformação deverá ser concluída até 2031, coincidindo com o bicentenário da abertura do museu como instituição pública.
Por que o Louvre precisa de uma reforma?
A Mona Lisa em breve terá sua própria sala
Foundry Co/Pixabay
Desde sua transformação em museu em 1793, o Louvre passou por diversas reformas. No entanto, o crescimento exponencial do turismo internacional nas últimas décadas tornou evidente a necessidade de repensar sua estrutura operacional. A entrada pela pirâmide foi originalmente projetada para receber cerca de 4,5 milhões de visitantes anualmente; hoje, porém, recebe o dobro desse número, gerando longas filas e uma experiência muitas vezes caótica.
Esta renovação não é, portanto, apenas uma questão de estética ou museografia, mas também de logística, tecnologia e sociedade. O Louvre busca fortalecer seus laços com o público local e escolar, ao mesmo tempo, em que reduz sua pegada ambiental.
Participar deste concurso representa uma oportunidade única para qualquer arquiteto intervir em um dos patrimônios culturais mais importantes do planeta. Assim como a pirâmide de Pei em sua época, esta nova intervenção pode marcar uma virada na forma como concebemos a relação entre o antigo e o contemporâneo.
O Louvre está pronto para se reinventar. E fará isso convocando talentos internacionais para projetar um museu do século 21: um museu que não apenas preserve sua história, mas também dialogue com o presente e se projete para o futuro.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest México
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