O segredo mais bem guardado dos floristas para evitar que as flores murchem no terceiro dia

No meu quarto de infância, onde cresci, havia um livro de contos que eu relia inúmeras vezes. A protagonista era uma princesa que tinha todo tipo de luxos: grandes jardins, louças preciosas, um guarda-roupa interminável… mas, para mim, o que verdadeiramente representava o luxo em sua vida era que em todos os cômodos de sua casa havia flores frescas todos os dias.
Felizmente, ao crescer, descobri que, embora nem todos possamos ter acesso a uma casa com quintal bucólico de vários hectares, nem a um vestido novo por dia, está ao nosso alcance encher nossa casa – e nossos vasos – de vida.
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Quais são os benefícios de ter flores em casa
Pessoas que convivem com flores experimentam níveis mais elevados de compaixão e reduzidos níveis de estresse e ansiedade
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Comprar flores regularmente não é apenas uma decisão estética, nem uma homenagem nostálgica à menina que relia aquele conto. Há vários estudos que comprovam o impacto positivo de ter flores frescas em casa. Existe, por exemplo, uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard em parceria com o Hospital Geral de Massachusetts, que demonstra que as pessoas que convivem com flores experimentam níveis mais elevados de compaixão e reduzidos níveis de estresse e ansiedade, as grandes doenças do nosso tempo. “Estudos prévios haviam demonstrado que as flores deixam mais felizes aqueles que as recebem”, assegura a doutora Etcoff, responsável pela pesquisa. “O que não sabíamos é que passar vários dias rodeado de flores em casa pode afetar o humor”.
Como fazer as flores durarem mais
Água fria é o segredo para as flores durarem mais
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Se ainda há alguém na sala que não esteja convencido de preencher todos os seus vasos com flores, provavelmente é porque considera que as flores de corte duram muito pouco. E é certo: embora exista uma variação amplíssima de espécie para espécie na duração das flores, ninguém pode negar que elas têm prazo de validade. Mas há truques que podemos anotar para maximizar sua expectativa de vida.
Existem muitas teorias sobre o que devemos fazer para que as flores durem mais. Quem escreve estas linhas já ouviu conselhos como colocar uma aspirina na água, perfurar os caules com um alfinete ou, o que todos tendemos a fazer: cortar a ponta do caule na diagonal e nutrir a água com o envelope de pozinhos que costumam nos dar na floricultura.
Pois Ignacio Guio, um jardineiro que viralizou na Espanha, nos adverte que estamos fazendo tudo errado. Segundo o especialista, nenhuma dessas práticas vai conseguir mais do que encurtar a vida das flores. Guio explica que cortar os caules renova a superfície de absorção da água. Até aqui, tudo bem. O problema é que, ao fazer isso, disparamos o crescimento da flor, aceleramos seu ciclo vital e, em consequência, fazemos com que dure menos dias. O ideal é colocá-las diretamente na água, sem tocá-las, e cortar o caule a cada poucos dias para evitar que murchem.
E como deve ser essa água? Nem pozinhos de floricultura, nem moedas de centavo. Ignacio Guio sugere água fria, nada mais. Quanto mais fria melhor, inclusive com gelo. A razão, novamente, baseia-se em entender como funciona a vida das flores. Quando, passado o inverno, começa a fazer calor, é o momento de crescimento da planta. Assim, se a água está quente ou morna, o caule recebe essa informação e dispara o crescimento da flor. Por outro lado, se a água estiver fria, ou mesmo gelada, retardamos sua maturação, fazendo com que ela conserve sua energia e vitalidade por mais tempo.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Espanha.
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