A escolha de obras de arte tem um peso enorme em um projeto de interiores: além de contar sobre os moradores, elas também são capazes de transformar a sensação de todo um ambiente Escolher obras de arte para uma casa ou apartamento é sempre uma tarefa difícil. Em projetos de interiores, arquitetos e designers costumam guiar seus clientes na busca por quadros, telas, gravuras e esculturas que reflitam a essência do morador — ou que sejam capazes de emocioná-los.
Embora expressem os gostos e as aspirações dos proprietários, os profissionais da área não consideram que a arte precisa estar esteticamente alinhada ao estilo da decoração. Muito pelo contrário. Há um consenso de que essa curadoria representa um capítulo à parte dentro do projeto de interiores.
“A arquitetura não se limita a moldar espaços funcionais — ela é uma linguagem que traduz sensações, reflexões e autenticidade. Em cada projeto, a escolha de obras de arte é um processo cuidadoso e essencial, que vai muito além da estética. Busco compreender profundamente o cliente, o ambiente e a narrativa que queremos contar”, opina o arquiteto Léo Shehtman, com mais de 40 anos de experiência no segmento.
Para o arquiteto Fabio Morozini — um colecionador de arte declarado —, as peças selecionadas dialogam com os moradores e também com as influências dos próprios profissionais, já que sempre há uma intersecção entre gostos e inclinações. “O projeto é sempre feito para os clientes. Mas quem chega ao escritório entende a base dos meus projetos, o conceito daquilo que eu faço. Então, estão abertos às nossas sugestões. Sempre mostro artistas novos aos meus clientes”, comenta.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para o seu projeto
A arquiteta Fernanda Marques, por sua vez, conta que costuma prever destaque para a arte logo na concepção do projeto. “Eu trabalho com uma arquitetura muito integrada. Então, não temos tantas paredes para expor quadros. Por isso, sempre criamos um ponto focal para ter, pelo menos, uma obra de destaque”, explica.
Fernanda acrescenta que, quando falta espaço, aposta em peças de menor escala, como esculturas de mesa. Também reforça a importância de escolher obras que tenham significado para os clientes e proprietários — e que nem sempre precisam estar em sintonia a estética adotada. “Meus projetos têm um caráter contemporâneo, por isso qualquer tipo de obra de arte casa bem”, esclarece.
A seguir, você confere sete ambientes com quadros grandes injetaram cor, graça e personalidade à decoração.
Uma ode à Bahia
Living do sobrado de Pedro Tourinho em Salvador
Filippo Bamberghi
No living do sobrado de Pedro Tourinho em Salvador, as peças de design nacional parecem formar uma harmonia perfeita com os quadros nas paredes. Ao centro, a tela do baiano Alberto Pitta é acompanhada (à esq.) pelos retratos de Gilberto Gil e Caetano Veloso, produzidos pelo soteropolitano Jamex. Uma composição de peso que dialoha com a história do próprio morador.
Entre o clássico e o contemporâneo
Sala de estar projetada pelo arquiteto Marcelo Salum
Mariana Boro
Nesta sala de estar, projetada pelo arquiteto Marcelo Salum, sofá, a mesa de centro e mesas laterais remetem a uma atmosfera clássica e refinada, pontuada pelos detalhes em dourado – que também aparecem emoldurando a parede. Na parede (ao fundo), os dois quadros da pintora Mariana Palma parecem quebrar a formalidade, atualizando o ambiente com cores e texturas.
Sala de jantar com toque construtivista
Sala de jantar projetada por Leo Shehtman
Adriano Pacelli
Nesta sala de jantar, projetada por Léo Shehtman para um apartamento, os painéis de madeira nas paredes e o revestimento do piso formam a base neutra desta decoração protagonizada pelo conjunto de cadeiras ao redor da mesa de jantar – com modelos roxos e estampados – e pela pintura do carioca Eduardo Sued. O quadro, inclusive, adiciona cor, personalidade e contemporaneidade à composição.
Aposta cinética
Apartamento com interiores assinado por Fabio Morozini
André Klotz
Com projeto do arquiteto Fabio Morozini, este living propõe uma mistura de referência ao combinar mobiliário brasileiro dos anos 1950 e 60 a peças icônicas de design italiano. Para elevar a sofisticação e reforçar a contemporaneidade dos interiores, Morozini cuidadosamente selecionou, para o estar, uma obra cinética de Abraham Palatnik (1928-2020), na galeria Nara Roesler.
Integração à arte
Apartamento com projeto de Fernanda Marques
Fran Parente
Neste apartamento projetado pela arquiteta Fernanda Marques, há poucas paredes para pendurar quadros e telas – por conta da proposta de integração total. Com uma base neutra e elegante (formada principalmente por madeira e revestimentos nobres), o living ganhou algumas obras de arte de peso. É o caso deste canto, cujo destaque é a pintura do argentino Julio Le Parc – um dos grandes nomes da arte cinética – que injeta luz, cor e emoção ao décor.
Harmonia entre quadro e escultura
Quadro grande para sala: 7 ideias de decoração
Ruy Teixeira
Uma paleta de cores clara, textura diversas e muitas rochas naturais definem o apartamento da arquiteta Vivian Coser, em São Paulo. Na sua sala, estes materiais naturais protagonizam a cena ao lado do mobiliário contemporâneo e das duas obras de arte nas paredes. Com um olhar apurado para o belo, a arquiteta combinou uma tela de Vik Muniz com a escultura do italiano Loris Cecchini.
Quadro que muda tudo
Casa do casal chinês Li Guanru e Song Zhen
Yuan Fang
Com referências fortes de móveis e objetos do grupo italiano Memphis e uma inclinação à estética mid-century modern, a casa do casal chinês Li Guanru e Song Zhen possui uma decoração cheia de identidade. Conduzido pelos designers Ying Zhizhao e Quan Bowei, do Jiazhi Studio, o projeto de interiores deste apartamento chama a atenção pelos detalhes – sempre inusitados e ricos em significado. Na sala de jantar, a base neutra e clara – repleta de texturas – ganha humor e graça com a tela do artista salvadorenho Studio Lenca. Os matizes da obra, inclusive, reverberam nos acessórios sobre a mesa.
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Embora expressem os gostos e as aspirações dos proprietários, os profissionais da área não consideram que a arte precisa estar esteticamente alinhada ao estilo da decoração. Muito pelo contrário. Há um consenso de que essa curadoria representa um capítulo à parte dentro do projeto de interiores.
“A arquitetura não se limita a moldar espaços funcionais — ela é uma linguagem que traduz sensações, reflexões e autenticidade. Em cada projeto, a escolha de obras de arte é um processo cuidadoso e essencial, que vai muito além da estética. Busco compreender profundamente o cliente, o ambiente e a narrativa que queremos contar”, opina o arquiteto Léo Shehtman, com mais de 40 anos de experiência no segmento.
Para o arquiteto Fabio Morozini — um colecionador de arte declarado —, as peças selecionadas dialogam com os moradores e também com as influências dos próprios profissionais, já que sempre há uma intersecção entre gostos e inclinações. “O projeto é sempre feito para os clientes. Mas quem chega ao escritório entende a base dos meus projetos, o conceito daquilo que eu faço. Então, estão abertos às nossas sugestões. Sempre mostro artistas novos aos meus clientes”, comenta.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para o seu projeto
A arquiteta Fernanda Marques, por sua vez, conta que costuma prever destaque para a arte logo na concepção do projeto. “Eu trabalho com uma arquitetura muito integrada. Então, não temos tantas paredes para expor quadros. Por isso, sempre criamos um ponto focal para ter, pelo menos, uma obra de destaque”, explica.
Fernanda acrescenta que, quando falta espaço, aposta em peças de menor escala, como esculturas de mesa. Também reforça a importância de escolher obras que tenham significado para os clientes e proprietários — e que nem sempre precisam estar em sintonia a estética adotada. “Meus projetos têm um caráter contemporâneo, por isso qualquer tipo de obra de arte casa bem”, esclarece.
A seguir, você confere sete ambientes com quadros grandes injetaram cor, graça e personalidade à decoração.
Uma ode à Bahia
Living do sobrado de Pedro Tourinho em Salvador
Filippo Bamberghi
No living do sobrado de Pedro Tourinho em Salvador, as peças de design nacional parecem formar uma harmonia perfeita com os quadros nas paredes. Ao centro, a tela do baiano Alberto Pitta é acompanhada (à esq.) pelos retratos de Gilberto Gil e Caetano Veloso, produzidos pelo soteropolitano Jamex. Uma composição de peso que dialoha com a história do próprio morador.
Entre o clássico e o contemporâneo
Sala de estar projetada pelo arquiteto Marcelo Salum
Mariana Boro
Nesta sala de estar, projetada pelo arquiteto Marcelo Salum, sofá, a mesa de centro e mesas laterais remetem a uma atmosfera clássica e refinada, pontuada pelos detalhes em dourado – que também aparecem emoldurando a parede. Na parede (ao fundo), os dois quadros da pintora Mariana Palma parecem quebrar a formalidade, atualizando o ambiente com cores e texturas.
Sala de jantar com toque construtivista
Sala de jantar projetada por Leo Shehtman
Adriano Pacelli
Nesta sala de jantar, projetada por Léo Shehtman para um apartamento, os painéis de madeira nas paredes e o revestimento do piso formam a base neutra desta decoração protagonizada pelo conjunto de cadeiras ao redor da mesa de jantar – com modelos roxos e estampados – e pela pintura do carioca Eduardo Sued. O quadro, inclusive, adiciona cor, personalidade e contemporaneidade à composição.
Aposta cinética
Apartamento com interiores assinado por Fabio Morozini
André Klotz
Com projeto do arquiteto Fabio Morozini, este living propõe uma mistura de referência ao combinar mobiliário brasileiro dos anos 1950 e 60 a peças icônicas de design italiano. Para elevar a sofisticação e reforçar a contemporaneidade dos interiores, Morozini cuidadosamente selecionou, para o estar, uma obra cinética de Abraham Palatnik (1928-2020), na galeria Nara Roesler.
Integração à arte
Apartamento com projeto de Fernanda Marques
Fran Parente
Neste apartamento projetado pela arquiteta Fernanda Marques, há poucas paredes para pendurar quadros e telas – por conta da proposta de integração total. Com uma base neutra e elegante (formada principalmente por madeira e revestimentos nobres), o living ganhou algumas obras de arte de peso. É o caso deste canto, cujo destaque é a pintura do argentino Julio Le Parc – um dos grandes nomes da arte cinética – que injeta luz, cor e emoção ao décor.
Harmonia entre quadro e escultura
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Ruy Teixeira
Uma paleta de cores clara, textura diversas e muitas rochas naturais definem o apartamento da arquiteta Vivian Coser, em São Paulo. Na sua sala, estes materiais naturais protagonizam a cena ao lado do mobiliário contemporâneo e das duas obras de arte nas paredes. Com um olhar apurado para o belo, a arquiteta combinou uma tela de Vik Muniz com a escultura do italiano Loris Cecchini.
Quadro que muda tudo
Casa do casal chinês Li Guanru e Song Zhen
Yuan Fang
Com referências fortes de móveis e objetos do grupo italiano Memphis e uma inclinação à estética mid-century modern, a casa do casal chinês Li Guanru e Song Zhen possui uma decoração cheia de identidade. Conduzido pelos designers Ying Zhizhao e Quan Bowei, do Jiazhi Studio, o projeto de interiores deste apartamento chama a atenção pelos detalhes – sempre inusitados e ricos em significado. Na sala de jantar, a base neutra e clara – repleta de texturas – ganha humor e graça com a tela do artista salvadorenho Studio Lenca. Os matizes da obra, inclusive, reverberam nos acessórios sobre a mesa.
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