Jardim vertical na sacada: dicas e 17 ideias para ter o seu

Cada vez mais presente em apartamentos e casas com pouco espaço, o jardim vertical é uma ótima opção para preencher paredes com verde. Além de valorizar a estética, a técnica ajuda a melhorar a qualidade do ar e a sensação de bem-estar nos ambientes urbanos.
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Quando instalado na sacada, o jardim vertical requer atenção a alguns pontos como incidência de sol, ventos e regas. A seguir, profissionais dão dicas e ideias de como incorporar a estrutura da melhor forma à varanda.
Espécies para jardins verticais na sacada
O primeiro passo é encontrar uma parede que comporte a estrutura do jardim vertical e que não atrapalhe a circulação de pessoas. O segundo é encontrar espécies de plantas ideais para a sua realidade, considerando a manutenção necessário para um resultado duradouro.
A varanda é o local ideal para relaxar depois de um dia cheio. No projeto da arquiteta Amanda Miranda, o jardim vertical foi feito por Flora Design Decor
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
No projeto do escritório House in Rio Projetos, a piscina de borda infinita foi executada com mármore travertino navona, que também foi aplicado no piso e na fachada pela Rio Mármores. Ao lado do jardim vertical, da Green Over Gray, está a cascata de quartzito maestro esverdeado, com execução da Rio Mármores. O jardim vertical traz um toque natural à sacada
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
“É sempre bom misturar plantas pendentes como alfinete, peperômia-branca, tostão e dinheiro-em-penca, com espécies de crescimento vertical, como costela-de-adão, bromélias, avencas e xanadú. Assim conseguimos preencher todos os espaços entre os vasos”, sugere Fábio Assef, arquiteto e urbanista e especialista em projetos de áreas externas na Amazônia.
Além disso, suculentas e cactos exigem pouca água e são fáceis de cuidar, e as samambaias são escolhas clássicas para jardins verticais, mas exigem ambientes com mais umidade e sombra.
A varanda e o living foram integrados com a nivelação dos pisos e a retirada das esquadrias. Na varanda com jardim vertical, balanço Dome, da Franccino, e poltrona Pitu, de Aristeu Pires. Projeto da arquiteta Larissa Catossi
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Na sacada da suíte do casal, jardim vertical com samambaia, singônio, liríope, jiboia e aspargo. Ao fundo, palmeira elegante, dracena variegada, íris-da-praia e espada-de-são-jorge. Projeto do escritório Migs Arquitetura e paisagismo de Anna Luiza Rothier
André Nazareth/Divulgação
A sala de estar se integra à varanda e agora abriga um espaço com churrasqueira, mesa de jantar, sofá, cadeiras e jardim vertical. Projeto do escritório Larissa Catossi Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Incidência de sol e ventos no jardim vertical
A incidência solar é o principal fator a ser considerado para a definição das espécies do jardim vertical. O primeiro passo é observar qual a posição do sol em relação a sua sacada e quantas horas de sol direto a parede escolhida recebe por dia.
A varanda do quarto ganhou rede e jardim vertical com samambaia-americana, lambari e véu-de-noiva. Projeto do escritório SPOL Architects, com paisagismo de Bia Abreu
Renato Navarro / Divulgação
Na sacada, o piso da Ladrilhart marca a transição entre os ambientes. Ao fundo do corredor está o jardim vertical. Projeto do escritório 0E1 Arquitetos
Manuel Sá/Divulgação
“Caso receba acima de 4 horas de sol direto por dia, recomendo plantas de sol pleno. Menos de 4 horas, mas com incidência solar nos horários mais quentes do dia, sugiro plantas de meia-sombra; e para casos de sombra ou até 2h de luz solar direta, podemos usar plantas de sombra”, recomenda Fábio.
Junto à incidência solar, a intensidade do vento deve ser considerada. “Ventanias fortes podem ressecar e danificar as plantas. Se a sua sacada for muito exposta, as principais soluções são plantas resistentes, com folhas mais firmes ou nativas de áreas com mais vento. Outra opção é criar camadas: vasos ou painéis de treliça com plantas mais densas nas extremidades para criar uma espécie de barreira”, explica o paisagista Marcelo Gomes.
No projeto do paisagista Roberto Riscala, jardim vertical em vasos com aspargo-alfinete
Roger Panhan/Divulgação
No projeto da arquiteta Kika Tiengo, a poltrona e o jardim vertical conferem um ambiente relaxante
Renato Navarro / Divulgação
Outra opção é investir em estruturas fixas, como painéis que ofereçam suporte e proteção contra rajadas de vento.
Estruturas para o jardim vertical
Manter o jardim vertical firme e seguro é um dos passos mais importantes na instalação. As estruturas devem ser leves, seguras e resistentes, sem comprometer a estética do ambiente. Abaixo, Marcelo listou algumas estruturas que podem ser boas opções para as sacadas:
Painéis de plástico ou metal: leves e práticos, a maioria já vem com sistemas de encaixe para vasos.
Módulos de feltro reciclado: opção sustentável e ideal para sacadas menores, são fáceis de instalar e ótimos para a hidratação das plantas.
Vasos de parede: uma opção mais simples é fixar vasos individuais na parede e criar uma composição.
Na varanda do apartamento garden, o jardim vertical serve como pano de fundo para o home office. Rente ao guarda-corpo, floreira ripada com viburno e palmeira-ráfis. Projeto do escritório Migs Arquitetura, com paisagismo de Anna Luiza Rothier
André Nazareth/Divulgação
Os proprietários da cobertura queriam um espaço aconchegante e com muitas plantas, em 10 m². A paisagista Susana Udler explorou as paredes, criando um jardim vertical. Para esconder as vigas de concreto, ela usou placas de fibra de coco com ripsális
Pedro Abude/Editora Globo
No projeto da paisagista Bia Abreu, o jardim vertical tem suporte metálico para vasos meia-lua
Fran Parente / Divulgação
No projeto do paisagista Paulo Aranha, da SkyGarden Envec, um chuveirão surge em meio às espécies do jardim vertical
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Como realizar as regas no jardim vertical
Para regar os jardins verticais com facilidade, o ideal é a instalação de um sistema de irrigação automatizado.
“Ele garante uma rega uniforme de todos os vasos e não deixa margem para o esquecimento. Nos casos onde não é possível, minha recomendação é quanto mais água, melhor. Independente de usar uma mangueira ou regador, o mais importante é que as regas sejam generosas. A dica é sempre regar vaso por vaso, até que a água comece a escorrer pelos furinhos do fundo; só assim conseguimos garantir que cada planta foi bem regada”, diz Fábio.
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“O acesso à água para a rega e a drenagem são cruciais para a saúde das plantas e para evitar problemas de umidade no ambiente”, complementa Marcelo.
Jardim vertical em sacadas com espaço reduzido
Para jardins menores, quanto menos espécies, maior é a sensação de volume. “Sugiro evitar o excesso de mistura de cores e priorizar a mistura de diferentes tons de verde, assim garantimos um resultado mais sofisticado”, finaliza Fábio.
Na sacada do quarto, um jardim vertical da Wabi Sabi traz bem-estar e beleza. Projeto da arquiteta Manoela Fleck
Raiana Medina/Divulgação
Concebido pela paisagista Isadora Airold, da Airold Paisagismo, o projeto foi desenvolvido junto com a moradora, que ama biofilia. O jardim vertical aproveitou a altura do pé direito com bromelia fireball, samambaia do amazonas, chifre-de-veado, véu-de-noiva e costela-de-adão
Ricardo Faiani/Divulgação
Na varanda, a poltrona Paulistano de Paulo Mendes é o destaque de design. O jardim vertical e as plantas suspensas trazem contato com a natureza para dentro do apê. Projeto do escritório Shinagawa Arquitetura
Evelyn Müller/Divulgação

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