O lar dos sonhos segue gostos e preferências pessoais, que podem ser totalmente diferentes até mesmo entre membros da mesma família Mais do que seguir tendências, definir o tipo de decoração de uma casa envolve entender o que funciona para cada pessoa ou família que ocupará o espaço. “O estilo precisa refletir o jeito de viver de quem mora ali”, fala a arquiteta Janaina Casagrande.
Além da preferência pessoal por um estilo ou outro, é preciso verificar se o orçamento disponível comporta a escolha. “Nem sempre o estilo desejável é viável sem grandes reformas. Por exemplo, transformar um apartamento antigo em estilo industrial pode ser bem complicado se o morador não estiver disposto a fazer uma obra”, diz Janaina.
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Para ajudar na escolha, ela indica muita pesquisa prévia antes de se lançar em uma estética específica. Vale reunir referências – imagens, cores, materiais que te agradam – e afinar a busca até chegar no estilo que mais representa o projeto desejado.
“Pinterest, redes sociais, matérias, sites especializados, livros… tudo isso ajuda bastante. Até em viagens se consegue captar muita inspiração. Só assim será possível definir qual estilo mais se encaixa com você”, sugere.
Veja abaixo alguns estilos de decoração e escolha o que mais lhe agrada!
1. Clássico
O estilo clássico é um dos mais atemporais, marcado pela elegância e sofisticação, segundo as arquitetas Gabriela Vilarrubia e Fabiana Villegas. Seus principais elementos são móveis com detalhes ornamentados, tecidos nobres, como veludo e seda, e uma paleta de cores neutras com toques dourados. “É voltado para quem aprecia tradição, história e um luxo discreto”, conta Gabriela.
A sala de jantar com toque clássico fica integrada à cozinha e à sala de estar. Mesa da Dantone Home. Cadeiras da Selva. Luminária pendente da Visual Comfort. Decoração no teto da Orac. Piso de parquet modular de carvalho de Marco Ferutti. Têxteis da Galleria Arben. Ao fundo, sofá da BoConcept. Projeto da designer russa Yulia Barashevskaya
Olga Shangina /Divulgação
2. Contemporâneo
O estilo contemporâneo é dinâmico e acompanha as tendências atuais, estando sempre aberto à inovação, tanto de formas como de materiais e soluções. Ele combina linhas limpas, espaços integrados e o uso de materiais como vidro, metal e madeira. Cores neutras com pontos vibrantes garantem modernidade. “É ideal para quem gosta de ambientes atualizados e funcionais”, fala Fabiana.
A base neutra deixa brilharem os pontos de cor da decoração, como o quadro verde do artista José Bechara, do RL Escritório de Arte, e a poltrona poltrona “Cité”, de Jean Prouvé, estofada de tecido amarelo, na Arquivo Contemporâneo, que forneceu também o sofá branco, a mesa de centro “Água”, de Domingos Tótora, as poltronas “Ondine”, de Jorge Zalszupin, a mesa lateral “Archi” de madeira, de Luia Mantelli, o banquinho “Jake”, de Fernando Mendes e o banco “Cork”, de cortiça, de Jasper Morrison para a Vitra. Produção de Andrea Brito Velho. Projeto do escritório PKB Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
3. Moderno
O estilo moderno é marcado pela inovação do século 20, com foco na funcionalidade, no design limpo e na valorização de formas geométricas simples. “Funciona bem para quem aprecia soluções práticas, linhas retas e uma estética racional”, avalia Gabriela. Materiais como aço, vidro e madeira aparecem de forma equilibrada. Os ambientes são abertos, com pouca ornamentação, e priorizam a integração entre os espaços.
O ambiente é composto por mobiliário de design assinado, como o sofá de couro fumê, desenhado por Draga & Aurel, na Daxter; e mesa de centro “Ishi”, do estúdio Nendo para DePadova. Luminária de piso “Arco Led”, projetada por Achille e Pier Giacomo Castiglioni para Flos. Ao fundo, a divisória de aço em tom natural, projetada pelo escritório, separa a sala de estar do banheiro social e ainda serve de suporte adicional para a edificação. Na parede ao lado, obra “Queda Livre”, da artista Iva Kafri, em técnica mista sobre alumínio, na Rawart Gallery. Perto dos panos de vidro, está a escada de aço inspirada no Museu de Arte Moderna de Barcelona, de Richard Meier, que precisou ser içada por guindaste. Projeto do escritório Henkin Shavit Design Studio
Filippo Poli/Divulgação
4. Minimalista
O estilo minimalista segue o princípio do “menos é mais”. “É ótimo para quem busca simplicidade, organização e funcionalidade no dia a dia”, aponta Fabiana. Ele valoriza linhas limpas, cores neutras, poucos elementos decorativos e uma forte presença da luz natural. Móveis funcionais e ambientes abertos são essenciais.
Minimalista, o espaço recebeu texturas para conferir aconchego, como o revestimento cimentício ondulado na parede, da Colormix, e o banco-aparador de concreto, onde está o abajur, com base de cerâmica desenvolvido pela arquiteta para a Casa Ocre, que também forneceu o pufe de fibra natural, a cadeira preta e a mesa de centro de madeira ebanizada. Trilho preto embutido no teto da Lumini. Produção de Andrea Brito Velho. Projeto da arquiteta Natália Lemos
MCA Estúdio/Divulgação
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5. Maximalista
Para Gabriela e Fabiana, o estilo maximalista “é a celebração do excesso com intenção e curadoria”. Ele valoriza a mistura de cores vibrantes, estampas marcantes, texturas variadas e muitos objetos de personalidade, como livros, obras de arte, lembranças e peças decorativas. “Não há medo de ousar – tudo reflete identidade. É ideal para quem ama contar histórias por meio da decoração e se expressar de forma livre, sem regras rígidas”, indicam as arquitetas.
Sofá da Abarca. O cesto de fibra natural e a manta decorativa são da Amaro. Presa ao pilar pintado de verde e cercada de plantas, fica a rede Pop Aquarela Falésia, da Paratêxtil. Tapete da São Carlos. Sobre a mesa de centro, o cachepô porta-vela e o vaso madrepérola preto e branco Shoptime. Escultura de Rosalva Siqueira, na Feira na Rosenbaum. Ao fundo, sobre a pequena mesa, na sala de jantar, jarra de inox, com 1,50 L, da La Cuisine, Shoptime. Projeto da arquiteta e apresentadora Stephanie Ribeiro
Wesley Diego/Editora Globo
6. Escandinavo
O estilo escandinavo une simplicidade, funcionalidade e aconchego. Inspirado nos países nórdicos, usa linhas retas, formas simples, paleta neutra de cores e materiais naturais, como a madeira clara. “Costuma agradar quem preza pelo essencial, pelo conforto e por ambientes serenos”, sugere Gabriela.
O estilo escandinavo mistura madeira, pedra e tons claros no ambiente. Parede de pedra natural Madeira Branca Até, fornecida pela empresa Pedras Katia. A mesa de jantar produzida com Nogueira Asti, da Duratex, pela Móveis Folster, ganhou compahia das cadeiras com encosto de palhinha da Doma Casa. Luminárias pendentes Vinte2, da Lumini. A cozinha integrada pela ilha de quartzo Macchia D’Oro, da Marmoraria Martins, recebeu painéis de MDF amadeirado Itapuã, da Duratex. Piso vinílico da linha Injoy Gérbera, da Tarkett. Projeto do escritório Visiê Arquitetura, das arquitetas Elisa Bell e Luiza Schmitz
Fabio Jr. Severo/Divulgação
7. Japandi
O japandi é, segundo Gabriela e Juliana, “a junção perfeita entre o design escandinavo e a estética japonesa”. “É ideal para quem busca harmonia, bem-estar e conexão com a natureza”, dizem. Neste estilo, a simplicidade, o uso de materiais naturais, a elegância sutil e a imperfeição como forma de beleza são bastante valorizados. Ambientes com móveis baixos, madeira, tons neutros e plantas refletem bem esse conceito.
O ambiente é composto por sofá Belline revestido de tecido buclê off-white, da Brava Forma. Mesa de centro Zincada, da marca Cultivado em Casa. Tapete Robusto Bege Claro, feito de chenile e algodão, da R&M Tapetes Artesanais. Na parede, o quadro maior, intitulado “Tulips”, é da artista húngara Sandra Poliakov; o menor não é assinado e faz parte do acervo da moradora. Ao lado, a planta Ficus lyrata confere um toque de cor e frescor ao conjunto. Projeto da arquiteta Mariana Kripka, do Studio Mariana Kripka
Cristiano Bauce/Divulgação
8. Industrial
O estilo industrial é urbano e robusto, combinando o rústico com o moderno. É marcado por elementos como tijolos e concreto aparentes, estruturas metálicas, madeira bruta e tubulações expostas. “Recomendamos para quem aprecia um visual descolado, com identidade forte e autêntica”, fala Juliana.
O filho do casal de moradores deste imóvel tem 16 anos, e a estética industrial foi uma aposta certeira para deixar o ambiente moderno. Revestimento cerâmico é da Lurca. Projeto do escritório Studio 92 Arquitetura, das arquitetas Debora Terra e Jessica Lucas Pereira
Mariana Orsi/Divulgação
9. Rústico
O estilo rústico evoca a natureza e o aconchego. Elementos como madeira bruta, pedra, tecidos naturais, como linho e algodão, e fibras vegetais, como palha, são essenciais neste tipo de decoração. Costuma agradar pessoas que valorizam ambientes acolhedores, com simplicidade e um toque orgânico.
O projeto conecta os ambientes sociais – estar, jantar e cozinha – com a varanda ao fundo. Par de poltronas, mesa de centro de madeira rústica e mesas laterais de tronco de árvore são de artesãos locais. Tapete, almofadas e mantas são do acervo dos moradores. Projeto do arquiteto David Bastos, do escritório DB Arquiteto
OKA Fotografia de Arquitetura/Divulgação
10. Boho
O boho é um estilo descontraído e criativo, que mistura cores, padrões, texturas e referências culturais. A decoração é marcada por elementos artesanais, tecidos étnicos, plantas e um visual acolhedor. “Indicado para quem busca liberdade estética e ambientes cheios de personalidade”, indica Gabriela.
Integrado à cozinha e ao quintal, o ambiente tem mesa e cadeiras da Sier Móveis. As luminárias da loja Brasilidades, de Santos, contribuem para o perfume boho presente no projeto, assim como os quadros da Artimage. Piso de porcelanato da Portinari. Ao fundo, na área externa, poltrona de tricô náutico da Traços & Tramas. Projeto do escritório Nakasa Arquitetura e Interiores, da arquiteta Verônica Naka
Adriana Barbosa/Divulgação
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11. Comfy
O estilo comfy prioriza o bem-estar e o conforto. Cores suaves, texturas acolhedoras, iluminação suave e o uso de materiais naturais, como madeira clara, palha e tecidos leves, criam uma atmosfera de tranquilidade. “É uma escolha certeira para quem deseja um refúgio em casa, com estética leve e descomplicada”, sugere Fabiana.
A escolha dos materiais foi primordial para o resultado comfy do projeto, com elementos naturais, como madeira, em composição com linho e couro em tons sóbrios. Projeto do arquiteto Lucas Lage
EstudioNY18/Divulgação
12. Provençal
Originário da região da Provença, na França, o estilo provençal remete à bucólica vida no campo francês. Suas principais características são a paleta de tons suave, como branco, bege e lavanda, os móveis rústicos com aparência envelhecida e detalhes florais e rendas. “É uma decoração para quem busca ambientes acolhedores e delicados”, afirma a arquiteta Luciana Moreno.
A marcenaria de laca azul, da MG Marcenaria, e os ladrilhos hidráulicos com estampa retrô, imprimem um ar provençal. Banqueta alta da Muui Móveis. Projeto do arquiteto João Panaggio
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
13. Romântico
O estilo romântico é inspirado em sentimentos de delicadeza, afeto e aconchego. Ele usa cores claras e suaves, como cor-de-rosa, branco e tons pastel, e tecidos fluidos, como voil, seda e renda. “Há, ainda, a presença de móveis curvos e delicados, iluminação suave e objetos decorativos nostálgicos”, conta Luciana. É indicado para quem busca espaços leves e aconchegantes, especialmente em quartos.
O quarto da moradora ganhou um suave e romântico toque de rosa. Mesa de cabeceira redonda da Quartos e Etc. Mesa de cabeceira retangular da Olho Móveis. Papel de parede da Maison-C. Projeto da designer de interiores Marina Linhares
Evelyn Müller/Divulgação
14. Vintage
O estilo vintage é uma celebração do passado, trazendo uma decoração marcada por peças originais antigas ou que imitam décadas anteriores. “A mistura de itens antigos com toques modernos garante uma atmosfera nostálgica”, explica Luciana. Estampas florais, objetos retrô, como rádios e telefones, são elementos que costumam aparecer. “A paleta pode alternar entre tons suaves e cores mais vibrantes. É ideal para quem valoriza memórias afetivas na décor”, diz Gabriela.
O sofá, da Laranja Vintage, e a estante de jacarandá, da loja Verniz, estão em sintonia com móveis de design assinado, como a poltrona “Jangada”, de Jean Gillon, adquirida em antiquário. Tapete da Fio e Trama. Projeto do arquiteto Rodra Cunha, do escritório rodraarq
Maura Melo/Divulgação
15. Tropical
O estilo tropical traz a energia e as cores da natureza, especialmente de regiões quentes, apresentando estampas de folhagens, flores e frutas. A paleta de cores é vibrante, passeando entre o verde, o amarelo e o azul; e o uso de materiais naturais, como palha, madeira e bambu, está presente. É ideal para quem gosta de ambientes leves, descontraídos e ventilados.
O painel de parede Litoral Bege e Verde, da Branco.casa, confere atmosfera tropical. A parte inferior da parede e a bancada foram revestidas de porcelanato Brasília Concreto Cinza, da Portobello. Cuba de semi-encaixe, da Deca. Espelho Galeão, de madeira maciça, da Éntona Decor. Arandela Candeia, de cerâmica, da Pirilampa. Projeto do arquiteto Jean de Just, do escritório JDJ Design Rio
André Nazareth/Divulgação
16. Cottage
O estilo cottage remete a casas de campo rústicas e acolhedoras. O ar campestre é conquistado por meio de uma paleta de tons pasttel e pelas delicadas estampas florais, que aparecem em tecidos naturais, como algodão e linho, e papéis de parede. A decoração simples e charmosa traz, ainda, móveis de madeira e toques da natureza.
A arquiteta Paola Ribeiro pintou de azul as paredes e aplicou molduras, além de fazer um barrado de papel de parede junto ao teto
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
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17. Retrô
O estilo retrô é inspirado nas decorações das décadas de 1950 a 1980. Ele é marcado pelas cores vibrantes, como laranja, vermelho e turquesa, e apresenta móveis com design arrojado e curvas. Outros elementos que costumam estar presentes são os eletrodomésticos e objetos com estética antiga, além dos revestimentos com um ar do passado.
O piso original foi mantido e, sobre ele, está o tapete “Piso sobre Piso”, da designer Paola Muller em parceria com a Off Label. As paredes que circundam a pia ganharam novo revestimento cerâmico Verde AC 10 x 10 cm, da Elizabeth Revestimentos, que mantém a atmosfera retrô. Poltrona “Ginga” criada pelos estúdios Tramei e Ginga. Cerâmicas do estúdio Céu de Barro. Projeto do decorador Daniel Virgnio
Derek Fernandes/Divulgação
18. Étnico
O estilo étnico é um mistura de diversas culturas e tradições ao redor do mundo. “Há a presença de estampas tribais, africanas, asiáticas ou indígenas, e dos materiais naturais e artesanais com cores terrosas, fortes e contrastantes”, detalha Luciana. Objetos decorativos típicos, como máscaras, cerâmicas e tapeçarias, enfeitam a decoração.
Sofá da pontovírgula. A mesa ao centro é criação de Luiz Eduardo Rayol, formado em Design. Mais à frente, bancos “Toti”, de Bernardo Figueiredo, na Arquivo Contemporâneo. O sofá “LC3”, de Le Corbusier, Pierre Jeanneret e Charlotte Perriand, fica à direita. Na parede de fundo, trabalhos de Antonio Miranda e Luiz Eduardo Rayol. Máscara de madeira de Zé Crente, e cesto yanomami também tem espaço. O tapete Cavalcante, da Avanti. Projeto do escritório Cité Arquitetura
André Nazareth/Divulgação
19. Mediterrâneo
Segundo Luciana, o estilo mediterrâneo é inspirado nas casas do sul da Europa, em especial de países como Grécia, Itália e Espanha. “‘É marcado por cores como branco, azul, terracota e areia, com texturas rústicas, paredes caiadas e o uso de cerâmicas, ferro forjado e madeira”, diz a arquiteta. É ideal para quem quer uma atmosfera leve, ensolarada e relaxante para o lar.
A base branca destaca as janelas azuis em uma explícita referência ao litoral da Grécia. Banco revestido com folha de madeira freijó tem desenho do escritório Macaxá e execução da Marcenaria Made Marchi. Poltrona Storehouse Home Decor. Projeto do escritório Macaxá Arquitetura
Ana Helena Lima/Divulgação
20. Mid-Century
O estilo mid-century surgiu entre as décadas de 1940 e 1960 nos Estados Unidos e é caracterizado por linhas limpas, formas orgânicas, funcionalidade e uma estética moderna e elegante. “Ele traz móveis com pés-palito e design minimalista, cores sóbrias com pontos vibrantes, integração com a natureza e o uso de materiais como madeira, vidro e metal”, aponta Luciana.
A sala integrada traz mesa de centro feita com estrutura de cama de solteiro de São João Del Rei (MG), que pertencia à avó do morador. Mesa de jantar, cadeiras, tapete e objetos decorativos do acervo do morador. Poltrona “Pé Palito”, de Carlo Hauner. Iluminação com fitas da MisterLED inseridas em serralheria produzida por Raul Furlan. Ao fundo, antúrios vermelhos e, na mesa, costela-de-adão. Marcenaria de folha de curupixá, executada pela Marcenaria Quadrato. Projeto dos arquitetos Rosário Pinho e André Scarpa
André Scarpa/Divulgação
21. Bauhaus
O estilo Bauhaus é um movimento de arte e design que surgiu na Alemanha no final da década de 1910. Ele é caracterizado pelo uso de linhas retas, materiais industriais e de cores neutras, como branco, cinza e preto. “O estilo valoriza a funcionalidade, as formas geométricas simples, a ausência de ornamentos e a integração entre arte, artesanato e tecnologia. É a base do design moderno”, indica Rosangela.
Nesta área, mesas e cadeiras da Franccino são ótimas para refeições nos dias de festa. O grande banco foi executado pela marcenaria Móveis Zuliani. Persiana da Hunter Douglas. Luminária pendente Bauhaus, da Lumini. Projeto da arquiteta Babi Teixeirai
Juliano Colodet/MCA Estúdio/Divulgação
22. Brutalista
O estilo brutalista, comum nas construções arquitetônicas, também pode ser incorporado no design de interiores. “Ele usa, principalmente, concreto aparente e formas maciças e angulares. A estética é crua e monumental, com destaque para a estrutura e os materiais em seu estado natural”, comenta a arquiteta Rosangela Pena.
O cimento queimado e as estruturas aparentes ganham a companhia das cores, tão marcantes no trabalho de Tomie Ohtake. Projeto do arquiteto Ruy Ohtake
Leonardo Finotti/Divulgação
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23. Neoclássico
O estilo neoclássico surgiu no século 18 na Europa, como uma tentativa de resgate dos princípios clássicos da antiguidade greco-romana. Ele valoriza a simetria, a harmonia e as proporções equilibradas, além de materiais nobres como mármore, madeira e ferro. Embora busque a simplicidade, também pode incluir detalhes e ornamentações na decoração. “É um estilo elegante e racional, que se opõe aos excessos do barroco e rococó”, aponta Rosangela.
Uma composição que representa o mix entre moderno e clássico: cadeiras adquiridas em antiquário revestidas de tecido Oxydation, de Jean Paul Gaultier, na Anh Tecidos, e mesa “Rino”, do Estúdio Orth, em contraste com o frontão clássico de pedra da lareira, garimpado por Gabriel e Rodrigo. A pintura é da artista estadunidense Tara McPherson. Projeto do designer de interiores Gabriel Valdivieso, em parceria com o arquiteto Rodrigo Martins
Maura Mello/Divulgação
24. Shabby Chic
O estilo shabby chic, que, em português, significa “chique esfarrapado”, caracteriza-se pela mistura de elementos antigos e românticos, com um toque desgastado. “Móveis vintage, tons pastel, tecidos florais e elementos com ar de ‘usado com charme’ compõem essa decoração delicada e acolhedora”, conta Rosangela.
Móveis desgastados, estampas florais e tons suaves são algumas das principais características do estilo shabby chic
Pexels/Max Vakhtbovycn/Creative Commons
25. Art déco
O estilo art déco é uma das expressões artísticas mais marcantes do século 20. É caracterizado pelo uso de formas geométricas, linhas elegantes e uma ornamentação bastante rica. Entre as suas marcas estão, ainda, o uso de materiais sofisticados, como mármore, vidro e metais, além de objetos decorativos inspirados na natureza e na tecnologia.
Todos itens da Brutus de Gaper comercializados por Pamono: cadeiras sala de jantar “Cobra Chair” (Itália, 1970), assinada por Giotto Stoppino para a Kartell; sofá assinado por Michael McCoy de couro branco e metal para Artifort; luminária vintage “Lido Mushroom” de Peill and Putzler; cadeira vintage “Rodica Lounge Chair & Ottoman” de Mario Brunu para a Comfort Italy (1968); vasos de vidro belga Art Déco; cadeiras “X-line” projetada pelo arquiteto Niels Jørgen Haugesen em 1977 e fabricada pela Hybodan. Projeto do escritório La Rous Studio
Luciano Insua/Divulgação
26. Náutico (navy)
O estilo náutico, também chamado navy, é inspirado no mar e na vida costeira. A decoração usa tons de azul, branco e bege, e elementos como cordas, madeira envelhecida e objetos com temas marítimos. É marcado também pelo uso de listras em tapetes, estampas e papéis de parede. Indicado para quem ama praia e busca uma atmosfera leve e relaxante.
Marina Lito e Francisco Frondizi com o filho, Benjamin, estão no living, que tem sofá e estante de alvenaria. Nos nichos, destacam-se objetos pessoais, entre eles, leque indiano, ferramenta de pesca de caranguejo, um casco de tartaruga encontrado na praia e ânfora de cerâmica de Minas Gerais. Projeto da arquiteta Branca Bronstein e do escritório Linha Arquitetura com colaboração de Lis Fernanda Thuller
Oka Fotografia de Arquitetura/Divulgação
27. Oriental
O estilo oriental é uma decoração inspirada na cultura e tradições dos países do leste da Ásia, como o Japão e a China. Valoriza o equilíbrio, a natureza, o uso de materiais como bambu e papel de arroz, além de linhas simples. Os espaços costumam ser minimalistas e ter um ar contemplativo, com poucos elementos.
Em estilo oriental, a cama tem desenho do escritório execução da Atual Móveis Planejados, de MDF Tauari, da Guararapes. As esquadrias seguem o visual e material da área social. Na parede da cabeceira, acima, um perfil de sobrepor para fita LED foi posicionado de modo que a iluminação fique para o alto. Arandela Pipe LED, da loja Elétrica Capital. Projeto do escritório CoDA Arquitetura
Júlia Tótoli/Divulgação
28. Orgânico
O estilo orgânico busca inspiração na natureza, priorizando o uso de curvas e formas arredondadas em móveis e complementos, além de materiais e texturas naturais e muitas plantas. Na arquitetura, caracteriza-se por construções que se moldam e adaptam ao entorno. “Um dos principais nomes desse estilo é Frank Lloyd Wright, com projetos que fluem com o ambiente”, comenta Rosangela.
Área de lazer com ilha orgânica desenhada pela moradora e arquiteta Daniela Diniz, do escritório Bossa Arquitetura
Fran Parente/Divulgação
29. Pop Art
O estilo é inspirado pela arte pop dos anos 1950 e 1960 no Reino Unido e nos Estados Unidos. Ousado e colorido, ele ajuda a criar espaços carregados de personalidade. É marcado pelo uso de cores vibrantes, elementos vintage, estampas marcantes e referências à cultura popular, como quadrinhos e publicidade. “É irreverente, lúdico e visualmente marcante”, fala Rosangela.
A moradora Mari Palma na sala com lareira em acabamento de cimento queimado e parede de tijolos aparentes. A estante, desenhada pela arquiteta Ana Rozenblit e executada pela SCA Jardim Europa, tem carvalho-americano e acomoda peças com a temática pop. Projeto da arquiteta Ana Rozenblit, do escritório Spaço Interior
Eduardo Pozella/Divulgação
30. Eclético
A decoração eclética surge a partir da combinação de elementos de diferentes estilos, épocas e culturas em uma composição harmônica. “Permite liberdade criativa, mas exige equilíbrio para evitar excesso ou incoerência visual”, alerta Rosangela. Para Gabriela, ele é a expressão pura da personalidade de quem habita o espaço. “Mistura elementos diversos, sem seguir necessariamente um padrão estético tradicional. Pode parecer desorganizado à primeira vista, mas revela a autenticidade e o repertório individual do morador”, destaca.
Com vista para a Baía de Guanabara, o espaço tem decoração eclética, que mistura móveis garimpados em antiquários e peças modernas de design. Ao fundo, sofá “Tonico” assinado por Sergio Rodrigues. Projeto assinado pela arquiteta Fernanda Vargas Arquitetura e o estúdio Studio Lins
André Nazaré/Divulgação
Além da preferência pessoal por um estilo ou outro, é preciso verificar se o orçamento disponível comporta a escolha. “Nem sempre o estilo desejável é viável sem grandes reformas. Por exemplo, transformar um apartamento antigo em estilo industrial pode ser bem complicado se o morador não estiver disposto a fazer uma obra”, diz Janaina.
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Adicionar Link
Para ajudar na escolha, ela indica muita pesquisa prévia antes de se lançar em uma estética específica. Vale reunir referências – imagens, cores, materiais que te agradam – e afinar a busca até chegar no estilo que mais representa o projeto desejado.
“Pinterest, redes sociais, matérias, sites especializados, livros… tudo isso ajuda bastante. Até em viagens se consegue captar muita inspiração. Só assim será possível definir qual estilo mais se encaixa com você”, sugere.
Veja abaixo alguns estilos de decoração e escolha o que mais lhe agrada!
1. Clássico
O estilo clássico é um dos mais atemporais, marcado pela elegância e sofisticação, segundo as arquitetas Gabriela Vilarrubia e Fabiana Villegas. Seus principais elementos são móveis com detalhes ornamentados, tecidos nobres, como veludo e seda, e uma paleta de cores neutras com toques dourados. “É voltado para quem aprecia tradição, história e um luxo discreto”, conta Gabriela.
A sala de jantar com toque clássico fica integrada à cozinha e à sala de estar. Mesa da Dantone Home. Cadeiras da Selva. Luminária pendente da Visual Comfort. Decoração no teto da Orac. Piso de parquet modular de carvalho de Marco Ferutti. Têxteis da Galleria Arben. Ao fundo, sofá da BoConcept. Projeto da designer russa Yulia Barashevskaya
Olga Shangina /Divulgação
2. Contemporâneo
O estilo contemporâneo é dinâmico e acompanha as tendências atuais, estando sempre aberto à inovação, tanto de formas como de materiais e soluções. Ele combina linhas limpas, espaços integrados e o uso de materiais como vidro, metal e madeira. Cores neutras com pontos vibrantes garantem modernidade. “É ideal para quem gosta de ambientes atualizados e funcionais”, fala Fabiana.
A base neutra deixa brilharem os pontos de cor da decoração, como o quadro verde do artista José Bechara, do RL Escritório de Arte, e a poltrona poltrona “Cité”, de Jean Prouvé, estofada de tecido amarelo, na Arquivo Contemporâneo, que forneceu também o sofá branco, a mesa de centro “Água”, de Domingos Tótora, as poltronas “Ondine”, de Jorge Zalszupin, a mesa lateral “Archi” de madeira, de Luia Mantelli, o banquinho “Jake”, de Fernando Mendes e o banco “Cork”, de cortiça, de Jasper Morrison para a Vitra. Produção de Andrea Brito Velho. Projeto do escritório PKB Arquitetura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
3. Moderno
O estilo moderno é marcado pela inovação do século 20, com foco na funcionalidade, no design limpo e na valorização de formas geométricas simples. “Funciona bem para quem aprecia soluções práticas, linhas retas e uma estética racional”, avalia Gabriela. Materiais como aço, vidro e madeira aparecem de forma equilibrada. Os ambientes são abertos, com pouca ornamentação, e priorizam a integração entre os espaços.
O ambiente é composto por mobiliário de design assinado, como o sofá de couro fumê, desenhado por Draga & Aurel, na Daxter; e mesa de centro “Ishi”, do estúdio Nendo para DePadova. Luminária de piso “Arco Led”, projetada por Achille e Pier Giacomo Castiglioni para Flos. Ao fundo, a divisória de aço em tom natural, projetada pelo escritório, separa a sala de estar do banheiro social e ainda serve de suporte adicional para a edificação. Na parede ao lado, obra “Queda Livre”, da artista Iva Kafri, em técnica mista sobre alumínio, na Rawart Gallery. Perto dos panos de vidro, está a escada de aço inspirada no Museu de Arte Moderna de Barcelona, de Richard Meier, que precisou ser içada por guindaste. Projeto do escritório Henkin Shavit Design Studio
Filippo Poli/Divulgação
4. Minimalista
O estilo minimalista segue o princípio do “menos é mais”. “É ótimo para quem busca simplicidade, organização e funcionalidade no dia a dia”, aponta Fabiana. Ele valoriza linhas limpas, cores neutras, poucos elementos decorativos e uma forte presença da luz natural. Móveis funcionais e ambientes abertos são essenciais.
Minimalista, o espaço recebeu texturas para conferir aconchego, como o revestimento cimentício ondulado na parede, da Colormix, e o banco-aparador de concreto, onde está o abajur, com base de cerâmica desenvolvido pela arquiteta para a Casa Ocre, que também forneceu o pufe de fibra natural, a cadeira preta e a mesa de centro de madeira ebanizada. Trilho preto embutido no teto da Lumini. Produção de Andrea Brito Velho. Projeto da arquiteta Natália Lemos
MCA Estúdio/Divulgação
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5. Maximalista
Para Gabriela e Fabiana, o estilo maximalista “é a celebração do excesso com intenção e curadoria”. Ele valoriza a mistura de cores vibrantes, estampas marcantes, texturas variadas e muitos objetos de personalidade, como livros, obras de arte, lembranças e peças decorativas. “Não há medo de ousar – tudo reflete identidade. É ideal para quem ama contar histórias por meio da decoração e se expressar de forma livre, sem regras rígidas”, indicam as arquitetas.
Sofá da Abarca. O cesto de fibra natural e a manta decorativa são da Amaro. Presa ao pilar pintado de verde e cercada de plantas, fica a rede Pop Aquarela Falésia, da Paratêxtil. Tapete da São Carlos. Sobre a mesa de centro, o cachepô porta-vela e o vaso madrepérola preto e branco Shoptime. Escultura de Rosalva Siqueira, na Feira na Rosenbaum. Ao fundo, sobre a pequena mesa, na sala de jantar, jarra de inox, com 1,50 L, da La Cuisine, Shoptime. Projeto da arquiteta e apresentadora Stephanie Ribeiro
Wesley Diego/Editora Globo
6. Escandinavo
O estilo escandinavo une simplicidade, funcionalidade e aconchego. Inspirado nos países nórdicos, usa linhas retas, formas simples, paleta neutra de cores e materiais naturais, como a madeira clara. “Costuma agradar quem preza pelo essencial, pelo conforto e por ambientes serenos”, sugere Gabriela.
O estilo escandinavo mistura madeira, pedra e tons claros no ambiente. Parede de pedra natural Madeira Branca Até, fornecida pela empresa Pedras Katia. A mesa de jantar produzida com Nogueira Asti, da Duratex, pela Móveis Folster, ganhou compahia das cadeiras com encosto de palhinha da Doma Casa. Luminárias pendentes Vinte2, da Lumini. A cozinha integrada pela ilha de quartzo Macchia D’Oro, da Marmoraria Martins, recebeu painéis de MDF amadeirado Itapuã, da Duratex. Piso vinílico da linha Injoy Gérbera, da Tarkett. Projeto do escritório Visiê Arquitetura, das arquitetas Elisa Bell e Luiza Schmitz
Fabio Jr. Severo/Divulgação
7. Japandi
O japandi é, segundo Gabriela e Juliana, “a junção perfeita entre o design escandinavo e a estética japonesa”. “É ideal para quem busca harmonia, bem-estar e conexão com a natureza”, dizem. Neste estilo, a simplicidade, o uso de materiais naturais, a elegância sutil e a imperfeição como forma de beleza são bastante valorizados. Ambientes com móveis baixos, madeira, tons neutros e plantas refletem bem esse conceito.
O ambiente é composto por sofá Belline revestido de tecido buclê off-white, da Brava Forma. Mesa de centro Zincada, da marca Cultivado em Casa. Tapete Robusto Bege Claro, feito de chenile e algodão, da R&M Tapetes Artesanais. Na parede, o quadro maior, intitulado “Tulips”, é da artista húngara Sandra Poliakov; o menor não é assinado e faz parte do acervo da moradora. Ao lado, a planta Ficus lyrata confere um toque de cor e frescor ao conjunto. Projeto da arquiteta Mariana Kripka, do Studio Mariana Kripka
Cristiano Bauce/Divulgação
8. Industrial
O estilo industrial é urbano e robusto, combinando o rústico com o moderno. É marcado por elementos como tijolos e concreto aparentes, estruturas metálicas, madeira bruta e tubulações expostas. “Recomendamos para quem aprecia um visual descolado, com identidade forte e autêntica”, fala Juliana.
O filho do casal de moradores deste imóvel tem 16 anos, e a estética industrial foi uma aposta certeira para deixar o ambiente moderno. Revestimento cerâmico é da Lurca. Projeto do escritório Studio 92 Arquitetura, das arquitetas Debora Terra e Jessica Lucas Pereira
Mariana Orsi/Divulgação
9. Rústico
O estilo rústico evoca a natureza e o aconchego. Elementos como madeira bruta, pedra, tecidos naturais, como linho e algodão, e fibras vegetais, como palha, são essenciais neste tipo de decoração. Costuma agradar pessoas que valorizam ambientes acolhedores, com simplicidade e um toque orgânico.
O projeto conecta os ambientes sociais – estar, jantar e cozinha – com a varanda ao fundo. Par de poltronas, mesa de centro de madeira rústica e mesas laterais de tronco de árvore são de artesãos locais. Tapete, almofadas e mantas são do acervo dos moradores. Projeto do arquiteto David Bastos, do escritório DB Arquiteto
OKA Fotografia de Arquitetura/Divulgação
10. Boho
O boho é um estilo descontraído e criativo, que mistura cores, padrões, texturas e referências culturais. A decoração é marcada por elementos artesanais, tecidos étnicos, plantas e um visual acolhedor. “Indicado para quem busca liberdade estética e ambientes cheios de personalidade”, indica Gabriela.
Integrado à cozinha e ao quintal, o ambiente tem mesa e cadeiras da Sier Móveis. As luminárias da loja Brasilidades, de Santos, contribuem para o perfume boho presente no projeto, assim como os quadros da Artimage. Piso de porcelanato da Portinari. Ao fundo, na área externa, poltrona de tricô náutico da Traços & Tramas. Projeto do escritório Nakasa Arquitetura e Interiores, da arquiteta Verônica Naka
Adriana Barbosa/Divulgação
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11. Comfy
O estilo comfy prioriza o bem-estar e o conforto. Cores suaves, texturas acolhedoras, iluminação suave e o uso de materiais naturais, como madeira clara, palha e tecidos leves, criam uma atmosfera de tranquilidade. “É uma escolha certeira para quem deseja um refúgio em casa, com estética leve e descomplicada”, sugere Fabiana.
A escolha dos materiais foi primordial para o resultado comfy do projeto, com elementos naturais, como madeira, em composição com linho e couro em tons sóbrios. Projeto do arquiteto Lucas Lage
EstudioNY18/Divulgação
12. Provençal
Originário da região da Provença, na França, o estilo provençal remete à bucólica vida no campo francês. Suas principais características são a paleta de tons suave, como branco, bege e lavanda, os móveis rústicos com aparência envelhecida e detalhes florais e rendas. “É uma decoração para quem busca ambientes acolhedores e delicados”, afirma a arquiteta Luciana Moreno.
A marcenaria de laca azul, da MG Marcenaria, e os ladrilhos hidráulicos com estampa retrô, imprimem um ar provençal. Banqueta alta da Muui Móveis. Projeto do arquiteto João Panaggio
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
13. Romântico
O estilo romântico é inspirado em sentimentos de delicadeza, afeto e aconchego. Ele usa cores claras e suaves, como cor-de-rosa, branco e tons pastel, e tecidos fluidos, como voil, seda e renda. “Há, ainda, a presença de móveis curvos e delicados, iluminação suave e objetos decorativos nostálgicos”, conta Luciana. É indicado para quem busca espaços leves e aconchegantes, especialmente em quartos.
O quarto da moradora ganhou um suave e romântico toque de rosa. Mesa de cabeceira redonda da Quartos e Etc. Mesa de cabeceira retangular da Olho Móveis. Papel de parede da Maison-C. Projeto da designer de interiores Marina Linhares
Evelyn Müller/Divulgação
14. Vintage
O estilo vintage é uma celebração do passado, trazendo uma decoração marcada por peças originais antigas ou que imitam décadas anteriores. “A mistura de itens antigos com toques modernos garante uma atmosfera nostálgica”, explica Luciana. Estampas florais, objetos retrô, como rádios e telefones, são elementos que costumam aparecer. “A paleta pode alternar entre tons suaves e cores mais vibrantes. É ideal para quem valoriza memórias afetivas na décor”, diz Gabriela.
O sofá, da Laranja Vintage, e a estante de jacarandá, da loja Verniz, estão em sintonia com móveis de design assinado, como a poltrona “Jangada”, de Jean Gillon, adquirida em antiquário. Tapete da Fio e Trama. Projeto do arquiteto Rodra Cunha, do escritório rodraarq
Maura Melo/Divulgação
15. Tropical
O estilo tropical traz a energia e as cores da natureza, especialmente de regiões quentes, apresentando estampas de folhagens, flores e frutas. A paleta de cores é vibrante, passeando entre o verde, o amarelo e o azul; e o uso de materiais naturais, como palha, madeira e bambu, está presente. É ideal para quem gosta de ambientes leves, descontraídos e ventilados.
O painel de parede Litoral Bege e Verde, da Branco.casa, confere atmosfera tropical. A parte inferior da parede e a bancada foram revestidas de porcelanato Brasília Concreto Cinza, da Portobello. Cuba de semi-encaixe, da Deca. Espelho Galeão, de madeira maciça, da Éntona Decor. Arandela Candeia, de cerâmica, da Pirilampa. Projeto do arquiteto Jean de Just, do escritório JDJ Design Rio
André Nazareth/Divulgação
16. Cottage
O estilo cottage remete a casas de campo rústicas e acolhedoras. O ar campestre é conquistado por meio de uma paleta de tons pasttel e pelas delicadas estampas florais, que aparecem em tecidos naturais, como algodão e linho, e papéis de parede. A decoração simples e charmosa traz, ainda, móveis de madeira e toques da natureza.
A arquiteta Paola Ribeiro pintou de azul as paredes e aplicou molduras, além de fazer um barrado de papel de parede junto ao teto
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
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17. Retrô
O estilo retrô é inspirado nas decorações das décadas de 1950 a 1980. Ele é marcado pelas cores vibrantes, como laranja, vermelho e turquesa, e apresenta móveis com design arrojado e curvas. Outros elementos que costumam estar presentes são os eletrodomésticos e objetos com estética antiga, além dos revestimentos com um ar do passado.
O piso original foi mantido e, sobre ele, está o tapete “Piso sobre Piso”, da designer Paola Muller em parceria com a Off Label. As paredes que circundam a pia ganharam novo revestimento cerâmico Verde AC 10 x 10 cm, da Elizabeth Revestimentos, que mantém a atmosfera retrô. Poltrona “Ginga” criada pelos estúdios Tramei e Ginga. Cerâmicas do estúdio Céu de Barro. Projeto do decorador Daniel Virgnio
Derek Fernandes/Divulgação
18. Étnico
O estilo étnico é um mistura de diversas culturas e tradições ao redor do mundo. “Há a presença de estampas tribais, africanas, asiáticas ou indígenas, e dos materiais naturais e artesanais com cores terrosas, fortes e contrastantes”, detalha Luciana. Objetos decorativos típicos, como máscaras, cerâmicas e tapeçarias, enfeitam a decoração.
Sofá da pontovírgula. A mesa ao centro é criação de Luiz Eduardo Rayol, formado em Design. Mais à frente, bancos “Toti”, de Bernardo Figueiredo, na Arquivo Contemporâneo. O sofá “LC3”, de Le Corbusier, Pierre Jeanneret e Charlotte Perriand, fica à direita. Na parede de fundo, trabalhos de Antonio Miranda e Luiz Eduardo Rayol. Máscara de madeira de Zé Crente, e cesto yanomami também tem espaço. O tapete Cavalcante, da Avanti. Projeto do escritório Cité Arquitetura
André Nazareth/Divulgação
19. Mediterrâneo
Segundo Luciana, o estilo mediterrâneo é inspirado nas casas do sul da Europa, em especial de países como Grécia, Itália e Espanha. “‘É marcado por cores como branco, azul, terracota e areia, com texturas rústicas, paredes caiadas e o uso de cerâmicas, ferro forjado e madeira”, diz a arquiteta. É ideal para quem quer uma atmosfera leve, ensolarada e relaxante para o lar.
A base branca destaca as janelas azuis em uma explícita referência ao litoral da Grécia. Banco revestido com folha de madeira freijó tem desenho do escritório Macaxá e execução da Marcenaria Made Marchi. Poltrona Storehouse Home Decor. Projeto do escritório Macaxá Arquitetura
Ana Helena Lima/Divulgação
20. Mid-Century
O estilo mid-century surgiu entre as décadas de 1940 e 1960 nos Estados Unidos e é caracterizado por linhas limpas, formas orgânicas, funcionalidade e uma estética moderna e elegante. “Ele traz móveis com pés-palito e design minimalista, cores sóbrias com pontos vibrantes, integração com a natureza e o uso de materiais como madeira, vidro e metal”, aponta Luciana.
A sala integrada traz mesa de centro feita com estrutura de cama de solteiro de São João Del Rei (MG), que pertencia à avó do morador. Mesa de jantar, cadeiras, tapete e objetos decorativos do acervo do morador. Poltrona “Pé Palito”, de Carlo Hauner. Iluminação com fitas da MisterLED inseridas em serralheria produzida por Raul Furlan. Ao fundo, antúrios vermelhos e, na mesa, costela-de-adão. Marcenaria de folha de curupixá, executada pela Marcenaria Quadrato. Projeto dos arquitetos Rosário Pinho e André Scarpa
André Scarpa/Divulgação
21. Bauhaus
O estilo Bauhaus é um movimento de arte e design que surgiu na Alemanha no final da década de 1910. Ele é caracterizado pelo uso de linhas retas, materiais industriais e de cores neutras, como branco, cinza e preto. “O estilo valoriza a funcionalidade, as formas geométricas simples, a ausência de ornamentos e a integração entre arte, artesanato e tecnologia. É a base do design moderno”, indica Rosangela.
Nesta área, mesas e cadeiras da Franccino são ótimas para refeições nos dias de festa. O grande banco foi executado pela marcenaria Móveis Zuliani. Persiana da Hunter Douglas. Luminária pendente Bauhaus, da Lumini. Projeto da arquiteta Babi Teixeirai
Juliano Colodet/MCA Estúdio/Divulgação
22. Brutalista
O estilo brutalista, comum nas construções arquitetônicas, também pode ser incorporado no design de interiores. “Ele usa, principalmente, concreto aparente e formas maciças e angulares. A estética é crua e monumental, com destaque para a estrutura e os materiais em seu estado natural”, comenta a arquiteta Rosangela Pena.
O cimento queimado e as estruturas aparentes ganham a companhia das cores, tão marcantes no trabalho de Tomie Ohtake. Projeto do arquiteto Ruy Ohtake
Leonardo Finotti/Divulgação
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23. Neoclássico
O estilo neoclássico surgiu no século 18 na Europa, como uma tentativa de resgate dos princípios clássicos da antiguidade greco-romana. Ele valoriza a simetria, a harmonia e as proporções equilibradas, além de materiais nobres como mármore, madeira e ferro. Embora busque a simplicidade, também pode incluir detalhes e ornamentações na decoração. “É um estilo elegante e racional, que se opõe aos excessos do barroco e rococó”, aponta Rosangela.
Uma composição que representa o mix entre moderno e clássico: cadeiras adquiridas em antiquário revestidas de tecido Oxydation, de Jean Paul Gaultier, na Anh Tecidos, e mesa “Rino”, do Estúdio Orth, em contraste com o frontão clássico de pedra da lareira, garimpado por Gabriel e Rodrigo. A pintura é da artista estadunidense Tara McPherson. Projeto do designer de interiores Gabriel Valdivieso, em parceria com o arquiteto Rodrigo Martins
Maura Mello/Divulgação
24. Shabby Chic
O estilo shabby chic, que, em português, significa “chique esfarrapado”, caracteriza-se pela mistura de elementos antigos e românticos, com um toque desgastado. “Móveis vintage, tons pastel, tecidos florais e elementos com ar de ‘usado com charme’ compõem essa decoração delicada e acolhedora”, conta Rosangela.
Móveis desgastados, estampas florais e tons suaves são algumas das principais características do estilo shabby chic
Pexels/Max Vakhtbovycn/Creative Commons
25. Art déco
O estilo art déco é uma das expressões artísticas mais marcantes do século 20. É caracterizado pelo uso de formas geométricas, linhas elegantes e uma ornamentação bastante rica. Entre as suas marcas estão, ainda, o uso de materiais sofisticados, como mármore, vidro e metais, além de objetos decorativos inspirados na natureza e na tecnologia.
Todos itens da Brutus de Gaper comercializados por Pamono: cadeiras sala de jantar “Cobra Chair” (Itália, 1970), assinada por Giotto Stoppino para a Kartell; sofá assinado por Michael McCoy de couro branco e metal para Artifort; luminária vintage “Lido Mushroom” de Peill and Putzler; cadeira vintage “Rodica Lounge Chair & Ottoman” de Mario Brunu para a Comfort Italy (1968); vasos de vidro belga Art Déco; cadeiras “X-line” projetada pelo arquiteto Niels Jørgen Haugesen em 1977 e fabricada pela Hybodan. Projeto do escritório La Rous Studio
Luciano Insua/Divulgação
26. Náutico (navy)
O estilo náutico, também chamado navy, é inspirado no mar e na vida costeira. A decoração usa tons de azul, branco e bege, e elementos como cordas, madeira envelhecida e objetos com temas marítimos. É marcado também pelo uso de listras em tapetes, estampas e papéis de parede. Indicado para quem ama praia e busca uma atmosfera leve e relaxante.
Marina Lito e Francisco Frondizi com o filho, Benjamin, estão no living, que tem sofá e estante de alvenaria. Nos nichos, destacam-se objetos pessoais, entre eles, leque indiano, ferramenta de pesca de caranguejo, um casco de tartaruga encontrado na praia e ânfora de cerâmica de Minas Gerais. Projeto da arquiteta Branca Bronstein e do escritório Linha Arquitetura com colaboração de Lis Fernanda Thuller
Oka Fotografia de Arquitetura/Divulgação
27. Oriental
O estilo oriental é uma decoração inspirada na cultura e tradições dos países do leste da Ásia, como o Japão e a China. Valoriza o equilíbrio, a natureza, o uso de materiais como bambu e papel de arroz, além de linhas simples. Os espaços costumam ser minimalistas e ter um ar contemplativo, com poucos elementos.
Em estilo oriental, a cama tem desenho do escritório execução da Atual Móveis Planejados, de MDF Tauari, da Guararapes. As esquadrias seguem o visual e material da área social. Na parede da cabeceira, acima, um perfil de sobrepor para fita LED foi posicionado de modo que a iluminação fique para o alto. Arandela Pipe LED, da loja Elétrica Capital. Projeto do escritório CoDA Arquitetura
Júlia Tótoli/Divulgação
28. Orgânico
O estilo orgânico busca inspiração na natureza, priorizando o uso de curvas e formas arredondadas em móveis e complementos, além de materiais e texturas naturais e muitas plantas. Na arquitetura, caracteriza-se por construções que se moldam e adaptam ao entorno. “Um dos principais nomes desse estilo é Frank Lloyd Wright, com projetos que fluem com o ambiente”, comenta Rosangela.
Área de lazer com ilha orgânica desenhada pela moradora e arquiteta Daniela Diniz, do escritório Bossa Arquitetura
Fran Parente/Divulgação
29. Pop Art
O estilo é inspirado pela arte pop dos anos 1950 e 1960 no Reino Unido e nos Estados Unidos. Ousado e colorido, ele ajuda a criar espaços carregados de personalidade. É marcado pelo uso de cores vibrantes, elementos vintage, estampas marcantes e referências à cultura popular, como quadrinhos e publicidade. “É irreverente, lúdico e visualmente marcante”, fala Rosangela.
A moradora Mari Palma na sala com lareira em acabamento de cimento queimado e parede de tijolos aparentes. A estante, desenhada pela arquiteta Ana Rozenblit e executada pela SCA Jardim Europa, tem carvalho-americano e acomoda peças com a temática pop. Projeto da arquiteta Ana Rozenblit, do escritório Spaço Interior
Eduardo Pozella/Divulgação
30. Eclético
A decoração eclética surge a partir da combinação de elementos de diferentes estilos, épocas e culturas em uma composição harmônica. “Permite liberdade criativa, mas exige equilíbrio para evitar excesso ou incoerência visual”, alerta Rosangela. Para Gabriela, ele é a expressão pura da personalidade de quem habita o espaço. “Mistura elementos diversos, sem seguir necessariamente um padrão estético tradicional. Pode parecer desorganizado à primeira vista, mas revela a autenticidade e o repertório individual do morador”, destaca.
Com vista para a Baía de Guanabara, o espaço tem decoração eclética, que mistura móveis garimpados em antiquários e peças modernas de design. Ao fundo, sofá “Tonico” assinado por Sergio Rodrigues. Projeto assinado pela arquiteta Fernanda Vargas Arquitetura e o estúdio Studio Lins
André Nazaré/Divulgação