O Sanatório Druzhba, localizado em Yalta, na Crimeia, é um dos ícones marcantes da arquitetura soviética dos anos 1980. Projetado pelo arquiteto Igor Vasilevsky em parceria com o engenheiro Nodar Kancheli, o edifício impressiona pelo design circular e brutalista que remete a uma estética futurista.
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Concluído em 1985, o sanatório se destaca não apenas pela imponência arquitetônica, mas também pelo contexto histórico e político que marcou a sua construção.
Feito predominantemente de concreto, o sanatório mantém uma boa condição estrutural, ao contrário de muitas construções da mesma época
Flickr/Thomas Vogt/Creative Commons
O projeto teve início em 1978 como iniciativa conjunta da União Soviética e a Tchecoslováquia. O nome “Druzhba”, que significa “amizade” em russo, foi escolhido para simbolizar essa colaboração, numa tentativa de superar as tensões políticas anteriores, como a invasão da Tchecoslováquia em 1968, que colocou fim à Primavera de Praga.
Na União Soviética, um “sanatório” era uma espécie de clínica terapêutica combinada com hospedagem, projetada para a recuperação e relaxamento de trabalhadores — frequentemente subsidiados por sindicatos. No caso do Druzhba, o foco estava no tratamento de saúde, enquanto proporcionava um ambiente agradável, quase como um resort.
A estrutura em “banquinho de três pernas” garante a estabilidade do edifício em uma região de risco sísmico elevado
Евгения Ворошилова/Wikimedia Commons
Uma das características mais impressionantes do Druzhba é sua engenhosidade estrutural. Localizado em uma área de terreno instável e com alto risco sísmico, o edifício foi construído sobre três pilares de concreto maciço.
Essa solução, conhecida como “banquinho de três pernas”, garantiu a estabilidade da estrutura e preservou a vegetação do entorno, criando a sensação de que o prédio “flutua” sobre a encosta.
A arquitetura brutaista do Sanatório Druzhba, projetada por Igor Vasilevsky, é um dos marcos da engenharia soviética dos anos 1980
Flickr/william_veerbeek/Creative Commons
O formato circular e as varandas privativas oferecem vistas panorâmicas do Mar Negro, enquanto o layout interno privilegia espaços abertos e iluminados.
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Com capacidade para 500 hóspedes, o complexo contava com piscina de água salgada, cinema, salas de concertos, cafés, pista de dança e até fontes com luzes e música automatizadas. Um detalhe curioso é que o restaurante principal, com uma ampla vista para o mar, só podia ser acessado pelo teto, reforçando o caráter ousado do projeto.
Com linhas curvas e janelas panorâmicas, a piscina interna integra-se à estética do sanatório, reforçando o diálogo entre design brutalista e conforto
Flickr/william_veerbeek/Creative Commons
O Sanatório Druzhba continua em funcionamento, adaptado como spa e destino turístico voltado para o bem-estar. O edifício também é reconhecido como patrimônio cultural, o que garante sua preservação.
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Concluído em 1985, o sanatório se destaca não apenas pela imponência arquitetônica, mas também pelo contexto histórico e político que marcou a sua construção.
Feito predominantemente de concreto, o sanatório mantém uma boa condição estrutural, ao contrário de muitas construções da mesma época
Flickr/Thomas Vogt/Creative Commons
O projeto teve início em 1978 como iniciativa conjunta da União Soviética e a Tchecoslováquia. O nome “Druzhba”, que significa “amizade” em russo, foi escolhido para simbolizar essa colaboração, numa tentativa de superar as tensões políticas anteriores, como a invasão da Tchecoslováquia em 1968, que colocou fim à Primavera de Praga.
Na União Soviética, um “sanatório” era uma espécie de clínica terapêutica combinada com hospedagem, projetada para a recuperação e relaxamento de trabalhadores — frequentemente subsidiados por sindicatos. No caso do Druzhba, o foco estava no tratamento de saúde, enquanto proporcionava um ambiente agradável, quase como um resort.
A estrutura em “banquinho de três pernas” garante a estabilidade do edifício em uma região de risco sísmico elevado
Евгения Ворошилова/Wikimedia Commons
Uma das características mais impressionantes do Druzhba é sua engenhosidade estrutural. Localizado em uma área de terreno instável e com alto risco sísmico, o edifício foi construído sobre três pilares de concreto maciço.
Essa solução, conhecida como “banquinho de três pernas”, garantiu a estabilidade da estrutura e preservou a vegetação do entorno, criando a sensação de que o prédio “flutua” sobre a encosta.
A arquitetura brutaista do Sanatório Druzhba, projetada por Igor Vasilevsky, é um dos marcos da engenharia soviética dos anos 1980
Flickr/william_veerbeek/Creative Commons
O formato circular e as varandas privativas oferecem vistas panorâmicas do Mar Negro, enquanto o layout interno privilegia espaços abertos e iluminados.
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Com capacidade para 500 hóspedes, o complexo contava com piscina de água salgada, cinema, salas de concertos, cafés, pista de dança e até fontes com luzes e música automatizadas. Um detalhe curioso é que o restaurante principal, com uma ampla vista para o mar, só podia ser acessado pelo teto, reforçando o caráter ousado do projeto.
Com linhas curvas e janelas panorâmicas, a piscina interna integra-se à estética do sanatório, reforçando o diálogo entre design brutalista e conforto
Flickr/william_veerbeek/Creative Commons
O Sanatório Druzhba continua em funcionamento, adaptado como spa e destino turístico voltado para o bem-estar. O edifício também é reconhecido como patrimônio cultural, o que garante sua preservação.
