Descubra como criar um ambiente de descanso com um toque de elegância inspirado em um resort, mas sem sair de casa As férias chegaram e a possibilidade de viajar está limitada? Que tal criar uma atmosfera de resort em casa? Imagine um espaço onde o luxo e o conforto se encontram em perfeita harmonia – esse é o espírito do Resortcore, uma tendência que traz a sensação de estar em um refúgio mesmo na rotina diária.
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“A tendência surgiu da crescente busca dos consumidores por escapismo, conforto e uma sensação de férias contínuas, especialmente após períodos de restrição de viagens e mudanças no estilo de vida global. O desejo de trazer a atmosfera relaxante e sofisticada dos resorts para o cotidiano, foi impulsionado por fatores culturais e comportamentais”, explica a especialista em tendências na WGSN, Daniela Penteado.
Influência da cultura de viagens e o luxo dos resorts na tendência
Para equilibrar a proporção do pé-direito alto e trazer mais aconchego ao ambiente, foram usados elementos maiores, como a cestaria da loja Brasilidades na parede e o vaso com jasmim-rosa ao lado do sofá da Karams. Mesinha de apoio e poltrona da Sier Móveis. Tapete kilim da loja Elaine Tapetes. No chão, extensão da Così Home. O projeto é assinado pela arquiteta Verônica Naka
Adriana Barbosa/Divulgação
A estética dos resorts de luxo tem se “infiltrado” cada vez mais nos lares. Conforme a especialista, essas influências se traduzem em ambientes e produtos que unem conforto, elegância casual e uma sensação de “férias em casa”, tornando esse conceito uma tendência transversal entre moda, interiores e lifestyle. Daniela explica como isso ocorre:
Escapismo e nostalgia: a vontade de “fugir” da rotina e criar micro-momentos de felicidade em casa, inspirados por destinos tropicais e experiências de viagem, foi um dos motores principais. Isso se conecta ao sentimento de “Witherwill”, um desejo de liberdade e leveza, destacado como emoção-chave para tendências de consumo em 2025.
Conexão com a natureza: elementos naturais, como paletas de cores aquáticas, materiais orgânicos (madeira, seagrass e fibras naturais) e motivos marinhos (conchas, crustáceos e estampas tropicais), começaram a migrar dos resorts para o design de interiores, criando ambientes relaxantes e sensoriais em casa.
Influência do lifestyle boho e coastal: o ressurgimento do boho, aliado ao “Coastal Bohemia”, trouxe uma estética que mistura o vintage, o artesanal e o hedonismo, promovendo ambientes e produtos que evocam férias à beira-mar e uma vida mais leve e descontraída.
Tendências digitais e redes sociais: o crescimento de hashtags como #CoastalGrandmother, #CouchToCoastSet e #DestinationDressing no TikTok e Pinterest ajudou a popularizar o visual resort, tanto na moda quanto na decoração, com milhões de visualizações e buscas por referências de lifestyle inspiradas em resorts.
Hospitalidade e experiências imersivas: marcas de luxo e hotéis passaram a investir em experiências sensoriais e ambientes que replicam o clima de resort, influenciando consumidores a buscar esse mesmo tipo de atmosfera em casa, com foco em bem-estar, relaxamento e exclusividade.
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Vantagens em aplicar a estética
Não há sensação melhor do que chegar em casa e se sentir acolhido, especialmente quando a sua residência consegue transmitir aquela atmosfera relaxante, sofisticada e acolhedora, como um resort de luxo.
“É um estilo que evoca as lembranças de uma ótima experiência de hospedagem e traduz um conforto absoluto – como se a casa fosse um refúgio permanente. A proposta é que um lar precisa ir além da funcionalidade ou estética”, diz a artista plástica e designer de interiores, Cecília Herculano, à frente do escritório homônimo.
Com mesa para jogos e um pequeno ambiente de convivência, o gourmet ao lado da cozinha foi pensado para receber com charme. Iluminação da Luce Nera. O projeto é do arquiteto Wagner Rebehy, com interiores do escritório Cacau Ribeiro Interiores
Keniche Santos/Divulgação
Um imóvel que foca apenas na estética pode não estimular o morador a enxergar seu lar como um verdadeiro refúgio. “Para dar conta de um dia a dia corrido, é preciso ter momentos de pausas e autocuidado. Isso também beneficia o convívio com os outros membros da família e harmoniza o lar. É uma estética que une beleza, conforto e propósito”, ela complementa.
Como criar o clima de “resort” em casa
Segundo a arquiteta Emile Ferreira, combinar elementos que promovam essa atmosfera relaxante, acolhedora e sofisticada, é a chave para trazer esse conceito para dentro de casa.
“É extremamente importante escolher materiais nobres e naturais como palha, madeira, bambu, fibras naturais, tecidos e muitas texturas. Vale priorizar também os tons neutros, como off-white e bege para trazer frescor e leveza. Não podemos esquecer também da iluminação natural e aconchegante que podem ser aproveitadas usando cortinas leves e translúcidas”, pontua.
O papel de parede Selva Verde, da Branco.casa, é o destaque do ambiente. Bancada existente de mármore travertino romano bruto. Espelho do acervo dos moradores. Luminárias do Le Motif Atelier. O banco abaixo bancada foi executado de MDF Carvalho Natural Deep Wood, da Guararapes, pela Scholl Móveis. O projeto é de Beatriz Quinelato
Rafael Renzo/Divulgação
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A artista plástica e designer de interiores traz algumas dicas de como você pode trazer a sensação de relaxamento, luxo e conexão com a natureza, para o seu espaço no estilo “Resortcore”:
Cores e elementos naturais: tons suaves, neutros e terrosos, como areia, off-white, bege, cáqui, verde-oliva, azul-oceano e nuances de madeira; em contraste com uma cabeceira ou móveis em madeira e uso de pedras naturais em locais estratégicos.
Papel de parede: investir em papéis de parede inspirados em paisagens tropicais, litorâneas ou de natureza exuberante em contraste com pedras claras, como o travertino.
Ambientes integrados: ideia de ambientes integrados e fluídos com o piso de pedras naturais ou madeira (nunca porcelanato que imite os materiais orgânicos), iluminação natural e conexão visual com o exterior.
Iluminação: combinação de luz difusa e quente, abajures, pendentes de fibra natural e luz solar abundante.
Texturas: tecidos e fibras naturais e leves como linho, voile, algodão, podem ser usados em cortinas, almofadas, toalhas e roupas de cama.
Mobiliário: toque artesanal, como cadeiras de palha, mesas de madeira maciça, sofás de tecidos, couro ou linho, sempre considerando o equilíbrio entre conforto e estética.
Elementos sensoriais: velas aromáticas, plantas ou folhagens tropicais, fontes de água, sons da natureza, que criam uma sensação de frescor e vida.
Importância da paleta de cores e dos elementos naturais no conceito
O local é coberto por forro do teto de taquara feito por um artesão de Catiguá. Sofá de fibra natural, par de poltronas verdes e mesas de centro de tronco de árvore são do acervo dos moradores. Paisagismo assinado por LF Paisagismo. Projeto de arquitetura é de Solange Calio
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Para criar um “universo de férias” dentro de casa, é necessário combinar as cores com materiais naturais, texturas táteis e elementos decorativos. A especialista em tendências da WGSN revela a paleta de cores que mais valoriza essa tendência:
Neutros e tons naturais: paletas de neutros, como areia, bege, branco e cinza suave, são amplamente usadas para criar uma base atemporal e relaxante, remetendo à tranquilidade das praias e à simplicidade elegante dos resorts.
Azuis aquáticos e verdes suaves: tons inspirados no mar e na natureza, como azul-oceânico, verde-sálvia e turquesa, trazem frescor e reforçam a conexão com ambientes costeiros e tropicais.
Toques de cor vibrante: em alguns casos, detalhes em cores vivas, como amarelo, coral ou rosa são usados para adicionar energia e criar pontos focais, remetendo à alegria e ao clima festivo dos resorts.
Tons-pastel e transparências: nuances suaves e materiais translúcidos, como vidros coloridos e tecidos semitransparentes, ajudam a criar uma atmosfera leve, arejada e sofisticada, típica de ambientes de resort.
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Cecília destaca quais são os principais materiais naturais que criam a sensação de aconchego e autenticidade do conceito:
Madeira (em tons claros ou médios): aplicada em pisos, painéis, móveis e até forros.
Pedras naturais: mármore, quartzito, limestone ou seixos, especialmente em bancadas, banheiros e detalhes decorativos.
Fibras naturais: palha, rattan, sisal e juta são usadas em luminárias, tapetes, cabeceiras ou objetos de decoração.
Tecidos naturais: algodão cru e linho, trazem leveza e sofisticação a estofados e cortinas.
Couro: o couro caramelo mais envelhecido em uma poltrona também funciona muito bem. Além de trazer a sofisticação, imprime a sensação de abraço.
Ambientes da casa que podem se destacar no estilo “Resortcore”
A poltrona Costela com pufe, de couro caramelo, traz mais um ponto de cor para o estar. Painéis são da Duratex. Projeto do escritório Go Up Arquitetura
Leo Giantomasi/Divulgação
Os espaços que mais se beneficiam desse estilo são aqueles dedicados ao relaxamento, como salas de estar, varandas, quartos e banheiros, além de espaços gourmet e áreas de lazer.
“Sala de estar e quartos são os ambientes onde mais podemos abusar nas texturas e nos materiais, trazendo o aspecto de refúgio por meio de elementos como tapetes, sofás e almofadas de linho, roupa de cama, cabeceira, entre outros”, opina Emile.
Paisagismo como elemento-chave para reforçar o tema
Sobre o deque de madeira, poltrona “Mole”, de Sergio Rodrigues, na Dpot. Luminária de piso Tolomeo para Artemide. Projeto de arquitetura é de Ana Sawaia e paisagismo assinado pelo Estudio Oh, com execução da Jardins de Luz
André Scarpa/Divulgação
Neste contexto, o paisagismo não só apenas embeleza o espaço, mas também cria ambientes que promovem bem-estar, conforto e uma sensação de fuga da rotina. A tendência valoriza a integração com a natureza: jardins, áreas de convívio ao ar livre, espaços para relaxamento, hortas, entre outros, são elementos comuns nesse estilo, criando ambientes que convidam à contemplação e ao contato com o verde.
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“É importante trazer a sensação de que se está próximo do mar e da natureza. Para isso, as plantas naturais, como zamioculca, samambaias, palmeira-ráfia e costela-de-adão são excelentes escolhas. Podem ser usadas em vasos de fibras naturais, cerâmicos e/ou cimento, para dar um toque de sofisticação e elegância para o paisagismo”, sugere a arquiteta.
Desafios e oportunidades da tendência para a indústria do design
Vista frontal do quarto de Adriana Bozon com almofadas e tapeçaria indianas. Na decoração, lembranças de viagens e garimpos encontrados em feiras de artesanato. Projeto da arquiteta Julia Bittencourt em parceria com a Escala Nativa
Antônio Soto/Editora Globo
Embora o conceito ainda não seja um termo amplamente estabelecido na indústria do design, pode ser interpretado como uma abordagem que prioriza a essência e a funcionalidade de um projeto, minimizando elementos supérfluos e focando na experiência do usuário.
“O Resortcore desafia a indústria a inovar em materiais, processos e experiências, equilibrando sustentabilidade, apelo comercial e autenticidade. Ao mesmo tempo, abre oportunidades para criar produtos e ambientes que transcendem estações, valorizam o artesanal e promovem bem-estar, conectando-se profundamente com os desejos contemporâneos dos consumidores”, finaliza a especialista em tendência das WGSN.
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“A tendência surgiu da crescente busca dos consumidores por escapismo, conforto e uma sensação de férias contínuas, especialmente após períodos de restrição de viagens e mudanças no estilo de vida global. O desejo de trazer a atmosfera relaxante e sofisticada dos resorts para o cotidiano, foi impulsionado por fatores culturais e comportamentais”, explica a especialista em tendências na WGSN, Daniela Penteado.
Influência da cultura de viagens e o luxo dos resorts na tendência
Para equilibrar a proporção do pé-direito alto e trazer mais aconchego ao ambiente, foram usados elementos maiores, como a cestaria da loja Brasilidades na parede e o vaso com jasmim-rosa ao lado do sofá da Karams. Mesinha de apoio e poltrona da Sier Móveis. Tapete kilim da loja Elaine Tapetes. No chão, extensão da Così Home. O projeto é assinado pela arquiteta Verônica Naka
Adriana Barbosa/Divulgação
A estética dos resorts de luxo tem se “infiltrado” cada vez mais nos lares. Conforme a especialista, essas influências se traduzem em ambientes e produtos que unem conforto, elegância casual e uma sensação de “férias em casa”, tornando esse conceito uma tendência transversal entre moda, interiores e lifestyle. Daniela explica como isso ocorre:
Escapismo e nostalgia: a vontade de “fugir” da rotina e criar micro-momentos de felicidade em casa, inspirados por destinos tropicais e experiências de viagem, foi um dos motores principais. Isso se conecta ao sentimento de “Witherwill”, um desejo de liberdade e leveza, destacado como emoção-chave para tendências de consumo em 2025.
Conexão com a natureza: elementos naturais, como paletas de cores aquáticas, materiais orgânicos (madeira, seagrass e fibras naturais) e motivos marinhos (conchas, crustáceos e estampas tropicais), começaram a migrar dos resorts para o design de interiores, criando ambientes relaxantes e sensoriais em casa.
Influência do lifestyle boho e coastal: o ressurgimento do boho, aliado ao “Coastal Bohemia”, trouxe uma estética que mistura o vintage, o artesanal e o hedonismo, promovendo ambientes e produtos que evocam férias à beira-mar e uma vida mais leve e descontraída.
Tendências digitais e redes sociais: o crescimento de hashtags como #CoastalGrandmother, #CouchToCoastSet e #DestinationDressing no TikTok e Pinterest ajudou a popularizar o visual resort, tanto na moda quanto na decoração, com milhões de visualizações e buscas por referências de lifestyle inspiradas em resorts.
Hospitalidade e experiências imersivas: marcas de luxo e hotéis passaram a investir em experiências sensoriais e ambientes que replicam o clima de resort, influenciando consumidores a buscar esse mesmo tipo de atmosfera em casa, com foco em bem-estar, relaxamento e exclusividade.
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Vantagens em aplicar a estética
Não há sensação melhor do que chegar em casa e se sentir acolhido, especialmente quando a sua residência consegue transmitir aquela atmosfera relaxante, sofisticada e acolhedora, como um resort de luxo.
“É um estilo que evoca as lembranças de uma ótima experiência de hospedagem e traduz um conforto absoluto – como se a casa fosse um refúgio permanente. A proposta é que um lar precisa ir além da funcionalidade ou estética”, diz a artista plástica e designer de interiores, Cecília Herculano, à frente do escritório homônimo.
Com mesa para jogos e um pequeno ambiente de convivência, o gourmet ao lado da cozinha foi pensado para receber com charme. Iluminação da Luce Nera. O projeto é do arquiteto Wagner Rebehy, com interiores do escritório Cacau Ribeiro Interiores
Keniche Santos/Divulgação
Um imóvel que foca apenas na estética pode não estimular o morador a enxergar seu lar como um verdadeiro refúgio. “Para dar conta de um dia a dia corrido, é preciso ter momentos de pausas e autocuidado. Isso também beneficia o convívio com os outros membros da família e harmoniza o lar. É uma estética que une beleza, conforto e propósito”, ela complementa.
Como criar o clima de “resort” em casa
Segundo a arquiteta Emile Ferreira, combinar elementos que promovam essa atmosfera relaxante, acolhedora e sofisticada, é a chave para trazer esse conceito para dentro de casa.
“É extremamente importante escolher materiais nobres e naturais como palha, madeira, bambu, fibras naturais, tecidos e muitas texturas. Vale priorizar também os tons neutros, como off-white e bege para trazer frescor e leveza. Não podemos esquecer também da iluminação natural e aconchegante que podem ser aproveitadas usando cortinas leves e translúcidas”, pontua.
O papel de parede Selva Verde, da Branco.casa, é o destaque do ambiente. Bancada existente de mármore travertino romano bruto. Espelho do acervo dos moradores. Luminárias do Le Motif Atelier. O banco abaixo bancada foi executado de MDF Carvalho Natural Deep Wood, da Guararapes, pela Scholl Móveis. O projeto é de Beatriz Quinelato
Rafael Renzo/Divulgação
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A artista plástica e designer de interiores traz algumas dicas de como você pode trazer a sensação de relaxamento, luxo e conexão com a natureza, para o seu espaço no estilo “Resortcore”:
Cores e elementos naturais: tons suaves, neutros e terrosos, como areia, off-white, bege, cáqui, verde-oliva, azul-oceano e nuances de madeira; em contraste com uma cabeceira ou móveis em madeira e uso de pedras naturais em locais estratégicos.
Papel de parede: investir em papéis de parede inspirados em paisagens tropicais, litorâneas ou de natureza exuberante em contraste com pedras claras, como o travertino.
Ambientes integrados: ideia de ambientes integrados e fluídos com o piso de pedras naturais ou madeira (nunca porcelanato que imite os materiais orgânicos), iluminação natural e conexão visual com o exterior.
Iluminação: combinação de luz difusa e quente, abajures, pendentes de fibra natural e luz solar abundante.
Texturas: tecidos e fibras naturais e leves como linho, voile, algodão, podem ser usados em cortinas, almofadas, toalhas e roupas de cama.
Mobiliário: toque artesanal, como cadeiras de palha, mesas de madeira maciça, sofás de tecidos, couro ou linho, sempre considerando o equilíbrio entre conforto e estética.
Elementos sensoriais: velas aromáticas, plantas ou folhagens tropicais, fontes de água, sons da natureza, que criam uma sensação de frescor e vida.
Importância da paleta de cores e dos elementos naturais no conceito
O local é coberto por forro do teto de taquara feito por um artesão de Catiguá. Sofá de fibra natural, par de poltronas verdes e mesas de centro de tronco de árvore são do acervo dos moradores. Paisagismo assinado por LF Paisagismo. Projeto de arquitetura é de Solange Calio
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Para criar um “universo de férias” dentro de casa, é necessário combinar as cores com materiais naturais, texturas táteis e elementos decorativos. A especialista em tendências da WGSN revela a paleta de cores que mais valoriza essa tendência:
Neutros e tons naturais: paletas de neutros, como areia, bege, branco e cinza suave, são amplamente usadas para criar uma base atemporal e relaxante, remetendo à tranquilidade das praias e à simplicidade elegante dos resorts.
Azuis aquáticos e verdes suaves: tons inspirados no mar e na natureza, como azul-oceânico, verde-sálvia e turquesa, trazem frescor e reforçam a conexão com ambientes costeiros e tropicais.
Toques de cor vibrante: em alguns casos, detalhes em cores vivas, como amarelo, coral ou rosa são usados para adicionar energia e criar pontos focais, remetendo à alegria e ao clima festivo dos resorts.
Tons-pastel e transparências: nuances suaves e materiais translúcidos, como vidros coloridos e tecidos semitransparentes, ajudam a criar uma atmosfera leve, arejada e sofisticada, típica de ambientes de resort.
Leia mais
Cecília destaca quais são os principais materiais naturais que criam a sensação de aconchego e autenticidade do conceito:
Madeira (em tons claros ou médios): aplicada em pisos, painéis, móveis e até forros.
Pedras naturais: mármore, quartzito, limestone ou seixos, especialmente em bancadas, banheiros e detalhes decorativos.
Fibras naturais: palha, rattan, sisal e juta são usadas em luminárias, tapetes, cabeceiras ou objetos de decoração.
Tecidos naturais: algodão cru e linho, trazem leveza e sofisticação a estofados e cortinas.
Couro: o couro caramelo mais envelhecido em uma poltrona também funciona muito bem. Além de trazer a sofisticação, imprime a sensação de abraço.
Ambientes da casa que podem se destacar no estilo “Resortcore”
A poltrona Costela com pufe, de couro caramelo, traz mais um ponto de cor para o estar. Painéis são da Duratex. Projeto do escritório Go Up Arquitetura
Leo Giantomasi/Divulgação
Os espaços que mais se beneficiam desse estilo são aqueles dedicados ao relaxamento, como salas de estar, varandas, quartos e banheiros, além de espaços gourmet e áreas de lazer.
“Sala de estar e quartos são os ambientes onde mais podemos abusar nas texturas e nos materiais, trazendo o aspecto de refúgio por meio de elementos como tapetes, sofás e almofadas de linho, roupa de cama, cabeceira, entre outros”, opina Emile.
Paisagismo como elemento-chave para reforçar o tema
Sobre o deque de madeira, poltrona “Mole”, de Sergio Rodrigues, na Dpot. Luminária de piso Tolomeo para Artemide. Projeto de arquitetura é de Ana Sawaia e paisagismo assinado pelo Estudio Oh, com execução da Jardins de Luz
André Scarpa/Divulgação
Neste contexto, o paisagismo não só apenas embeleza o espaço, mas também cria ambientes que promovem bem-estar, conforto e uma sensação de fuga da rotina. A tendência valoriza a integração com a natureza: jardins, áreas de convívio ao ar livre, espaços para relaxamento, hortas, entre outros, são elementos comuns nesse estilo, criando ambientes que convidam à contemplação e ao contato com o verde.
Leia mais
“É importante trazer a sensação de que se está próximo do mar e da natureza. Para isso, as plantas naturais, como zamioculca, samambaias, palmeira-ráfia e costela-de-adão são excelentes escolhas. Podem ser usadas em vasos de fibras naturais, cerâmicos e/ou cimento, para dar um toque de sofisticação e elegância para o paisagismo”, sugere a arquiteta.
Desafios e oportunidades da tendência para a indústria do design
Vista frontal do quarto de Adriana Bozon com almofadas e tapeçaria indianas. Na decoração, lembranças de viagens e garimpos encontrados em feiras de artesanato. Projeto da arquiteta Julia Bittencourt em parceria com a Escala Nativa
Antônio Soto/Editora Globo
Embora o conceito ainda não seja um termo amplamente estabelecido na indústria do design, pode ser interpretado como uma abordagem que prioriza a essência e a funcionalidade de um projeto, minimizando elementos supérfluos e focando na experiência do usuário.
“O Resortcore desafia a indústria a inovar em materiais, processos e experiências, equilibrando sustentabilidade, apelo comercial e autenticidade. Ao mesmo tempo, abre oportunidades para criar produtos e ambientes que transcendem estações, valorizam o artesanal e promovem bem-estar, conectando-se profundamente com os desejos contemporâneos dos consumidores”, finaliza a especialista em tendência das WGSN.