Você já se deparou com a dificuldade de manter a organização em ambientes pequenos, que possuem poucos ou até mesmo nenhum armário? Não se preocupe. Com algumas ideias criativas, é possível otimizar o espaço e deixar tudo no lugar de forma prática, sem abdicar do estilo.
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Mas antes de buscar por opções de armazenamento, é necessário avaliar o espaço disponível e alinhá-lo ao tipo e à quantidade dos itens. “É essencial entender a rotina dos moradores, o que realmente precisa ser guardado e como esses itens são utilizados no dia a dia”, afirma Marina Cardoso de Almeida, arquiteta e co-fundadora do escritório TRIA Arquitetura.
Na suíte projetada por Lucas Fernandes, o espaço de armazenamento é representado pela cômoda antiga, que foi restaurada e abriga objetos das loja Vera Orsi e Jackie Móveis. O cabideiro em forma de escada é do acervo dos moradores
Carolina Mossin/Divulgação
Segundo o arquiteto Lucas Fernandes, o importante é unir praticidade e um visual atraente. “Pensar no layout, na circulação e no estilo de vida dos moradores ajuda a encontrar soluções práticas que façam sentido. Avaliar o espaço existente determina onde intervenções podem ser feitas sem prejudicar a circulação ou a estética”, ele acrescenta.
A arquiteta Christina Faria, do escritório Spazio Arquitetura, acredita que avaliar os itens também é essencial para assegurar que apenas o essencial seja mantido, liberando espaço e facilitando a localização. “Fazer uma triagem das roupas e utensílios usados com frequência é o ponto de partida para encontrar maneiras práticas de armazenamento, de fácil manutenção e limpeza”, considera.
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Funcionalidade e estética
No projeto da arquiteta Mariana Leão, o painel ripado da televisão camufla a porta de correr para a suíte. Ao fundo, o balcão divide o ambiente com a cozinha
Gabriela Daltro/Divulgação
Diagnosticadas as limitações, é possível transformá-las em oportunidades. “Quando avaliamos o espaço com sensibilidade e escuta ativa, conseguimos propor soluções sob medida — seja integrando funções em um único móvel, seja criando nichos escondidos, por exemplo”, analisa Sara Bonanno, arquiteta e co-fundadora do escritório TRIA Arquitetura.
O arquiteto acredita que cada projeto deve ser personalizado. “Quando a gente entende isso, conseguimos criar soluções que aproveitam bem cada cantinho, sem atrapalhar a circulação ou deixar o ambiente carregado. O ideal é usar móveis que sejam funcionais e ainda assim agreguem na estética e na decoração”, argumenta Lucas.
Para que as estratégias adotadas se encaixem no estilo e na atmosfera do espaço, é necessário incorporá-las à estética do ambiente. “Podemos combinar materiais (ferro, madeira, fibra, tecido, acrílico) com a linguagem decorativa da casa e apostar em cores neutras e texturas, que harmonizem com o restante do espaço”, garante Sandra Marçal, arquiteta do Spazio Arquitetura.
Esse equilíbrio acontece quando a solução parece natural do espaço. “A estética não precisa ser sacrificada. Um painel ripado pode esconder portas de armário embutido. Uma estante pode ser desenhada com proporções arquitetônicas que valorizam o pé-direito. O segredo é usar materiais que tragam leveza e textura, como madeira natural certificada, chapas metálicas perfuradas, bioplásticos ou MDF reciclado”, demonstra Marina.
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Aproveite cantos esquecidos
No hall, um cantinho para relaxar e apreciar um bom livro. Estante Bandeirola, de Bruno de Carvalho. Poltrona Take a Line For a Walk, de Alfredo Häberli para a Moroso. Projeto do escritório TRIA Arquitetura
Fran Parente/Divulgação
No layout, muitos espaços são negligenciados, mas com criatividade e soluções inteligentes podem se tornar áreas funcionais e bem aproveitadas.
“Sempre que possível, tentamos tomar partido de espaços perdidos para agregar funcionalidade ao projeto. Seja através de prateleiras rasas, cabides atrás da porta, armário atrás da porta, móveis com dupla função, como um banco com baú, dentre outras soluções que variam conforme o projeto e a necessidade dos clientes”, comenta Lucas.
Sara propõe nichos abertos com iluminação embutida, sapateiras camufladas sob bancos, ou ainda arquivos escondidos sob camas suspensas. “Áreas de passagem podem acolher móveis finos com prateleiras retráteis, cabideiros, ou até exposições afetivas que também têm função prática, como ganchos para bolsas”, ela acrescenta.
Estratégias de armazenamento
Assinado pelo escritório Antonio Armando de Araujo Arquitetura e Design, o quarto de casal possui roupeiro na parte superior da cama com cabides extensores executado pela Decorart
Julia Ribeiro/Divulgação
As arquitetas do escritório TRIA Arquitetura aconselham investir em móveis funcionais e explorar diversas opções criativas, como móveis sob medida que combinem mais de uma função; camas com gavetas, bancos ou escadas com compartimentos internos; e divisórias com dupla função, como estantes vazadas com nichos modulares ajustáveis.
Além de móveis sob medida, Lucas indica o uso portas de correr embutidas e, preferencialmente, ambientes integrados. “As portas de correr embutidas, além de ganhar área útil, transmitem uma estética limpa ao espaço. E os ambientes integrados, visam um melhor aproveitamento do espaço como um todo”, ele argumenta.
O arquiteto também inclui camas com baú para armazenamento, mesas retráteis que se adaptam ao ambiente, painéis com armários embutidos e móveis de apoio, que podem ser facilmente movidos entre os cômodos. Malas e bancos com tampos removíveis são versáteis e podem ser utilizados para armazenar toalhas, lençóis ou louças pouco utilizados.
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Paredes e espaços verticais
No projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro, o cabideiro de parede ‘Varaü’, na Desmobilia, contribui para a organização do espaço pequeno
Keniche Santos/Divulgação | Projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro
Os espaços verticais também podem ser aproveitados de forma eficiente para guardar itens. “Podem servir como galerias funcionais utilizando barras metálicas com ganchos móveis, trilhos com prateleiras modulares, pegboards em madeira reutilizada ou painéis perfurados de metal. Outra ideia interessante é usar prateleiras suspensas por cabos ou estruturas metálicas aparentes, que criam leveza visual e evitam ocupar o piso”, indica Marina.
Os armários aéreos e os nichos são excelentes alternativas para aproveitar esses espaços. “Podem ser soluções funcionais para quem busca guardar itens de forma eficientes sem interferir na circulação e áreas de passagem. Além disso, é possível trabalhar cabides de parede e espelhos, que oferecem esses apoios tanto para pendurar quanto para apoiar objetos e elementos do dia a dia”, diz Lucas.
Os nichos abertos e as prateleiras flutuantes são excelentes alternativas para otimizar espaços pequenos. “Combinar com ganchos ou barras de apoio para pendurar panos, colheres ou até roupas, pode deixar o ambiente descolado e super charmoso”, complementa Christina.
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Acessórios adicionais
Em cozinhas sem armários, as prateleiras são elementos fundamentais para organização e decoração, permitindo um acesso fácil a utensílios, além de adicionar um toque pessoal ao ambiente. Projeto de Carlos Verna
Marcelo Magnani/Casa e Jardim
Existem diversos acessórios para facilitar a organização em locais sem armário, proporcionando praticidade e evitando a bagunça visual.
“Caixas empilháveis com etiquetas de tecido natural ou plástico reciclado; divisores internos para gavetas em MDF reaproveitado ou bambu; organizadores retráteis e empilháveis, que se adaptam a diferentes alturas; suportes de parede multifuncionais, como trilhos e perfis deslizantes; e fechos magnéticos ou deslizantes invisíveis, que permitem embutir portas sem puxadores”, apresenta Sara.
Cabides de piso e gaveteiros modulares também são ótimas opções para substituir ou complementar o armário.
Dicas extras para organizar os itens
As portas camarão da lavanderia são mimetizadas na marcenaria da cozinha. Essa técnica visa otimizar o espaço e criar uma sensação de continuidade visual, especialmente em ambientes com pouco espaço de armazenamento. Projeto do escritório FPBF Arquitetura
Fernando Crescenti / Divulgação
Os profissionais compartilham algumas dicas extras para armazenar itens em espaços com pouco ou sem armário:
Crie zonas de uso claras para definir visualmente os espaços;
Prefira móvel empilhável ou dobrável;
Priorize móveis planejados com uso otimizado do espaço;
Aproveite espaços verticais e cantos esquecidos;
Use objetos decorativos funcionais;
Estude e respeite o orçamento disponível.
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Mas antes de buscar por opções de armazenamento, é necessário avaliar o espaço disponível e alinhá-lo ao tipo e à quantidade dos itens. “É essencial entender a rotina dos moradores, o que realmente precisa ser guardado e como esses itens são utilizados no dia a dia”, afirma Marina Cardoso de Almeida, arquiteta e co-fundadora do escritório TRIA Arquitetura.
Na suíte projetada por Lucas Fernandes, o espaço de armazenamento é representado pela cômoda antiga, que foi restaurada e abriga objetos das loja Vera Orsi e Jackie Móveis. O cabideiro em forma de escada é do acervo dos moradores
Carolina Mossin/Divulgação
Segundo o arquiteto Lucas Fernandes, o importante é unir praticidade e um visual atraente. “Pensar no layout, na circulação e no estilo de vida dos moradores ajuda a encontrar soluções práticas que façam sentido. Avaliar o espaço existente determina onde intervenções podem ser feitas sem prejudicar a circulação ou a estética”, ele acrescenta.
A arquiteta Christina Faria, do escritório Spazio Arquitetura, acredita que avaliar os itens também é essencial para assegurar que apenas o essencial seja mantido, liberando espaço e facilitando a localização. “Fazer uma triagem das roupas e utensílios usados com frequência é o ponto de partida para encontrar maneiras práticas de armazenamento, de fácil manutenção e limpeza”, considera.
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Funcionalidade e estética
No projeto da arquiteta Mariana Leão, o painel ripado da televisão camufla a porta de correr para a suíte. Ao fundo, o balcão divide o ambiente com a cozinha
Gabriela Daltro/Divulgação
Diagnosticadas as limitações, é possível transformá-las em oportunidades. “Quando avaliamos o espaço com sensibilidade e escuta ativa, conseguimos propor soluções sob medida — seja integrando funções em um único móvel, seja criando nichos escondidos, por exemplo”, analisa Sara Bonanno, arquiteta e co-fundadora do escritório TRIA Arquitetura.
O arquiteto acredita que cada projeto deve ser personalizado. “Quando a gente entende isso, conseguimos criar soluções que aproveitam bem cada cantinho, sem atrapalhar a circulação ou deixar o ambiente carregado. O ideal é usar móveis que sejam funcionais e ainda assim agreguem na estética e na decoração”, argumenta Lucas.
Para que as estratégias adotadas se encaixem no estilo e na atmosfera do espaço, é necessário incorporá-las à estética do ambiente. “Podemos combinar materiais (ferro, madeira, fibra, tecido, acrílico) com a linguagem decorativa da casa e apostar em cores neutras e texturas, que harmonizem com o restante do espaço”, garante Sandra Marçal, arquiteta do Spazio Arquitetura.
Esse equilíbrio acontece quando a solução parece natural do espaço. “A estética não precisa ser sacrificada. Um painel ripado pode esconder portas de armário embutido. Uma estante pode ser desenhada com proporções arquitetônicas que valorizam o pé-direito. O segredo é usar materiais que tragam leveza e textura, como madeira natural certificada, chapas metálicas perfuradas, bioplásticos ou MDF reciclado”, demonstra Marina.
Leia mais
Aproveite cantos esquecidos
No hall, um cantinho para relaxar e apreciar um bom livro. Estante Bandeirola, de Bruno de Carvalho. Poltrona Take a Line For a Walk, de Alfredo Häberli para a Moroso. Projeto do escritório TRIA Arquitetura
Fran Parente/Divulgação
No layout, muitos espaços são negligenciados, mas com criatividade e soluções inteligentes podem se tornar áreas funcionais e bem aproveitadas.
“Sempre que possível, tentamos tomar partido de espaços perdidos para agregar funcionalidade ao projeto. Seja através de prateleiras rasas, cabides atrás da porta, armário atrás da porta, móveis com dupla função, como um banco com baú, dentre outras soluções que variam conforme o projeto e a necessidade dos clientes”, comenta Lucas.
Sara propõe nichos abertos com iluminação embutida, sapateiras camufladas sob bancos, ou ainda arquivos escondidos sob camas suspensas. “Áreas de passagem podem acolher móveis finos com prateleiras retráteis, cabideiros, ou até exposições afetivas que também têm função prática, como ganchos para bolsas”, ela acrescenta.
Estratégias de armazenamento
Assinado pelo escritório Antonio Armando de Araujo Arquitetura e Design, o quarto de casal possui roupeiro na parte superior da cama com cabides extensores executado pela Decorart
Julia Ribeiro/Divulgação
As arquitetas do escritório TRIA Arquitetura aconselham investir em móveis funcionais e explorar diversas opções criativas, como móveis sob medida que combinem mais de uma função; camas com gavetas, bancos ou escadas com compartimentos internos; e divisórias com dupla função, como estantes vazadas com nichos modulares ajustáveis.
Além de móveis sob medida, Lucas indica o uso portas de correr embutidas e, preferencialmente, ambientes integrados. “As portas de correr embutidas, além de ganhar área útil, transmitem uma estética limpa ao espaço. E os ambientes integrados, visam um melhor aproveitamento do espaço como um todo”, ele argumenta.
O arquiteto também inclui camas com baú para armazenamento, mesas retráteis que se adaptam ao ambiente, painéis com armários embutidos e móveis de apoio, que podem ser facilmente movidos entre os cômodos. Malas e bancos com tampos removíveis são versáteis e podem ser utilizados para armazenar toalhas, lençóis ou louças pouco utilizados.
Leia mais
Paredes e espaços verticais
No projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro, o cabideiro de parede ‘Varaü’, na Desmobilia, contribui para a organização do espaço pequeno
Keniche Santos/Divulgação | Projeto da designer de interiores Cacau Ribeiro
Os espaços verticais também podem ser aproveitados de forma eficiente para guardar itens. “Podem servir como galerias funcionais utilizando barras metálicas com ganchos móveis, trilhos com prateleiras modulares, pegboards em madeira reutilizada ou painéis perfurados de metal. Outra ideia interessante é usar prateleiras suspensas por cabos ou estruturas metálicas aparentes, que criam leveza visual e evitam ocupar o piso”, indica Marina.
Os armários aéreos e os nichos são excelentes alternativas para aproveitar esses espaços. “Podem ser soluções funcionais para quem busca guardar itens de forma eficientes sem interferir na circulação e áreas de passagem. Além disso, é possível trabalhar cabides de parede e espelhos, que oferecem esses apoios tanto para pendurar quanto para apoiar objetos e elementos do dia a dia”, diz Lucas.
Os nichos abertos e as prateleiras flutuantes são excelentes alternativas para otimizar espaços pequenos. “Combinar com ganchos ou barras de apoio para pendurar panos, colheres ou até roupas, pode deixar o ambiente descolado e super charmoso”, complementa Christina.
Leia mais
Acessórios adicionais
Em cozinhas sem armários, as prateleiras são elementos fundamentais para organização e decoração, permitindo um acesso fácil a utensílios, além de adicionar um toque pessoal ao ambiente. Projeto de Carlos Verna
Marcelo Magnani/Casa e Jardim
Existem diversos acessórios para facilitar a organização em locais sem armário, proporcionando praticidade e evitando a bagunça visual.
“Caixas empilháveis com etiquetas de tecido natural ou plástico reciclado; divisores internos para gavetas em MDF reaproveitado ou bambu; organizadores retráteis e empilháveis, que se adaptam a diferentes alturas; suportes de parede multifuncionais, como trilhos e perfis deslizantes; e fechos magnéticos ou deslizantes invisíveis, que permitem embutir portas sem puxadores”, apresenta Sara.
Cabides de piso e gaveteiros modulares também são ótimas opções para substituir ou complementar o armário.
Dicas extras para organizar os itens
As portas camarão da lavanderia são mimetizadas na marcenaria da cozinha. Essa técnica visa otimizar o espaço e criar uma sensação de continuidade visual, especialmente em ambientes com pouco espaço de armazenamento. Projeto do escritório FPBF Arquitetura
Fernando Crescenti / Divulgação
Os profissionais compartilham algumas dicas extras para armazenar itens em espaços com pouco ou sem armário:
Crie zonas de uso claras para definir visualmente os espaços;
Prefira móvel empilhável ou dobrável;
Priorize móveis planejados com uso otimizado do espaço;
Aproveite espaços verticais e cantos esquecidos;
Use objetos decorativos funcionais;
Estude e respeite o orçamento disponível.
