Escolher os revestimentos certos para o banheiro é uma das etapas mais importantes da obra. Além da estética, é preciso considerar fatores como durabilidade, facilidade de limpeza, resistência à umidade e conforto.
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O revestimento define o clima do ambiente, podendo deixá-lo mais leve, sofisticado, minimalista ou acolhedor. “Um bom revestimento também contribui para a longevidade do projeto, o que evita reformas precoces”, afirma Andrea Junqueira, arquiteta do escritório TRIZ Arquitetura.
É importante que o banheiro reflita a personalidade do morador. “Os banheiros fundamentais, frequentados diariamente e muitas vezes ao dia”, complementa Ricardo Abreu, arquiteto do escritório homônimo.
A escolha do revestimento deve considerar a facilidade de manutenção e limpeza, como é visto nas opções de porcelanato. No projeto da arquiteta Flávia Theodorovitz com colaboração da arquiteta Bianca Quitério Guariglia, do escritório Guabi Arquitetura, a marcenaria e a parede do boxe receberam revestimento Liverpool da Portobello. Piso e paredes brancas revestidas de porcelanato da Portinari
Nathalie Artaxo/Divulgação
Como escolher o revestimento do banheiro?
O primeiro passo é definir o estilo desejado para o cômodo. É fundamental que a escolha seja coerente ao projeto do lar. A seleção também deve considerar a frequência de uso e o espaço disponível: banheiros usados com menor frequência ou lavabos podem ousar mais, enquanto recintos mais utilizados devem prezar pela funcionalidade e praticidade.
Banheiros com menor uso permitem mais ousadia no revestimento. A parede foi feita com reboco sarrafeado no projeto da arquiteta Marcela Albuquerque, à frente do escritório Malbu Arquitetura
Carolina Lacaz/Divulgação
A presença de iluminação natural também precisa ser considerada. “Revestimentos muito escuros ou com texturas marcantes podem comprometer a sensação de amplitude”, pontua Taís Vieira, também arquiteta da TRIZ Arquitetura.
O orçamento disponível, a facilidade de manutenção e o nível de antiderrapante dos pisos são outros pontos essenciais. “Cada revestimento vai ter vantagens e desvantagens. Muitas vezes, é a grande variação no custo que acaba direcionando a escolha. Por isso, a pesquisa de fornecedores e opções é uma etapa fundamental”, diz Ricardo.
A paleta branca nas paredes pode ser incrementada com pastilhas texturizadas na área do boxe. Projeto de Ana Sawaia e Paulo Alves tem paredes revestidas com pastilhas da Atlas, 2,5 x 5 cm. No piso, ladrilho hidráulico, da linha Modernistas, da Ladrilar
André Scarpa/Divulgação
A escolha ideal também passa por contratar profissionais especializados para o planejamento, instalação e manutenção dos revestimentos. “Um bom assentamento faz toda a diferença na durabilidade e no acabamento”, destaca Taís.
É esse profissional que irá executar a impermeabilização correta antes da instalação, assim como selecionar os rejuntes mais adequados.
Em banheiros pequenos, o que muda?
Em banheiros pequenos, o ideal é optar por cores claras e revestimentos em grandes formatos, que ajudam a ampliar visualmente o espaço. “Utilizar rejuntes na mesma cor do revestimento contribui para um visual mais limpo e contínuo”, comenta Andrea.
A fluidez na transição entre as superfícies também é importante. Uma maneira de conseguir esse efeito é optar pela continuidade de um mesmo revestimento em mais de uma parede, ou na parede em conjunto com o piso, criando uma conexão.
Os revestimentos escolhidos formam a meia parede e dão mais personalidade e amplitude para o ambiente. Projeto do escritório GDL Arquitetura
Carolina Lacaz/Divulgação
Os materiais dos revestimentos
Banheiros são úmidos e sujeitos à variação de temperatura. Por isso, escolha materiais resistentes e de fácil manutenção. No piso, o ideal é escolher revestimentos com acabamento antiderrapante, especialmente dentro do boxe. Materiais com superfície fosca, texturizada ou com acabamento natural são mais seguros.
Nas paredes, sobretudo nas áreas secas, é possível escolher materiais que sejam um pouco menos resistentes à umidade.
Uma maneira de garantir integração visual é optar pelo uso do mesmo revestimento. O espaço é revestido de pedra natural pela marmoraria Sólida Mármores. Projeto da arquiteta Marília Junqueira, do escritório Maj Arquitetura
Júlia Novoa/Divulgação
Banheiros inteiros revestidos com o mesmo material podem ter um impacto visual interessante, sobretudo, em estéticas clean e minimalistas. Também é importante considerar o rejunte: quanto menor for a espessura e mais resistente à umidade, melhor.
O boxe pode ser um espaço diferencial do banheiro. No projeto do Estúdio Minke, o revestimento Aquamarine Zigzag, da Portobello, cria um visual de ripado na área de banho
Maura Mello/Divulgação
“É possível fazer combinações de tom sobre tom, com o piso claro combinado com paredes na mesma paleta, por exemplo, ou de diferentes texturas, usando um piso neutro com paredes de pastilhas”, exemplifica Taís.
A seguir, confira possibilidades de materiais para revestir o banheiro, suas características principais e aplicações no ambiente!
Revestimento de porcelanato para o banheiro
Neste ambiente, optou-se pelo revestimento de porcelanato Atins Shell Lambri, da Decortiles, na Mais Finishings nas paredes. Projeto da arquiteta Veridiana Peres
Favaro Jr./Divulgação
O porcelanato é altamente durável, de fácil manutenção e oferece variedade estética, podendo imitar materiais como mármore, madeira e concreto. “Quando polido, pode ser escorregadio e requer mão de obra especializada para a instalação”, salienta Andrea.
O modelo padrão tem custo médio de R$ 100 a R$ 200, por metro quadrado, enquanto versões premium ou que imitam pedra natural podem variar entre R$ 250 a R$ 500, por metro quadrado.
Piso, paredes e bancada foram revestidos com porcelanato LM Athea, da Incepa, que remete ao mármore. Projeto da arquiteta Vangii Guerra
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Revestimento cerâmico para o banheiro
Os revestimentos cerâmicos, dentre eles os azulejos, são uma escolha tradicional e versátil para os banheiros. Tem como ponto forte o custo mais acessível e a variedade de cores e formatos, mas apresenta menor resistência, em comparação ao porcelanato, e pode manchar com o tempo.
A principal vantagem da cerâmica é a praticidade na limpeza e o custo-benefício. A meia parede verde foi revestida de Terralma Mandacaru, da Portobello. Projeto do escritório Triz Arquitetura e RMAA – Reinach Mendonça Arquitetos Associados
Carolina Lacaz/Divulgação
A cerâmica, em modelos mais simples, pode ser encontrada por R$ 50 a R$ 90 por metro quadrado. Há opções mais caras, principalmente quando se trata de modelos mais trabalhados, como os azulejos estampados.
Os azulejos podem trazer brilho e luminosidade para o banheiro. O revestimento verde Gouache Mer, da Portobello, foi usado no projeto do arquiteto Ricardo Abreu
Renato Navarro/Divulgação
Revestimento de pastilha para o banheiro
As pastilhas no banheiro são uma escolha popular para quem busca charme e personalidade nos detalhes. Versáteis, podem ser usadas em faixas decorativas, nichos, bancadas ou cobrindo paredes inteiras, especialmente dentro do boxe. “As pastilhas agregam textura e ritmo ao ambiente”, destaca Andrea.
As pastilhas trazem um charme retrô e podem ser vistas em diferentes cores. O banheiro projetado pelo escritório Todos Arquitetura ganhou pastilhas da Jatobá Cerâmicas
Maura Mello/Divulgação
Disponíveis em materiais como vidro, cerâmica, porcelana e até metal, oferecem variedade de cores e efeitos, do brilhante ao fosco. Uma desvantagem é a demanda maior de rejunte, o que aumenta a necessidade de manutenção.
Em média, as pastilhas de vidro ou porcelana podem custar de R$ 300 a R$ 800, por metro quadrado.
É necessário escolher um bom rejunte para utilizar revestimentos de pastilha no banheiro. A pastilha circular branca é da Keramika e o projeto é do escritório hgma arquitetos
Christian Maldonado/Divulgação
Revestimento de pedras naturais para o banheiro
As pedras naturais conferem sofisticação ao banheiro. Materiais como mármore, granito e quartzito são amplamente usados em bancadas, pisos e paredes, graças à sua resistência e aparência singular, visto que cada peça possui veios e tonalidades diferentes.
Quanto mais paredes, mais custoso o revestimento com pedras naturais fica. O mármore Horus Grey, da Rocamar, impera no ambiente projeto pelo arquiteto David Bastos
Fran Parente/Divulgação
Esse revestimento tem custo mais elevado, além de demandar cuidados com a impermeabilização e de manutenção. “Placas de mármore, por exemplo, tem custo médio de R$ 600 a R$ 1.200, por metro quadrado”, comenta Andrea.
Revestimento de cimento queimado para o banheiro
O cimento queimado no banheiro é uma escolha moderna e cheia de personalidade, ideal para projetos de estilo industrial, contemporâneo ou minimalista. Com aparência uniforme e acabamento fosco, ele pode ser usado no piso, nas paredes e até na bancada, criando um visual clean e urbano, principalmente se combinado com metais pretos e de linhas retas.
No projeto do escritório Andrade e Mello Arquitetura, o jardim vertical se contrapõe ao cimento queimado das paredes
Luis Gomes/Divulgação
É possível encontrar duas opções no mercado: o cimento queimado, chamado de “verdadeiro”, e o porcelanato com efeito de cimento. “O verdadeiro pode apresentar trincas, enquanto o porcelanato com esse acabamento garante o mesmo visual, com mais segurança e praticidade”, salienta Taís.
O cimento queimado pode ser a identidade do ambiente. O projeto da arquiteta Gabriela Ikeda, do escritório Ikeda Arquitetura, tem bancada de cimento queimado de textura off white pronta, da Decor Colors. Vaso branco sobre a bancada da MB Casa
Luiza Schreier/Divulgação
Revestimento de ladrilho hidráulico para o banheiro
Feito manualmente com cimento pigmentado, o material se destaca pelas cores vibrantes e pelos desenhos geométricos ou florais, que compõem mosaicos únicos. Pode ser usado no piso, em faixas decorativas ou como destaque em uma parede.
O ambiente pode ganhar atmosfera lúdica e refrescante com revestimentos de ladrilho, como no banheiro projetado pelo escritório Orla Arquitetura, que usou ladrilho hidráulico Divinas Tetas, da Ladrilharia
Joana França/Divulgação
“Assim como os revestimentos cimentícios, os ladrilhos hidráulicos exigem impermeabilizantes e mais cuidado com manchas e produtos abrasivos”, salienta Ricardo. Esses dois tipos de materiais custam, em média, R$ 250 por metro quadrado.
O ladrilho hidráulico modelo Splash, da Ladrilar, é um item vintage no projeto do escritório Visiê Arquitetura
Fabio Jr. Severo/Divulgação
Revestimento de madeira para o banheiro
A madeira no banheiro traz aconchego, elegância e um toque natural que transforma o cômodo em um verdadeiro refúgio. Usado com cautela, o material pode estar presente em pisos, painéis, bancadas ou detalhes decorativos, desde que seja de espécies resistentes à umidade ou que recebam o tratamento adequado.
Alternativas como lâminas tecnológicas ou porcelanatos que imitam madeira são ótimas opções para quem deseja o visual sem abdicar da praticidade.
A madeira com o tratamento adequado pode ser usada em áreas molhadas para criar um ambiente de spa. No projeto dos arquitetos Pedro Kastrup e Luiza Baeta, do PKB Arquitetura, o deque é de madeira cumaru
Ilana Bessler/Divulgação
Revestimento 3D para o banheiro
Geralmente de porcelanato, cerâmica ou materiais cimentícios, o revestimento 3D é uma opção mais recente do mercado. Pode ser usado em áreas secas, como atrás da bancada ou do vaso sanitário, criando pontos de destaque com relevo e movimento.
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Disponível em cores neutras e formatos geométricos ou orgânicos, essa opção valoriza a iluminação, projetando sombras e realçando os volumes, e confere ar contemporâneo ao recinto.
Na parede do banheiro, assinado pelo escritório Lilutz Arquitetura Interiores, foi aplicado o revestimento 3D cimentício Tile Dórica no tom chumbo, da Colormix
Monica Assan/Divulgação
Tendências de revestimentos
Uma dica importante na hora de escolher o seu revestimento é conhecer as tendências no design de interiores. O mercado tem mudado com certa rapidez e trazido diferentes alternativas. “O uso de porcelanatos que imitam mármore, pedras naturais e madeira, é uma grande aposta, assim como o uso do mesmo revestimento no piso e nas paredes”, comenta Andrea.
Projeto da arquiteta Manoela Fleck tem ladrilho hidráulico com estampa de folhas verdes estilizadas da Ladrilar e piso de porcelanato amadeirado da Portobello
Raiana Medina/Divulgação
As cores neutras e terrosas também estão em alta, com destaque para tons como off-white, areia, fendi e verde oliva. “Os revestimentos cerâmicos coloridos e esmaltados têm sido bastante usados. Vimos essa tendência em outros países e foi rapidamente abraçada pelas fábricas brasileiras”, salienta Ricardo.
O importante das tendências é conhecê-las e não necessariamente segui-las à risca. “A escolha correta do revestimento é aquela que reflete a personalidade do morador”, finaliza o arquiteto.
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O revestimento define o clima do ambiente, podendo deixá-lo mais leve, sofisticado, minimalista ou acolhedor. “Um bom revestimento também contribui para a longevidade do projeto, o que evita reformas precoces”, afirma Andrea Junqueira, arquiteta do escritório TRIZ Arquitetura.
É importante que o banheiro reflita a personalidade do morador. “Os banheiros fundamentais, frequentados diariamente e muitas vezes ao dia”, complementa Ricardo Abreu, arquiteto do escritório homônimo.
A escolha do revestimento deve considerar a facilidade de manutenção e limpeza, como é visto nas opções de porcelanato. No projeto da arquiteta Flávia Theodorovitz com colaboração da arquiteta Bianca Quitério Guariglia, do escritório Guabi Arquitetura, a marcenaria e a parede do boxe receberam revestimento Liverpool da Portobello. Piso e paredes brancas revestidas de porcelanato da Portinari
Nathalie Artaxo/Divulgação
Como escolher o revestimento do banheiro?
O primeiro passo é definir o estilo desejado para o cômodo. É fundamental que a escolha seja coerente ao projeto do lar. A seleção também deve considerar a frequência de uso e o espaço disponível: banheiros usados com menor frequência ou lavabos podem ousar mais, enquanto recintos mais utilizados devem prezar pela funcionalidade e praticidade.
Banheiros com menor uso permitem mais ousadia no revestimento. A parede foi feita com reboco sarrafeado no projeto da arquiteta Marcela Albuquerque, à frente do escritório Malbu Arquitetura
Carolina Lacaz/Divulgação
A presença de iluminação natural também precisa ser considerada. “Revestimentos muito escuros ou com texturas marcantes podem comprometer a sensação de amplitude”, pontua Taís Vieira, também arquiteta da TRIZ Arquitetura.
O orçamento disponível, a facilidade de manutenção e o nível de antiderrapante dos pisos são outros pontos essenciais. “Cada revestimento vai ter vantagens e desvantagens. Muitas vezes, é a grande variação no custo que acaba direcionando a escolha. Por isso, a pesquisa de fornecedores e opções é uma etapa fundamental”, diz Ricardo.
A paleta branca nas paredes pode ser incrementada com pastilhas texturizadas na área do boxe. Projeto de Ana Sawaia e Paulo Alves tem paredes revestidas com pastilhas da Atlas, 2,5 x 5 cm. No piso, ladrilho hidráulico, da linha Modernistas, da Ladrilar
André Scarpa/Divulgação
A escolha ideal também passa por contratar profissionais especializados para o planejamento, instalação e manutenção dos revestimentos. “Um bom assentamento faz toda a diferença na durabilidade e no acabamento”, destaca Taís.
É esse profissional que irá executar a impermeabilização correta antes da instalação, assim como selecionar os rejuntes mais adequados.
Em banheiros pequenos, o que muda?
Em banheiros pequenos, o ideal é optar por cores claras e revestimentos em grandes formatos, que ajudam a ampliar visualmente o espaço. “Utilizar rejuntes na mesma cor do revestimento contribui para um visual mais limpo e contínuo”, comenta Andrea.
A fluidez na transição entre as superfícies também é importante. Uma maneira de conseguir esse efeito é optar pela continuidade de um mesmo revestimento em mais de uma parede, ou na parede em conjunto com o piso, criando uma conexão.
Os revestimentos escolhidos formam a meia parede e dão mais personalidade e amplitude para o ambiente. Projeto do escritório GDL Arquitetura
Carolina Lacaz/Divulgação
Os materiais dos revestimentos
Banheiros são úmidos e sujeitos à variação de temperatura. Por isso, escolha materiais resistentes e de fácil manutenção. No piso, o ideal é escolher revestimentos com acabamento antiderrapante, especialmente dentro do boxe. Materiais com superfície fosca, texturizada ou com acabamento natural são mais seguros.
Nas paredes, sobretudo nas áreas secas, é possível escolher materiais que sejam um pouco menos resistentes à umidade.
Uma maneira de garantir integração visual é optar pelo uso do mesmo revestimento. O espaço é revestido de pedra natural pela marmoraria Sólida Mármores. Projeto da arquiteta Marília Junqueira, do escritório Maj Arquitetura
Júlia Novoa/Divulgação
Banheiros inteiros revestidos com o mesmo material podem ter um impacto visual interessante, sobretudo, em estéticas clean e minimalistas. Também é importante considerar o rejunte: quanto menor for a espessura e mais resistente à umidade, melhor.
O boxe pode ser um espaço diferencial do banheiro. No projeto do Estúdio Minke, o revestimento Aquamarine Zigzag, da Portobello, cria um visual de ripado na área de banho
Maura Mello/Divulgação
“É possível fazer combinações de tom sobre tom, com o piso claro combinado com paredes na mesma paleta, por exemplo, ou de diferentes texturas, usando um piso neutro com paredes de pastilhas”, exemplifica Taís.
A seguir, confira possibilidades de materiais para revestir o banheiro, suas características principais e aplicações no ambiente!
Revestimento de porcelanato para o banheiro
Neste ambiente, optou-se pelo revestimento de porcelanato Atins Shell Lambri, da Decortiles, na Mais Finishings nas paredes. Projeto da arquiteta Veridiana Peres
Favaro Jr./Divulgação
O porcelanato é altamente durável, de fácil manutenção e oferece variedade estética, podendo imitar materiais como mármore, madeira e concreto. “Quando polido, pode ser escorregadio e requer mão de obra especializada para a instalação”, salienta Andrea.
O modelo padrão tem custo médio de R$ 100 a R$ 200, por metro quadrado, enquanto versões premium ou que imitam pedra natural podem variar entre R$ 250 a R$ 500, por metro quadrado.
Piso, paredes e bancada foram revestidos com porcelanato LM Athea, da Incepa, que remete ao mármore. Projeto da arquiteta Vangii Guerra
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Revestimento cerâmico para o banheiro
Os revestimentos cerâmicos, dentre eles os azulejos, são uma escolha tradicional e versátil para os banheiros. Tem como ponto forte o custo mais acessível e a variedade de cores e formatos, mas apresenta menor resistência, em comparação ao porcelanato, e pode manchar com o tempo.
A principal vantagem da cerâmica é a praticidade na limpeza e o custo-benefício. A meia parede verde foi revestida de Terralma Mandacaru, da Portobello. Projeto do escritório Triz Arquitetura e RMAA – Reinach Mendonça Arquitetos Associados
Carolina Lacaz/Divulgação
A cerâmica, em modelos mais simples, pode ser encontrada por R$ 50 a R$ 90 por metro quadrado. Há opções mais caras, principalmente quando se trata de modelos mais trabalhados, como os azulejos estampados.
Os azulejos podem trazer brilho e luminosidade para o banheiro. O revestimento verde Gouache Mer, da Portobello, foi usado no projeto do arquiteto Ricardo Abreu
Renato Navarro/Divulgação
Revestimento de pastilha para o banheiro
As pastilhas no banheiro são uma escolha popular para quem busca charme e personalidade nos detalhes. Versáteis, podem ser usadas em faixas decorativas, nichos, bancadas ou cobrindo paredes inteiras, especialmente dentro do boxe. “As pastilhas agregam textura e ritmo ao ambiente”, destaca Andrea.
As pastilhas trazem um charme retrô e podem ser vistas em diferentes cores. O banheiro projetado pelo escritório Todos Arquitetura ganhou pastilhas da Jatobá Cerâmicas
Maura Mello/Divulgação
Disponíveis em materiais como vidro, cerâmica, porcelana e até metal, oferecem variedade de cores e efeitos, do brilhante ao fosco. Uma desvantagem é a demanda maior de rejunte, o que aumenta a necessidade de manutenção.
Em média, as pastilhas de vidro ou porcelana podem custar de R$ 300 a R$ 800, por metro quadrado.
É necessário escolher um bom rejunte para utilizar revestimentos de pastilha no banheiro. A pastilha circular branca é da Keramika e o projeto é do escritório hgma arquitetos
Christian Maldonado/Divulgação
Revestimento de pedras naturais para o banheiro
As pedras naturais conferem sofisticação ao banheiro. Materiais como mármore, granito e quartzito são amplamente usados em bancadas, pisos e paredes, graças à sua resistência e aparência singular, visto que cada peça possui veios e tonalidades diferentes.
Quanto mais paredes, mais custoso o revestimento com pedras naturais fica. O mármore Horus Grey, da Rocamar, impera no ambiente projeto pelo arquiteto David Bastos
Fran Parente/Divulgação
Esse revestimento tem custo mais elevado, além de demandar cuidados com a impermeabilização e de manutenção. “Placas de mármore, por exemplo, tem custo médio de R$ 600 a R$ 1.200, por metro quadrado”, comenta Andrea.
Revestimento de cimento queimado para o banheiro
O cimento queimado no banheiro é uma escolha moderna e cheia de personalidade, ideal para projetos de estilo industrial, contemporâneo ou minimalista. Com aparência uniforme e acabamento fosco, ele pode ser usado no piso, nas paredes e até na bancada, criando um visual clean e urbano, principalmente se combinado com metais pretos e de linhas retas.
No projeto do escritório Andrade e Mello Arquitetura, o jardim vertical se contrapõe ao cimento queimado das paredes
Luis Gomes/Divulgação
É possível encontrar duas opções no mercado: o cimento queimado, chamado de “verdadeiro”, e o porcelanato com efeito de cimento. “O verdadeiro pode apresentar trincas, enquanto o porcelanato com esse acabamento garante o mesmo visual, com mais segurança e praticidade”, salienta Taís.
O cimento queimado pode ser a identidade do ambiente. O projeto da arquiteta Gabriela Ikeda, do escritório Ikeda Arquitetura, tem bancada de cimento queimado de textura off white pronta, da Decor Colors. Vaso branco sobre a bancada da MB Casa
Luiza Schreier/Divulgação
Revestimento de ladrilho hidráulico para o banheiro
Feito manualmente com cimento pigmentado, o material se destaca pelas cores vibrantes e pelos desenhos geométricos ou florais, que compõem mosaicos únicos. Pode ser usado no piso, em faixas decorativas ou como destaque em uma parede.
O ambiente pode ganhar atmosfera lúdica e refrescante com revestimentos de ladrilho, como no banheiro projetado pelo escritório Orla Arquitetura, que usou ladrilho hidráulico Divinas Tetas, da Ladrilharia
Joana França/Divulgação
“Assim como os revestimentos cimentícios, os ladrilhos hidráulicos exigem impermeabilizantes e mais cuidado com manchas e produtos abrasivos”, salienta Ricardo. Esses dois tipos de materiais custam, em média, R$ 250 por metro quadrado.
O ladrilho hidráulico modelo Splash, da Ladrilar, é um item vintage no projeto do escritório Visiê Arquitetura
Fabio Jr. Severo/Divulgação
Revestimento de madeira para o banheiro
A madeira no banheiro traz aconchego, elegância e um toque natural que transforma o cômodo em um verdadeiro refúgio. Usado com cautela, o material pode estar presente em pisos, painéis, bancadas ou detalhes decorativos, desde que seja de espécies resistentes à umidade ou que recebam o tratamento adequado.
Alternativas como lâminas tecnológicas ou porcelanatos que imitam madeira são ótimas opções para quem deseja o visual sem abdicar da praticidade.
A madeira com o tratamento adequado pode ser usada em áreas molhadas para criar um ambiente de spa. No projeto dos arquitetos Pedro Kastrup e Luiza Baeta, do PKB Arquitetura, o deque é de madeira cumaru
Ilana Bessler/Divulgação
Revestimento 3D para o banheiro
Geralmente de porcelanato, cerâmica ou materiais cimentícios, o revestimento 3D é uma opção mais recente do mercado. Pode ser usado em áreas secas, como atrás da bancada ou do vaso sanitário, criando pontos de destaque com relevo e movimento.
Leia mais
Disponível em cores neutras e formatos geométricos ou orgânicos, essa opção valoriza a iluminação, projetando sombras e realçando os volumes, e confere ar contemporâneo ao recinto.
Na parede do banheiro, assinado pelo escritório Lilutz Arquitetura Interiores, foi aplicado o revestimento 3D cimentício Tile Dórica no tom chumbo, da Colormix
Monica Assan/Divulgação
Tendências de revestimentos
Uma dica importante na hora de escolher o seu revestimento é conhecer as tendências no design de interiores. O mercado tem mudado com certa rapidez e trazido diferentes alternativas. “O uso de porcelanatos que imitam mármore, pedras naturais e madeira, é uma grande aposta, assim como o uso do mesmo revestimento no piso e nas paredes”, comenta Andrea.
Projeto da arquiteta Manoela Fleck tem ladrilho hidráulico com estampa de folhas verdes estilizadas da Ladrilar e piso de porcelanato amadeirado da Portobello
Raiana Medina/Divulgação
As cores neutras e terrosas também estão em alta, com destaque para tons como off-white, areia, fendi e verde oliva. “Os revestimentos cerâmicos coloridos e esmaltados têm sido bastante usados. Vimos essa tendência em outros países e foi rapidamente abraçada pelas fábricas brasileiras”, salienta Ricardo.
O importante das tendências é conhecê-las e não necessariamente segui-las à risca. “A escolha correta do revestimento é aquela que reflete a personalidade do morador”, finaliza o arquiteto.
