A queda acentuada da taxa de natalidade e o êxodo rural explicam a quantidade de casas vazias no país Você sabia que existem mais de 9 milhões de casas vazias no Japão? Conhecidas como Akiya, essas propriedades encontram-se à venda por preços muito baixos – algumas chegam a custar apenas US$ 500, o equivalente a R$ 2742 na cotação atual. A maioria desses imóveis encontram-se em áreas rurais, com pouca ou nenhuma infraestrutura, e exigem grandes reformas.
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No cerne da questão está a queda acentuada da natalidade japonesa. Em 2024, o número de nascimentos no país ficou abaixo de 700 mil pela primeira vez desde 1899, quando os dados começaram a ser coletados. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, foram pouco mais de 686 mil crianças.
Nos akiyas disponíveis para venda e aluguel, pode ser dificil precisar as reais condições dos imóveis
Wikimedia/Creative Commons
Outra explicação levantada por especialistas é que muitos desses imóveis foram herdados por gerações mais jovens, que se mudaram para as cidades e veem pouco valor em retornar à zona rural. Outras casas ficam em um limbo administrativo porque as autoridades locais não sabem quem são os proprietários, devido à má manutenção de registros.
A empresa Makigumi, fundada em 2015, já reformou mais de 50 akiya, transformando-as em casas compartilhadas, acomodações, espaços de coworking, estúdios de arte e imóveis para aluguel
Makigumi/Divulgação
Os últimos dados oficiais, divulgados em outubro de 2023, indicam mais de 9 milhões de akiya, o equivalente a 14% dos imóveis no país. Apenas 330 mil deles estavam à venda, enquanto mais de 4,4 milhões disponíveis para aluguel. O Instituto de Pesquisa Nomura estima que já existam quase 11 milhões de akiyas, e que elas podem representar mais de 30% das casas em uma década.
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Embora muitos estrangeiros demonstrem interesse em comprar e reformar os imóveis, a gama infinita de taxas, a discriminação no mercado imobiliário, a falta de informações sobre as reais condições do imóvel, a distância dos grandes centros e a barreira linguística ainda são grandes impeditivos.
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No cerne da questão está a queda acentuada da natalidade japonesa. Em 2024, o número de nascimentos no país ficou abaixo de 700 mil pela primeira vez desde 1899, quando os dados começaram a ser coletados. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social, foram pouco mais de 686 mil crianças.
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Wikimedia/Creative Commons
Outra explicação levantada por especialistas é que muitos desses imóveis foram herdados por gerações mais jovens, que se mudaram para as cidades e veem pouco valor em retornar à zona rural. Outras casas ficam em um limbo administrativo porque as autoridades locais não sabem quem são os proprietários, devido à má manutenção de registros.
A empresa Makigumi, fundada em 2015, já reformou mais de 50 akiya, transformando-as em casas compartilhadas, acomodações, espaços de coworking, estúdios de arte e imóveis para aluguel
Makigumi/Divulgação
Os últimos dados oficiais, divulgados em outubro de 2023, indicam mais de 9 milhões de akiya, o equivalente a 14% dos imóveis no país. Apenas 330 mil deles estavam à venda, enquanto mais de 4,4 milhões disponíveis para aluguel. O Instituto de Pesquisa Nomura estima que já existam quase 11 milhões de akiyas, e que elas podem representar mais de 30% das casas em uma década.
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