Inaugurado em 1994, a estrutura foi considerada uma maravilha da engenharia na época e custou mais de R$ 109 bilhões Quando o Aeroporto Internacional de Kansai (KIX), no Japão, foi inaugurado em 1994, foi considerado uma maravilha da engenharia. É o único aeroporto verdadeiramente flutuante do mundo e exigiu um investimento de mais de US$ 20 bilhões, cerca de R$ 109,6 bilhões, para sua construção.
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Trinta anos depois, Kansai recebe muitas das principais companhias aéreas e transportadoras de carga do mundo. Este é o terceiro aeroporto mais movimentado do país, atrás apenas de Haneda (HND) e Narita (NRT), em Tóquio. Conforme a Statista, plataforma alemã de coleta de dados, no ano passado, houve 169.774 chegadas e partidas, atendendo 25,9 milhões de passageiros.
O Aeroporto de Kansai foi construído para aliviar a superlotação no primeiro aeroporto, o Aeroporto de Itami (ITM), em Osaka
Instagram/@kansaiairports/Reprodução
No entanto, a estrutura está afundando no mar a uma velocidade maior do que a prevista pelos engenheiros.
Um dos maiores desafios do projeto foi construir a ilha em águas com mais de 18 m de profundidade. O fundo do mar é feito de argila aluvial – argila solta intercalada com outros materiais. Os engenheiros sabiam que ela afundaria à medida que o peso da ilha artificial compactasse a argila, e usaram drenos de areia para acelerar o processo de afundamento.
Mesmo antes da inauguração do aeroporto, os engenheiros perceberam que haviam sido um pouco conservadores em suas estimativas de afundamento. A construção começou em 1987 e, em 1990, o aeroporto já havia afundado 8,2 m, 50% a mais do que os 5,8 m esperados
Para desacelerar o processo, mais US$ 150 milhões, cerca de R$ 822 milhões, foram gastos no reforço e elevação do muro de contenção que circunda o aeroporto. Na inauguração, em 1994, a taxa de afundamento era superior a 48 cm por ano. Em 2008, esse número caiu para 7,1 cm. No entanto, o aeroporto continua em risco, com alguns engenheiros prevendo que trechos poderão estar abaixo do nível do mar em 2056.
Sem espaço em terra para expansão, decidiu-se construir este novo aeroporto na Baía de Osaka, onde sua localização em alto-mar não incomodaria os moradores locais
Instagram/@kansaiairports/Reprodução
Apesar do problema de afundamento, não se espera que o Aeroporto de Kansai fique inutilizável tão cedo, graças aos esforços contínuos para mantê-lo acima da água. No entanto, essas medidas são caras e difíceis de manter.
As projeções atuais estimam que o afundamento continuará a desacelerar. A operadora do aeroporto afirma que, em 2023, a taxa de afundamento caiu para apenas 5,8 cm por ano. Mas o afundamento não é uniforme em todo o local, criando ainda mais dificuldades para os engenheiros.
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As mudanças climáticas representam outro risco para Kansai. O aeroporto está localizado em uma área propensa a tempestades e tufões, além de terremotos.
No entanto, as perspectivas para o local são positivas, já que o aeroporto está investindo em expansão para atingir uma capacidade de 40 milhões de passageiros por ano. Embora a tarefa de manter Kansai funcionando seja cara e desafiadora, o aeroporto deverá permanecer funcional por muitas décadas.
A ponte que leva ao aeroporto de Kansai
Flickr/Juha Uitto/Creative Commons
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Trinta anos depois, Kansai recebe muitas das principais companhias aéreas e transportadoras de carga do mundo. Este é o terceiro aeroporto mais movimentado do país, atrás apenas de Haneda (HND) e Narita (NRT), em Tóquio. Conforme a Statista, plataforma alemã de coleta de dados, no ano passado, houve 169.774 chegadas e partidas, atendendo 25,9 milhões de passageiros.
O Aeroporto de Kansai foi construído para aliviar a superlotação no primeiro aeroporto, o Aeroporto de Itami (ITM), em Osaka
Instagram/@kansaiairports/Reprodução
No entanto, a estrutura está afundando no mar a uma velocidade maior do que a prevista pelos engenheiros.
Um dos maiores desafios do projeto foi construir a ilha em águas com mais de 18 m de profundidade. O fundo do mar é feito de argila aluvial – argila solta intercalada com outros materiais. Os engenheiros sabiam que ela afundaria à medida que o peso da ilha artificial compactasse a argila, e usaram drenos de areia para acelerar o processo de afundamento.
Mesmo antes da inauguração do aeroporto, os engenheiros perceberam que haviam sido um pouco conservadores em suas estimativas de afundamento. A construção começou em 1987 e, em 1990, o aeroporto já havia afundado 8,2 m, 50% a mais do que os 5,8 m esperados
Para desacelerar o processo, mais US$ 150 milhões, cerca de R$ 822 milhões, foram gastos no reforço e elevação do muro de contenção que circunda o aeroporto. Na inauguração, em 1994, a taxa de afundamento era superior a 48 cm por ano. Em 2008, esse número caiu para 7,1 cm. No entanto, o aeroporto continua em risco, com alguns engenheiros prevendo que trechos poderão estar abaixo do nível do mar em 2056.
Sem espaço em terra para expansão, decidiu-se construir este novo aeroporto na Baía de Osaka, onde sua localização em alto-mar não incomodaria os moradores locais
Instagram/@kansaiairports/Reprodução
Apesar do problema de afundamento, não se espera que o Aeroporto de Kansai fique inutilizável tão cedo, graças aos esforços contínuos para mantê-lo acima da água. No entanto, essas medidas são caras e difíceis de manter.
As projeções atuais estimam que o afundamento continuará a desacelerar. A operadora do aeroporto afirma que, em 2023, a taxa de afundamento caiu para apenas 5,8 cm por ano. Mas o afundamento não é uniforme em todo o local, criando ainda mais dificuldades para os engenheiros.
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As mudanças climáticas representam outro risco para Kansai. O aeroporto está localizado em uma área propensa a tempestades e tufões, além de terremotos.
No entanto, as perspectivas para o local são positivas, já que o aeroporto está investindo em expansão para atingir uma capacidade de 40 milhões de passageiros por ano. Embora a tarefa de manter Kansai funcionando seja cara e desafiadora, o aeroporto deverá permanecer funcional por muitas décadas.
A ponte que leva ao aeroporto de Kansai
Flickr/Juha Uitto/Creative Commons