O projeto de restauro conduzido pelo Studio Asti Architetti recuperou elementos originais dos anos 1950, atualizou os interiores do edifício e reformou a piazza Velasca Um dos edifícios modernos mais icônicos da paisagem urbana de Milão, na Itália, a Torre Velasca, construída em 1958, acaba de ser reinaugurada após uma ampla reforma conduzida pelo escritório Studio Asti Architetti, do arquiteto Paolo Asti.
Apesar dos 75 metros de altura total, o que realmente chama atenção neste edifício é seu desenho arquitetônico único, assinado pelo Studio BBPR, formado pelos arquitetos Gianluigi Banfi (1910–1945), Lodovico Barbiano di Belgiojoso (1909–2004), Enrico Peressutti (1908–1976) e Ernesto Nathan Rogers (1909–1969).
O desenho foi concebido como uma releitura moderna dos castelos medievais da Lombardia — também marcados por esse tipo de jogo de volumes.
©Albo/ Divulgação
A estrutura, que lembra até um cogumelo por conta dos andares superiores mais largos e robustos e da base mais estreita, foi concebida como uma releitura moderna dos castelos medievais da Lombardia — também marcados por esse tipo de jogo de volumes. Em 2011, o edifício, inclusive, foi considerado patrimônio histórico por ser um perfeito exemplo da arquitetura do pós-guerra na Itália.
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A fachada foi toda restaurada nas cores originais
©Albo/ Divulgação
Ao longo das décadas, a torre passou por diversos usos e diferentes intervenções. A reforma atual começou em 2020, por iniciativa da Hines, empresa global de investimento, desenvolvimento e gestão imobiliária, e ganhou um escopo bastante respeitoso.
“O projeto de recuperação não buscava ‘musealizar’, mas sim trazê-la de volta à contemporaneidade como um arranha-céu ainda vivo”, explica Paolo Asti. “Os elementos originais – a limpeza cromática, a organização formal e a escolha dos materiais – permitiram projetar para o futuro um edifício concebido nos anos 1950, feito para se transformar com o tempo.”
A Torre, que tem 75 metros de altura, se destaca no skyline de Milão onde predominam edifícios baixos
©Albo/ Divulgação
O restauro manteve a reverência, portanto, ao desenho original, porém incluiu melhorias na eficiência energética — aspecto inexistente na época da construção. A iniciativa, aliás, rendeu uma certificação LEED Gold.
Na fachada, as cores originais foram restauradas e ganharam um efeito iridescente que varia com a luz ao longo do dia. Nos interiores, preservou-se a disposição dos espaços e características singulares da década de 1950: revestimentos cerâmicos artesanais, piso de linóleo, painéis de mogno e os lustres de latão polido com vidro no saguão, além, é claro, das placas históricas do piso.
A Torre Velasca à noite
©Albo/ Divulgação
O projeto da Piazza Velasca ganhou oliveiras e magnólias
©Albo/ Divulgação
A entrada da Torre Velasca a partir da Piazza
©Albo/ Divulgação
O projeto também se estendeu à criação da nova Piazza Velasca, uma nova área pública, no centro de Milão, dedicada aos pedestres e repleta de oliveiras e magnólias. “A praça funciona como uma reconexão entre a cidade e a Torre”, diz Paolo Asti. “Optamos por não usar muito mobiliário urbano. A vegetação e a iluminação é que configuram os espaços de descanso”, completa.
Detalhe dos interiores de um dos apartamentos da Torre Velasca
©Albo/ Divulgação
Com 29 pavimentos, a Torre Velasca abriga lojas, escritórios, algumas unidades residenciais e dois restaurantes — um no térreo e outro no 18º andar, com vista panorâmica de Milão. “Queríamos estender o espaço interno para o exterior: a praça é esse limiar. De maneira semelhante, o átrio será restaurado conforme o projeto original, que é lindo e foi muito bem preservado”, finaliza o arquiteto.
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Apesar dos 75 metros de altura total, o que realmente chama atenção neste edifício é seu desenho arquitetônico único, assinado pelo Studio BBPR, formado pelos arquitetos Gianluigi Banfi (1910–1945), Lodovico Barbiano di Belgiojoso (1909–2004), Enrico Peressutti (1908–1976) e Ernesto Nathan Rogers (1909–1969).
O desenho foi concebido como uma releitura moderna dos castelos medievais da Lombardia — também marcados por esse tipo de jogo de volumes.
©Albo/ Divulgação
A estrutura, que lembra até um cogumelo por conta dos andares superiores mais largos e robustos e da base mais estreita, foi concebida como uma releitura moderna dos castelos medievais da Lombardia — também marcados por esse tipo de jogo de volumes. Em 2011, o edifício, inclusive, foi considerado patrimônio histórico por ser um perfeito exemplo da arquitetura do pós-guerra na Itália.
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A fachada foi toda restaurada nas cores originais
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Ao longo das décadas, a torre passou por diversos usos e diferentes intervenções. A reforma atual começou em 2020, por iniciativa da Hines, empresa global de investimento, desenvolvimento e gestão imobiliária, e ganhou um escopo bastante respeitoso.
“O projeto de recuperação não buscava ‘musealizar’, mas sim trazê-la de volta à contemporaneidade como um arranha-céu ainda vivo”, explica Paolo Asti. “Os elementos originais – a limpeza cromática, a organização formal e a escolha dos materiais – permitiram projetar para o futuro um edifício concebido nos anos 1950, feito para se transformar com o tempo.”
A Torre, que tem 75 metros de altura, se destaca no skyline de Milão onde predominam edifícios baixos
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O restauro manteve a reverência, portanto, ao desenho original, porém incluiu melhorias na eficiência energética — aspecto inexistente na época da construção. A iniciativa, aliás, rendeu uma certificação LEED Gold.
Na fachada, as cores originais foram restauradas e ganharam um efeito iridescente que varia com a luz ao longo do dia. Nos interiores, preservou-se a disposição dos espaços e características singulares da década de 1950: revestimentos cerâmicos artesanais, piso de linóleo, painéis de mogno e os lustres de latão polido com vidro no saguão, além, é claro, das placas históricas do piso.
A Torre Velasca à noite
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O projeto da Piazza Velasca ganhou oliveiras e magnólias
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A entrada da Torre Velasca a partir da Piazza
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O projeto também se estendeu à criação da nova Piazza Velasca, uma nova área pública, no centro de Milão, dedicada aos pedestres e repleta de oliveiras e magnólias. “A praça funciona como uma reconexão entre a cidade e a Torre”, diz Paolo Asti. “Optamos por não usar muito mobiliário urbano. A vegetação e a iluminação é que configuram os espaços de descanso”, completa.
Detalhe dos interiores de um dos apartamentos da Torre Velasca
©Albo/ Divulgação
Com 29 pavimentos, a Torre Velasca abriga lojas, escritórios, algumas unidades residenciais e dois restaurantes — um no térreo e outro no 18º andar, com vista panorâmica de Milão. “Queríamos estender o espaço interno para o exterior: a praça é esse limiar. De maneira semelhante, o átrio será restaurado conforme o projeto original, que é lindo e foi muito bem preservado”, finaliza o arquiteto.
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