Reforma em apartamento de 33 m² no Copan aposta em cores suaves e decoração minimalista

Um apartamento de 33 m² no icônico edifício Copan, no centro de São Paulo (SP), passou por uma transformação completa para receber hóspedes de curta temporada. O projeto, assinado pela arquiteta Fernanda Altemari (@f.altemari.arquitetura), foi encomendado por um grupo de amigos que se uniu para adquirir o imóvel como investimento, com foco em locações.
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A escolha do prédio não foi por acaso: além do valor arquitetônico, sua localização central atrai viajantes que buscam uma experiência autêntica na capital paulista. “Na primeira visita presenciamos um lindo pôr do sol, então sabíamos que esse seria o atrativo principal do projeto”, conta a arquiteta.
AMBIENTES INTEGRADOS | O apartamento de apenas 33 m² é totalmente integrado, com cama, escrivaninha, boxe com vidro e até cozinha (ao fundo). O piso de microcimento da Monofloor, na cor Flamingo, confere unidade visual. Arandelas da Zara Home. Quadros do acervo pessoal
Miti Sameshima/Divulgação
Antes da reforma, o apê seguia a sua configuração original, com divisões rígidas entre os ambientes. A profissional propôs um novo layout totalmente integrado, otimizando a planta e ampliando visualmente o espaço.
“O objetivo era criar um lugar funcional, acolhedor e leve, que fosse prático para quem vem passar poucos dias, mas com um toque de personalidade e estética contemporânea”, explica Fernanda.
HOME OFFICE | Descoberto durante a reforma, o forro nervurado foi reenquadrado para ficar aparente e se transformar em um atrativo do projeto. A escrivaninha desenhada pela arquiteta, executada em MDF cru com revestimento da Monofloor, tem formas orgânicas que remetem à fachada do edifício Copan, uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, que o projetou. Cadeira da Flexform
Miti Sameshima/Divulgação
A linguagem adotada é minimalista, valorizando os elementos da arquitetura modernista de Oscar Niemeyer, que projetou o edifício.
O material monolítico de microcimento foi usado de forma extensiva: no piso, nas alvenarias do boxe, nas bancadas e até na marcenaria, como a mesa de trabalho feita sob medida.
CLOSET E LAVATÓRIO | O espaço logo na entrada serve de lavatório, closet e apoio para bagagem. O revestimento de microcimento da Monofloor, na cor Flamingo, foi aplicado na bancada da pia e no banco de concreto. Castiçais e vaso em pedra sabão, da Talco Objetos, na loja Five Senses. Arandela da Zara Home
Miti Sameshima/Divulgação
A nova organização divide o imóvel em duas metades. Na entrada, foram posicionados o closet e o apoio para bagagem, além de uma bancada multifuncional em concreto, que concentra a copa e a cuba do lavatório.
Como divisória entre o closet e a cozinha, uma estante metálica com chapa perfurada oferece privacidade sem barrar a luz natural.
COZINHA | Na bancada e na marcenaria foi aplicado o mesmo revestimento do piso, o microcimento da Monofloor, na cor Flamingo. A estante metálica, perfurada com pintura eletrostática branca, permite privacidade sem barrar a luz natural. Jarra e copo de barro pretos da loja Pair Home
Miti Sameshima/Divulgação
A tonalidade escolhida para o acabamento principal — rosa queimado —, que partiu de uma sugestão dos proprietários, é destaque na paleta de cores. “Eles queriam fugir do branco ou cinza e buscar algo que se destacasse. O rosa queimado trouxe esse diferencial”, comenta a arquiteta.
BOXE E ÁREA SOCIAL | A cabine do chuveiro, feita em alvenaria, recebeu amplo vidro que permite a vista de todo o apartamento e até do centro de São Paulo. Poltrona Pacha Lounge, de Pierre Paulin, do acervo pessoal. Mesa lateral Flik, de FJ Pronto pra Levar!
Miti Sameshima/Divulgação
Uma caixa de alvenaria abriga o vaso sanitário e a cabine de banho — com um amplo vidro que oferece uma vista surpreendente do centro da capital paulista.
A outra metade do apartamento, voltada para os amplos caixilhos do Copan, foi liberada para acomodar cama, poltrona e uma bancada para refeições ou trabalho, tudo integrado à paisagem urbana.
QUARTO | Nesta área, foi instalada a cama com cabeceira estofada desenhada pela arquiteta, com execução da loja Meninos na Casinha. Arandelas da Zara Home. Quadros do artista Ricardo Homen, na Papel Assinado. Roupa de cama de linho natural, da marca Casa Sonno. Repare que a divisória delimita a cozinha através de uma abertura circular, mas sem isolar o cômodo
Miti Sameshima/Divulgação
“A ideia, desde o início, foi respeitar a história do Copan e, ao mesmo tempo, criar um espaço acolhedor, pensado para o dia a dia de quem vai se hospedar por curta temporada”, conta Paulo Fernandes, um dos proprietários.
“A gente queria que o hóspede se sentisse parte da cidade, não apenas um visitante, e que o apartamento fosse prático, confortável e, claro, com a personalidade única que o edifício pede.”
QUARTO | O banco lateral, do acervo pessoal, que faz as vezes de mesa de cabeceira, abriga garrafa de vidro e copo de barro da loja Pair Home. Cabeceira estofada desenhada pela arquiteta Fernanda Altemari, com execução da loja Meninos na Casinha. Quadros do artista Ricardo Homen, na Papel Assinado. Roupa de cama de linho natural, da marca Casa Sonno
Miti Sameshima/Divulgação
Um dos principais desafios durante a reforma surgiu logo no início: “Ao demolirmos o forro de estuque, percebemos que as vigas que pretendíamos deixar aparentes estavam com a armação completamente exposta. Foi necessário requadrá-las com cuidado para manter a proposta original do projeto”, relata Fernanda.
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A decoração é enxuta, mas com identidade. Na cabeceira da cama, quadros do artista Ricardo Homen reforçam o clima contemporâneo e urbano. Já a mesa curva, desenhada sob medida pela arquiteta, remete às formas sinuosas da fachada do Copan, homenageando a obra de Oscar Niemeyer.

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