Com 170 mil seguidores nas redes sociais, o artista plástico e muralista Gabriel Menezes (@mena.011), conhecido como Mena, já realizou artes em prédios icônicos de São Paulo e fez projetos com diversas celebridades, como Bianca Andrade, a dupla Chitãozinho & Xororó, e o cantor Tato, do Falamansa.
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“Quando artistas me convidam para intervir em seus espaços pessoais, sinto que é um ato de confiança profunda, porque ali estou entrando em um ambiente íntimo, onde a arte precisa dialogar com a identidade e a energia de quem vive naquele lugar”, fala Mena com exclusividade à Casa e Jardim.
Mena ao lado de pintura na faculdade UniPlena Educacional, na zona norte de São Paulo
Instagram/Reprodução
Mena, que hoje tem 33 anos, desde pequeno esteve cercado por tintas, texturas e materiais de experimentação artística, graças à sua mãe, psicóloga infantil, que sempre incentivou sua criatividade com atividades como pintura em caixinhas de madeira, modelagem em argila e oficinas sensoriais.
“Na adolescência, esse vínculo com a arte foi ficando em segundo plano, até ressurgir com intensidade durante a faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Durante as aulas, enquanto estagiava em construtoras e escritórios, comecei a pintar carteiras escolares com personagens de desenhos animados, uma forma intuitiva de manter a concentração, usando o gesto de pintar como ponte para a escuta ativa”, ele descreve.
Pintura de Mena na empena cega do Edifício K1, localizado no bairro de Santana, em São Paulo
Divulgação
As intervenções espontâneas de Mena chamaram atenção na faculdade e começaram a circular nas redes sociais. Foi assim que ele passou a receber suas primeiras encomendas, ainda em paralelo aos estudos.
“Em 2014, encontrei uma maneira de democratizar a arte de forma afetiva e personalizada, pintando garrafas sob encomenda com temas que iam de hobbies a pedidos de namoro. Foram mais de 500 garrafas em um único ano, uma produção intensa que revelou com clareza: a arte já era meu caminho”, acrescenta o artista.
Pintura de Mena no Hospital Vila Santa Catarina, na capital paulista
Divulgação
Após se formar e abrir seu próprio escritório de arquitetura, Mena assumiu a criação dos projetos com um olhar autoral. Desenhava móveis, objetos e, claro, murais e intervenções artísticas.
Anos depois, em 2017, decidiu se dedicar 100% a arte e desenvolver suas técnicas autorais — entre elas, destaque para a principal, chamada de “Vírgulas da Vida”, que são pequenas pinceladas orgânicas, como se fossem fragmentos que, unidos, contam uma história.
A obra ‘Cocar do Arco-íris’ na Galeria Pagé, no centro de São Paulo
Divulgação
Mena atua essencialmente com as cores do arco-íris, pois acredita que elas representam mais do que uma paleta: são fragmentos da luz, símbolos de inclusão, esperança, diversidade e harmonia. Além disso, ele acredita que equilibrar tantas tonalidades exige sensibilidade e intenção. Ele ainda gosta de usar silhuetas pretas ou fundos neutros para destacar a explosão de nuances e criar contrastes.
“Trabalho muito com o degradê, explorando a transição suave de uma cor para outra, como se uma estivesse convidando a próxima a entrar em cena. Essa passagem contínua cria um ritmo visual que acalma”, comenta ele.
Pintura na Garagem Automática da Luz, região central da capital paulista
Divulgação
O portfólio de Mena inclui murais imponentes em locais icônicos da cidade de São Paulo: o Viaduto Sumaré, por exemplo, onde reuniu mais de 50 voluntários numa grande ação coletiva; a Galeria Pajé; e a Garagem Automática da Luz, projeto que aguardou autorização por dois anos e meio e é um dos mais especiais de sua carreira.
“Pintar prédios é, sem dúvida, um dos maiores desafios e uma das experiências mais transformadoras. Estar nas alturas me conecta com algo maior. A cidade muda de perspectiva, o tempo desacelera, e a vista lá de cima sempre traz ensinamentos”, afirma.
Pintura de Mena no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
Divulgação
Para Mena, a arte urbana é uma galeria ao ar livre, acessível a todos. “É um jeito de quebrar a monotonia do cinza urbano, levando cor, vida e poesia para lugares muitas vezes ausentes de natureza. As cores têm o poder de renovar o olhar cotidiano, de transformar muros em janelas para a imaginação”, declara.
Pintar hospitais também move o artista profundamente. Para ele, a arte não é apenas estética, “é acolhimento, é presença, é cuidado”.
Artes de Mena dentro de casa
Com proporção menor, os projetos residenciais têm outro desafio: a arte precisa conversar com a arquitetura, com a energia do lugar e com quem habita o espaço. Quando pinta uma parede interna, ele acredita que não é tudo sobre a estética, mas sobre criar uma presença viva naquele ambiente.
Mena pintou artes em lares de várias celebridades. Para o cantor Tato, da banda Falamansa, ele criou um mural inspirado na força e no afeto da família.
Mena com Tato, do Falamansa, na casa do cantor. Ao fundo, o mural pintado pelo artista
Divulgação
Na antiga casa da Bianca Andrade, a proposta foi poética: duas bocas rosas se beijando, fazendo referência ao apelido da influenciadora e o nome de sua marca — Boca Rosa.
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“A repercussão foi enorme, especialmente porque os seguidores dela são extremamente fiéis e engajados, e enxergaram na arte um reflexo autêntico da personalidade da Bianca”, conta.
Mena com Bianca Andrade ao lado da arte que ele criou para a antiga casa da empresária
Divulgação
Para a Malena, youtuber e streamer, o projeto foi transformar seu estúdio de gravação em um cenário vibrante e com energia visual forte. Já para o comediante Thiago Ventura, o artista fez um quadro.
Mena com a youtuber Malena no projeto feito para estúdio de gravação da youtuber
Divulgação
Um dos projetos que mais simbólicos para o artista foi para Chitãozinho & Xororó, na qual ele personalizou cinco violões em comemoração aos 50 anos da dupla. Os instrumentos se tornaram peças de arte e foram leiloados com renda revertida para a construção de um centro de saúde no sertão, em uma parceria com a Yamaha e a ONG Amigos do Bem.
Mena com a dupla Chitãozinho & Xororó e ss cinco violões pintados pelo artista para uma ação social
Divulgação
“Gosto especialmente dos projetos que envolvem causas sociais ou mensagens com significado coletivo. Foi um trabalho que uniu arte, música, impacto social e cultura brasileira”, relembra.
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“Quando artistas me convidam para intervir em seus espaços pessoais, sinto que é um ato de confiança profunda, porque ali estou entrando em um ambiente íntimo, onde a arte precisa dialogar com a identidade e a energia de quem vive naquele lugar”, fala Mena com exclusividade à Casa e Jardim.
Mena ao lado de pintura na faculdade UniPlena Educacional, na zona norte de São Paulo
Instagram/Reprodução
Mena, que hoje tem 33 anos, desde pequeno esteve cercado por tintas, texturas e materiais de experimentação artística, graças à sua mãe, psicóloga infantil, que sempre incentivou sua criatividade com atividades como pintura em caixinhas de madeira, modelagem em argila e oficinas sensoriais.
“Na adolescência, esse vínculo com a arte foi ficando em segundo plano, até ressurgir com intensidade durante a faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Durante as aulas, enquanto estagiava em construtoras e escritórios, comecei a pintar carteiras escolares com personagens de desenhos animados, uma forma intuitiva de manter a concentração, usando o gesto de pintar como ponte para a escuta ativa”, ele descreve.
Pintura de Mena na empena cega do Edifício K1, localizado no bairro de Santana, em São Paulo
Divulgação
As intervenções espontâneas de Mena chamaram atenção na faculdade e começaram a circular nas redes sociais. Foi assim que ele passou a receber suas primeiras encomendas, ainda em paralelo aos estudos.
“Em 2014, encontrei uma maneira de democratizar a arte de forma afetiva e personalizada, pintando garrafas sob encomenda com temas que iam de hobbies a pedidos de namoro. Foram mais de 500 garrafas em um único ano, uma produção intensa que revelou com clareza: a arte já era meu caminho”, acrescenta o artista.
Pintura de Mena no Hospital Vila Santa Catarina, na capital paulista
Divulgação
Após se formar e abrir seu próprio escritório de arquitetura, Mena assumiu a criação dos projetos com um olhar autoral. Desenhava móveis, objetos e, claro, murais e intervenções artísticas.
Anos depois, em 2017, decidiu se dedicar 100% a arte e desenvolver suas técnicas autorais — entre elas, destaque para a principal, chamada de “Vírgulas da Vida”, que são pequenas pinceladas orgânicas, como se fossem fragmentos que, unidos, contam uma história.
A obra ‘Cocar do Arco-íris’ na Galeria Pagé, no centro de São Paulo
Divulgação
Mena atua essencialmente com as cores do arco-íris, pois acredita que elas representam mais do que uma paleta: são fragmentos da luz, símbolos de inclusão, esperança, diversidade e harmonia. Além disso, ele acredita que equilibrar tantas tonalidades exige sensibilidade e intenção. Ele ainda gosta de usar silhuetas pretas ou fundos neutros para destacar a explosão de nuances e criar contrastes.
“Trabalho muito com o degradê, explorando a transição suave de uma cor para outra, como se uma estivesse convidando a próxima a entrar em cena. Essa passagem contínua cria um ritmo visual que acalma”, comenta ele.
Pintura na Garagem Automática da Luz, região central da capital paulista
Divulgação
O portfólio de Mena inclui murais imponentes em locais icônicos da cidade de São Paulo: o Viaduto Sumaré, por exemplo, onde reuniu mais de 50 voluntários numa grande ação coletiva; a Galeria Pajé; e a Garagem Automática da Luz, projeto que aguardou autorização por dois anos e meio e é um dos mais especiais de sua carreira.
“Pintar prédios é, sem dúvida, um dos maiores desafios e uma das experiências mais transformadoras. Estar nas alturas me conecta com algo maior. A cidade muda de perspectiva, o tempo desacelera, e a vista lá de cima sempre traz ensinamentos”, afirma.
Pintura de Mena no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
Divulgação
Para Mena, a arte urbana é uma galeria ao ar livre, acessível a todos. “É um jeito de quebrar a monotonia do cinza urbano, levando cor, vida e poesia para lugares muitas vezes ausentes de natureza. As cores têm o poder de renovar o olhar cotidiano, de transformar muros em janelas para a imaginação”, declara.
Pintar hospitais também move o artista profundamente. Para ele, a arte não é apenas estética, “é acolhimento, é presença, é cuidado”.
Artes de Mena dentro de casa
Com proporção menor, os projetos residenciais têm outro desafio: a arte precisa conversar com a arquitetura, com a energia do lugar e com quem habita o espaço. Quando pinta uma parede interna, ele acredita que não é tudo sobre a estética, mas sobre criar uma presença viva naquele ambiente.
Mena pintou artes em lares de várias celebridades. Para o cantor Tato, da banda Falamansa, ele criou um mural inspirado na força e no afeto da família.
Mena com Tato, do Falamansa, na casa do cantor. Ao fundo, o mural pintado pelo artista
Divulgação
Na antiga casa da Bianca Andrade, a proposta foi poética: duas bocas rosas se beijando, fazendo referência ao apelido da influenciadora e o nome de sua marca — Boca Rosa.
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“A repercussão foi enorme, especialmente porque os seguidores dela são extremamente fiéis e engajados, e enxergaram na arte um reflexo autêntico da personalidade da Bianca”, conta.
Mena com Bianca Andrade ao lado da arte que ele criou para a antiga casa da empresária
Divulgação
Para a Malena, youtuber e streamer, o projeto foi transformar seu estúdio de gravação em um cenário vibrante e com energia visual forte. Já para o comediante Thiago Ventura, o artista fez um quadro.
Mena com a youtuber Malena no projeto feito para estúdio de gravação da youtuber
Divulgação
Um dos projetos que mais simbólicos para o artista foi para Chitãozinho & Xororó, na qual ele personalizou cinco violões em comemoração aos 50 anos da dupla. Os instrumentos se tornaram peças de arte e foram leiloados com renda revertida para a construção de um centro de saúde no sertão, em uma parceria com a Yamaha e a ONG Amigos do Bem.
Mena com a dupla Chitãozinho & Xororó e ss cinco violões pintados pelo artista para uma ação social
Divulgação
“Gosto especialmente dos projetos que envolvem causas sociais ou mensagens com significado coletivo. Foi um trabalho que uniu arte, música, impacto social e cultura brasileira”, relembra.



