Olho Mágico: 4 projetos do escritório Cornetta Arquitetura

O Olho Mágico é uma ação que ocorre às quintas-feiras no Instagram de Casa e Jardim, na qual convidamos um profissional da área de arquitetura, decoração ou paisagismo para comandar as nossas postagens durante o dia inteiro.
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Em 17 de julho de 2025, o participante foi o escritório Cornetta Arquitetura (@cornettaarquitetura). O arquiteto Pedro Cornetta contou alguns detalhes da idealização de quatro projetos marcantes feitos pelo escritório. Confira abaixo ou procure no Instagram pela hashtag #OlhoMágicoCJ.
1. Natureza integrada
COZINHA | O painel ao fundo, em preto, executado pela Solid House, é pinus carbonizado na técnica de queima controlada conhecida por Shou Sugi Ban. A bancada em Peroba Rosa de demolição está acompanhada de cadeiras da Lider
Pedro Kok/Divulgação
A Casa Guarupuvus, em São Roque (SP), foi implantada em um terreno de Mata Atlântica com topografia marcante. Pensada como moradia de veraneio, ela funciona como um verdadeiro laboratório para práticas ecológicas em arquitetura, engenharia e paisagismo.
O projeto nasceu do desejo de criar uma cabana moderna para os finais de semana, trazendo aventura ao lazer da família e permitindo um contato estreito com a natureza, especialmente para as crianças, remetendo às memórias dos pais acampando com as filhas.
Para minimizar o impacto ambiental, a casa é elevada do solo e seu volume principal é construído sobre o piso embutido de serviços. Esta configuração permitiu a preservação de quase todo o bosque existente.
Sua estrutura combina técnicas tradicionais, como alvenaria e concreto aparente, com sistemas pré-fabricados no volume principal, como vigas em madeira laminada colada (MLC), lajes de madeira NLT (Nailed Laminated Timber) e paredes de steel frame e drywall. Todo o bloco principal foi feito “apertando parafusos”, sem pedreiros.
2. Volume sobre pilotis
FACHADA | Casa construída com estrutura de Madeira Lamelada Colada e componentes em aço, como pilares da garagem, tirantes do balanço e contraventamentos. A laje seca tipo masterboard recebeu cobertura em telha termo acústica
Manuel Sá/Divulgação
A Casa CLV, em Cajamar (SP), é um exercício de síntese entre engenharia de precisão, sistemas construtivos industrializados e arquitetura de leveza calculada.
FACHADA | O volume principal da casa é elevado sobre pilotis metálicos, onde estão os espaços de convivência e os dormitórios
Manuel Sá/Divulgação
Implantada em um terreno generoso e intensamente inclinado, foi projetada para minimizar o impacto sobre o solo e valorizar a vista desimpedida para a mata ao redor. Sua estrutura, em madeira laminada colada (MLC), laje seca, cobertura leve e paredes de drywall, combina leveza, agilidade e racionalização.
3. Respeito ao território
VARANDA | O piso de microcimento em todo o pavimento traz unidade visual ao projeto. Poltrona em couro da Natuzzi
João Paulo Soares/Divulgação
A Casa 258, implantada entre São Roque e Ibiúna (SP), situa-se em um condomínio com fortes características de reserva ambiental. O projeto nasceu do desejo de preservar o bosque nativo na metade superior e, por este motivo, implantamos a residência na cota média, de modo a garantir mínima interferência na paisagem.
LIVING | Prezando pelo conforto, o ambiente tem lareira da Tecniarte, parede em madeira carbonizada executada pela Solid House e forro em madeira Tauari da Mendes Assoalhos
João Paulo Soares/Divulgação
Sua volumetria revela dois projetos em um: do bosque, a casa parece térrea; da rua, revela dois pavimentos. O primeiro andar é de concreto aparente e pedra rachão, sustentando a piscina-mirante com visor frontal.
COZINHA | A bancada em granito Via Láctea integra o ambiente ao living. Marcenaria em tauari executada pela Quality
João Paulo Soares/Divulgação
No volume superior, estrutura metálica, painéis de vedação e grandes esquadrias piso-teto criam uma composição que equilibra leveza e massa, sombra e luz, com interiores que combinam pinho carbonizado, madeira tauari e mobiliário brasileiro.
FACHADA | A obra executada pela Cazes Construtora teve como principal demanda valorizar a vista, mas preservar o bosque na segunda metade do terreno
João Paulo Soares/Divulgação
4. Materiais que se destacam
SALA DE JANTAR | Integrada com o living, a mesa com tampo em granito Via Láctea e o mobiliário de linhas minimalistas reforçam a atmosfera contemporânea, permitindo que os materiais se destaquem no ambiente
Matheus Moura/Divulgação
Este projeto partiu do desejo de explorar a estrutura metálica como elemento central, permitindo vãos livres generosos e planos envidraçados que conectam todos os ambientes internos ao jardim, trazendo o externo para dentro de forma fluida.
LIVING | O forro do tipo canelado foi executado em madeira Angelim. A escada é metálica, tendo uma viga central que sustenta chapas dobradas que servem de apoio para o acabamento em mármore
Matheus Moura/Divulgação
A residência destaca os materiais in natura: teto em madeira, parede de concreto aparente, piso de microcimento e paredes externas em pedra, compondo texturas que se valorizam mutuamente.
SALA DE TV | A parede da TV é de concreto maciço aparente feito com fôrmas de pinus durante a obra. O sofá em ilha da Breton integra o ambiente com a sala de jantar
Matheus Moura/Divulgação

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