O armazenamento inadequado pode comprometer o sabor e a textura dos alimentos e causar danos à saúde; entenda! Se a sua mãe já disse para não guardar alimentos quentes na geladeira e você achou que era só uma crendice, ela estava muito certa! Ao colocar algo quente no congelador, a temperatura interna do aparelho aumenta, o que pode interferir no processo de conservação dos outros ingredientes e prejudicar o funcionamento do eletrodoméstico.
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Isso ocorre porque a geladeira funciona tentando manter a sua temperatura interna estável, para garantir o armazenamento adequado de todos os itens. Logo, ao acomodar um alimento quente nela, acaba-se gastando um pouco mais de energia para atingir o equilíbrio térmico.
O contraste entre a panela quente e o ambiente frio também resultará em um processo de condensação, o que pode criar um local úmido e propício para a proliferação de bactérias no interior do equipamento, comprometendo a qualidade e a segurança dos alimentos e podendo alterar a temperatura dos ingredientes ao redor.
O processo de condensação ocorre por meio do contraste entre a panela quente e o ambiente frio da geladeira, o que pode alterar a temperatura dos alimentos ao redor
Unsplash/Jared Zacharias/Creative Commons
“Colocar alimentos muito quentes diretamente na geladeira pode aumentar o risco de contaminação para os demais itens armazenados, já que eleva a temperatura interna do refrigerador, criando um ambiente mais favorável à proliferação de microrganismos. Porém, deixar o alimento fora da geladeira por mais de 2 horas é ainda mais perigoso. O ideal é resfriar o alimento de forma rápida (como porcionar ou usar banho-maria invertido) antes de refrigerar”, destaca Hellen Suleman, professora dos cursos de Gastronomia do Senac.
No entanto, existe outro argumento de que, quanto mais cedo o alimento for para a geladeira, melhor. Ele é justificável pela zona de perigo – temperatura que facilita a propagação de bactérias. Logo, é mais indicado resfriar e armazenar os alimentos na geladeira ao invés de deixá-los do lado de fora.
Nesta versão, apesar da geladeira precisar se esforçar para equilibrar a temperatura interna, esse ato não é impactante o suficiente para aumentar expressivamente a conta de energia ou estragar os alimentos.
A zona de perigo é o principal fator para a recomendação de colocar a comida rapidamente na geladeira, a fim de evitar a propagação de bactérias
Pexels/Max Avans/Creative Commons
“Guardar diretamente o alimento quente na geladeira não aumenta o risco de contaminação. Pelo contrário, pode ser mais seguro do que deixá-lo em temperatura ambiente, desde que o recipiente seja adequado e esteja bem vedado. A prática de esperar ‘esfriar totalmente’ fora da geladeira é um dos grandes mitos e pode favorecer a proliferação de bactérias”, diz Taynara Abreu, nutricionista do Grupo Mantevida.
O que é a zona de perigo?
O período de risco ocorre quando o alimento fica em temperaturas entre 10 e 60 °C. Nesse intervalo, as bactérias podem se multiplicar rapidamente, especialmente nas primeiras 2 horas após o preparo. O ideal, portanto, é que a comida seja resfriada antes desse tempo.
Quais são os impactos de resfriar a comida rapidamente?
“Resfriar alimentos rapidamente é uma prática recomendada para preservar tanto a segurança quanto a qualidade sensorial dos alimentos. O método de resfriamento rápido reduz a temperatura do alimento de 70 para 3 °C ou menos em um período de 90 minutos. Esse processo minimiza o crescimento bacteriano e ajuda a manter a textura e o sabor dos alimentos. O procedimento é adotado principalmente por empresas que visam a produção de alimentos congelados mais saudáveis e com menos conservantes”, informa Janaina Alessandra Silva, docente da área de Nutrição do Senac São Paulo.
A prática de resfriar a comida é indicada para preservar a segurança e a qualidade dos alimentos
Pexels/Martin Lopez/Creative Commons
Banho-maria invertido
O banho-maria invertido é um procedimento que resfria, de forma rápida, os alimentos quentes. Para realizá-lo, basta pegar uma bacia grande, enchê-la com água fria e gelo e colocar o recipiente com a comida quente dentro, evitando que a água entre no alimento. Depois, mexa levemente para acelerar o resfriamento e, quando estiver morno ou frio ao toque, leve à geladeira.
“A perda de qualidade acontece mais frequentemente quando o alimento é reaquecido várias vezes ou fica exposto ao ar por muito tempo, o que resseca ou oxida o alimento”, completa Taynara.
Quanto tempo se deve esperar antes de colocar um alimento na geladeira?
Para a maioria dos ingredientes, a orientação é de, no máximo, duas horas, ou até que o vapor mais intenso cesse. Não é necessário aguardar até que o item esteja completamente resfriado, apenas o suficiente para não elevar a temperatura interna da geladeira.
Molhos, caldos, ovos, carnes e frutos do mar devem ser resfriados o quanto antes. Nesse sentido, manter a geladeira organizada é fundamental para evitar danos à saúde
Freepik/Creative Commons
“Alimentos densos com molhos e caldos que mantêm o calor por mais tempo, devem ser porcionados e resfriados mais rapidamente. Ovos, carnes e frutos do mar são mais perecíveis e devem ser resfriados e armazenados com prioridade. Alimentos mornos (por volta de 40–50 °C) podem ser colocados na geladeira se porcionados e abertos para evitar aumento da temperatura interna do refrigerador”, acrescenta Hellen.
Em quais casos é melhor colocar o alimento na geladeira?
“Armazenar o alimento rapidamente na geladeira pode evitar a contaminação quando: a temperatura ambiente está muito elevada; os alimentos estão em temperatura mais branda (morno); quando manipulamos alimentos de elevada perecibilidade, como leite e derivados, ovos e proteínas animais”, pontua Janaina. Isso evita o tempo na “zona de perigo” e prolonga a durabilidade do item sem comprometer a segurança.
Qual é a melhor forma de armazenar?
A recomendação é esperar que a comida atinja uma temperatura morna antes de ser refrigerada. Esse processo evita riscos de contaminação e não sobrecarga o eletrodoméstico, além de manter o sabor e a textura do ingrediente por mais tempo.
O uso de potes herméticos evita a contaminação cruzada e mantém as características originais da comida, tanto em sabor, quanto em textura
Freepik/Creative Commons
Se possível, retire o alimento da panela e coloque em potes herméticos menores. O uso das tampas mantém a comida fresca, evita a contaminação cruzada e impede que os cheiros dos ingredientes se misturem.
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Quais sinais indicam que o alimento está impróprio para o consumo?
A principal alteração visível envolve a aparência, com mudança de cor, mofo e bolor. O ingrediente também perde sabor e odor, podendo ser azedo ou ácido, além da textura pegajosa e viscosa.
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Isso ocorre porque a geladeira funciona tentando manter a sua temperatura interna estável, para garantir o armazenamento adequado de todos os itens. Logo, ao acomodar um alimento quente nela, acaba-se gastando um pouco mais de energia para atingir o equilíbrio térmico.
O contraste entre a panela quente e o ambiente frio também resultará em um processo de condensação, o que pode criar um local úmido e propício para a proliferação de bactérias no interior do equipamento, comprometendo a qualidade e a segurança dos alimentos e podendo alterar a temperatura dos ingredientes ao redor.
O processo de condensação ocorre por meio do contraste entre a panela quente e o ambiente frio da geladeira, o que pode alterar a temperatura dos alimentos ao redor
Unsplash/Jared Zacharias/Creative Commons
“Colocar alimentos muito quentes diretamente na geladeira pode aumentar o risco de contaminação para os demais itens armazenados, já que eleva a temperatura interna do refrigerador, criando um ambiente mais favorável à proliferação de microrganismos. Porém, deixar o alimento fora da geladeira por mais de 2 horas é ainda mais perigoso. O ideal é resfriar o alimento de forma rápida (como porcionar ou usar banho-maria invertido) antes de refrigerar”, destaca Hellen Suleman, professora dos cursos de Gastronomia do Senac.
No entanto, existe outro argumento de que, quanto mais cedo o alimento for para a geladeira, melhor. Ele é justificável pela zona de perigo – temperatura que facilita a propagação de bactérias. Logo, é mais indicado resfriar e armazenar os alimentos na geladeira ao invés de deixá-los do lado de fora.
Nesta versão, apesar da geladeira precisar se esforçar para equilibrar a temperatura interna, esse ato não é impactante o suficiente para aumentar expressivamente a conta de energia ou estragar os alimentos.
A zona de perigo é o principal fator para a recomendação de colocar a comida rapidamente na geladeira, a fim de evitar a propagação de bactérias
Pexels/Max Avans/Creative Commons
“Guardar diretamente o alimento quente na geladeira não aumenta o risco de contaminação. Pelo contrário, pode ser mais seguro do que deixá-lo em temperatura ambiente, desde que o recipiente seja adequado e esteja bem vedado. A prática de esperar ‘esfriar totalmente’ fora da geladeira é um dos grandes mitos e pode favorecer a proliferação de bactérias”, diz Taynara Abreu, nutricionista do Grupo Mantevida.
O que é a zona de perigo?
O período de risco ocorre quando o alimento fica em temperaturas entre 10 e 60 °C. Nesse intervalo, as bactérias podem se multiplicar rapidamente, especialmente nas primeiras 2 horas após o preparo. O ideal, portanto, é que a comida seja resfriada antes desse tempo.
Quais são os impactos de resfriar a comida rapidamente?
“Resfriar alimentos rapidamente é uma prática recomendada para preservar tanto a segurança quanto a qualidade sensorial dos alimentos. O método de resfriamento rápido reduz a temperatura do alimento de 70 para 3 °C ou menos em um período de 90 minutos. Esse processo minimiza o crescimento bacteriano e ajuda a manter a textura e o sabor dos alimentos. O procedimento é adotado principalmente por empresas que visam a produção de alimentos congelados mais saudáveis e com menos conservantes”, informa Janaina Alessandra Silva, docente da área de Nutrição do Senac São Paulo.
A prática de resfriar a comida é indicada para preservar a segurança e a qualidade dos alimentos
Pexels/Martin Lopez/Creative Commons
Banho-maria invertido
O banho-maria invertido é um procedimento que resfria, de forma rápida, os alimentos quentes. Para realizá-lo, basta pegar uma bacia grande, enchê-la com água fria e gelo e colocar o recipiente com a comida quente dentro, evitando que a água entre no alimento. Depois, mexa levemente para acelerar o resfriamento e, quando estiver morno ou frio ao toque, leve à geladeira.
“A perda de qualidade acontece mais frequentemente quando o alimento é reaquecido várias vezes ou fica exposto ao ar por muito tempo, o que resseca ou oxida o alimento”, completa Taynara.
Quanto tempo se deve esperar antes de colocar um alimento na geladeira?
Para a maioria dos ingredientes, a orientação é de, no máximo, duas horas, ou até que o vapor mais intenso cesse. Não é necessário aguardar até que o item esteja completamente resfriado, apenas o suficiente para não elevar a temperatura interna da geladeira.
Molhos, caldos, ovos, carnes e frutos do mar devem ser resfriados o quanto antes. Nesse sentido, manter a geladeira organizada é fundamental para evitar danos à saúde
Freepik/Creative Commons
“Alimentos densos com molhos e caldos que mantêm o calor por mais tempo, devem ser porcionados e resfriados mais rapidamente. Ovos, carnes e frutos do mar são mais perecíveis e devem ser resfriados e armazenados com prioridade. Alimentos mornos (por volta de 40–50 °C) podem ser colocados na geladeira se porcionados e abertos para evitar aumento da temperatura interna do refrigerador”, acrescenta Hellen.
Em quais casos é melhor colocar o alimento na geladeira?
“Armazenar o alimento rapidamente na geladeira pode evitar a contaminação quando: a temperatura ambiente está muito elevada; os alimentos estão em temperatura mais branda (morno); quando manipulamos alimentos de elevada perecibilidade, como leite e derivados, ovos e proteínas animais”, pontua Janaina. Isso evita o tempo na “zona de perigo” e prolonga a durabilidade do item sem comprometer a segurança.
Qual é a melhor forma de armazenar?
A recomendação é esperar que a comida atinja uma temperatura morna antes de ser refrigerada. Esse processo evita riscos de contaminação e não sobrecarga o eletrodoméstico, além de manter o sabor e a textura do ingrediente por mais tempo.
O uso de potes herméticos evita a contaminação cruzada e mantém as características originais da comida, tanto em sabor, quanto em textura
Freepik/Creative Commons
Se possível, retire o alimento da panela e coloque em potes herméticos menores. O uso das tampas mantém a comida fresca, evita a contaminação cruzada e impede que os cheiros dos ingredientes se misturem.
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Quais sinais indicam que o alimento está impróprio para o consumo?
A principal alteração visível envolve a aparência, com mudança de cor, mofo e bolor. O ingrediente também perde sabor e odor, podendo ser azedo ou ácido, além da textura pegajosa e viscosa.
