Mansões que inspiraram ‘O Grande Gatsby’ ainda têm o prestígio dos anos dourados

Long Island, em Nova York (EUA), ainda oferece um vislumbre da opulência que F. Scott Fitzgerald encontrou há 100 anos No outono de 1922, F. Scott Fitzgerald e sua esposa Zelda se instalaram temporariamente em uma casa de estilo mediterrâneo em Long Island, Nova York, nos Estados Unidos. A estadia de 18 meses seria suficiente para que o autor absorvesse o espírito da região e transformasse suas experiências no clássico romance O Grande Gatsby, publicado 100 anos atrás.
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As vilas de Great Neck e Sands Point foram a base para os fictícios West Egg e East Egg, cenários emblemáticos do livro, que representam distintas classes sociais.
Na época, a região era um reduto da elite americana, onde famílias como os Vanderbilt, os Rockefeller e os Guggenheim construíam mansões monumentais e promoviam festas extravagantes. Esses ambientes deram vida ao universo hedonista e ambicioso de Jay Gatsby e seus vizinhos.
A “modesta” casa onde F. Scott Fitzgerald escreveu o livro de sucesso
The Independent/Reprodução
A vila de Great Neck (West Egg), onde os Fitzgerald moraram, contém uma “modesta” casa na qual o autor deu os primeiros contornos para o seu romance. Apesar de pequena em comparação às mansões vizinhas, a residência – hoje avaliada em US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) – está localizada perto da atual via Great Gatsby Way e remete à efervescência cultural e social que moldou a obra.
Já a vila de Sands Point (East Egg) abriga as ruínas de Beacon Towers, uma mansão gótica que teria inspirado a casa de Jay Gatsby. Com sua torre central e aparência de castelo europeu, a propriedade simbolizava a grandiosidade almejada pelo personagem. Originalmente construída por Alva Belmont e mais tarde adquirida por William Randolph Hearst, foi demolida em 1942, mas vestígios ainda permanecem no local.
A propriedade de Beacon Towers, agora em ruínas, inspirou a mansão de Jay Gatsby
Domínio Público/Wikimedia Commons
A poucos minutos dali, a Reserva de Sands Point preserva a Hempstead House, uma mansão de arquitetura Tudor de 4.600 m², que, hoje, funciona como parque e locação para produções audiovisuais.
Construída pelo financista Howard Gould e reformada por Daniel Guggenheim, a propriedade transmite o mesmo espírito de ostentação e elegância que permeia as festas descritas por Fitzgerald.
A Hempstead House, também entre as inspirações do autor, é uma mansão no estilo Tudor de 4.600 m²
Gyrofrog/Wikimedia Commons
Em Old Westbury, a mansão Phipps, de 23 cômodos, cercada por jardins floridos, é apontada como modelo para a residência dos Buchanan, outra família importante do romance. Inspirada em uma propriedade britânica, a casa, hoje, abriga eventos culturais e serviu de referência visual para a adaptação cinematográfica de 2013 do livro.
A mansão Phipps, em Old Westbury, que inspirou a propriedade dos Buchanan
Frank Urso/ Daniel Gale Sotheby’s International Realty/Divulgação
Na região, também há o Castelo de Oheka, construído por Otto Hermann Kahn na década de 1920, que também se destaca como uma das maiores inspirações para a mansão de Jay Gatsby. Com 127 cômodos e jardins projetados pelos criadores do Central Park, o local já foi academia militar, residência privada e cenário de outras séries, como Succession.
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Apesar das mudanças ao longo do tempo, as mansões remanescentes de Long Island ainda oferecem um vislumbre de uma era marcada por luxo, ostentação e ambição.
O Castelo de Oheka também foi cenário para a série “Succession”
OhekaCastleNY/Wikimedia Commons

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