Clássico reinventado, o piso xadrez se consolida como elemento-chave no décor de projetos ousados e autorais; veja as dicas de especialistas Considerado um clássico do design de interiores, o piso xadrez teve seus primeiros registros em meados do século XVIII, quando adornava os palácios e salões da aristocracia europeia. “Ele começou com o mármore preto e branco em padrões grandes, geralmente em diagonal, e era um símbolo de sofisticação e poder”, conta o arquiteto Sig Bergamin.
Na década de 1950 e, mais tarde, entre os anos de 1990 e 2000, o piso xadrez experimentou novo auge, ao ser utilizado para criar uma atmosfera alegre e trazer um charme pop à decoração, especialmente em cozinhas e banheiros.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para o seu projeto
Hoje, ele é indicado para quem busca personalidade, contraste e memória afetiva na decoração. “Ele não é neutro nem discreto, ao contrário, marca presença, ativa referências e dialoga com estilos visuais muito específicos”, comenta a arquiteta Cláudia Wendhausen.
A nova cara do piso xadrez
Ao contrário do que muitos imaginam, o piso xadrez não precisa ser apenas preto e branco. Para modernizá-lo, vale inovar nas cores e até mesmo nas texturas.
“Troque o preto e branco puro por combinações menos óbvias, como camel e off-white, terracota e verde, bege e azul. Use pedras com texturas diferentes, pois isso já tira o xadrez daquela carinha de diner americano (…). O xadrez moderno não é literal — ele é reinterpretado, com um olhar ousado e atual”, diz Sig.
O que considerar antes de optar pelo piso xadrez
O piso xadrez é versátil e pode ser usado em praticamente qualquer cômodo, entretanto, é preciso considerar alguns pontos antes de optar por ele.
“Ao escolher um piso xadrez, o primeiro cuidado é com a paginação, se não estiver bem alinhado, o charme vira confusão. Também é importante pensar no tamanho das peças em relação ao espaço: quadros muito grandes em ambientes pequenos podem pesar, e os muito pequenos podem ficar perdidos”, aconselha Sig.
Outro ponto a ser considerado é o material, que precisa ser de boa qualidade e valorizar o desenho. Neste sentido, os mais indicados, segundo Sig, são o mármore e o ladrilho. “Em mármore, ele é puro luxo; no ladrilho, tem aquele charme artesanal”, avalia o arquiteto.
A combinação de cores também merece atenção especial, visto que precisa conversar com o restante da decoração. “O piso xadrez tem voz ativa no ambiente. Ou seja, ele funciona melhor como protagonista ou em diálogo com materiais neutros e bem escolhidos. Por ser um elemento gráfico forte, o xadrez precisa de contexto e equilíbrio para não pesar ou conflitar com outras texturas e padrões”, argumenta Cláudia.
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A seguir, confira alguns projetos com piso xadrez para se inspirar.
Hall sofisticado
Hall de entrada com piso xadrez decorado por Sig Bergamin
Divulgação/Sig Bergamin
O piso em preto e branco do hall desta residência projetada por Sig Bergamin, com seu padrão xadrez marcante, cria uma base gráfica sofisticada, que dialoga com a exuberância da escada sinuosa. “Os contrastes são um ponto-chave no ambiente, o chão geométrico oferece estrutura à fluidez das formas naturais da escada e do desenho das paredes. É um convite à surpresa logo na entrada da residência”, diz Sig.
Cozinha atemporal
Cozinha com piso xadrez projetada pelas arquitetas Carolina Escada e Patricia Landau, do escritório Escala Arquitetura
Juliano Colodeti/MCA Estúdio
Na cozinha projetada pelas arquitetas Carolina Escada e Patricia Landau, do escritório Escala Arquitetura, o piso xadrez acrescenta elegância e atemporalidade ao projeto. “Nesta cozinha aberta para a sala, em uma casa no Horto, no Rio de Janeiro, usamos piso xadrez na diagonal, mesclando preto, branco e cinza para fugir do tradicional padrão bicolor e também para harmonizar com os armários, painéis e as bancadas, nestas mesmas cores”, explica Patricia.
Xadrez industrial
Cozinha com piso xadrez projetada pelas arquitetas Patricia Campanari e Alice Monte, do escritório Pixel Arquitetura
Gisele Rampazzo
O estilo industrial está bem representado nessa cozinha com piso xadrez, cujo projeto é das arquitetas Patricia Campanari e Alice Monte, do escritório Pixel Arquitetura. Ele surge como elemento-chave na construção de uma atmosfera urbana e sofisticada. Mais do que um simples revestimento, o padrão geométrico estabelece um forte ritmo visual, conferindo personalidade imediata ao ambiente. A composição valoriza o essencial: linhas retas, mobiliário discreto e o uso inteligente da luz natural reforçam a proposta de um design contemporâneo e funcional, sem excessos. Ao apostar no clássico xadrez em um contexto minimalista, o projeto revela como elementos tradicionais podem ganhar nova leitura quando aplicados com intenção e equilíbrio.
Elemento inesperado
Cozinha com piso xadrez assinada pelo escritório Prototype
Maíra Acayaba
Na cozinha projetada pelo estúdio Prototype, o piso xadrez traz um elemento inesperado ao décor, que segue a paleta preto, branco e verde. O piso se impõe como elemento central da composição, conferindo à cozinha um caráter atemporal com pegada gráfica marcante. O revestimento dialoga com a paleta sofisticada de verdes profundos dos armários e o preto das estruturas metálicas, enquanto o tampo em madeira com desenho orgânico imprime um toque de calor e originalidade. A atmosfera mistura influências industriais e retrô, revelando um projeto que alia personalidade, funcionalidade e uma estética visualmente impactante.
Protagonista
Projeto comandado pela arquiteta Ketlein Amorim
Juliano Colodeti/MCA Estúdio
No projeto comandado pela arquiteta Ketlein Amorim, o piso xadrez em preto e branco é o fio condutor da elegância gráfica que define a sala de jantar. Em meio a uma paleta neutra e sofisticada, o padrão geométrico confere dinamismo ao ambiente e reforça o contraste entre os elementos clássicos e contemporâneos da decoração. A escolha do revestimento evidencia o cuidado com a composição estética, criando uma base visualmente marcante que valoriza tanto o mobiliário quanto os materiais naturais presentes no espaço.
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Na década de 1950 e, mais tarde, entre os anos de 1990 e 2000, o piso xadrez experimentou novo auge, ao ser utilizado para criar uma atmosfera alegre e trazer um charme pop à decoração, especialmente em cozinhas e banheiros.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para o seu projeto
Hoje, ele é indicado para quem busca personalidade, contraste e memória afetiva na decoração. “Ele não é neutro nem discreto, ao contrário, marca presença, ativa referências e dialoga com estilos visuais muito específicos”, comenta a arquiteta Cláudia Wendhausen.
A nova cara do piso xadrez
Ao contrário do que muitos imaginam, o piso xadrez não precisa ser apenas preto e branco. Para modernizá-lo, vale inovar nas cores e até mesmo nas texturas.
“Troque o preto e branco puro por combinações menos óbvias, como camel e off-white, terracota e verde, bege e azul. Use pedras com texturas diferentes, pois isso já tira o xadrez daquela carinha de diner americano (…). O xadrez moderno não é literal — ele é reinterpretado, com um olhar ousado e atual”, diz Sig.
O que considerar antes de optar pelo piso xadrez
O piso xadrez é versátil e pode ser usado em praticamente qualquer cômodo, entretanto, é preciso considerar alguns pontos antes de optar por ele.
“Ao escolher um piso xadrez, o primeiro cuidado é com a paginação, se não estiver bem alinhado, o charme vira confusão. Também é importante pensar no tamanho das peças em relação ao espaço: quadros muito grandes em ambientes pequenos podem pesar, e os muito pequenos podem ficar perdidos”, aconselha Sig.
Outro ponto a ser considerado é o material, que precisa ser de boa qualidade e valorizar o desenho. Neste sentido, os mais indicados, segundo Sig, são o mármore e o ladrilho. “Em mármore, ele é puro luxo; no ladrilho, tem aquele charme artesanal”, avalia o arquiteto.
A combinação de cores também merece atenção especial, visto que precisa conversar com o restante da decoração. “O piso xadrez tem voz ativa no ambiente. Ou seja, ele funciona melhor como protagonista ou em diálogo com materiais neutros e bem escolhidos. Por ser um elemento gráfico forte, o xadrez precisa de contexto e equilíbrio para não pesar ou conflitar com outras texturas e padrões”, argumenta Cláudia.
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A seguir, confira alguns projetos com piso xadrez para se inspirar.
Hall sofisticado
Hall de entrada com piso xadrez decorado por Sig Bergamin
Divulgação/Sig Bergamin
O piso em preto e branco do hall desta residência projetada por Sig Bergamin, com seu padrão xadrez marcante, cria uma base gráfica sofisticada, que dialoga com a exuberância da escada sinuosa. “Os contrastes são um ponto-chave no ambiente, o chão geométrico oferece estrutura à fluidez das formas naturais da escada e do desenho das paredes. É um convite à surpresa logo na entrada da residência”, diz Sig.
Cozinha atemporal
Cozinha com piso xadrez projetada pelas arquitetas Carolina Escada e Patricia Landau, do escritório Escala Arquitetura
Juliano Colodeti/MCA Estúdio
Na cozinha projetada pelas arquitetas Carolina Escada e Patricia Landau, do escritório Escala Arquitetura, o piso xadrez acrescenta elegância e atemporalidade ao projeto. “Nesta cozinha aberta para a sala, em uma casa no Horto, no Rio de Janeiro, usamos piso xadrez na diagonal, mesclando preto, branco e cinza para fugir do tradicional padrão bicolor e também para harmonizar com os armários, painéis e as bancadas, nestas mesmas cores”, explica Patricia.
Xadrez industrial
Cozinha com piso xadrez projetada pelas arquitetas Patricia Campanari e Alice Monte, do escritório Pixel Arquitetura
Gisele Rampazzo
O estilo industrial está bem representado nessa cozinha com piso xadrez, cujo projeto é das arquitetas Patricia Campanari e Alice Monte, do escritório Pixel Arquitetura. Ele surge como elemento-chave na construção de uma atmosfera urbana e sofisticada. Mais do que um simples revestimento, o padrão geométrico estabelece um forte ritmo visual, conferindo personalidade imediata ao ambiente. A composição valoriza o essencial: linhas retas, mobiliário discreto e o uso inteligente da luz natural reforçam a proposta de um design contemporâneo e funcional, sem excessos. Ao apostar no clássico xadrez em um contexto minimalista, o projeto revela como elementos tradicionais podem ganhar nova leitura quando aplicados com intenção e equilíbrio.
Elemento inesperado
Cozinha com piso xadrez assinada pelo escritório Prototype
Maíra Acayaba
Na cozinha projetada pelo estúdio Prototype, o piso xadrez traz um elemento inesperado ao décor, que segue a paleta preto, branco e verde. O piso se impõe como elemento central da composição, conferindo à cozinha um caráter atemporal com pegada gráfica marcante. O revestimento dialoga com a paleta sofisticada de verdes profundos dos armários e o preto das estruturas metálicas, enquanto o tampo em madeira com desenho orgânico imprime um toque de calor e originalidade. A atmosfera mistura influências industriais e retrô, revelando um projeto que alia personalidade, funcionalidade e uma estética visualmente impactante.
Protagonista
Projeto comandado pela arquiteta Ketlein Amorim
Juliano Colodeti/MCA Estúdio
No projeto comandado pela arquiteta Ketlein Amorim, o piso xadrez em preto e branco é o fio condutor da elegância gráfica que define a sala de jantar. Em meio a uma paleta neutra e sofisticada, o padrão geométrico confere dinamismo ao ambiente e reforça o contraste entre os elementos clássicos e contemporâneos da decoração. A escolha do revestimento evidencia o cuidado com a composição estética, criando uma base visualmente marcante que valoriza tanto o mobiliário quanto os materiais naturais presentes no espaço.
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