Nicole Gomes, arquiteta e especialista em iluminação, mostra a forma certa de iluminar o quarto dos bebês para auxiliar a saúde e o bem-estar dos pequenos Sabemos que existe todo um universo a parte que se chama maternidade. Temas como tipos de fralda, temperatura da água do banho e enxoval são recorrentes para pais e mães. Mas tem um tema, em especial, que gostaria de falar: a importância da iluminação bem pensada e projetada para o quarto do bebê.
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Pode parecer um detalhe, mas não é! Como especialista em iluminação e, na medida que fui pesquisando e aprofundando o tema, não tenho dúvidas do quanto a luz influencia diretamente no bem-estar do bebê. Luz é conforto, ritmo, aconchego e saúde. É também um regulador natural do ritmo biológico, ajudando no sono, no relaxamento e até no desenvolvimento. Nos primeiros meses de vida, principalmente, cada detalhe faz toda a diferença.
Segundo um estudo da American Academy of Pediatrics, a exposição excessiva à iluminação artificial pode desregular o ritmo circadiano dos bebês, levando a noites mal dormidas, dificuldade no ganho de peso e crescimento, além de deixar a criança mais irritada e cansada. Não é só isso! Ao projetar a luz errada para o quarto do bebê, impactamos ainda na visão dos pequenos.
Os recém-nascidos têm a retina ainda imatura e isso os torna mais sensíveis à luz. Embora tenham dificuldade de enxergar nitidamente ou perceber cores com clareza nos primeiros meses, eles se sentem muito mais confortáveis em ambientes com iluminação suave e difusa ou indireta. Ou seja, a ciência confirma aquilo que sempre digo aqui: a luz, projetada de forma errada, pode fazer mal.
A boa notícia é que existem soluções de iluminação simples e acessíveis que podem transformar o quarto do bebê em um verdadeiro refúgio de tranquilidade. Luz indireta e suave, luminárias com regulagem de intensidade e o uso estratégico da iluminação natural são alguns dos segredos que fazem toda a diferença na rotina dos pequenos.
Então, se você também está preparando o espaço para a chegada do seu bebê, ou projetando para algum cliente, separei algumas soluções de iluminação que são essenciais:
A iluminação indireta e difusa é a mais adequada para quartos de bebê, pois proporciona conforto visual e ajuda a manter um ambiente calmo e acolhedor, ideal para o sono. Luminárias como abajures, pendentes e arandelas evitam estímulos excessivos. Projeto da arquiteta Bel Urtiga
Mariana Camargo/Divulgação
Use luz indireta ou difusa
Luminárias com cúpulas, abajures e arandelas que direcionam a luz para cima ou para a parede são ótimas escolhas. Ao contrário da iluminação direta, a luz indireta sespalha-se suavemente pelo ambiente, reduzindo estímulos e evitando desconforto visual.
Luminárias com cúpulas, abajures e arandelas que direcionam a luz para cima ou para a parede são ótimas escolhas. Ao contrário da iluminação direta, a luz indireta se espalha suavemente pelo ambiente, reduzindo estímulos e evitando desconforto visual.
Imagine a diferença entre acender uma luz de teto forte durante uma troca de fralda noturna e simplesmente acionar um abajur, que preenche o quarto com uma luz suave, quase como um “abraço”. A primeira situação pode despertar totalmente o bebê, o que dificulta com que ele volte a dormir. A segunda mantém o ambiente calmo, respeitando o ritmo do sono. Ela permite enxergar o essencial sem “acordar” o ambiente todo.
É importante destacar que, o espaço do trocador deve ser iluminado de forma estratégica. Caso ele tenha uma marcenaria em cima, não aconselho a incluir fita de LED. É importante inserir neste contexto um abajur com dimmer incluso. Assim, você controla melhor a luz, independente do momento do dia.
Ter luminárias com dimmer no quarto do bebê é uma escolha prática e sensível, pois permite ajustar a intensidade da luz conforme o momento, criando um ambiente mais acolhedor. Projeto do escritório Duda Senna Arquitetura
João Paulo Oliveira/Divulgação
Luminária com controle total da luz
Por falar em dimmer, é importante ter essa funcionalidade no quarto de bebê. Afinal, nem sempre a gente quer, ou pode, acender tudo. Ter uma luminária com esse recurso permite controlar a intensidade da luz conforme a necessidade, criando um clima mais acolhedor.
Ainda é recorrente a ideia de que tecnologia é cara ou difícil de instalar, mas isso não é verdade. Hoje, existem luminárias com dimmer embutido, abajures com controle de intensidade no botão ou mesmo lâmpadas inteligentes que se conectam ao celular e permitem regular a luz por aplicativo – tudo isso sem a necessidade de obra ou reforma elétrica. Ou seja, é um investimento acessível e funcional.
Incluir esse item no projeto de iluminação do quarto do bebê é, acima de tudo, uma escolha inteligente, prática e sensível. É pensar nos detalhes que fazem o dia (e a noite!) fluir com mais leveza – e, acredite, isso vale ouro nos primeiros meses de maternidade.
Nos primeiros meses de vida, priorizar luzes suaves e, à noite, optar pela luz quente ajuda a respeitar o ciclo circadiano e promove um desenvolvimento mais saudável. Projeto de Quintal de Madame
Quintal de Madame/Divulgação
Se atente à temperatura de cor
Pode até parecer repetitivo, mas quando o assunto é saúde e bem-estar, alguns pontos merecem ser reforçados. Um deles é a temperatura de cor da iluminação, que tem um impacto direto no conforto, no ritmo biológico e até na qualidade do sono dos bebês.
A temperatura de cor está diretamente associada à sensação que o ambiente transmite. Para espaços de descanso e acolhimento, como o quarto do bebê, a melhor escolha são as lâmpadas de temperatura de cor quente, o mais indicado é 2700K ou luz âmbar. Esse tipo de luz remete ao pôr do sol e ajuda a sinalizar para o corpo que é hora de descansar.
Já as luzes frias e azuladas, mais comuns em ambientes hospitalares, são estimulantes. No caso dos bebês, podem até inibir a produção de melatonina, o hormônio responsável por induzir o sono.
Para uso noturno, o mais indicado é a luz vermelha, que, segundo diversos estudos científicos, é a temperatura de cor que menos impacta o ciclo circadiano, tanto de bebês como de adultos.
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Esse tema é extremamente importante, principalmente nos 3 meses de vida do bebê, para que ele consiga, de forma natural, ajustar o seu ciclo circadiano.
Incluir essa lógica no projeto de iluminação do quarto é uma forma simples e inteligente de promover um desenvolvimento saudável. Porque, no final das contas, a luz não é só decoração, é estímulo, saúde e bem-estar.
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Pode parecer um detalhe, mas não é! Como especialista em iluminação e, na medida que fui pesquisando e aprofundando o tema, não tenho dúvidas do quanto a luz influencia diretamente no bem-estar do bebê. Luz é conforto, ritmo, aconchego e saúde. É também um regulador natural do ritmo biológico, ajudando no sono, no relaxamento e até no desenvolvimento. Nos primeiros meses de vida, principalmente, cada detalhe faz toda a diferença.
Segundo um estudo da American Academy of Pediatrics, a exposição excessiva à iluminação artificial pode desregular o ritmo circadiano dos bebês, levando a noites mal dormidas, dificuldade no ganho de peso e crescimento, além de deixar a criança mais irritada e cansada. Não é só isso! Ao projetar a luz errada para o quarto do bebê, impactamos ainda na visão dos pequenos.
Os recém-nascidos têm a retina ainda imatura e isso os torna mais sensíveis à luz. Embora tenham dificuldade de enxergar nitidamente ou perceber cores com clareza nos primeiros meses, eles se sentem muito mais confortáveis em ambientes com iluminação suave e difusa ou indireta. Ou seja, a ciência confirma aquilo que sempre digo aqui: a luz, projetada de forma errada, pode fazer mal.
A boa notícia é que existem soluções de iluminação simples e acessíveis que podem transformar o quarto do bebê em um verdadeiro refúgio de tranquilidade. Luz indireta e suave, luminárias com regulagem de intensidade e o uso estratégico da iluminação natural são alguns dos segredos que fazem toda a diferença na rotina dos pequenos.
Então, se você também está preparando o espaço para a chegada do seu bebê, ou projetando para algum cliente, separei algumas soluções de iluminação que são essenciais:
A iluminação indireta e difusa é a mais adequada para quartos de bebê, pois proporciona conforto visual e ajuda a manter um ambiente calmo e acolhedor, ideal para o sono. Luminárias como abajures, pendentes e arandelas evitam estímulos excessivos. Projeto da arquiteta Bel Urtiga
Mariana Camargo/Divulgação
Use luz indireta ou difusa
Luminárias com cúpulas, abajures e arandelas que direcionam a luz para cima ou para a parede são ótimas escolhas. Ao contrário da iluminação direta, a luz indireta sespalha-se suavemente pelo ambiente, reduzindo estímulos e evitando desconforto visual.
Luminárias com cúpulas, abajures e arandelas que direcionam a luz para cima ou para a parede são ótimas escolhas. Ao contrário da iluminação direta, a luz indireta se espalha suavemente pelo ambiente, reduzindo estímulos e evitando desconforto visual.
Imagine a diferença entre acender uma luz de teto forte durante uma troca de fralda noturna e simplesmente acionar um abajur, que preenche o quarto com uma luz suave, quase como um “abraço”. A primeira situação pode despertar totalmente o bebê, o que dificulta com que ele volte a dormir. A segunda mantém o ambiente calmo, respeitando o ritmo do sono. Ela permite enxergar o essencial sem “acordar” o ambiente todo.
É importante destacar que, o espaço do trocador deve ser iluminado de forma estratégica. Caso ele tenha uma marcenaria em cima, não aconselho a incluir fita de LED. É importante inserir neste contexto um abajur com dimmer incluso. Assim, você controla melhor a luz, independente do momento do dia.
Ter luminárias com dimmer no quarto do bebê é uma escolha prática e sensível, pois permite ajustar a intensidade da luz conforme o momento, criando um ambiente mais acolhedor. Projeto do escritório Duda Senna Arquitetura
João Paulo Oliveira/Divulgação
Luminária com controle total da luz
Por falar em dimmer, é importante ter essa funcionalidade no quarto de bebê. Afinal, nem sempre a gente quer, ou pode, acender tudo. Ter uma luminária com esse recurso permite controlar a intensidade da luz conforme a necessidade, criando um clima mais acolhedor.
Ainda é recorrente a ideia de que tecnologia é cara ou difícil de instalar, mas isso não é verdade. Hoje, existem luminárias com dimmer embutido, abajures com controle de intensidade no botão ou mesmo lâmpadas inteligentes que se conectam ao celular e permitem regular a luz por aplicativo – tudo isso sem a necessidade de obra ou reforma elétrica. Ou seja, é um investimento acessível e funcional.
Incluir esse item no projeto de iluminação do quarto do bebê é, acima de tudo, uma escolha inteligente, prática e sensível. É pensar nos detalhes que fazem o dia (e a noite!) fluir com mais leveza – e, acredite, isso vale ouro nos primeiros meses de maternidade.
Nos primeiros meses de vida, priorizar luzes suaves e, à noite, optar pela luz quente ajuda a respeitar o ciclo circadiano e promove um desenvolvimento mais saudável. Projeto de Quintal de Madame
Quintal de Madame/Divulgação
Se atente à temperatura de cor
Pode até parecer repetitivo, mas quando o assunto é saúde e bem-estar, alguns pontos merecem ser reforçados. Um deles é a temperatura de cor da iluminação, que tem um impacto direto no conforto, no ritmo biológico e até na qualidade do sono dos bebês.
A temperatura de cor está diretamente associada à sensação que o ambiente transmite. Para espaços de descanso e acolhimento, como o quarto do bebê, a melhor escolha são as lâmpadas de temperatura de cor quente, o mais indicado é 2700K ou luz âmbar. Esse tipo de luz remete ao pôr do sol e ajuda a sinalizar para o corpo que é hora de descansar.
Já as luzes frias e azuladas, mais comuns em ambientes hospitalares, são estimulantes. No caso dos bebês, podem até inibir a produção de melatonina, o hormônio responsável por induzir o sono.
Para uso noturno, o mais indicado é a luz vermelha, que, segundo diversos estudos científicos, é a temperatura de cor que menos impacta o ciclo circadiano, tanto de bebês como de adultos.
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Esse tema é extremamente importante, principalmente nos 3 meses de vida do bebê, para que ele consiga, de forma natural, ajustar o seu ciclo circadiano.
Incluir essa lógica no projeto de iluminação do quarto é uma forma simples e inteligente de promover um desenvolvimento saudável. Porque, no final das contas, a luz não é só decoração, é estímulo, saúde e bem-estar.