Pela primeira vez desde o incêndio de 2018, público é convidado a acessar áreas internas do Paço de São Cristóvão e a reencontrar ícones do acervo, como o meteorito Bendegó e um cachalote monumental O Museu Nacional/UFRJ abre uma nova e simbólica fase de sua reconstrução com a programação especial Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional, em cartaz de 2 de julho a 31 de agosto. A mostra marca a reabertura temporária de três ambientes internos do histórico Paço de São Cristóvão, ainda em obras, e oferece ao público uma rara oportunidade de testemunhar, de dentro, o renascimento da instituição científica mais antiga do Brasil.
A experiência gratuita apresenta ao visitante um itinerário que articula ciência, arte e memória. Logo na entrada, reencontra-se um dos símbolos mais potentes do acervo: o meteorito Bendegó, com mais de cinco toneladas. Ao lado dele, peças da coleção de meteorítica e uma intervenção artística inédita do artista wapichana Gustavo Caboco, que ressignifica a história do meteorito a partir de narrativas indígenas.
No pátio da escadaria monumental, uma das grandes conquistas da reconstrução: a instalação do esqueleto completo de um cachalote de 15,7 metros de comprimento, suspenso sob a nova claraboia do palácio. A ossada, a maior do tipo em exibição na América do Sul, passou por um meticuloso processo de conservação e fixação — da consolidação óssea à reposição de estruturas danificadas, totalizando mais de três toneladas de peças.
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Logo na entrada, reencontra-se um dos símbolos mais potentes do acervo: o meteorito Bendegó, com mais de cinco toneladas
Felipe Cohen
A terceira sala da visitação é dedicada à própria história do Museu e ao status da obra de reconstrução. O público poderá observar esculturas originais de mármore de Carrara, réplicas de ornamentos artísticos e imagens que documentam o cotidiano do trabalho de restauro. “É um momento histórico. Mesmo que por pouco tempo, abrir uma pequena parte do palácio para visitação é uma forma de honrar a resiliência dos trabalhadores e reafirmar a relevância científica dos nossos acervos”, afirma Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.
A mostra é resultado da cooperação entre a UFRJ, a UNESCO e o Instituto Cultural Vale, no âmbito do projeto Museu Nacional Vive. “Esta experiência reafirma o papel dos museus como espaços de educação e diálogo. Aqui, a preservação do patrimônio se alia a soluções arquitetônicas inovadoras, proporcionando ao público uma vivência singular”, observa Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora da UNESCO no Brasil.
A terceira sala da visitação é dedicada à própria história do Museu e ao status da obra de reconstrução
Felipe Cohen
Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, a mostra simboliza uma vitória institucional. “Nem o incêndio foi capaz de interromper a produção e a difusão do conhecimento científico. O Museu segue vivo e pulsante”, afirma. Já Hugo Barreto, diretor do Instituto Cultural Vale, reforça: “A reconstrução do Museu Nacional é hoje um dos maiores projetos culturais em andamento no país. Ações como essa mantêm viva sua relação com o público.”
Avanços e próximos passos
O público poderá observar esculturas originais de mármore de Carrara, réplicas de ornamentos artísticos e imagens que documentam o cotidiano do trabalho de restauro
Felipe Cohen
A reabertura parcial do palácio ocorre em meio a importantes marcos da reconstrução. Já foram restauradas as fachadas e coberturas dos blocos 1, 2 e 3, instaladas réplicas de esculturas centenárias no coroamento do edifício, e finalizados os projetos técnicos de arquitetura e recuperação dos jardins históricos. Atualmente, seguem em andamento a reforma do prédio anexo Alípio de Miranda Ribeiro, a consolidação estrutural dos blocos e a instalação de sistemas de drenagem e proteção elétrica.
Peças da coleção de meteorítica e uma intervenção artística inédita do artista wapichana Gustavo Caboco, que ressignifica a história do meteorito a partir de narrativas indígenas
Felipe Cohen
Com um orçamento total estimado em R$ 516,8 milhões (excluindo a recomposição do acervo), o projeto já captou R$ 347,2 milhões — cerca de 67% da meta. A expectativa é de que novas ações e parcerias contribuam para a plena devolução do museu à sociedade brasileira.
Enquanto isso, a mostra Entre Gigantes convida o público a se reaproximar de um ícone da cultura científica nacional, não apenas como espectador, mas como parte ativa de sua reconstrução.
Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional
Museu Nacional/UFRJ — Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro
De 2 de julho a 31 de agosto
Terça a domingo
Entrada gratuita mediante agendamento
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A experiência gratuita apresenta ao visitante um itinerário que articula ciência, arte e memória. Logo na entrada, reencontra-se um dos símbolos mais potentes do acervo: o meteorito Bendegó, com mais de cinco toneladas. Ao lado dele, peças da coleção de meteorítica e uma intervenção artística inédita do artista wapichana Gustavo Caboco, que ressignifica a história do meteorito a partir de narrativas indígenas.
No pátio da escadaria monumental, uma das grandes conquistas da reconstrução: a instalação do esqueleto completo de um cachalote de 15,7 metros de comprimento, suspenso sob a nova claraboia do palácio. A ossada, a maior do tipo em exibição na América do Sul, passou por um meticuloso processo de conservação e fixação — da consolidação óssea à reposição de estruturas danificadas, totalizando mais de três toneladas de peças.
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Logo na entrada, reencontra-se um dos símbolos mais potentes do acervo: o meteorito Bendegó, com mais de cinco toneladas
Felipe Cohen
A terceira sala da visitação é dedicada à própria história do Museu e ao status da obra de reconstrução. O público poderá observar esculturas originais de mármore de Carrara, réplicas de ornamentos artísticos e imagens que documentam o cotidiano do trabalho de restauro. “É um momento histórico. Mesmo que por pouco tempo, abrir uma pequena parte do palácio para visitação é uma forma de honrar a resiliência dos trabalhadores e reafirmar a relevância científica dos nossos acervos”, afirma Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional.
A mostra é resultado da cooperação entre a UFRJ, a UNESCO e o Instituto Cultural Vale, no âmbito do projeto Museu Nacional Vive. “Esta experiência reafirma o papel dos museus como espaços de educação e diálogo. Aqui, a preservação do patrimônio se alia a soluções arquitetônicas inovadoras, proporcionando ao público uma vivência singular”, observa Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora da UNESCO no Brasil.
A terceira sala da visitação é dedicada à própria história do Museu e ao status da obra de reconstrução
Felipe Cohen
Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, a mostra simboliza uma vitória institucional. “Nem o incêndio foi capaz de interromper a produção e a difusão do conhecimento científico. O Museu segue vivo e pulsante”, afirma. Já Hugo Barreto, diretor do Instituto Cultural Vale, reforça: “A reconstrução do Museu Nacional é hoje um dos maiores projetos culturais em andamento no país. Ações como essa mantêm viva sua relação com o público.”
Avanços e próximos passos
O público poderá observar esculturas originais de mármore de Carrara, réplicas de ornamentos artísticos e imagens que documentam o cotidiano do trabalho de restauro
Felipe Cohen
A reabertura parcial do palácio ocorre em meio a importantes marcos da reconstrução. Já foram restauradas as fachadas e coberturas dos blocos 1, 2 e 3, instaladas réplicas de esculturas centenárias no coroamento do edifício, e finalizados os projetos técnicos de arquitetura e recuperação dos jardins históricos. Atualmente, seguem em andamento a reforma do prédio anexo Alípio de Miranda Ribeiro, a consolidação estrutural dos blocos e a instalação de sistemas de drenagem e proteção elétrica.
Peças da coleção de meteorítica e uma intervenção artística inédita do artista wapichana Gustavo Caboco, que ressignifica a história do meteorito a partir de narrativas indígenas
Felipe Cohen
Com um orçamento total estimado em R$ 516,8 milhões (excluindo a recomposição do acervo), o projeto já captou R$ 347,2 milhões — cerca de 67% da meta. A expectativa é de que novas ações e parcerias contribuam para a plena devolução do museu à sociedade brasileira.
Enquanto isso, a mostra Entre Gigantes convida o público a se reaproximar de um ícone da cultura científica nacional, não apenas como espectador, mas como parte ativa de sua reconstrução.
Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional
Museu Nacional/UFRJ — Paço de São Cristóvão, Rio de Janeiro
De 2 de julho a 31 de agosto
Terça a domingo
Entrada gratuita mediante agendamento
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