Jardins que suportam a maresia: dicas, plantas resistentes e 21 inspirações

Manter um jardim bonito na casa de praia pode ser um desafio. A combinação de sal, vento e sol intenso, característica da maresia, afeta diretamente o desenvolvimento das plantas, ressecando folhas, queimando flores e alterando o solo. Neste conteúdo, reunimos algumas dicas de espécies adaptadas ao litoral brasileiro e dicas para o paisagismo prosperar! Confira:
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“A salinidade deixa as plantas mais suscetíveis ao ressecamento e dificulta a absorção da água e do nutrientes, por isso espécies delicadas queimam com facilidade. Algumas plantas resistem ao sal, mas não ao vento forte, e vice-versa. Para jardins litorâneos, o ideal é escolher espécies que suportem as duas condições”, informa Lívia Boechat, designer de Interiores e diretora criativa à frente do LB Interiores.
Um ambiente de estar foi montado na área externa da casa de praia. Paisagismo pela arquiteta Beatriz Quinelato, com execução de Ezequiel Paisagismo. Sofá e poltronas Vaivém, da loja Mestre Artesão, que também forneceu as mesas laterais Boston. Mesa centro da Freijó Móveis.
Rafael Renzo/Divulgação | Projeto da arquiteta Beatriz Quinelato
Como manter a saúde das plantas em regiões costeiras
De modo geral, as espécies precisam suportar as condições adversas presentes na praia. A principal indicação é optar por plantas nativas da região, principalmente em virtude do solo, que será arenoso e com grande capacidade de absorção de água.
“Para resistir à maresia, uma planta precisa ter folhas duras e lisas. Na hora da rega, lave bem suas folhas para retirar o sal das mesmas. Quanto ao solo, retire a parte arenosa e adicione uma boa camada de terra preta misturada ao fertilizante”, pontua a paisagista Anna Luiza Rothier.
Plantas densas e flexíveis absorvem a força do vento sem quebrar. Móveis da Zaika Mobiliário
Fábio Jr. Severo/Divulgação | Projeto do escritório Cipriani Studio Arq e Design
No preparo do solo, misture um bom composto e orgânico e abra um buraco para cobrir a planta. Priorize húmus de minhoca ou NPK 10-10-10. Após o plantio, mantenha uma rega regular por 30 dias.
“Podas leves e regulares, adubação periódica e irrigação constante ajudam a manter as plantas mais fortes e equilibradas diante da maresia. Em jardins costeiros, um solo com mistura de areia e matéria orgânica garante leveza e nutrientes ao mesmo tempo”, completa Lívia.
Toda a área externa promove o contato com a natureza. Projeto paisagístico desenvolvido pela Semente Nativa e executado por Farias Jardim. Jardim vertical da Ecobloco
Leonardo Giantomasi/Divulgação | Projeto do escritório Raiz Arquitetura
Plantas indicadas para jardins litorâneos
Priorize espécies com tolerância à queima das folhas pelo sal e ao acúmulo do mesmo no solo. As plantas mais indicadas são arbustos com formato arredondado; espécies com caules flexíveis que dobram com o vento; plantas com folhas prateadas, cerosas (que refletem a luz solar intensa e reduzem a perda de água) e resistentes.
Clúsia, bromélia, iúca, alamanda, buganvília, helicônia, orquídea, alpínia, íris-da-praia, guaimbê, ravenala, curculigo, ixora, espirradeira (oleandro), rabo-de-gato, onze-horas e aglaonema são as espécies mais recomendadas para a região, resistentes aos ventos fortes, à exposição solar e à salinidade elevada.
A área gourmet abarca um canteiro tropical com strelitzias, arecas triandras, helicônias, filodendros ondulados e costelas-de-adão, espécies que trazem o clima de praia
Evelyn Müller/Divulgação | Projeto do escritório Si Saccab Architecture & Interior Design | Paisagismo de Letícia Bononi
O que deve ser considerado no projeto paisagístico
Para a elaboração do projeto paisagístico, considere a direção do vento para posicionar as espécies e redirecionar as plantas mais sensíveis. Uma das principais formas de proteção é criar barreiras próximas ao mar, que filtram e desaceleram o vento, como faixas de arbustos e árvores resistentes.
“Telas de polipropileno, cercas de ripas ou treliças podem ser usadas, mas estruturas sólidas, como muros de concreto, devem ser evitadas, pois criam turbulência e redemoinhos prejudiciais do outro lado”, alerta a arquiteta paisagista Patricia Oldemburg.
Na área externa, maranta-charuto, helicônia, licuala-redonda, bastão-do-imperador, filodendro e costela-de-adão camuflam o muro
Evelyn Müller/Divulgação | Projeto do escritório Marina Linhares Interiores | Paisagismo de Alessandro Terracini
À esquerda, no canteiro da piscina, pássaro-de-fogo, alpinia e costela-de-adão. Ao fundo, alpinia vermelha, moreia branca e palmeiras reais
Evelyn Müller/Divulgação | Projeto do arquiteto Guelo Nunes | Paisagismo de Catê Poli
Ao fundo, palmeiras carpentárias, maranta-charuto e jasmim-manga criam um horizonte verde
Keniche Santos/Divulgação | Projeto do escritório Storrer Tamburus Arquitetura | Paisagismo de Mônica Costa
Nas floreiras, aspargos pendentes. Ao fundo, filodendro ondulado, filodendro xanadu, alpínia e camedórea-elegante
Maíra Acayaba/Divulgação | Projeto do escritório Treliz Paisagismo
No litoral, a preferência deve ser por espécies adaptadas ao substrato arenoso. Mesa de centro da Novo Ambiente, sofá e espreguiçadeiras da Tidelli, almofadas e cestos da Trama Casa
MCA Estúdio/Divulgação | Projeto do escritório Escala Arquitetura
Plantas que resistem à maresia costumam ter folhas mais firmes, que ajudam a evitar o ressecamento
Fábio Jr. Severo/Divulgação | Projeto do escritório Cipriani Studio Arq e Design
No espaço da churrasqueira, foi criado um corredor verde, com execução de Ezequiel Paisagismo. Cadeiras Flecheiras, adquiridas no Mestre Artesão. A parede de ladrilho hidráulico modelo Viés, da Ladrilar, é um destaque no ambiente
Rafael Renzo/Divulgação | Projeto da arquiteta Beatriz Quinelato
As espécies ideais para regiões litorâneas devem tolerar o ar salino e exigir pouca manutenção, como as bromélias cultivadas próximo à piscina
Fran Parente/Divulgação | Projeto do arquiteto Gabriel Garbin
Para jardins litorâneos, o ideal é escolher espécies que suportem condições adversas e insolação intensa
Renata Freitas/Divulgação | Produção: Pualani di Giorgio/Divulgação | Projeto do escritório Sensum Arquitetura | Paisagismo do Verdeje
Determinar a direção dos ventos direciona o posicionamento das barreiras de proteção nos jardins litorâneos
Luiza Schreier/Divulgação | Projeto da arquiteta Amanda Miranda
A distribuição do mobiliário e das jardineiras foi pensadas de forma a preservar a vista para a praia. Destaque para figueira-benjamim e cróton com forração de dólar próximo à espreguiçadeira
Andre Nazareth/Divulgação | Produção: Diego Matos/Divulgação | Projeto da arquiteta Amanda Haydon e do escritório RJ Arquitetura
No living, com vista para a praia, o sofá e o rack são da Brentwood e o tapete, da Galeria Hathi. Sobre o sofá, almofadas da Brentwood, da Trama Casa e da Lá em Casa. Cesto da Hábito e sobre a mesa de centro, adorno com sementes, da Espaço Loft
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação | Produção visual: Simone Raitzik/Divulgação | Projeto da arquiteta Amanda Miranda
A fachada da casa tem intervenções de pedras e brises de madeira; espécies nativas são o destaque do paisagismo
Gabriela Daltro/Divulgação | Projeto da arquiteta Tatiana Campos Melo
A varanda é composta por um jardim vertical com samambaia, singônio, liríope, jiboia e aspargo. Ao fundo, palmeira elegante, dracena variegada, íris-da-praia e espada-de-são-jorge
André Nazareth/Divulgação | Projeto do escritório Migs Arquitetura | Paisagismo de Anna Luiza Rothier
Grandes aberturas são uma boa estratégia para casas de praia, que se beneficiam da ventilação e da iluminação natural. Os elementos naturais dão o tom no projeto e conferem mais tranquilidade nos ambientes
Júlia Ribeiro/Divulgação | Projeto da arquiteta Ana Angrimani
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Com vista para a praia, a antiga varanda tem banco em madeira maciça cumaru feito sob medida e vasos de barro com plantas resistentes à maresia
Renata Freitas/Divulgação | Projeto do escritório LB Interiores

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