O edifício projetado pelo arquiteto modernista Gio Ponti está fechado desde o final da Segunda Guerra Mundial, há sete décadas Em meio à paisagem exuberante do Parque Nacional de Stelvio, nos Alpes Italianos, a 2.160 m de altitude, repousa a ruína do Hotel Paradiso, uma obra singular do célebre arquiteto italiano Gio Ponti.
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Construído entre 1933 e 1936 no topo vale de Val Martello, o edifício, abandonado há sete décadas, é um testemunho de um projeto visionário interrompido pela Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial interrompeu a operação do hotel inaugurado em 1936
Facebook/Erika la Rosa/Reprodução
Concebido por Gio Ponti em parceria com Antonio Fornaroli e Eugenio Soncini, o Sporthotel Paradiso – como foi inicialmente batizado – representava uma proposta revolucionária de turismo híbrido: abrigar esquiadores de passagem, montanhistas e também hóspedes de longa temporada, combinando hospitalidade, esporte e contato direto com a natureza.
O edifício modernista foi projetado com sete andares e 100 leitos. Sua presença imponente, de traços sóbrios, anunciava uma nova era para o turismo nas montanhas, alinhada à utopia de Gio Ponti de criar uma rede de infraestruturas conectadas por teleféricos.
Entretanto, o sonho durou pouco. O início da guerra, em 1940, interrompeu as atividades do hotel, que logo foi ocupado pelo exército alemão, transformado em central de espionagem em 1943. Após o conflito, a tentativa de retomada em 1946 fracassou.
Apesar de uma reforma em 1952, que incluiu dois novos andares e uma ala semicircular de garagens – além da mudança da cor original verde para o atual vermelho – o Paradiso fechou definitivamente em 1955.
O experimento modernista de Gio Ponti resiste ao tempo nos Alpes Italianos
Facebook/Erika la Rosa/Reprodução
Desde então, o prédio permanece fechado e foi parcialmente engolido pela vegetação, devido ao abandono e à falta de manutenção. Agora, o local atrai exploradores urbanos e estudiosos da arquitetura e não turistas e esquiadores, como era seu objetivo inicial.
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Hoje, a propriedade pertence a Margarethe Fuchs von Mannstein, empresária da cervejaria Forst, mas o futuro do Paradiso segue indefinido. Iniciativas acadêmicas e governamentais procuram discutir alternativas para preservar ou reinventar esse marco da arquitetura modernista. Contudo, diante da fragilidade ambiental da região, um novo projeto precisará equilibrar preservação da memória e sustentabilidade, o que tem dificultado o avanço de propostas.
O hotel não tem manutenção há décadas
X/@archistar1/Reprodução
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Construído entre 1933 e 1936 no topo vale de Val Martello, o edifício, abandonado há sete décadas, é um testemunho de um projeto visionário interrompido pela Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial interrompeu a operação do hotel inaugurado em 1936
Facebook/Erika la Rosa/Reprodução
Concebido por Gio Ponti em parceria com Antonio Fornaroli e Eugenio Soncini, o Sporthotel Paradiso – como foi inicialmente batizado – representava uma proposta revolucionária de turismo híbrido: abrigar esquiadores de passagem, montanhistas e também hóspedes de longa temporada, combinando hospitalidade, esporte e contato direto com a natureza.
O edifício modernista foi projetado com sete andares e 100 leitos. Sua presença imponente, de traços sóbrios, anunciava uma nova era para o turismo nas montanhas, alinhada à utopia de Gio Ponti de criar uma rede de infraestruturas conectadas por teleféricos.
Entretanto, o sonho durou pouco. O início da guerra, em 1940, interrompeu as atividades do hotel, que logo foi ocupado pelo exército alemão, transformado em central de espionagem em 1943. Após o conflito, a tentativa de retomada em 1946 fracassou.
Apesar de uma reforma em 1952, que incluiu dois novos andares e uma ala semicircular de garagens – além da mudança da cor original verde para o atual vermelho – o Paradiso fechou definitivamente em 1955.
O experimento modernista de Gio Ponti resiste ao tempo nos Alpes Italianos
Facebook/Erika la Rosa/Reprodução
Desde então, o prédio permanece fechado e foi parcialmente engolido pela vegetação, devido ao abandono e à falta de manutenção. Agora, o local atrai exploradores urbanos e estudiosos da arquitetura e não turistas e esquiadores, como era seu objetivo inicial.
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Hoje, a propriedade pertence a Margarethe Fuchs von Mannstein, empresária da cervejaria Forst, mas o futuro do Paradiso segue indefinido. Iniciativas acadêmicas e governamentais procuram discutir alternativas para preservar ou reinventar esse marco da arquitetura modernista. Contudo, diante da fragilidade ambiental da região, um novo projeto precisará equilibrar preservação da memória e sustentabilidade, o que tem dificultado o avanço de propostas.
O hotel não tem manutenção há décadas
X/@archistar1/Reprodução