Após alguns anos vivendo em Barcelona, na Espanha, o paisagista brasileiro Eiji Taninaka (@eiji_taninaka_paisajismo) mudou-se para uma casa construída em 1710, na pequena vila medieval Vulpellac, no Baix Empordà. O imóvel foi restaurado a fim de preservar sua estrutura de pedra e, no último pavimento, a varanda de 12 m² foi convertida em um jardim experimental.
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O morador optou por trabalhar com espécies mediterrâneas adaptadas à seca, cultivadas em cestos de vime, mais leves que os vasos de cerâmica ou cimento. “O projeto exigiu um estudo minucioso de carga, pois a casa é antiga e a estrutura da laje precisou ser respeitada. Isso influenciou diretamente a escolha de materiais leves, substratos drenantes e mobiliário adequado”, explica Eiji.
Em meio a arbustos mediterrâneos, como a oliveira-prateada, inflorescências da verbena-roxa pairam no ar, atraindo borboletas. A espécie floresce por meses, mesmo com rega esparsa
Eiji Taninaka/Divulgação
O estilo mediterrâneo contemporâneo acompanha a identidade histórica da casa, mantendo uma linguagem simples e coerente com o entorno. Verbena-roxa, sálvia-russa, lantana-rasteira, oliveira e primavera estão entre as espécies cultivadas, em um substrato leve à base de fibra de coco, perlita, casca de pinus compostada e húmus de minhoca.
A sálvia-russa (Perovskia atriplicifolia) apresenta folhas aromáticas, flores violetas, alta tolerância ao calor e solo seco
Eiji Taninaka/Divulgação
Cultivado em vaso, o viburno-de-inverno floresce no frio e demanda baixa manutenção
Eiji Taninaka/Divulgação
“Busquei criar um espaço sustentável e de baixo impacto, com foco em espécies que exigem pouca rega, poda mínima e adaptação ao cultivo em vasos”, afirma o paisagista. “O jardim não vive só de plantas. Entre flores e folhas surgem visitantes frequentes: abelhas, borboletas laranjas, besouros metálicos e pequenos pássaros do campo, que param brevemente para beber água. Esse equilíbrio espontâneo revela que, mesmo em 12 m², a biodiversidade pode florescer”, completa.
Em primeiro plano, o alecrim-da-costeira (Westringia longifolia) é uma espécie muito resistente à seca e ao solo pobre. Ao fundo, oliveira cultivada em vaso
Eiji Taninaka/Divulgação
O jardim funciona como um laboratório vivo, onde estuda o comportamento das espécies — sua necessidade hídrica, resistência ao vento e interação com os polinizadores. “Esse estudo constante alimenta meus projetos como paisagista. Além disso, é um lugar de uso cotidiano, onde tomo café da manhã, leio, recebo amigos ou simplesmente descanso”, conclui.
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Com folhas variegadas, a Hebe andersonii ‘Variegata’ adapta-se bem ao cultivo em vasos. Sobre a bancada, vasos menores com orgulho-da-madeira, alho-social, sálvia-azul e hebe
Eiji Taninaka/Divulgação
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O morador optou por trabalhar com espécies mediterrâneas adaptadas à seca, cultivadas em cestos de vime, mais leves que os vasos de cerâmica ou cimento. “O projeto exigiu um estudo minucioso de carga, pois a casa é antiga e a estrutura da laje precisou ser respeitada. Isso influenciou diretamente a escolha de materiais leves, substratos drenantes e mobiliário adequado”, explica Eiji.
Em meio a arbustos mediterrâneos, como a oliveira-prateada, inflorescências da verbena-roxa pairam no ar, atraindo borboletas. A espécie floresce por meses, mesmo com rega esparsa
Eiji Taninaka/Divulgação
O estilo mediterrâneo contemporâneo acompanha a identidade histórica da casa, mantendo uma linguagem simples e coerente com o entorno. Verbena-roxa, sálvia-russa, lantana-rasteira, oliveira e primavera estão entre as espécies cultivadas, em um substrato leve à base de fibra de coco, perlita, casca de pinus compostada e húmus de minhoca.
A sálvia-russa (Perovskia atriplicifolia) apresenta folhas aromáticas, flores violetas, alta tolerância ao calor e solo seco
Eiji Taninaka/Divulgação
Cultivado em vaso, o viburno-de-inverno floresce no frio e demanda baixa manutenção
Eiji Taninaka/Divulgação
“Busquei criar um espaço sustentável e de baixo impacto, com foco em espécies que exigem pouca rega, poda mínima e adaptação ao cultivo em vasos”, afirma o paisagista. “O jardim não vive só de plantas. Entre flores e folhas surgem visitantes frequentes: abelhas, borboletas laranjas, besouros metálicos e pequenos pássaros do campo, que param brevemente para beber água. Esse equilíbrio espontâneo revela que, mesmo em 12 m², a biodiversidade pode florescer”, completa.
Em primeiro plano, o alecrim-da-costeira (Westringia longifolia) é uma espécie muito resistente à seca e ao solo pobre. Ao fundo, oliveira cultivada em vaso
Eiji Taninaka/Divulgação
O jardim funciona como um laboratório vivo, onde estuda o comportamento das espécies — sua necessidade hídrica, resistência ao vento e interação com os polinizadores. “Esse estudo constante alimenta meus projetos como paisagista. Além disso, é um lugar de uso cotidiano, onde tomo café da manhã, leio, recebo amigos ou simplesmente descanso”, conclui.
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Com folhas variegadas, a Hebe andersonii ‘Variegata’ adapta-se bem ao cultivo em vasos. Sobre a bancada, vasos menores com orgulho-da-madeira, alho-social, sálvia-azul e hebe
Eiji Taninaka/Divulgação