Mãe e filha constroem casa sustentável com 8 mil garrafas de vidro

Com quase 23 mil seguidores no Instagram e nota máxima em todos os quesitos do Airbnb, pode se dizer que a chamada ‘Casa de Sal’ é um sucesso. Contudo, não é esse o motivo que faz o lar de Edna Dantas e Maria Gabrielly, mãe e filha, na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, chamar atenção, mas sim, o fato da residência ter sido construída pelas mãos das moradoras com 8 mil garrafas de vidro.
O projeto teve início em maio de 2020 e demorou dois anos para ser concluído. A ideia partiu de Edna, que é educadora socioambiental e se incomodava com a quantidade de lixo despejada na praia, especialmente de garrafas de vidro, que costumam ser desprezadas por catadores devido ao peso e à baixa remuneração no mercado de reciclagem. A filha, Maria Gabrielly, abraçou a ideia.
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A construção
Um dos quartos está disponível para locação na plataforma Airbnb
Reprodução Instagram @casadesal.eco
Segundo informações do G1 Pernambuco, as garrafas substituíram os tijolos e foram posicionadas verticalmente nas paredes. A casa foi construída sobre bases convencionais, com madeira e cimento e conta com parede dupla.
Outros materiais, como madeira e móveis descartados, também foram usados na construção, que contou com a ajuda de outros moradores da região para fazer o telhado e o piso, tudo com material reciclado. As telhas, por exemplo, foram feitas a partir de tubos de pasta de dentes.
Localizada em uma área sem saneamento, na Praia do Sossego, a casa possui uma fossa biodegradável, que filtra os dejetos para adubação.
A casa
A casa tem 70 m² e sete cômodos
Reprodução Instagram @casadesal.eco
Batizada de ‘Casa de Sal’, como homenagem aos materiais que constituem o vidro, areia e sal. A casa tem 70 m² e sete cômodos. Ela está localizada a 100 metros da praia e um dos quartos está disponível para locação na plataforma Airbnb.
Segundo informações da plataforma, para os hóspedes, o local oferece chuveiro externo, cozinha para preparação de refeições, área de jantar externa, churrasqueira e estacionamento. Na descrição, as anfitriãs dizem oferecer ecoturismo completo e comunitário em uma “hospedagem afetiva em uma casa construída por mulheres” e encerram da seguinte maneira: “Amanheça com o brilho único das 8 mil garrafas que protagonizam nosso lar.”
Depois da finalização da casa, mãe e filha não deixaram as garrafas de lado. Elas já fizeram quatro eco-lixeiras comunitárias, que utilizaram mais 5 mil garrafas, totalizando 13 mil garrafas recuperadas. No perfil dedicado à casa, elas dizem que o projeto é uma forma de reivindicar moradia e ecologia popular.
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