Tadao Ando revisita o tempo com poesia e precisão em seu primeiro relógio autoral

O arquiteto japonês consagrado imprime sua visão minimalista — agora inspirada em uma maçã verde — em colaboração com a Cauny Tadao Ando não precisa de palavras para dizer muito. Seus edifícios de concreto bruto, moldados pela luz e pela contemplação, já narram sua filosofia com eloquência. Mas, ao se debruçar pela primeira vez sobre o desafio de desenhar um relógio autoral, o arquiteto japonês, hoje com 83 anos, recorreu à metáfora para explicar sua criação: este relógio reflete o espírito da maçã verde — imatura, um pouco azeda, mas cheia de promessas.
Batizado Cauny Ando, o modelo é fruto de uma colaboração inédita com a tradicional manufatura suíça Cauny, atualmente sob direção portuguesa. A peça integra a coleção The Architects of Time, que já reuniu nomes como Álvaro Siza e Rafael Moneo, mas é com Ando que a série atinge sua expressão mais poética. Ao contrário de colaborações anteriores com Seiko e Bulgari, o arquiteto teve aqui liberdade total de criação. O resultado é uma obra de extrema economia formal, porém carregada de sentido.
Com formas curvas e compactas, o relógio apresenta uma caixa arredondada, sem hastes aparentes, em um gesto de suavidade que evoca seixos rolados pelo tempo
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O mostrador levemente abaulado abriga um ponteiro de minutos que lembra uma folha de maçã, e, na versão verde, a metáfora ganha corpo: um artefato que carrega em si o frescor, a aspereza e a promessa da juventude
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Com formas curvas e compactas (disponíveis em 37,5 mm e 31,5 mm), o relógio apresenta uma caixa arredondada, sem hastes aparentes, em um gesto de suavidade que evoca seixos rolados pelo tempo. O mostrador levemente abaulado abriga um ponteiro de minutos que lembra uma folha de maçã, e, na versão verde, a metáfora ganha corpo: um artefato que carrega em si o frescor, a aspereza e a promessa da juventude.
Na versão em aço escovado, o relógio faz referência sutil ao concreto e ao aço que estruturam a obra arquitetônica de Tadao Ando
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Para os que preferem sobriedade, a versão em aço escovado verticalmente, referência sutil ao concreto e ao aço que estruturam a obra arquitetônica de Ando, é acompanhada por uma pulseira de couro preto costurado. Ambas as edições abrigam um fino movimento suíço de quartzo, que garante leveza, precisão e discrição — virtudes caras à estética do mestre. “Este relógio homenageia aqueles que seguem em frente, não porque já chegaram, mas porque ainda acreditam na luz que os espera. Um lembrete de que a juventude não é um momento da vida, mas um movimento do coração”, afirma o arquiteto. Ao traduzir sua arquitetura para o corpo de um objeto tão íntimo quanto um relógio, Tadao Ando firma mais um capítulo de sua obra: uma meditação portátil sobre o tempo — e tudo o que ainda pulsa dentro dele.
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